domingo, 12 de agosto de 2007

Risiera di San Sabba

Fonte: http://www.deathcamps.org/sabba/index.html

Tradução(Marcelo Oliveira): Risiera di San Sabba

Desde 30 de outubro de 1922, a Itália esteve sob o governo fascista.

Durante a IIGM, a Alemanha e a Itália tornaram-se aliadas e tropas alemãs ficaram estacionadas na Itália. Desde 1936, o anti-semitismohavia crescido, até que finalmente a discriminação e o terror contra os judeus italianos tornaram-se a ordem do dia.

Depois do desembarque dos Aliados no sul da Itália em julho de 1943e a rendição italiana em 8 de setembro, as partes sulinas do paísforam libertadas, mas o norte da Itália continuavam sob controle alemão. Ali moravam a maioria dos judeus que haviam decidido não deixar o país. O exército italiano foi dissolvido e as forças alemãs governaram o novo satélite fascista "Republica Sociale Italiana". Os alemães estabeleceram algumas das áreas costeiras do Mar Adriático(Fiume, Trieste, Udine, Pula, Gorizia e Ljubljana)como territórios alemães, chamados OZAK (Operationszone Adriatisches Küstenland).

Odilo Globocnik (nascido em Trieste) foi promovido a Höherer SS-undPolizeiführer (HSSPF) Adriatisches Küstenland e chegou a Trieste em meados de setembro de 1943. Ele morava na Via Nizza 21. Sob seucomando, a SS perseguia os judeus, opositores políticos e partisans.

O codinome para a operação era Einsatz R, um sucessor lógico para a antiga Aktion Reinhard na Polônia. 92 pessoas, experientes em assassinato em massa na Polônia e nos primeiros programas de eutanásia, seguiram Globocnik, incluindo alguns homens e mulheres ucranianos da SS. Um dos campos de concentração italianos era a Risiera di San Sabba, um antigo moinho de arroz bem distante do centro de Trieste. Os prédios foram construídos em 1913 e já haviam estado vazios poranos, quando os alemães os confiscaram. As instalações foram usadasprimeiramente como uma prisão.

Em outubro de 1943, elas foram convertidas numa Polizeihaftlager (campo de concentração policial). As premissas eram bem adequadas para tal campo. Três edifícios altos(3, 4 e 6 andares) incluíam celas, salas de armazenagem, oficinas de costura e sapataria e instalações para os SS. A antiga chaminé alta, em combinação com o antigo e forno expandido, era usado para cremar milhares de vítimas. As instalações do crematório foram planejadas econstruídas sob a supervisão de Erwin Lambert, o "arquiteto voador" da T4 [N. do T.: Aktion T4, nome do programa de eutanásia do IIIReich]. Ele já havia construído as câmaras de gás nos seis centros de eutanásia na Alemanha e Áustria e nos três campos de extermínio na Aktion Reinhard [N. do T.: Treblinka, Belzec e Sobibor.] na Polônia.

O crematório foi testado em 4 de abril de 1944 com a queima de 70 cadáveres. De 20 de outubro de 1943 até o início de1945, cerca de 25.000 partisans e judeus foram interrogados e torturados dentro do campo. 3.000-5.000 deles foram mortos, ou por fuzilamento, ou por espancamento, ou em caminhões de gaseamento. O pessoal de Globocnik consistia principalmente de alemães. De outubro de 1943 até maio de 1944, o SS-Obersturmbannführer Christian Wirth foi o comandante do campo.

Quando ele foi morto por partisans em 26 de maio de 1944, o SS-Obersturmbannführer Dietrich Allers tornou-se o comandante até a dissolução do campo em abril de 1945. No final de abril de 1945, partisans iugoslavos prepararam-se para conquistar Trieste. Em conseqüência, em 29 de abril os alemães explodiram a chaminé e o crematório a fim de encobrir os rastros de seus crimes. Os funcionários passaram a se esconder. Alguns deles foram sentenciados à revelia, mas jamais encararam a justiça num "Julgamento de San Sabba".

Fonte: http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/6307

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