quinta-feira, 24 de abril de 2008

Holocausto na Letônia - Rumbula (SD e Ordnungspolizei)

Esta tradução se refere ao Capítulo 8 do livro The Holocaust in Latvia, 1941-1944: The Missing Center do Historiador letão Andrew Ezergailis.


Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://www.rumbula.org/remembering_rumbula.shtml


O pessoal do SD


Dentro de seus primeiros três dias em Rîga, Jeckeln quase certamente falou com o SD e os comandantes da Ordnungspolizei, incluindo Lange, o mais alto funcionário da Gestapo SD na Letônia, e seu associado Kirste, que foi o link de Lange para o Commando Aråjs. Lange estava em melhor posição para avaliar as forças disponíveis alemãs e letãs em Rîga e nas imediações. Lange poderia colocar à disposição de Jeckeln, talvez todos os 300 homens do Commando Aråjs, talvez metade dos cinqüenta homens da guarda letã da unidade de Reimerss Iela QG do SD , talvez mais 4 dúzias de homens do SD em Rîga, remanescentes do EK2.
No total, Lange poderia entregar cerca de 400 homens com experiência no SD, o que quer dizer que a grande parte delas tinha participado dos assassinatos ocorridos antes em Novembro. Eles poderiam ser colocados em posições difíceis dentro e fora do gueto, e perto das covas, onde o uso de uma arma contra os "recalcitrantes" e "não-cooperativos" judeus, era mais provável que fosse necessário. A ordem básica de Himmler para o SD era que o pessoal do SD deveria assumir a responsabilidade deste trabalho. Nós podemos presumir que os homens letos e alemães do SD foram mobilizados para o gueto e para Rumbula.


A Ordnungspolizei



Em seguida a disponibilidade da Ordnungspolizei foi explorada. Ainda sobre o nível organizacional da Ordnungspolizei, eram autônomos, sobre o nível prático estavam na mesma rede da SD. Antes do Commando Aråjs ser treinado, foi o 9º Batalhão da Ordnungspolizei que realizou a maior parte dos assassinatos para Stahlecker. As unidades do 9º Batalhão estiveram na Letônia entre Julho e Agosto e foram movidas, seguindo Stahlecker, para as cercanias de Leningrado. No final de Novembro existiam pelo menos dois tipos de unidades Ordnungspolizei em Rîga sob o comando do Tenente-Coronel Flick: a Schutzpolizei, liderada pelo Major Heise e a Gendarmerie do Capitão Rehberg. Pelo menos várias centenas foram destacadas para garantir a ordem (“obter e manter a característica alemã”) em Rîga, como em grande parte da Letônia. Além de supervisionar os recintos policiais, a Ordnungspolizei também foi responsável pela guetorização dos judeus, e após 25 de Outubro de guardá-los no gueto. Durante a fase inicial no gueto o SD não esteve envolvido. As atribuições e o envolvimento da Ordnungspolizei com o gueto foram pré-determinadas na liquidação do gueto.


A 2ª Companhia do 22º Batalhão da Reserva de Rîga ofereceram cerca de 70 homens, e a 3ª Companhia do 22º Batalhão da Reserva de Jelgava ofereceu outros setenta homens. A 2ª Companhia ficou encarregada de supervisionar a limpeza dos cômodos dos judeus, organizando a marcha dos judeus em colunas, e acompanhando as colunas até Rumbula. A 3ª Companhia foi usada para guardar a periferia de Rumbula. O chefe ativo da Ordnungspolizei era o Major Heise, e parece que ele foi o elo de ligação com o Latvian Schutzmannschaffen.


Além dos 22º Batalhão de Rîga e Jelgava e os homens da Gendarmerie, Jeckeln tinha à disposição outros cinco regimentos da Ordnungspolizei, mas não sabemos se ele usou, e se usou qual foi. Em geral Jeckeln não queria o envolvimento da Whermacht.

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