quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Os Estados Unidos do ódio

‘El País Semanal’ e Canal + adentram na senda mais ‘conspiranóica’, racista e integrista dos EUA

Assim é o dia a dia do Ku-Klux-Klan, dos extremistas cristãos que se preparam para uma guerra santa racial e dos grupos neonazis que querem limpar o país de homossexuais e judeus

FOTOGALERIA Os EUA ultradireitista, em imagens
Jon Sistiaga 9 OCT 2013 - 00:00 CET

O líder das Nações Arianas. / Canal+ / Hernán Zin

“Você está me dizendo que também os treina para uma possível invasão de zumbis?”, pergunto com cara de estupor a Mike Lackomar, porta-voz e um dos líderes da Milícia de Michigan. “Sem dúvida, tanto faz ser um zumbi ou um reptiliano”, responde com severidade. “Há que procurá-lo corpo a corpo e lhe meter balas no peito e outra na cabeça, como no Vietnã”. E cai em gargalhadas. Mas não ri porque está reconhecendo, com toda seriedade, que suas crianças se preparam nos bosques de Michigan para deter hordas de mortos-vivos, senão pela suposta graça que acaba de fazer. Qual a graça? Eu tampouco sei, então Lackomar esclarece: “Como no Vietnã – sorri -, onde tinha que se ganhar os corações e mentes da população. Exatamente, dois tiros no coração e um na cabeça! Se um zumbi sangra quer dizer que ele pode matar”. Estamos em um parque natural a uns cem quilômetros ao sul de Detroit. É sábado. Ao nosso redor há ciclistas, gente fazendo footing, aprendizes de ornitólogos com seus prismáticos e famílias inteiras se preparando para passar um dia de campo. Uns 20 milicianos vestidos com traje de camuflagem e armados até os dentes começam, por seu lado, uma incursão no suposto território inimigo. Bubba, o alias de Tom, um engenheiro agrônomo que hoje às vezes passa por chefe do grupo, dá-lhes as últimas instruções: se escutam um drone, ou seja, o motor de um avião espião não tripulado, devem se esconder entre as árvores. Estamos no estacionamento do parque, junto a vários corredores que estiram seus músculos se preparando para sair para fazer esporte, mas Bubba acaba sua conversa de motivação mirando-lhes com expressão dura e lhes fala: “Se alguém é capturado ou ferido, que não espere resgate”.

O líder das Nações Arianas, uma organização
que se considera cristã e racista. / HERNÁN ZIN
A Milícia de Michigan é um dos mais de 1.300 grupos patrióticos monitorizados nos Estados Unidos por diferentes associações de direitos civis. Alguns desses grupos são considerados muito perigosos e imprevisíveis pela retórica irracional, emocional e até conspiranóica com que agem. Por isso são conhecidos como Grupos de Ódio. A crise econômica, o aumento do paro e a reeleição de Obama, um presidente negro, de sobrenome estrangeiro e pai muçulmano, fez eles crescerem em número.

“As milícias mais perigosas são aquelas que professam um ódio extremo contra o governo dos Estados Unidos, que se dedicam constantemente a fazer acopio de armas, que possuem enormes arsenais e que secretamente planejam possíveis ações contra o governo federal. Dito isto, a maior parte das milícias são cidadãos normais, que gostam de milícias e que são partidários de porte de armas e das liberdades da segunda emenda”, disse Jack Kay, antigo reitor da Universidade de Michigan e que levou anos estudando o fenômeno das milícias. Desde sua cátedra de Teoria da Comunicação, analisou as estratégias de captação e propaganda de dezenas de grupos radicais e está convencido de que muitos indivíduos violentos encontram aqui o lugar onde socializar todas as suas ocultas pulsões de ódio. Este Estados Unidos racista, integrista, supremacista e cheio de ódio é o ecossistema perfeito para a aparição dos lobos solitários.

Lackomar, o porta-voz dos milicianos de Michigan, parece um tipo muito normal. Casado, com dois filhos e com um bom emprego como caminhoneiro. Quando ele mostrou o porta-malas de sua perua, deixou-me boquiaberto: “Sempre levo meu rifle de combate, um Kalashnikov, uma arma muito boa… e leva 10 carregadores de 30 balas cada um… 300 disparos… Bem, isto é o que levo habitualmente no carro para coisas de emergência, mas sempre que saio de casa, ainda que seja para compra, levo minha pistola e algum carregador a mais, assim tenho sempre 60 balas sempre acima”. As leis de Michigan proíbem levar armas es­condidas sob o paletó ou a calça, é assim que Michael e muitos de seus colegas levam suas pistolas na cintura, à vista de todo mundo, como no Velho Oeste. Lackomar insiste em me dizer que não são ultradireitistas, senão libertários. Que não são racistas, que inclusive têm uma esposa de origem filipina, ainda que me confirme que não há nenhum membro negro, judeu, hispânico ou homossexual. Mas sobretudo, insiste que está farto de que o governo lhes considere um bando de pirados. Eles se consideram constitucionalistas, patriotas, defensores mortais dessa segunda emenda que lhes garante o direito de levar armas e formar milícias. Uma emenda da Constituição que tem 200 anos, do tempo da guerra contra os britânicos e os índios nativos.

DEFCON 4. As teorias da conspiração que manejam estas milícias são de todo tipo: desde aquela de que a Agência Federal de Saúde (FEMA) está preparando campos de concentração nas Montanhas Rocosas até a aquele em que a Casa Branca quer impôr a lei marcial em todo país. Aquela em que Obama vai apreender suas armas até aquela da Agenda 21 da ONU sobre a sustentabilidade do planeta, que pretende roubar os recursos naturais dos Estados Unidos. A Milícia de Michigan nos confirma que rebaixou seu nível de alerta a Defcon 3, nível amarelo, ameaça média, ainda que faça pouco tempo estavam em Defcon 4, estado de alerta quase de pré-guerra. Mas contra quê ou contra quem? Quem é o inimigo?... Segundo Lackomar, todas as milícias deveriam treinar em cinco áreas diferentes, cinco cenários nos quais todos seus homens deveriam estar atentos nesse momento: “Na luta contra o crime, fazendo patrulhas pela vizinhança, algo para o qual estamos muito capacitados; em resposta ante desastres naturais como os recentes tornados de Oklahoma ou as inundações provocadas pelo Katrina; sobre o terrorismo, como o de Boston; ante qualquer tipo de invasão, quer seja de Cuba, Coreia do Norte ou de zumbis, e em lutar contra a tirania de um governo que extrapole suas funções”.

Há mais de 1.300 grupos patrióticos monitorados nos Estados Unidos por diferentes associações civis

As milícias acreditam de verdade que os Estados Unidos estão a bordo de uma espécie de distopia, una sociedade indesejável em si mesma, um pesadelo em vida. Estão convencidos de que vem uma nova ordem mundial que os escravizará, por isso insistem tanto em treinar contra isso que Alexis de Toqueville chamou de “tirania da maioria”. Por isso vivem numa cultura de autodefesa e cultivam uma retórica partisan. Por isso se vem a si mesmos como a resistência, a força de choque. Os que defenderiam os Estados Unidos contra tudo aquilo que lhes ataque. “Algo não funciona nos Estados Unidos, neste país não podemos dizer a palavra ‘patriota’ porque seremos considerados terroristas, onde não podemos dizer ‘constitucionalistas’ porque somos tachados de terroristas”, queixa-se o coronel Robert Cross, o líder da Ohio Minutemen, outra conhecida milícia. Da janela de sua casa, em pleno campo, pode-se ver a vasilha fumegante da central nuclear de David-Besse, junto ao lago Erie. Cross insiste que não é um radical, senão alguém muito preocupado pelo desvio liberal do governo de Washington, mas Cross é um claro exemplo de pensamento cativo e vitimista. Como muitos milicianos, acredita que foi eleito para uma missão muito sacrificada e muito pouco reconhecida: defender os demais, ou seja, sua gente, de tropas federais, de capacetes azuis da ONU, dos mercenários da Blackwater ou dos sicários dos cartéis mexicanos. Todos esses supostos inimigos estão na página da web do supostamente pacífico Cross, que na internet explica como atuar se a gente se ver envolto em um tiroteio: “primeiramente, leve uma arma; o segundo, leve um amigo com armas, e em terceiro lugar, traga todos seus amigos com armas…”.

DETROIT, CIDADE EM RUÍNAS. Faz já alguns anos que não chega nenhum viajante à Estação Central de Detroit, em Michigan. Há décadas foi concebida como o edifício ferroviário mais alto do mundo, mas um dia os trens deixaram de sair. A cidade do motor; que chegou a ser a quarta urbe dos Estados Unidos, entrou em crise e começou a perder população. Seus edifícios se esvaziaram, seus bairros foram abandonados, suas ruas apodrecem e acabou se declarando quebrada ante a impossibilidade de pagar suas dívidas. Esta cidade converteu-se no epicentro dessa teologia do ódio que é defendida por muitos grupos extremistas. Uma cidade falida, quebrada, que perdeu 25% de sua população em 30 anos. Detroit passou de dois milhões de habitantes a apenas 700.000, tem uma taxa de desemprego insuportável de mais de 20% e é a segunda cidade mais violenta dos Estados Unidos (a primeira está também em Michigan, a 100 quilômetros). É uma urbe abandonada a sua própria sorte pela prefeitura, que cortou a luz, a água, coberta de lixo ou de patrulhas policiais em muitos bairros porque, simplesmente, apenas vive gente e já não tem capacidade de cobrança. Uma cidade que é um enorme bodega do fracasso. A primeira, como propõe algum intelectual, acrópole estadunidense. Neste entorno, como não vão surgir apóstolos do ódio que galvanizam todo o ressentimento e a frustração daqueles que sentem suas vidas desperdiçadas?

Estamos preparados para a luta contra o crime e ante qualquer invasão, sejam de cubanos ou zumbis”

“Os crimes de ódio aqui em Michigan aumentaram. Quando a economia falha, há uma tendência de determinada gente a simpatizar com esses grupos de ódio porque necessitam a alguém a quem jogar a culpa. E esse bode expiatório são os judeus, ou as minorias ou os imigrantes”. Heidi Budaj é a diretora da Liga Antidifamação, uma organização que tem mais de cem anos denunciado condutas xenófobas e racistas. Na atualidade monitoram mais de mil grupos dos chamados grupos de ódio, rastreando constantemente suas webs, seus chats, suas mensagens ou os discursos de seus líderes. Um deles, o Movimento Nacional-Socialista (MNS), a maior organização neonazi dos Estados Unidos, tem sua base em Detroit. Pergunto a Heidi, judia de origem húngara que perdeu parte de sua família nos campos de concentração da Alemanha nazista, que lhe diria ao líder do MNS, Jeff Schoep: “A mim me fascina que alguém dedique toda sua vida a difundir o ódio. Eu lhe perguntaria o que o fez lhe converter à sua máquina de odiar minorias étnicas, judeus, afro-americanos, gente que é diferente dele”. Schoep nos recebe na recepção do meu próprio hotel porque seu partido, confessa, não tem sede. Traslado a pergunta de Heidi ao dirigente neonazi, que, sem perder seu meio sorriso, contesta: “Não se trata de ódio, trata-se de amor. Podes nos considerar um grupo de amor, de amor a nossa gente. Queremos tanto esta nação que queremos nos separar de toda essa gente.”

“A suástica apavora…”. Schoep tem cara de bom garoto e uma esmerada presença. Fala pausado e escolhendo suas palavras. Seu discurso é afável, medido, até contido. Jeff está convencido que a raça branca nos Estados Unidos está se convertendo em uma minoria. Seu sobrenome é de origem alemã. Disse-nos sem lhe perguntar, que é orgulhoso de sua suposta ascendência ariana. Não quer dizer quantos membros são, mas em seus próprios vídeos se estima que as manifestações apenas chegue a meia centena. Segundo as estimativas de Jack Kay, o ex-reitor da Universidade de Michigan, “por cada membro real de um grupo radical há uma centena de simpatizantes”.

Jeff escreveu na página da web do MSN (NSM) o ideário de seu partido. Ponto três: “Demandamos territórios e colônias para alimentar nossa gente e enviar o excesso da população”. Um discurso que cheira ao famoso “espaço vital” dos nazis que desencadeou a II Guerra Mundial, ainda que pessoalmente suaviza e dizem que são só ideias soltas. Para posar para fotos, Jeff se coloca diante da bandeira de seu partido. Por que a suástica? Primeiro conta uma longa perorata sobre o significado esotérico das runas e das cruzes gamadas, mas no final reconhece: “A suástica sugere a nossos inimigos que não há conversa. Quando nossos inimigos veem este símbolo, encolhem-se. Se nos desafiam já sabem o que significa: justiça rápida e sem piedade.”

A Milícia de Michigan durante um treinamento. / HERNÁN ZIN

KKK, O IMPÉRIO INVISÍVEL. Muitos desses grupos compartilham ideologias, fins e inclusive até os símbolos. A suástica, por exemplo, e a saudação nazi do braço ao alto são utilizadas com frequência por muitos dos capítulos ou irmandades da Ku-Klux-Klan. A sede dos Cavaleiros Tradicionalistas da KKK fica em um pequeno povoado de Missouri, a uns cem quilômetros ao sul de San Luis. Os escritórios desta confraria autodenominada de "Império Invisível" é um pequeno despacho dentro do domicílio de seu líder máximo, Frank Ancona, grande mago imperial. Aqui nos recebe, entre gatos, cachorros e até um porco que sua esposa nos impede de fotografar por pudor. “Entre todos los capítulos del Klan seremos uns 7.000 membros”, disse Ancona. “Por segurança, não guardamos nenhum arquivo com os nomes de nossa gente. Cada um dos líderes locais sabe quem são. E cada dragão conhece a seus líderes locais”.

Frank Ancona, filho de um klansman e pai de futuros membros desta confraria racista, fala sobre si mesmo como um ativista pelos direitos civis dos brancos. Sua organização é a mais antiga e infame de todos os movimentos supremacistas dos Estados Unidos e em sua longa história tem centenas de assassinatos rituais de afro-americanos. “Eram outros tempos”, sentencia Ancona, que assegura que agora já não são violentos: “Somos uma organização cristã, branca e patriótica que se ocupa dos interesses da raça branca nos EUA. A gente diz que quando você fala que supremacismo branco significa ódio, mas o que nós acreditamos quando falamos de supremacismo é que a raça branca é superior as outras”.

Quase todas as ordens da KKK têm uma receita social para implementar suas teorias racistas. Obviamente, nesses tempos não podem defender nem ideias violentas nem soluções finais, mas continua insistindo no que eles chamam de separatismo branco. Rachel Pendergraft, líder dos Cruzados da KKK no Arkansas e apresentadora na internet de um informativo racista chamado Orgulho Branco, mostra-se categórica: “Estamos seguros de que há um genocídio programado contra a raça branco a nível mundial, e que somos o bode expiatório para tudo o que está funcionando mal em nosso planeta”. Por isso insiste, a única solução é o separatismo. O segregacionismo. A separação das raças. Evitar a mistura. A contaminação. Rachel vive em uma zona, as montanhas Harrison, que do ponto de vista racial é quimicamente pura. Só há brancos. Na sede da KKK se reúnem aos domingos os racistas locais para ir à missa, socializar entre eles e fazer um churrasco. É como um clube de campo que emana ódio. Aqui se defende o apartheid,os guetos para outras "raças", ou uma nova política de bantustões para prender negros judeus ou hispânicos.

A suástica sugere a nossos inimigos que não há conversa. Eles sabem o que significa. justiça sem piedade”

“É difícil encontrar uma organização supremacista branca cujos membros não tenham cometido algum delito ou passado pela prisão. Nas Nações Arianas, os 95% dos membros estiveram na prisão”. Paul Mullet nos encontra na caravana na qual vive e que lhe serve de quartel general da qual provavelmente seja a mais violenta, integrista e radical de todas as organizações extremistas. As Nações Arianas tiveram um passado turbulento, o próprio Mullet se define como um cara violento. Carrega um uniforme que recorda bastante a dos camisas pardas do partido nazi de Hitler e nos pede que falemos baixo porque sua filha de quatro meses está dormindo. Desde que seu ordenador escreveu o manual do cruzado de Deus, o decálogo do bom racista e toda essa besteirada que "arianos", como o próprio Mullet, são uma raça de deus. Os descendentes, assegura, das doze tribos de Israel. Adão e Eva, insiste, tiveram só um filho, Abel, o primeiro da linhagem dos brancos como ele. Eva, contudo, teve uma conjunção carnal com o diabo, com a serpente bíblica, e assim saiu Caim, o irmão mau do qual descendem os judeus, negros e o resto das raças. Paul disse que está tudo documentado. A guarida de ódio, a sede das Nações Arianas, essa organização ultracristã e extrema, é a habitação de Mullet.

“Claro que sou racista. Eu como branco sou superior as outras raças. Por supuesto”. Mullet não tem papas na língua. Não é um racista politicamente correto. O guru de tantos supremacistas é um homem cheio de ódio. Alguém cuja capacidade de amar foi desativada. Um paranoico que acredita ser eleito por seu deus para depurar o mundo. Tipos como ele são os que incendeiam de ira os lobos solitários que acabam pondo em prática todos esses sujetos que vomitam na internet. Graças à Red, Mullet se converteu na referência de uma ideologia alimentada pelo rancor. Antes de irmos a sua casa, perguntei-lhe se sente bem vivendo no ódio. E ele me respondeu: “Sim. Sinto-me bem. É o que sou. Um tipo que odeia.”

O documentário ‘La América del odio’ (Os EUA do ódio) é transmitido no Canal + nesta miércoles, 9 de outubro.

Fonte: El País (Espanha)
http://elpais.com/elpais/2013/10/03/eps/1380801578_189151.html
Título original: La América* del odio
Tradução: Roberto Lucena

Observação sobre grafia de Estados Unidos e "América": 1. pode parecer "bobagem" mas eu só uso o termo exato. "América" é nome de continente e não de país, apesar de faer parte do nome de um país. Usam esta expressão "América" de forma errada e generalizante em alguns países da Europa, principalmente Inglaterra, para se referir aos Estados Unidos. Como também os próprios EUA a usam. A Espanha tem uma certa mania (igual a de alguns países da América do Sul) de repetir esses modismos ou termos impositivos, ou porque acham bonito/diferente imitar britânicos ou norte-americanos (sem levar em conta a carga simbólica do termo) e abrem margem pra crítica. Como só escrevo o nome do país, eu troquei o título original da matéria que estava com "América" para "Estados Unidos". A quem por ventura achar que isso é anti-americanismo (pois tem gente que idolatra tudo e se dói com isso ao tentar politizar ao extremo o idioma, por achar "anormal" que as coisas sejam escritas da forma correta), não é, é apenas a forma correta de se escrever o nome desse país em português. Quem quiser chorar e espernear, à vontade, o termo correto há de prevalecer sobre o incorreto.

2. Muita gente também de forma grotesca usa a sigla EEUU pra se referir a Estados Unidos quando isso é uma grafia do espanhol (que dobra as letras da sigla de um nome quando este está no plural), não existe isso no português (a sigla usada em português pra Estados Unidos é EUA, que também existe no espanhol).

3. O termo estadunidense também é correto, como "ianque" e "norte-americano" (embora este seja referente à América do Norte, por generalização também se usa com mais frequência em relação aos EUA do que pra se referir ao Canadá ou México). Já vi "figuras" no Orkut (e quando fui pegar o link do dicionário pra colocar aqui achei uma pérola num site com o mesmo tipo de bobagem) querer questionar o termo quando em qualquer dicionário são citados todos esses termos. Eu aprendi no colégio. Ao pessoal do "contra tudo", por favor, parem de querer estuprar o idioma por ignorância e por fanatismo político, é ridículo isso.

Os comentários acima não são sobre erros ortográficos que são os mais comuns e frequentes (nos textos pode-se encontra vários), mas me refiro a erros de conceito mesmo e de interpretação, por cretinice, idolatria e/ou ignorância voluntária. Não seria necessário fazer essas observações se o ambiente político do país não estivesse tão polarizado e bitolado.

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