
Para Küng, a reabilitação de Williamson é apenas um equívoco a mais na série de erros com os quais Bento XVI vem pondo novos obstáculos no diálogo que as Igrejas cristãs travam entrem si e com outras religiões.
"Primeiro, ele questionou se os protestantes formam uma Igreja. Depois, em seu infeliz discurso de Regensburg, chamou os muçulmanos de desumanos. E agora ofende os judeus permitindo o retorno à Igreja de um negador do Holocausto", disse Küng em declarações ao jornal "Frankfurter Rundschau".
"É hora de substituí-lo", acrescentou Küng, que foi companheiro do papa quando ambos eram professores de teologia católica na Universidade de Tübingen.
O Vaticano proibiu Küng de ensinar a teologia católica em 1980, depois que ele questionou o dogma da infalibilidade papal.
Desde então, teólogo heterodoxo suíço, que permaneceu dentro da Igreja Católica, mas sem poder atuar como padre, se dedica ao diálogo entre as religiões.
Já Williamson e outros três bispos seguidores do cismático ultraconservador Marcel Lefebvre foram reabilitados pelo papa há uma semana. EFE
rz/sc
Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL980937-5602,00-TEOLOGO+PEDE+A+RENUNCIA+DO+PAPA+APOS+REABILITACAO+DE+NEGADOR+DO+HOLOCAUSTO.html
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