
Enquanto decorriam as reuniões, as autoridades tinham detectado um repentino aumento de excursões ao Reino Unido da Juventude Hitleriana (Hitlerjugend), que tinham lições sobre anti-semitismo e pregavam a supremacia da «raça ariana».
Os documentos secretos mostram que Baden-Powell não escondia a sua admiração pela ideologia nazi e o movimento juvenil alemão, como aponta, por exemplo, uma nota interna que escreveu após uma visita em 1937 do alto dirigente Hartmann Lauterbacher.
Noutra ocasião, após jantar com o embaixador Von Ribberntrop, considerado o arquitecto da política externa de Hitler, reflectiu numa carta a sua intenção de aproximar as duas organizações para manter a paz entre os dois países.
«O (embaixador) vê o escotismo como uma poderosa agência para alcançá-lo se pudermos manter laços estreitos com o Movimento Jugend da Alemanha. Disse-lhe que estava totalmente a favor de qualquer medida que favorecesse o entendimento entre os nossos países», escreveu.
Baden-Powell, que considerava «Mein Kampf» (minha luta) um «livro maravilhoso», confirmou mais adiante que o diplomata o tinha convidado a viajar para Berlim para ter um encontro com o próprio Hitler.
No entanto, os relatórios do MI5 revelam que o criador dos escoteiros foi, na realidade, uma vítima do jogo duplo dos alemães.
Enquanto em público Von Ribberntrop falava com entusiasmo da grande aliança britânico-alemã, em particular já advertia Hitler que a guerra com Londres era inevitável.
Fonte: Diário Digital
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=439243
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