Traduzido por Leo Gott à partir do link:
O Documento de Friedrich Paul Berg comentado Parte 3 de 6
Em seu artigo da Usenet, Berg segue dizendo:
Em seu artigo da Usenet, Berg segue dizendo:
No documento de Holtz de 1960 que eu já havia citado, existem duas seções extremamente relevantes em que fixei minha posição. Peço que vocês também leiam. A primeira Seção é: 'Ensaios de Motores', nas páginas 68 e 69.
[Vamos a esta referência que foi citada pelo Sr. Berg de uma forma um tanto confusa, o documento de Holtz e Elliot de 1941 em Transactions of the American Society of Mechanical Engineers, Vol. 63, Feb. 1941, pp. 97-105. Na página 98, nos encontramos com o mesmo gráfico citado na nota 22 de Berg. Mas na página 99, encontramos umas cifras muito interessantes - os parâmetros usados para gerar o gráfico. Os motores A e B do documento são motores de quatro cilindros e quatro tempos. O motor B está ajustado a um máximo de 70 de potencia de freio; tem um deslocamento de 226 polegadas cúbicas e 2600 RPM máximas.
Recordem destas palavras cruciais do documento de Berg: "Na potência máxima potencia, que corresponde com uma proporção combustível/ar de 0,055, a concentração de oxigênio no escapamento de qualquer motor a diesel é de 4%". Também foi afirmado muito rápido que estes valores são para "qualquer" motor a diesel, quando resulta que este gráfico foi gerado com os valores de dois motores em específicos. Mas é correto o restante de suas afirmações?
O experimento B-12 pôs o motor a 1400 RPM com uma proporção de combustível/ar de 0,056 (um milésimo a mais que os 0,055 de Berg, mas esperamos que não diga que este milésimo a mais faz diferença). O valor de oxigênio foi de 3,44%. A diferença entre 3,44 e 4 no parece ser muita, mas em termos percentuais, é uma diferença de 14%.
Ele está certo sobre a potência máxima? Bem, isso depende do que ele entenda por "potência máxima". Se está falando do torque máximo do motor a RPM dadas, sim. Mas se fala da potência máxima de saída, não. O experimento B-12 foi levado a cabo com uma potencia de saída de 37,8 cavalos.
Está ele certo ao falar de "qualquer motor a diesel"? Voltamos à explanação de H. E. Degler, da Universidade do Texas, professor de Engenharia Mecânica, na página 104:
Os fabricantes e operários de motores estão incrementando os valores de temperatura da água nos últimos anos, alcançando algo em torno de 212F, baixos valores de pressão atmosférica, aproveitando assim o efeito de refrigeração do calor latente assim como a eliminação do calor perceptível. Estas temperaturas superiores reduziram "Os efeitos das reações diretas de oxidação", como mencionaram os autores, e conseguiram menores valores de CO e de aldeídos[?], assim como a redução da fuligem no cano de descarga.
Assim parece que existem outros fatores que afetam a composição dos gases do escapamento. Sem mais informações sobre qual motor se usou exatamente, não existe maneira de saber se os motores a diesel soviéticos da época utilizavam esses valores superiores de temperatura da água. E a partir de dois motores, Berg aduz conclusões válidas para "qualquer motor a diesel".
Vejamos uma parte de um parágrafo do documento de Holtz-Elliot, na p. 99:
Embora a Figura 2 [o mesmo gráfico que é usado na Figura 6 do documento de Berg] apresenta dados sobre a composição dos gases do escapamento com misturas combustível/ar ricas, estas condições de operação não são normais e foram obtidas nestas provas mudando o ajuste do torque que limita cremalheira na bomba de combustível do motor B. Uma vez feita esta mudança, aumentou la quantidade de combustível injetado a plena potencia em 60%.
Agora estes foram os limites normais. Mas a técnica usada não foi sobrecarregar o motor. Simplesmente ajustaram o sistema de combustível. E não dizem nada sobre reduzir a entrada de are tal e qual fizeram nos experimentos de Pattle e outros. Aí vem a pergunta: o que teria acontecido de fizessem as “duas coisas”?