Mostrando postagens com marcador Friedrich Paul Berg. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Friedrich Paul Berg. Mostrar todas as postagens

domingo, 22 de dezembro de 2013

Discórdia na Cesspit (Codoh) com Mark Weber. Mais um racha no mundo "revisionista"

Pros que não sabem o que significa o termo Cesspit, confira clicando nas tag CODOH e Cesspit.

Parece que há um visível racha no clero "revisionista", e insatisfação e suspeita com o cabeça do IHR, Mark Weber. E para não confundir, este Mark Weber não é o ex-piloto de Fórmula 1 da RBR, os dois são homônimos, apesar do ex-piloto de F1 ter dois 'bês' no sobrenome.

Em post do Codoh um "revi", com foto de jogador do leste europeu, toca no assunto expondo o texto de uma "revi" neonazi (ou "supremacista branca", sempre rio desses termos "supremacismo"), Carolyn Yeager (não sabe quem ela é? Clique aqui e aqui), a crise e insatisfação de "revis" "gurus" como Rudolf com Mark Weber: link

C.Y: 'Is the IHR a dead horse?' (O IHR é um cavalo morto?)
Texto original

A queixa deles com Weber, tradução livre minha:
Mark Weber adquiriu o controle do Instituto para "Pesquisa" Histórica (vulgo IHR)control na metade dos anos 90 e mudou todo seu propósito distante do "Revisionismo" do Holocausto para nenhuma posição ou qualquer coisa semelhante;

Weber nunca foi um "revisionista" de verdade (mesmo nos anos 80), de acordo com ambos, Berg e Rudolf;

Weber resistiu em publicar livros de Germar Rudolf, e não queria textos traduzidos de "revisionistas" alemães, e queria escrever seus próprios artigos sumários por terceiros;

Com David Irving, Weber foi observado como se comportando como um total sicofanta; ele até parecia estar "apaixonado" por Irving;

Muitos ainda pensam que o IHR sob Weber "parece bem" e então financeiramente apoia isso;

Caller Jim trouxe o "discurso de Posen" de H. Himmler, que ambos, Berg e Rudolf, consideram-no genuíno porém um mal-entendido;

Dana apresentou a questão de que a maioria das pessoas que estão de saco cheio do "holocausto" na mídia - de que ele espera que haja reação sobre o que Germar disse, mas mais na Europa que nos Estados Unidos.
E há mais duas acusações de um outro "revi" com nick de Werd (que aparenta se contentar com o stalking promovido pela dupla dona de um site tosco sobre Holocausto nos EUA) sobre Weber:
Mark Weber conspira para vender listas de email para a ADL.
http://www.vho.org/GB/c/TOK/Whistleblower.html

A visão de Rudolf sobre a crise do IHR com Weber:
http://www.vho.org/GB/c/GR/IHRCrisis.html
Resumindo: haja choro e paranoia no "mundo" "revi"*, pra variar.

O IHR, pra quem não sabe, é o principal difusor de textos de negação do Holocausto no mundo (com sede nos Estados Unidos) junto com um site também hospedado nos EUA (host de Nova York, suspeito que o host seja do Michael Santomauro), VHO, com ramificação na Europa (Bélgica etc).

Observação:


Mas se me permitem, vou fazer algumas considerações sobre essa temática do combate ao negacionismo aproveitando o post em questão. Vou reforçar coisas que já disse antes pois é bom deixar claro que não só rola problemas no "lado "revi"" como de gente que se coloca na posição de "anti-"revi"", que não é uma posição exclusiva de A, B ou C obviamente, mas a partir do momento que tentam se passar (ou insinuar) por a gente, a coisa muda de conversa. Quem age por conta própria assumindo, eu nunca critiquei embora eu posso não concordar com certos posicionamentos (em geral o pessoal é de direita e meio paranoico, e eu sou de esquerda e cético até o talo, o que gera na maioria das vezes um conflito ideológico pois não tenho muita paciência com essa direita paranoica hidrófoba lunática brasileira).

Sobre o termo "revi" (que coloquei o asterisco pra comentar), passarei a preferir essa escrita ou mesmo chamar por "revisionista" (com aspas) do que o termo "revimané", que não fomos nós que criamos, foi um colega nosso no Orkut anos atrás. A quem usa o termo aleatoriamente achando que é "criação" nossa, taí mais um detalhe que não sabiam (pra variar), que inclusive já comentei aqui antes, só que as pessoas que leem seletivamente (de forma atabalhoada, como sempre) nunca prestam atenção aos detalhes.

Há gente mal-intencionada usando fakes tentando insinuar ou se passar pelo pessoal do blog (pra causar confusão) explorando a paranoia dos "revis" usando esses termos e expressões que usamos ironizando esse pessoal. Pra alguém mais safo dá pra notar de cara a falsificação, pra gente mais "burrinha" (ou seja, a maioria...) a falsificação não é algo tão óbvio assim e disso vem o problema.

Pra alguém mais paranoico, quem escreve o termo (que já é de domínio público) "x" só existe uma dedução lógica primária (pois não vão além disso): "só pode ser esse pessoal pois eles usam o termo". Nunca passa na cabeça desses imbecis que qualquer pessoa pode usar o termo pra confundir (ou mesmo porque gostou já que não tem "copyright") e pode se esconder com fakes.

Eu não uso fakes, escrevo com meu nome, discutia com "revis" usando meu nome e já emiti o que penso (mais de uma vez) sobre esse pessoal que se borra com "revis (No Reino da Fantasia dos Trolls "Ocultos"). Penso de fato que se uma pessoa se pela de medo desses "revis" se valendo desse artifício pra tentar confundir, como já disse antes aqui, deveria parar de fazer isso ou sumir, pois além da atitude covarde (pois a impressão que se passa é essa), só vejo discussão imbecil com esses caras, com um vitimismo ridículo, uma contemporização ridícula e localizei mais ou menos de onde é um dos perfis (do estado do Ceará).

A quem pensa que só "revis" criam problema, desencanem disso, as piores brigas e confusões que vi no Orkut foram causadas por gente que se dizia "anti-"revi"" criando atrito com esses "revisionistas" e afins, entravam lá posando de "valentões" e brigões e quando algum desses "revis" (ou neos) cismavam e iam pra cima, os caras corriam com o rabo entre as pernas e vinham tentar jogar o problema pro nosso lado, principalmente quando se entocavam em comunidades sobre conflito no Oriente Médio misturando questões como conflito israelense-palestino com essa questão do negacionismo no Brasil. E vou dizer claramente, esse pessoal hoje me irrita tanto quanto os "revis".

terça-feira, 22 de abril de 2008

Técnicas de Negação do Holocausto - Friedrich Paul Berg e o assunto dos motores à diesel – Apêndice 3

O Documento de Friedrich Paul Berg comentado
Parte 6 de 6
Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://www.nizkor.org/features/techniques-of-denial/appendix-3-06.html

[Berg:]
Existe uma certa complexidade técnica neste tema.

[Verdadeiro. Berg espera que as pessoas sintam confusão ante a sua ciência e que creiam em tudo que ele diz, sem se preocupar em analisar por ser demasiado complicado para entender. ]
[Berg:]
Os exterminacionistas que possuem enormes recursos disponíveis têm sido muito vagos - por dizer de uma maneira suave.

[Aqui está a chave. Berg está certo em uma coisa – o mundo inteiro assumiu que havia um motor, e o monóxido de carbono foi a causa da morte. É uma das coisas que "todo o mundo sabe". O problema foi que os assassinos nazistas desfizeram as provas.
Os tribunais e os historiadores acreditaram nos testemunhos que disseram que os gaseamentos aconteceram. Eram licenciados em Direito e historiadores, não engenheiros mecânicos. Não, as coisas não se ajustaram ao habitual na medicina legal empregada nos tribunais americanos da atualidade. Mas isto não prova que os gaseamento não aconteceram. A única prova da causa exata da morte, pode ser ligeiramente diferente do que a gente pensa que foi.]
[Berg:]
Antes de acusar alguém de assassinato, é necessário que a arma do delito funcione.

[Sofisma declarado. Um assassinato não tem sentido, não tem mais o que falar. Mas cometeram assassinatos. Ocorreram em Treblinka, Sobibor, e Belzec. Ocorreram em Auschwitz. Os armênios sofreram. Sofreram os milhões de Kulaks que morreram de fome durante as coletivizações forçadas de Stalin. Ocorreu no Camboja e em Ruanda.
Os nazistas usaram os motores à diesel porque dispunham deles. Provavelmente nunca se deram conta de que poderia ser uma estupidez. Teria sentido para as pessoas que o fizeram. Funcionou. Isso é tudo o que necessitavam saber. Eram assassinos, não engenheiros mecânicos.
[Berg:]
Certamente, estarão vocês de acordo que para construir uma câmara de gás com um motor diesel que fosse letal faltavam muito mais coisas do que uma simples conexão do tubo de escapamento de um tanque ou caminhão com motor à diesel em uma sala fechada. Se não, somente se conseguirá provocar dores de cabeça.

[Ou a asfixia, ou a morte por edema pulmonar provocado por envenenamento com NOx, ou alguma combinação de efeitos tóxicos. Berg deveria ter lido o documento de Holtz e Elliot e deveria ter investigado mais em toxicologia. Para construir una teoria científica, é necessário ler mais coisas do que uma simples leitura de um gráfico baseado em dois motores, passando por cima da toxicologia. ]
[Berg:]
Certamente, estarão vocês de acordo que para construir uma câmara de gás com um motor à diesel que seja letal faltam muito mais coisas a respeito de limitar a entrada de ar do motor. Se não, só conseguiram uns efeitos dificilmente apreciáveis. (Ver minha tabela de Henderson e Haggard).

[Holtz e Elliot demonstram que é muito possível. Pfannenstiel se deu conta de que havia um efeito. E o chamou de asfixia. Gerstein se deu conta de que havia um efeito. E o chamou de morte. E os judeus também se deram conta dele, ainda que a última coisa que fizeram.
[Berg:]
O fato, que talvez você nunca admita (e isso é inteiramente por sua conta e risco), é que o método da câmara de gás com motor diesel é um absurdo.

[Os assassinatos em massa são um absurdo, seja qual for o método. Mas ocorreram. Depois de ler Holtz e Elliot, e estudando com mais profundidade toxicologia, fica claro que não é o melhor método possível, mas também fica claro que aconteceu.
[Berg:]
Alguém pode verdadeiramente acreditar que os alemães usaram os escapamentos de um motor à diesel como fonte de CO, quando poderiam de 18% e 35% de CO de um motor a gasolina? Eram as mesmas pessoas que construíram os primeiros aviões à propulsão, os primeiros mísseis balísticos, os que inventaram o motor a gasolina, o motor a diesel e inclusive o automóvel.

[Sim, mas estes não são os que construíram as câmaras de gás. Berg está tratando com nula honradez de fazer pensar que qualquer alemão sabia tanto sobre estes assuntos técnicos como os inventores. Os cientistas especialistas em foguetes estavam em Peenemunde, construindo foguetes. A que estavam se dedicando Wirth e Globocnik antes da guerra? Eram engenheiros mecânicos?

O argumento de Berg só teria sentido se as pessoas que trataram de usar os motories à diesel sabiam que era uma má escolha.

De fato, Berg utiliza argumentos distintos para cada lado. Por una parte, nos diz o quanto é terrivelmente complicado trocar a composição dos gases do escapamento de um motor à diesel, provando que possivelmente os assassinos não teriam intentado fazê-lo. Por outra parte, nos diz que os brilhantes cientistas e engenheiros alemães, provando - que poderiam fazer correto?
Bom, não. Não de todo. Berg afirma que não o teriam feito, porque havia melhores métodos. Sua razão lhe diz que sua idéia é a melhor, e que os nazistas só teriam feito as coisas perfeitamente, assim que qualquer outra historia é uma "suja invenção judaica". No entanto, como diz o eminente historiador revisionista Greg Raven, editor associado do Journal for Historical Review (e Berg diz às pessoas a todo momento que o comprem):

É puro sofisma proclamar que algo tem que ocorrer de uma maneira porque sua "razão" o demanda.

Com o "melhor método" de Berg (os veículos com motor a gasolina, que produzem entre 18% e 35% de CO), não só se produzia uma concentração de CO tão alta que haveria perigo de explosão (como ele mesmo admitiu sem reconhecer sua importância em uma parte não citada de seu artigo na Usenet), sendo que ademais esses veículos teriam um uso alternativo mais importante como veículos.

Os motores a diesel dos tanques soviéticos capturados não serviam para nada – ainda que o exército alemão usara alguns tanques capturados, dificilmente logravam satisfazer as demandas de manutenção de seus próprios tanques, por que milhares de tanques soviéticos caíram no campo de batalha durante toda a guerra.

Mais ainda, o óleo diesel tem uma fabricação menos custosa que a gasolina - não é um combustível tão refinado como esta. Assim quando Berg diz que havia métodos melhores, está falando somente de um ponto de vista técnico. Se tivermos em conta o ponto de vista econômico, de repente tem muito sentido.

Assim com toda sua arrogância intelectual, Berg não analisa o assunto completamente - não tem em conta todos os aspectos da questão.
Agora o final científico e o final analítico. Mas todavia existe outro aspecto mais importante. Outros testemunhos. Berg ignora os testemunhos de Gerstein, de Pfannenstiel, de Suchomel, e o de Fuchs. Diz que são uns mentirosos, ou uns lunáticos, ou vítimas de torturas e coações.
Suchomel apareceu diante das câmeras no documentário de Lanzmann "Shoah", e não negou nada. Poderia ter se negado a aparecer. Ele foi torturado pelo diretor do documentário?

Gerstein tratou de dizer que conhecera a história Durante a guerra. Ele disse aos suecos que estavam assassinando judeus em Belzec, Sobibor e Treblinka. Ele disse a seus amigos de confiança que os assassinatos estavam acontecendo. Assim sendo, ele foi torturado pelos soviéticos para dizer isso?

Pfannenstiel testemunhou muitas vezes, e como assinala o próprio documento de Berg, seu testemunho sempre foi apoiado nas afirmações de Gerstein. Berg na realidade simplificou tudo - Pfannenstiel contradiz a Gerstein em alguns detalhes, mas não no assunto dos gaseamentos.
Porque que Berg fez uma "teoría" científica que "prova" que as câmaras de gás com motor à diesel eram uma "estupidez", todos os testemunhos oculares devem ser invalidados?
Bom, alguém "provou" que os besouros não podem voar. Você vê besouros voando em todas as partes?

Quando fatos contradizem sua teoria, Berg revisa os fatos. Não é um cientista honesto.

Demonstramos com este documentos que os motores à diesel foram usados em Treblinka? Não. Só provamos que, contra as afirmações de Berg, temos razões suficientes para crer que é tecnicamente possível. Tratar de afirmar qualquer outra coisa seria cometer as mesmas violações dos princípios científicos que comete
Berg. ]

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Técnicas de Negação do Holocausto - Friedrich Paul Berg e o assunto dos motores à diesel – Apêndice 3

Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://www.nizkor.org/features/techniques-of-denial/appendix-3-05.html


O Documento de Friedrich Paul Berg comentado Parte 5 de 6

[Berg:]
Se opera [o motor] acima do Range de Operação Normal de proporções combustível/ar, se produzem rapidamente quantidade excessivas de fumaça. É por isto que me referi ao estudo de E.W. Landen ao final do documento de Elliott e Davis e por que também incluí este diagrama. Com proporciones acima de 0,055, o gráfico de fumaça torna-se quase vertical, o que significa, de acordo com Landen, na página 346: "vida curta do motor".

[Berg ainda é incapaz de compreender que havia milhares de motores soviéticos disponíveis. As avarias não eram algo preocupante. O motor morreu? Muito bem, era só substituir por outro e continuar matando judeus.
E QUANTO curta será a vida do motor? Dez minutos? Uma semana? Um mês? Um ano? Berg não disse. Por que não?
Mas, está ele correto a respeito da quantidade de fumaça? De novo, voltamos a Holtz e Elliot, página 101:

Vamos analisar os componentes sólidos da fumaça mencionados por Berg nesta tabela. Com uma proporção combustível/ar de 0,05, o gráfico da um valor de 4 gramas de material sólido por hora. A cerca de 0,057, o gráfico sobe acima de 16 gramas – quatro vezes mais.

Isso é verdade? Vejamos os números. Em 0,05, a coluna do meio mostra um valor de 0,029. Com 0,06, a coluna do meio da 0,044. Isso é só 1,5 acima da saída produzida com 0,05, NÃO QUATRO VEZES! Inclusive em 0,07, a saída é só 2,3 vezes maior.

Portanto tem algo errado com o gráfico que Berg está utilizando. Ou foi feito errado, ou se fez com motores diferentes dos do documento Holtz-Elliot.

Scott Mullins reparou porque estava mal feito. o gráfico que Berg cita usa como unidade grama/hora (Gr/h) – ou seja, o peso da saída total. Mas Berg tem fuxicado incessantemente sobre qual é o percentual de CO no escapamento que determina a morte, desprezando o volume total (talvez, uma simplificação excessiva - tem que ter em conta fatores como a pressão). Assim deveria saber bem que é o percentual de fuligem no escapamento que provoca a vida curta do motor, não o peso bruto - especialmente tendo em conta que SUA PRÓPRIA REFERÊNCIA ASSINALA ESTE PONTO.

Definitivamente, Berg está distorcendo o que disse Landen tirando fora de contexto - outra das técnicas de negação do Holocausto. Voltemos à página 346 do documento Elliot-Davis, e vejamos o CONTEXTO COMPLETO das palavras "vida curta do motor":

As quantidades de material que se encontram em um motor estão entre 0,0001% e 0,01% do combustível queimado. A cifra de 0,0001% corresponde a um motor com uma vida normal, enquanto que el valor de 0,01% é de um motor de vida curta devido à grande quantidade de material.

Isto é, portanto o percentual de material que se encontra no motor, não é o percentual emitido, e de novo é um percentual de combustível queimado, não o volume total por hora. Portanto o gráfico de Berg é outra mentira. Observa-se que inclusive a quantidade de fuligem como percentual do combustível queimado foi CONSTANTE, quando medido em grama por hora, a duplicação do combustível/hora irá duplicar o peso de saída.


Existem outros componentes sólidos além da fuligem, mas na página 100 do documento Holtz-Elliot é mostrado que inclusive com proporções de combustível/ar maiores, a fuligem é 99.1% dos sólidos emitidos.]

Técnicas de Negação do Holocausto - Friedrich Paul Berg e o assunto dos motores à diesel – Apêndice 3

Traduzido por Leo Gott à partir do link:
O Documento de Friedrich Paul Berg comentado Parte 4 de 6

[Berg:]
Em 1984, escrevi o seguinte em meu artigo, na página 38: "Apesar de todos os esforços, só teriam conseguido uma concentração média de menos de 0,4% de monóxido de carbono e mais 4% de oxigênio".

[Scott Mullins:]

Me desculpe, mas isto é simplesmente falso. O documento Elliot-Davis que você cita demonstra CLARAMENTE que os motores a diesel podem gerar concentrações de CO de aproximadamente 1% e concentrações de O2 menores de 2% com proporções combustível/ar inferiores às estoquiométricas(?). Para ver as provas, figura 4 na página 333 do documento Elliot-Davis.

[Nota: uma proporção combustível/aire estoquiométrica é aquela que tem a quantidade justa de oxigênio necessária para queimar o combustível completamente. Esta proporção é 0,068 no documento Holtz-Elliot. Também é denominada "proporção quimicamente correta"].
[Berg:]
Em absoluto o que eu escrevi não é falso. A Figura 4 mostra alguns dados tomados mais além do range operacional normal do motor. Do limite superior do range de operação normal ao estoquiométrico, existe uma boa distância. Leia de novo Elliott e Davis. Só se pode alcançar a proporção estoquiométrica operando AO MÁXIMO a POTÊNCIA MÁXIMA. Leia as páginas 334 e 335.

[Nossa velha amiga, a Figura 6 do documento de Berg, também aparece nesta referência (Elliot-Davis, a denominam como Figura 2). Mas o documento Elliot-Davis não inclui os parâmetros que aparecem no velho documento de Holtz-Elliot.]

[Vamos dar uma olhada nestes parâmetros, especificamente aos do experimento B-70, a princípio na página 99 do documento Holtz-Elliot. A proporção combustível/ar é 0,07 (superior à quimicamente correta). A velocidade é de 1400 RPM. Qual é a potência? Está no "MÁXIMO da POTÊNCIA MÁXIMA?"

Bem, de novo isto depende do que Berg entende por potência máxima. A potência de saída é somente 40,20 cavalos (70% do máximo).

Qual a composição dos gases do escapamento? CO, 0,7% - muito ruim. CO2 13,8% (ainda pior - o CO e o CO2 tem efeitos combinados, algo que Berg não mencionou em seu documento).
Qual é a quantidade de oxigênio? Está abaixo de 0,8%. Esqueça o monóxido de carbono. Basta que o ar tenha menos de 1% de oxigênio para morrer.

O Sr. Berg tem-se oferecido como voluntario para inalar os gases de um motor a diesel para demonstrar que são inócuos. Uma pergunta é se ele continua querendo fazer se a composição dos gases contiver menos de um por cento de oxigênio e se encontrasse apertado em uma câmara muito pequena para gastar o oxigênio existente rapidamente. (Esta era a situação em Treblinka, onde as pessoas ficavam “acomodadas” como sardinhas na lata).

Apesar de Berg afirmar que é muito difícil obter essas proporções de combustível/ar, Holtz e Elliot parecem não ter nenhuma dificuldade em obter. Berg não pode “rodear” este fato. ]

Técnicas de Negação do Holocausto - Friedrich Paul Berg e o assunto dos motores à diesel – Apêndice 3

Traduzido por Leo Gott à partir do link:
O Documento de Friedrich Paul Berg comentado Parte 3 de 6

Em seu artigo da Usenet, Berg segue dizendo:

No documento de Holtz de 1960 que eu já havia citado, existem duas seções extremamente relevantes em que fixei minha posição. Peço que vocês também leiam. A primeira Seção é: 'Ensaios de Motores', nas páginas 68 e 69.

[Vamos a esta referência que foi citada pelo Sr. Berg de uma forma um tanto confusa, o documento de Holtz e Elliot de 1941 em Transactions of the American Society of Mechanical Engineers, Vol. 63, Feb. 1941, pp. 97-105. Na página 98, nos encontramos com o mesmo gráfico citado na nota 22 de Berg. Mas na página 99, encontramos umas cifras muito interessantes - os parâmetros usados para gerar o gráfico. Os motores A e B do documento são motores de quatro cilindros e quatro tempos. O motor B está ajustado a um máximo de 70 de potencia de freio; tem um deslocamento de 226 polegadas cúbicas e 2600 RPM máximas.
Recordem destas palavras cruciais do documento de Berg: "Na potência máxima potencia, que corresponde com uma proporção combustível/ar de 0,055, a concentração de oxigênio no escapamento de qualquer motor a diesel é de 4%". Também foi afirmado muito rápido que estes valores são para "qualquer" motor a diesel, quando resulta que este gráfico foi gerado com os valores de dois motores em específicos. Mas é correto o restante de suas afirmações?

O experimento B-12 pôs o motor a 1400 RPM com uma proporção de combustível/ar de 0,056 (um milésimo a mais que os 0,055 de Berg, mas esperamos que não diga que este milésimo a mais faz diferença). O valor de oxigênio foi de 3,44%. A diferença entre 3,44 e 4 no parece ser muita, mas em termos percentuais, é uma diferença de 14%.

Ele está certo sobre a potência máxima? Bem, isso depende do que ele entenda por "potência máxima". Se está falando do torque máximo do motor a RPM dadas, sim. Mas se fala da potência máxima de saída, não. O experimento B-12 foi levado a cabo com uma potencia de saída de 37,8 cavalos.

Está ele certo ao falar de "qualquer motor a diesel"? Voltamos à explanação de H. E. Degler, da Universidade do Texas, professor de Engenharia Mecânica, na página 104:

Os fabricantes e operários de motores estão incrementando os valores de temperatura da água nos últimos anos, alcançando algo em torno de 212F, baixos valores de pressão atmosférica, aproveitando assim o efeito de refrigeração do calor latente assim como a eliminação do calor perceptível. Estas temperaturas superiores reduziram "Os efeitos das reações diretas de oxidação", como mencionaram os autores, e conseguiram menores valores de CO e de aldeídos[?], assim como a redução da fuligem no cano de descarga.


Assim parece que existem outros fatores que afetam a composição dos gases do escapamento. Sem mais informações sobre qual motor se usou exatamente, não existe maneira de saber se os motores a diesel soviéticos da época utilizavam esses valores superiores de temperatura da água. E a partir de dois motores, Berg aduz conclusões válidas para "qualquer motor a diesel".
Vejamos uma parte de um parágrafo do documento de Holtz-Elliot, na p. 99:

Embora a Figura 2 [o mesmo gráfico que é usado na Figura 6 do documento de Berg] apresenta dados sobre a composição dos gases do escapamento com misturas combustível/ar ricas, estas condições de operação não são normais e foram obtidas nestas provas mudando o ajuste do torque que limita cremalheira na bomba de combustível do motor B. Uma vez feita esta mudança, aumentou la quantidade de combustível injetado a plena potencia em 60%.

Agora estes foram os limites normais. Mas a técnica usada não foi sobrecarregar o motor. Simplesmente ajustaram o sistema de combustível. E não dizem nada sobre reduzir a entrada de are tal e qual fizeram nos experimentos de Pattle e outros. Aí vem a pergunta: o que teria acontecido de fizessem as “duas coisas”?

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Técnicas de Negação do Holocausto - Friedrich Paul Berg e o assunto dos motores à diesel – Apêndice 3

O documento de Friedrich Paul Berg comentado Parte 2 de 6

Traduzido por Leo Gott a partir do link:
http://www.nizkor.org/features/techniques-of-denial/appendix-3-02.html

Berg:
Da figura 6 podemos concluir que para reduzir a concentração de oxigênio a 9%, qualquer motor a diesel teria que trabalhar com uma proporção combustível/ar em torno de 0,040, que corresponde a uns 3/4 da potência máxima.
Para reduzir a 6%, que corresponderia com o quarto nível de asfixia de Henderson y Haggard, e que seria a condição necessária para matar "todos" os membros de um suposto grupo de vítimas, o motor deveria utilizar uma proporção de cerca de 0,048, cerca de potência máxima.
Em outras palavras, uma câmara de gás com motor diesel que se baseada na redução de oxigênio como meio para matar deveria trabalhar a mais dos 3/4 da potência máxima, seguramente muito a cerca da potência máxima.

[Isto depende do que Berg entenda exatamente como "potencia máxima". Ver mais adiante].

Do que procede deveria ser óbvio que em quase todas suas faixas operacionais, os motores a diesel emitem tanto oxigênio que alguém que se dispuser a inalar diretamente os gases do escapamento, sobreviveria. Desde o estado de ponto morto até pelo menos 3/4 da potência máxima, os escapamentos de um motor a diesel contém suficiente oxigênio para não produzir morte durante pelo menos meia hora.
[notas de Berg:]
22. Edward F. Obert, Internal Combustion Engines and Air Pollution (New York and London: Intext Educational Publishers, 1973), p. 361.
23. Y. Henderson & H.W. Haggard, Noxious Gases (New York: Reinhold Publishing, 1943), pp. 144-45.
24. J.S. Haldane & J.G. Priestly, Respiration (New Haven: Yale University Press, 1935), pp. 223-24.
[Berg nega a possibilidade dos efeitos combinados:
Uma análise dos efeitos combinados do monóxido de carbono, o dióxido de carbono e um nível reduzido de oxigênio poderia ser possível sobre a base da investigação de Haldane y Henderson, mas não haveria diferenças significativas com os resultados obtidos no suposto da única atuação do nível reduzido de oxigênio. A razão é que os níveis de monóxido de carbono e dióxido de carbono são muito baixos para serem considerados.

Em primeiro lugar, não se podem fazer suposições precipitadas sobre os efeitos combinados de determinadas substâncias. Se a dose letal dos compostos distintos é de uma grama, isso NÃO quer dizer necessariamente que uma mistura de ½ grama de cada um deles não o seja. As duas substâncias podem produzir um efeito combinado que faça que ¼ de grama de cada um seja letal - ou um pode ser antídoto para outro. E em verdade, o monóxido de carbono e o dióxido de carbono produzem esses efeitos combinados.

Em segundo lugar, existem efeitos adicionais que Berg não está considerando. Os testemunhos oculares (assim como alguns relatórios, julgados como falsificações pelos “negadores do Holocausto”), informam que apertavam as pessoas na câmara quanto mais fosse possível. Assim, uma vez que se fechava a câmara, o consumo de oxigênio das vítimas se convertia em um fator a se levar em conta. Berg também tem ignorado outros efeitos tóxicos, como os dos óxidos de nitrogênio, a fuligem, e o calor.

Os mais importantes são os óxidos de nitrogênio. De acordo com a página.189 de Clinical Toxicology (Toxicologia Clínica), de Clinton Thienes e Thomas Haley, as concentrações de NO2 entre 250-500 ppm são "rapidamente fatais". E o documento Holtz-Elliot fala de concentrações de NOx que alcançam até 690 ppm - interessantemente, com uma proporção de combustível/ar de 0,03, e uma velocidade do motor de 600 RPM. Por desgraça o documento não separa componente por componente nas emissões de NOx.]

Técnicas de Negação do Holocausto - Friedrich Paul Berg e o assunto dos motores à diesel – Apêndice 3

O Documento de Friedrich Paul Berg comentado Parte 1 de 6
Traduzido por Leo Gott a partir do link:

Autor: Michael P. Stein

A continuação das seções relevantes do documento de Friedrich Paul Berg no Jornal da Revisão Histórica, além de excertos de um dos seus artigos do Usenet, intercalados por comentários.
(Nota do tradutor: Os comentários de Michael Stein estão entre colchetes, quando em itálico se referem a citações de outras pessoas)

Oxigênio nos gases do escapamento de um motor a diesel
Se os judeus não foram assassinados com monóxido de carbono procedente do escapamento de um motor a diesel, poderiam ter morrido pelos efeitos do escasso oxigênio presente nos escapamentos? Esta teoria seria ao menos consistente com a afirmação de que os cadáveres estavam “azuis”.

[Berg cita o higienista das SS Dr. Wilhelm Pfannenstiel como testemunho. Entretanto, no incluiu em seu documento o explícito diagnóstico de asfixia emitido por Pfannenstiel:
Não encontrei nada especial no cadáver, exceto que alguns deles mostravam uma inchação azulada no rosto. Mas isto não é surpreendente devido ao fato que morreu de asfixia.
Enquanto Berg pretende explorar esta possibilidade, e ignorando fatores significativos – sendo o mais notável o testemunho de Pfannenstiel – que aponta claramente a morte por asfixia. A omissão do diagnóstico de Pfannenstiel e outros fatores são uma descarada manipulação].

Berg:
Uma cor azulada em determinadas partes de um cadáver é um claro sintoma de morte por falta de oxigênio. Esta teoria, entretanto, não se ajusta muito devido ao fato que os motores a diesel em seu funcionamento normal emitem uma grande quantidade de ar.
[Esta é a maneira como eles são operados normalmente, em um caminhão ou uma bomba d’água. Mas este fato não diz nada da possibilidade de manejá-los de outra maneira para matar pessoas].

Gráfico, "Figura 6: componentes dos gases do escapamento dos motores de combustão interna22. A linha grossa vertical na proporção combustível/ar de 0,055 foi acrescentada pelo autor".
O ar normal contém 21% de oxigênio. Na Figura 6 vemos que a concentração de oxigênio nos escapamentos de um motor diesel correspondente ao estado de ponto morto, que aparece perto da parte superior do gráfico com uma proporção combustível/ar de 0,01, alcança o valor de 18%, só um pouco por baixo da porcentagem de ar normal. A plena potencia, com uma proporção combustível/ar de 0,055, a concentração de oxigênio nos escapamentos é de 4%.
[O gráfico abrange a dois motores a diesel, não "a qualquer motor a diesel". E, como veremos mais abaixo, o gráfico foi elaborado com motores a diesel funcionando "em condições mecânicas apropriadas". Embora Berg afirma em outro texto que estas são as cifras piores citadas nos estudos da Sociedade de Engenheiros de Automação, deveria destacar que são cifras de motores diesel americanos. Os nazistas usaram motores a diesel soviéticos. (A tecnologia pode coincidir dentro de uma nação, e ser distinta entre nações distintas, uma vez que as pessoas vão às mesmas escolas). E Berg deveria ir até à fonte principal - os números que geraram o gráfico. Como veremos mais adiante, esses números revelam uma história muito diferente].

Provavelmente o melhor estudo sobre os efeitos dos níveis reduzidos de oxigênio, a asfixia, seja de Henderson e Haggard:
SEGUNDO NÍVEL. Quando o oxigênio baixa até valores entre 14 e 10 por cento, as funções mais complexas do cérebro começam a sofrer danos. Segue em estado consciente, mas começa a falar a capacidade de raciocínio. Se pode deixar de sentir dor por feridas graves, como queimaduras, contusões e inclusive fraturas. Diversas emoções se manifestam anormalmente, especialmente o mal humor e a violência, e em menor medida em estado hilário, assim como outras alterações de caráter...
TERCEIRO NÍVEL. Quando o oxigênio baixa a valores entre 10 e 6 por cento, podem aparecer náuseas e vômitos. O sujeito perde a capacidade de realizar movimentos musculares vigorosos, ou mesmo de realizar qualquer movimento. Continua com conduta enlouquecida e perda de consciência, sendo desde o desmaio hasta um coma em corpo rígido e perda de visão. Se a pessoa é reanimada, pode ser que não recorde de nada deste estado, o que acredita que tenha ocorrido algo totalmente distinto.
QUARTO NÍVEL. Quando o oxigênio baixa de 6 por cento, a respiração passa a ser uma série de espasmos separados por apnéias cada vez maiores. Podem aparecer convulsões. Então a respiração pára, ainda que o coração possa continuar batendo durante uns poucos minutos, para depois sofrer fribilação ventricular, ou permanecer parado em um estado extremo de dilatação[23].
De acordo com Haldane e Priestley, "um ar que contenha menos de 9.5 por cento de oxigênio causa normalmente o desfalecimento em meia hora"24. Um desfalecimento não é a morte.
[Isto parece querer dizer que não tem diferença entre 9.5% e 0%. Com 0% de oxigênio é a morte - não desfalecimento – que sobrevive poucos minutos. Berg está tratando de misturar as coisas para confundir].

Está claro que não existe um número mágico por baixo que se pode morrer, ou por cima do qual se pode viver. Entretanto, em uma câmara de gás com base de reduzir o oxigênio para matar, haveria ter que reduzi-lo por baixo a 9,5% - talvez até pra baixo de 6%.
[É certo que não existe nenhum número mágico, mas de novo Berg e seu argumento tentam confundir. O que está realmente claro é que quanto mais baixo seja o nível de oxigênio, mais rápido se morre. E um valor abaixo de 6% é coerente com as restrições de Berg. Ver mais adiante].

Técnicas de Negação do Holocausto - Friedrich Paul Berg e o assunto dos motores à diesel – Parte 2


Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://www.nizkor.org/features/techniques-of-denial/diesel-02.html

Ainda que Berg diga que é muito difícil ajustar o motor para que produza níveis altos de CO, os mesmos documentos técnicos que cita em seu estudo demonstram que os autores conseguiram produzir níveis de CO de até 6% ajustando o sistema de combustível. Também poderia fazer um bloqueio na entrada de ar para alterar a mistura de combustível e ar. Berg não pode escapar do fato de que os autores que ele usa como referencia puderam produzir emissões letais com um motor a diesel, também era possível para um técnico das SS fazê-lo.

Ainda assim, devido ao testemunho sobre a cor azul dos cadáveres, um ponto crucial que Berg poderia estar certo é que, contra a crendice popular, as pessoas que morreram nas câmaras de motor à diesel não morreram de envenenamento agudo por CO. A partir disto, ele gostaria de fazer crer que as pessoas, não morreram por essa causa como se crêem comumente, toda a história é uma invenção.

No entanto, existem muitas peças soltas que constituem a evidência que aponta a concluir que centenas de milhares de pessoas entraram nos campos de Treblinka, Sobibor e Belzec e nunca mais saíram vivos dali. Existem registros de comboios ferroviários de pessoas que chegavam aos campos, e de comboios de roupa que saía de lá, mas não de pessoas que saíam. Existem relatórios da resistência polonesa que confirmam isto. Foram encontradas grandes quantidades de ossos. Existem testemunhos de escassos sobreviventes, assim como de muitos guardas dos campos. Até hoje, só foram encontrados vivos 2 pessoas, de aproximadamente 600.000 pessoas que foram enviadas para o campo de Belzec.

Assim, se Berg está certo quando diz que as vítimas, se foram gaseadas com os escapamentos de motores a diesel, não morreram pelo monóxido de carbono, como morreram? Infelizmente, uma vez que os campos foram destruídos antes do final da guerra, e as câmaras de gás e motores com eles, não é possível reconstituir precisamente o que aconteceu. No entanto, é possível elaborar as possibilidades e determinar a causa geral de morte, se não for a combinação precisa de causas. Na realidade, Berg tem esta resposta, mas têm-se negado a enxergar – ou não pretendeu. Provavelmente, as vítimas morreram asfixiadas com outras combinações de fatores.

Como é possível isto, se Berg "provou" que existe muito oxigênio nos gases do escapamento de um motor a diesel, como a asfixia seria possível? Existem certas quantidades de fatores significativos que Berg “esquece”. Em primeiro lugar, os motores a diesel também produzem altos níveis de óxidos de nitrogênio (NOx), que são tóxicos. Berg só falou do potencial cancerígeno em longo prazo destes produtos químicos, mas usando a concentração adequada também tem efeitos em curto prazo - uma concentração entre 250 e 500 ppm (partes por milhão) de NO2 é fatal [3].

Embora não exista uma maneira de dizer se os níveis eram dessa altura nas câmaras de diesel, uma vez que existem muitas variáveis envolvidas, a fonte principal da informação de Berg sobre a composição dos gases do escapamento de um motor a diesel dá umas emissões de NOx de até 690 ppm em uma prova - dependendo da distribuição precisa dos compostos, eventualmente, uma dose letal dentro do limite de tempo mesmo sem o adicional considerações abaixo indicadas. [4]

Os resultados de muitas provas do documento caem no intervalo entre 267 e 448 ppm - um fator significativo para contribuir para a morte, se esta não chegou a ser a causa direta. Curiosamente, as maiores concentrações foram conseguidas com uma proporção de combustível-ar de 0,03, e uma velocidade do motor de 600 RPM - algo importante, devido à insistência de Berg em que só com uma proporção maior de combustível-ar se pode afirmar que os escapamentos de um motor a diesel sejam suficientemente tóxicos para matar a média assinalada pelos testemunhos.

Em segundo lugar, as pessoas que estiveram na câmara haveriam tido um alto ritmo respiratório devido ao pânico e ao esforço, já que eles os faziam correr no trajeto até a câmara. Este fator unido aos altos níveis de dióxido de carbono (CO2) haveriam consumido com maior rapidez o oxigênio disponível. Não se pode ignorar este aspecto.

Em terceiro lugar, e o mais importante, os testemunhos declararam que os tetos das câmaras de gás eram baixos, e que se acomodavam as pessoas dentro do maior rigor possível. Isto significa que não havia muito ar para as pessoas quando estas começavam a funcionar. A medida que o motor introduzia os gases do escapamento com baixos níveis de oxigênio e altos de CO2, fuligem, NOx (e se, diferente do combustível usado no documento de Holtz e Elliot, os nazistas usaram diesel com altos níveis de enxofre, também de dióxido de enxofre, outro tóxico), as vítimas haveriam respirado as toxinas e gastado o air disponível (e carregado a câmara com mais dióxido de carbono, provocando um ritmo respiratório ainda mais rápido e entrando assim em um círculo vicioso).

Isto pode ser feito sem modificar o motor. Entretanto, ajustando a entrada de combustível, ou bloqueando parcialmente a entrada de air, se pode produzir gases com mais ou menos oxigênio. (De novo, não se pode confirmar que isto foi feito, mas é perfeitamente possível).
Portanto, é possível criar condições letais usando motores a diesel, embora não exista muita margem de erro. E de novo, os testemunhos indicam que algumas vezes se descobriu que o processo não matava todo mundo, e de vez em quando se tinham que efetuar tiros na nuca de alguns sobreviventes. Rudolf Höss, o comandante de Auschwitz, declarou que em uma viajem a Chelmno, onde se utilizavam vans de gaseamento, ele viu que os gases do escapamento não conseguiram matar todas as vítimas.

E sobre o argumento da eficiência deste método? Este argumento assume em primeiro lugar que os que decidiram utilizar motores a diesel possuíam os mesmos conhecimentos técnicos que Berg possui. Pouca gente sabe que os motores a diesel não produzem tanto monóxido de carbono como os motores a gasolina. Se eles testaram e os mesmos funcionaram, não se preocuparam mais com isso.

Os motores a gasolina certamente poderiam ter funcionado melhor, mas teriam dois problemas. Em primeiro lugar, os níveis de CO produzidos eram tão altos que era potencialmente explosivo (um ponto que Berg assinalou em um de seus artigos na Usenet citado no apêndice ainda que não foi capaz de ver seu significado). Em segundo lugar, estes veículos teriam um uso mais importante -como veículos. O motor a diesel era de um tanque soviético capturado. Existiam milhares destes em restos nos campos de batalha, muitos deles inutilizáveis porque os alemães não dispunham de instalações para repará-los. Assim que se examinam as considerações econômicas, não somente as técnicas, o uso de motores a diesel tem mais sentido.

E o argumento de que as vítimas teriam morrido de asfixia por somente estar trancadas nas câmaras? Este argumento vai de encontro ao mito que considera que todos os nazistas eram monstros sádicos. Eram assassinos sim, mas não era seu objetivo causar o máximo de sofrimento possível. A intenção de usar monóxido de carbono teria como finalidade levar a cabo uma execução relativamente humana. Isto era importante para o moral dos homens das SS, como demonstrou a experiência que passaram durante os fuzilamentos em massa na Rússia ocupada (Einsatzgruppen).

O uso de motores a diesel em câmaras de gás não era o melhor meio técnico, mas poderia funcionar - e como declararam muitos testemunhos, funcionou. Eventualmente procuraram um método melhor em Auschwitz, e deixaram de usar as câmaras de gás com motores a diesel.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Técnicas de Negação do Holocausto - Friedrich Paul Berg e o Assunto dos motores à diesel – Parte 1

Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://www.nizkor.org/features/techniques-of-denial/diesel-01.html

Autor: Michael P. Stein

Este artigo analisa os erros e mentiras que contém a "demonstração" de Friedrich Paul Berg[1] da impossibilidade de matar pessoas usando os gases do escapamento de um motor à diesel, tal e como foi descrito por testemunhos dos gaseamentos nos campos da Operação Reinhard. Esta exposição se dará sem utilização de termos técnicos, no entanto, existe um apêndice que analisa o caso com todos os detalhes e referências técnicas para aqueles que desejam conhecer detalhadamente os argumentos técnicos.

Queremos encorajar-lhes a ler todos os detalhes. Uma das coisas que dizem os negadores "cientistas" do Holocausto como Berg e Fred Leuchter é que contam com o fato de que a maioria das pessoas não são “científicas” e não podem seguir em um debate científico e assumem que se algo utiliza termos científicos, está correto. Mas existem muitos debates científicos hoje em dia - a contaminação, o câncer, o aquecimento global, etc. – que entram no terreno política. Alguns destes argumentos são elaborados para sustentar um plano ideológico oculto, sendo assim utilizando a ciência de forma desonesta. Esperamos que a argumentação completa ajude as pessoas a darem conta de que algo que venha disfarçado de "ciência" não significa que devem deixar de analisar criticamente o que lhes é dito.

Os argumentos de Berg se resumem nos 5 pontos seguintes:

  1. Os motores à diesel, diferente dos de gasolina, não produzem grandes quantidades de monóxido de carbono (CO) durante o seu funcionamento normal, e é extremamente difícil fazer que produzam níveis de CO suficientes para causar a morte no tempo que falam os testemunhos.

  2. Os testemunhos dizem que as vítimas dos gaseamentos tinham a pele de cor azul claro – mas as vítimas de envenenamento agudo por monóxido de carbono têm a pele de cor avermelhada.

  3. Além disso, os alemães dispunham de maneiras muito melhores que os motores à diesel para produzir monóxido de carbono (caminhões e carros movidos a gasolina), assim não teria sentido usar motores à diesel.

  4. Os motores à diesel produzem normalmente uma grande quantidade de oxigênio que é emitido pelo cano de descarga, assim as pessoas não poderiam ter morrido por asfixia no tempo assinalado pelos testemunhos.

  5. Mesmo que os expostos acima estivessem certos, se a execução de realizava por asfixia, não teriam nenhum sentido ligar o motor – bastava trancar as vítimas em uma câmara selada, assim introduzir os gases do cano de descarga não teriam sentido.

Portanto as razões (de Berg) -, vão contra o que dizem os historiadores, as vítimas não poderiam morrer pelo por monóxido de carbono.

Portanto (razões de Berg) – nem sequer morreram por asfixia; todo este assunto é uma invenção.


Existe uma relativa verdade nos 5 pontos. O ponto 2 com frequência é totalmente certo, ainda que nem sempre. Sem dúvidas, Berg não mencionou em seu estudo o testemunho, do Higienista das SS Dr. Wilhelm Pfannenstiel[2], mencionou explicitamente que a asfixia era a causa da morte . O ponto número não está tão certo, como imagina Berg, mas dado o ponto 2 é possivelmente muito irrelevante.


Berg acredita firmemente em argumentos "psicológicos" como os pontos 3 e 5, a idéia do pessoal das SS destinado aos campos de extermínio poderiam ter melhores maneiras, se quisessem matar gente. Por exemplo, no artigo do Newsgroup alt.revisionism 2vt3du$t0b@mary.iia.org, escreveu: "[Scott] Mullins deveria tratar de ligar um motor de 150 cavalos em plena potencia, um motor que é pequeno, com uma hélice ou um ventilador acoplado, sem fazer barulhos e mais barulhos".


Está Berg tentando nos dizer que os nazistas não cometeram assassinatos em massa com motores a diesel porque temiam receber uma multa por descumprir a “lei do silêncio”?
Neste mesmo artigo, Berg também escreveu: "Dado que a carga de qualquer ventilador a hélice varia não linearmente com respeito às rotações por minuto, ‘e bastante complicado intentar escolher o tamanho adequado da hélice. Iván não sabe fazer".


Aqui, Berg diz duas coisas contraditórias de uma vez. Se isso tivesse sido feito, "Ivan", como é óbvio, não teria feito isso. Foram os nazistas que criaram o sistema, não os russos e nem os ucranianos. Os russos construíram o motor original. Os nazistas só os modificaram.


Está Berg dizendo que os nazistas não o conheciam para ter feito?


Está Berg dizendo que os alemães não teriam engenheiros competentes? Por outro lado, dizer que o pouco sofisticado "Iván" foi o responsável pela idéia e as modificações colocam em perigos os pontos 3 e 5, segundo os quais não se usaram os motores porque não era uma boa idéia “técnica”?.


Uma pessoa pouco preparada provavelmente no se daria conta de que é incorreto utilizar um motor a diesel para gerar monóxido de carbono. Esta classe de argumentos que se contradizem a si mesmo são típicos de um advogado de defesa, não de um “cientista”.

sábado, 12 de abril de 2008

"Revisionismo": a "ciência" da negação, a negação da ciência

Técnicas de negação do Holocausto
Autor: Mike Stein

Nos últimos anos, os negadores do Holocausto tem se empenhado a recorrer a argumentos "científicos" para "provar" que o regime nazi não pode sar câmaras de gás para levar a cabo um programa de extermínio contra os judeus e os ciganos. Os "Relatórios Leuchter e Rudolf" intencionaram provar que não havia suficientes resíduos de cianeto de hidrogênio nas câmaras de gás de Auschwitz como para demostrar que não se havia realizado gaseamentos massivos. Friedrich Paul Berg, em seu documento "As Câmaras de Gás de Motor Diesel: Um Mito dentro de um Mito", afirma que é capaz de demostrar que é improvável no melhor dos casos e impossível, no pior, usar os escapes de um motor diesel para matar pessoas na maneira e no tempo descritos por testimunhas oculares nas câmaras de gás de Belzec e Treblinka. Ambos documentos citam experimentos, análises de laboratorio, compostos químicos, etc. Igual que em qualquer documento científico objetivo - ou ao menos isso é o que os autores nos querem fazer crer.

O perigo deste novo planteamento negador é que poucar pessoas têm os conhecimentos técnicos necessários para analisar os documentos e descobrir suas falsidades. Demasiada gente examina os argumentos, vê a palavra "ciência" e imediatamente se perde. Consideram que se é "científico", deve estar certo. Esta negação do Holocausto obtem assim credibilidade "cientítica".

Por desgraça, há uma diferença entre a "ciência" negadora e a verdadeira ciência. O princípio fundamental da verdadeira ciência é este: "qualquer teoria há de ter em conta todos os fatos observáveis relevantes. Quer dizer, a teoria há de ajustar-se aos fatos; um verdadeiro cientista nunca nega os fatos simplesmente porque não se ajustam a sua teoria. O método de trabalho de um cientista honesto é em primeiro lugar realizar observações, e só depois elaborar uma teoria que explique o que foi visto. Se em algum momento os fatos contradizem a teoria, esta é descartada como falsa, e se elabora uma nova.

Os negadores do Holocausto invertem este processo. Em primeiro lugar, decidem como querem que sejam os "fatos", em lugar de recorrer a testemunhas oculares e a provas físicas e documentais. Elaboram teorias para "provar" que os fatos "autênticos" são como eles querem que sejam. Assim, todos os documentos verdadeiros são falsificações ou expressam algo distinto do que parecem dizer, e as testemunhas de fatos que contradigam suas teorias são uns mentirosos, ou se equivocam, ou estão loucos, ou são vítimas de algum tipo de coação que provocou que dessem falso testemunho.

Há outras maneirs de distinguir a ciência autêntica da charlatanice. Os verdadeiros cientistas são cautos. Buscam possíveis explicações alternativas. Buscam possíveis fontes de erros. Explicam todas as limitações e todos os problemas que tenham suas teorias. Procuram evitar fazer suposições, e sem têm que fazê-las, explicam-nas e as justificam abertamente. Todas as conclusões tem por base em fatos e em teorias corretamente estabelecidas, não em especulações e suposições sem demonstrações.

Quando se examina a "ciência" negadora, se descobre que se rompem todas estas regras. Fred Leuchter simplesmente supôs que para matar persoa havia sido usada a mesma a mesma quantidade de cianeto de hidrogênio que havia sido usada para matar piolhos. Isto é falso; Há de se usar muito mais cianeto de hidrogênio para matar piolhos, e há de estar expostos a ele muito mais tempo. Também parece que supôs que os gaseamentos tinham lugar com muito mais freqüência que de fato, ao ter considerado condições anormais no momento frio das deportações da Hungria como as típicas durante todo o tempo em que esteve aberto o campo de Birkenau.

Leuchter também supôs que dado que nos lugares onde se havia efetuado despiolhamentos aparecem manchas azuis(ao aparecer pela presença de compostos cianídricos como o azul da Prússia), nas câmaras de gás deveriam ter aparecido as mesmas manchas. Na realidade, o processo de formação do azul da Prússia a partir da exposição ao cianeto de hidrogênio não é ainda de todo conhecido. A taxa de formação, se é que chega a se formar, pode variar consideravelmente baixo diferentes circunstâncias.

Friedrich Berg argumentou que é muito difícil fazer que um motor diesel gere suficiente monóxido de carbono para matar alguém em meia hora, como declararam diversas testemunhas em Treblinka. Na verdade, está nisto certo - a primeira causa de morete foi provavelmente a asfixia(quer dizer, a simples falta de oxigênio). Sem embargo, Berg rompeu todas as regras. Em primeiro lugar, ignorou os testemunhos explícitos de testemunhas que afirmam que as vítimas morreram asfixiadas. Em segundo lugar, não examinou cuidadosamente outras circunstâncias distintas das que se havia falado sobre Treblinka nas que os escapes de un motor diesel podiam matar pessoas. Fechou os olhos para não perguntar-se a si os efeitos combinados de uma baixa concentração de oxigênio, uma alta concentração de dióxido de carbono, uma concentração média de monóxido de carbono, altos níveis de óxidos de nitrogênio e a aglomeração numa sala muito pequena podiam matar as pessoas presentes na sala ainda que quiça(possibilidade)não houvesse podido matá-las se houvessem entrado na câmara um por um.

Contam uma história, quiça apócrifa, segundo a qual alguém, utilizando a teoria de aerodinâmica, "provou" que os zangões não podiam voar. Sem embargo, os zangões, sem deixar-se impressionar por este triunfo da ciência, se negam a caminhar de flor em flor e seguem voando como eles tem feito sempre.

"Os "cientistas" negadores do Holocausto estão na mesma posição: tratam de provar que os fatos não são fatos. Em todos os sentidos, a "ciência" empregada ao serviço da negação do Holocausto é, na realidade, a negação de todos e cada um dos princípios do método científico - uma total negação da ciência em si mesma.

Fonte:
http://www.nizkor.org/features/techniques-of-denial/denial-of-science-sp.html
Tradução: Roberto Lucena

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...