sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Um presente de Boas Festas para Mattogno, Graf e Kues

Os membros do Holocaust Controversies preparam uma extensa crítica entitulada 'Belzec, Sobibor, Treblinka. Negação do Holocausto e a Operação Reinhard: uma crítica às falsificações de Mattogno, Graf e Kues'(Belzec, Sobibor, Treblinka. Holocaust Denial and Operation Reinhard: A Critique of the Falsehoods of Mattogno, Graf and Kues). É a primeira edição do documento, e os eventos de fundo que levaram a sua criação são discutidos na introdução. Publicaremos o trabalho inteiro como um arquivo PDF na internet dentro dos próximos 14 dias; mas primeiramente estamos lançando nossa atual versão do trabalho como uma série do blog, começando aqui. Não usamos um revisor profissional e estamos trabalhando neste projeto gratuitamente em nosso tempo livre, por isso gostaríamos de pedir a todos os leitores a dar suas opiniões, acerca de qualquer erro tipográfico ou de outros erros, nos comentários abaixo em cada artigo do blog. Incorporaremos quaisquer correções necessárias no PDF e nas versões subsequentes do documento.

Boas Festas e se divirtam!

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/12/holiday-gift-for-mattogno-graf-and-kues.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

Homenagem póstuma a Harry W. Mazal (1937-2011)

Como o Leo bem observou, só deu pra ficar a par do falecimento de Harry Mazal ao ler um dos posts recentes do Holocaust Controversies com uma dedicatória a ele. Fica aqui o agradecimento e reconhecimento à sua dedicação frente ao site The Holocaust History Project e à Mazal Library, como também pelo seu combate ao negacionismo do Holocausto. Descanse em paz.

Harry W. Mazal (10 de maio de 1937 - 22 de agosto de 2011)

Ele criou uma biblioteca amplamente usada em San Antonio
In Memory of Harry W. Mazal

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

As vítimas africanas de Hitler: os massacres do exército alemão a soldados franceses negros em 1940

Documento criado em: 20 de julho de '06
Air & Space Power Journal Book Review - Primavera de 2007

Hitler's African Victims: The German Army Massacres of Black French Soldiers in 1940(As vítimas africanas de Hitler: os massacres do exército alemão a soldados franceses negros em 1940) por Raffael Scheck. Cambridge University Press (http://www.cambridge.org/us), 32 Avenue of the Americas, New York, New York 10013-2473, 2006, 216 páginas, $65,00 (capa dura).

Em "A Preface to History" de Carl G. Gustavson, o autor afirma que ao visualizar qualquer evento histórico, deve-se examinar e tentar compreender quaisquer e todas as influências profundas que levaram à ocorrência de um específico episódio, porque nunca tais eventos ocorrem em um vácuo e simplesmente não "apenas ocorrem". Pelo contrário, as situações sempre vão em movimento na esteira de outros acontecimentos. Em seu excelente livro "Hitler's African Victims", Raffael Scheck faz isto com perfeição e com grande efeito.

Professor adjunto de História Moderna da Europa no Colby College e titular PhD da Universidade de Brandeis, Scheck é autor dos livros "Alfred von Tirpitz and German Right Wing Politics, 1914–1930"(Alfred von Tirpitz e as políticas alemãs de extrema-direita, 1914-1930) e "Mothers of the Nation: Right-Wing Women in Weimar Germany"(Mães da Nação: as mulheres de extrema-direita na República de Weimar), juntamente com vários artigos sobre políticas da extrema-direita alemã. Em Hitler’s African Victims, Scheck traz à luz uma área da história que até agora as pessoas, ou intencionalmente teriam ignorado ou, infelizmente, esquecido.

Durante o desesperado verão de 1940, as forças alemãs avançaram largamente, sem contenção, sobre a Europa Ocidental. Um dos muitos países a sentir a fúria do exército de Hitler foi a França. Ardendo com um intenso desejo de vingança pelas abominações impostas ao povo alemão - o Tratado de Versailles - Hitler e seus asseclas assumiram uma atitude especial para impôr uma rápida e humilhante rendição à França. As fileiras do exército francês alistaram mais de 100.000 soldados negros os quais os franceses haviam recrutado e mobilizado a partir de áreas da Mauritânia, Senegal e Níger, na África Ocidental Francesa, colocando-os em regimentos só negros ou mestiços e em seguida tornando-os parte das divisões da Infantaria Colonial. Durante a árdua batalha contra os alemães, estes soldados africanos - muitas vezes armados com os temidos coupe-coupe(facões) de lâmina longa, com os quais eles abriam caminho através dos soldados inimigos no combate corpo a corpo - viram-se confrontados com o melhor que os alemães poderiam reunir. Raramente se ouve a história das perdas que os africanos impuseram aos alemães.

Tragicamente, durante o período de luta mais difícil na campanha da França, acima de 3.000 desses prisioneiros Tirailleurs Senegalais foram evidentemente massacrados por soldados alemães. O assassinato de prisioneiros inimogos - por membros de ambos os lados - ocorreu durante a guerra, mas o grande número de perdas cometidas pelos Tirailleurs durante em um período relativamente curto de tempo levanta sérias questões. O autor faz um trabalho magistral de extraordinária e coerente informação do acontecimento para explicar as circunstâncias que cercam esses massacres.

Como parte de sua análise, Scheck discusses muitos aspectos da história do racismo na Alemanha que provavelmente levaram a atitudes predominantes dentro da sociedade nazista daquele tempo — por exemplo, o que ficou conhecido como "Terror Negro"(Black Horror), envolvendo o estacionamento de soldados negros na Renânia logo após a Primeira Guerra. Vários incidentes ocorreram entre estes soldados e a população nativa, especialmente os nascimentos de muitas crianças mestiças. Estarrecida, a liderança nazi pediu pela esterelização forçada destas crianças e a propaganda alemã trabalhava a exaustão para retratar negros como selvagens e "loucos pervertidos sexuais". Por conta destes esforços, uma forte fundação antinegra surgiu na nova Alemanha. Da mesma forma, como um poder colonial na África (1904–1907), a Alemanha eliminou mais de 150.000 negros durante uma série de levantes. Além disso, os alemães deram tratamento similar ao dos negros apanhados lutando pela União durante a Guerra Civil Norte-Americana, bem como o tratamento dos EUA a mexicanos, norte-americanos nativos e filipinos durante os conflitos com esses povos.

Todos esses fatores ajudaram a criar uma atmosfera propícia para cometer as atrocidades descritas neste livro. O autor explica eloqüentemente conceitos tais como o critério para o massacre sancionado e cinco fatores situacionais que conduziram ao assassínio de prisioneiros negros. Curiosamente, a pesquisa de Scheck revelou que quando tudo estiver dito e feito, aparentemente nenhuma diretiva do governo alemão ordenou que os soldados matassem esses prisioneiros. Muito provavelmente, a ferocidade da batalha, o racismo latente e os efeitos de terem visto colegas soldados mortos em combate - muitos cortados e separados por africanos ocidentais armados a faca - combinaram para motivar os alemães a agir como agiram. Na verdade, muitas unidades alemãs se recusaram a matar os prisioneiros negros absolutamente, e depois de agosto de 1940 - o período mais desesperador para alemães e franceses - pouco ou nenhum assassinato de prisioneiros ocorreu.

Apesar deu tecer louvores a este livro, eu tenho algumas discordâncias com o autor. Scheck afirma que os alemães iriam "atirar imediatamente nos negros dispersos sem lhes dar a oportunidade de se render. Isto era ilegal como um massacre, mas mais fácil para encobrir. . . . A prática de não dar alojamentos a soldados negros, embora ilegal, foi certamente facilitada pelo fato de que as disposições legais para se render poderiam ser difíceis de se aplicar no combate corpo a corpo"(páginas 61 e 66). De acordo com a Lei de Conflito Armado, no entanto, não é ilegal matar soldados em fuga ou dispersar os soldados. Só depois deles terem se rendido e o inimigo tomar o controle deles, eles se tornariam imunes de serem mortos. Da mesma forma, é legal dizimar toda formações de soldados inimigos - por não matá-los hoje, em vez de tê-los que enfrentar amanhã. Apesar de ser "descortês" poder matar soldados em fuga ou dizimar uma formação inteira inimiga, continua a ser perfeitamente aceitável e legal fazê-lo.

No geral, os pontos de menor importância em nada diminuem o grosso deste excelente livro. Não é sempre que se encontra um estudo da Segunda Guerra Mundial que revela uma página inteiramente nova da história. Completo com dez fotografias, quatro páginas de tabelas que descrevem os assassinatos e um mapa das áreas em questão, Hitler's African Victims deixa sua marca como uma importante contribuição para uma já desordenada história da guerra.

Tenente-Coronel Robert F. Tate, FAEUA(USAFR)
Base(AFB) de Maxwell, Alabama

Aviso

As conclusões e opiniões expressas neste documento são as que o autor manifesta de acordo com sua liberdade de expressão e no ambiente acadêmido da Academia da Força Aérea(Air University). Elas não refletem a posição oficial do Governo dos EUA, do Departamento de Defesa, da Força Aérea dos EUA ou da Academia da Força Aérea(Air University).

Fonte: Air & Space Power Journal Book Review(da Academia da Força Aérea dos EUA)
http://www.airpower.au.af.mil/airchronicles/bookrev/scheck.html
Tradução: Roberto Lucena

Ler também:
Crescendo negro na Alemanha nazista
Negros alemães vítimas do Holocausto
Mais apontamentos do racismo nazi
O racismo nazista nas palavras dos próprios nazistas
A Fazenda Nazista no Brasil e o emprego de trabalho escravo - rastros deixados pelos nazistas no país

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A força da palavra genocídio

A força da palavra genocídio
Data de publicação : 23 Dezembro 2011 - 7:34pm | Por Klaas den Tek (Foto: ANP)

Assuntos relacionados: Direito Internacional França genocídio armênio Turquia

A tensão entre Turquia e França está elevada agora que o parlamento francês aprovou uma lei que torna punível a negação do genocídio armênio pelos turcos (1915-1916). O primeiro-ministro turco Tayyip Erdogan, por sua vez, culpa a França de genocídio na Argélia após a Segunda Guerra Mundial. Assim que surge a palavra genocídio, as emoções em geral se elevam.

Genocídio. É um dos termos mais pesados do direito internacional. É o maior crime contra a humanidade. Uma grande e indelével mancha na história de um país. Quem pensa em genocídio pensa, automaticamente, nas horríveis imagens do holocausto. Ou no terrível massacre em Ruanda em 1994.

Assassinatos em massa

O jurista e linguista polonês Raphael Lemkin introduziu o termo genocídio em 1944 em seu livro ‘Axis Rule in Occupied Europe’. O termo foi utilizado durante os processos de Nuremberg, onde líderes nazistas foram julgados pelas atrocidades da Segunda Guerra Mundial. Em 1948 as Nações Unidas estabeleceram a Convenção sobre Prevenção e Punição do Crime de Genocídio. Por influência do ditador russo Jozef Stalin, o massacre de grupos políticos não foi incluído na definição.
Artigos relacionados

Segundo Thijs Bouwknegt, do Instituto Holandês para Documentação de Guerra (NIOD), a palavra genocídio é claramente definida juridicamente: “Trata-se na verdade do ataque a quatro grupos: nacional, étnico, racial e religioso. Será genocídio se um destes grupos for massacrado ou expulso do país. E este último caso foi o que aconteceu com os armênios em 1915. Eles foram deportados em grande escala pelo regime otomano.”

Genocídio

Nos últimos anos fala-se com frequência sobre genocídio em conflitos. Opositores do ex-líder líbio Muamar Kadhafi logo falaram de genocídio no país. O termo também aparece quando se fala na violência usada pelo presidente sírio Bashar al-Assad contra manifestantes. Larissa van den Herik, professora de Direito Público Internacional na Universidade de Leiden, vê um motivo importante para isso:

“O termo é usado com frequência porque faz um apelo imperativo para que a comunidade internacional intervenha. Genocídio é o pior que pode acontecer. É usado como arma política. Frequentemente já não se olha objetivamente os fatos, mas dá-se uma carga emocional. O perigo é que o conceito perca sua força.”

Juízes internacionais

Segundo Van den Herik, os juízes e promotores internacionais têm consciência desse perigo. Nas acusações não se fala de genocídio gratuitamente. Há espaço para outros crimes. Além disso, o genocídio muitas vezes é difícil de ser provado. Nos últimos anos, os juízes comprovaram genocídio apenas em Ruanda e na antiga Iugoslávia.

Thijs Bouwknegt, do NIOD: “É preciso não só provar que um grande grupo foi eliminado ou está sendo vítima de alguma maneira, mas também precisa-se comprovar que ele pertence a um dos quatro grupos. Há um enorme fardo para as provas.”

Internacionalmente ainda correm casos de genocídio. No Tribunal do Camboja, por exemplo, alguns líderes do Khmer Vermelho estão sendo julgados por genocídio. Trata-se aqui do extermínio de um grupo nacional e religioso. O Khmer Vermelho teria exterminado dois grupos nos anos ’70: a minoria vietnamita e os islamitas Cham.

Negação

Em alguns países, mesmo a negação de um genocídio é um ato que vai longe demais para as autoridades. Na Holanda o holocausto não pode ser negado. Quem o faz pode ser processado. A França é agora o único país europeu onde o genocídio armênio não pode mais ser negado. Fica a dúvida se países como Holanda e Alemanha a seguirão.

Van den Herik: “Nos dois países vive uma grande comunidade turca que não se quer ofender com uma proibição assim. Mas não seria errado impor uma pressão extra sobre a Turquia. É sempre bom olhar honestamente para o passado.”

De qualquer forma, primeiro seria preciso apresentar um projeto ao parlamento. E a questão é: depois da reação feroz de Ankara, qual governo ainda se atreve a tocar nesta ferida.

Fonte: Radio Nerderland
http://www.rnw.nl/portugues/article/a-for%C3%A7a-da-palavra-genoc%C3%ADdio

Ver mais:
Tensão com França remete à candidatura da Turquia à UE (AFP/EFE/Reuters, Terra)
Presidente turco pede para França deixar mediação no Cáucaso (Terra/EFE)
Pró-turcos pirateiam site de deputada francesa que propôs lei sobre genocídio armênio (acrítica.com, Portugal)
«Hackers» atacam site de deputada francesa (abola.pt, Portugal)
Turquia retira diplomata de Paris por lei do genocídio armênio (Diário de Pernambuco)
Genocídio armênio: Turquia acusa Sarkozy de manobra eleitoralista (euronews)
Erdogan acusa franceses de genocídio na Argélia (DN, Portugal)
“Sarkozy que pergunte ao pai sobre os massacres na Argélia” (euronews)
Erdogan acusa França de genocídio argelino (Público, Portugal)
Armênios saúdam lei francesa sobre o “genocídio” (euronews)

sábado, 24 de dezembro de 2011

Quick Facts: "Tratamento Especial" (Sonderbehandlung)

1) - Negadores do Holocausto alegam que “tratamento especial” não significa “matar”, mas na verdade significava algo muito mais benigno. Eles também alegam que qualquer um que admitiu que “tratamento especial” significava “matar”, foi torturado pelos Aliados.

2) – No entanto neste Quick Facts – nas palavras dos próprios nazistas – mostram que “tratamento especial” claramente queria dizer “matar”. Estas declarações foram feitas pelos nazistas muito antes do questionamento dos Aliados.

Aqui temos o que Reinhard Heydrich, Chefe do Gabinete de Segurança do Reich e responsável pela “questão judaica” disse sobre “Sonderbehandlung” em 1939. Em 20 de setembro de 1939 Heydrich enviou um telegrama às sedes regionais e sub-sedes da Gestapo sobre os “princípios básicos de segurança interna durante a guerra”. (Lembrando que Heydrich foi assassinado em 1942, muitos antes das [supostas] torturas dos russos ou americanos para que ele escrevesse isso):



Zur Beseitigung aller Mißverständnisse teile ich folgendes mit: ...ist zu unterscheiden zwischen solchen, die auf dem bisher üblichen Wege erledigt werden können, und solchen, welche einer Sonderbehandlung zugeführt werden müssen. Im letzteren Falle handelt es sich um solche Sachverhalte, die hinsichtlich ihrer Verwerflichkeit, ihrer Gefährlichkeit oder ihrer propagandistischen Auswirkung geeignet sind, ohne Ansehung der Person durch rücksichtloses Vorgehen (nämlich durch Exekution) ausgemerzt zu werden.



[Tradução]


Para esclarecer todos os mal-entendidos, informo o seguinte:
...uma diferenciação deve ser feita entre aqueles que podem ser finalizados no caminho até então usual, e aqueles a quem se aplica um tratamento especial. Neste último caso, estamos lidando com circunstâncias que por causa de sua degradação, o perigo ou suas consequências para a propaganda, é apropriado sem levar em conta a pessoa, para eliminá-los através de um procedimento cruel (nomeadamente execução).


Nuremberg Document 1944-PS

E aqui é o que Heinrich Himmler escreveu em 20 de fevereiro de 1942 em uma ordem secreta para os Agentes da Polícia de Segurança e do SD em relação aos trabalhadores do leste, mais uma vez, muito antes dos americanos e russos saberem sobre:



Bekämpfung der Diziplinwidrigkeit
(4) In besonders schweren Fällen ist beim Reichsicherheitshauptamt Sonderbehandlung unter Angabe der Personalien und des genauen Tatbestandes zu beantragen.
(5) Die Sonderbehandlung erfolgt durch den Strang.


[Tradução]

Combate para disciplinar

(4) Em casos especialmente graves, o tratamento especial deve ser solicitado ao Escritório de Segurança do Reich para a transmissão das informações e dos fatos exatos do caso.

(5) O tratamento especial acontece por enforcamento.

Nuremberg Document 3040-PS


"As execuções não devem ser realizadas no campo...Se os campos do Governo Geral estão localizados nas imediações da fronteira as medidas para os prisioneiros devem ser tomadas se possível no território da antiga União Soviética para tratamento especial.”

Nuremberg Document 502-PS

Em 1943, Himmler tinha tanta certeza de que quase todo mundo tinha entendido o significado da palavra “Sonderbehandlung”, que ele ordenou a substituição no secreto Korherr Report sobre a Solução Final para a Questão Judaica. Korherr tinha usado a palavra na página 9 do documento. Aqui está o que ele recebeu do assistente de Himmler:



Der Reichsführer-SS hat Ihren statistischen Bericht über "Die Endlösung der europäischen Judenfrage" erhalten. Er wünscht, daß an keiner Stelle von "Sonderbehandlung der Juden" gesprochen wird. Auf Seite 9 muß es folgerndermaßen heißen:



"Transportierung von Juden aus den Ostprovinzen nach dem russichen Osten:


Es wurden durchgeschleustdurch die Lager im Generalgouvernement...durch die Lager im Warthegau..."



Eine andere Formulierung darf nicht genommen werden...

[tradução]

O Reichsführer-SS recebeu o seu relatório sobre a “Solução Final para a Questão Judaica Européia”. Ele deseja que “o tratamento especial dos judeus” não seja mencionado em qualquer lugar. A página 9, deve ser reformulada da seguinte forma:

“Eles foram guiados

através dos campos no Governo Geral


através dos campos de Warthegau [uma das províncias da Polônia ocupada]

Nenhuma outra formulação deve ser empregada.


Bundesarchiv, Signatu NS (neu) 1570

Todas as citações de Eugen Kogon, Hermann Langbein et al, Nationalsozialistische Massentötungen durch Giftgas, Taschenbuch Fischer Verlag, Frankfurt am Main, 1995.

O texto completo do Relatório Korherr em Alemão e Inglês pode ser encontrado em: http://www.mazal.org/Klarsfeld/Mythomania/T165.htm

Fonte: The Holocaust History Project (THHP)
Link:
http://www.holocaust-history.org/quick-facts/special-treatment.shtml
Tradução: Leo Gott

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A concessão fatal de Mattogno: o assassinato de poloneses tuberculosos

Mattogno fez esta concessão acerca dos poloneses tuberculosos:
Em 01 de maio de 1942 (NO-246), o Gauleiter Greiser propôs a Himmler que os matasse. [MGK, Sobibór, p.280 n.850.].
Isto é fatal para Mattogno porque esses assassinatos eram referentes ao Sonderbehandlung("tratamento especial" link 1, link 2) feito por Greiser, Himmler, Koppe e Blome na série de documentos mostrados aqui e devido ao fato de que Greiser tinha usado o Sonderbehandlung em NO-246 para se referir a "100.000 judeus na área da minha região(Gau)." Slam, dunk (Enterrada).

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/12/mattognos-fatal-concession-killing-of.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

sábado, 17 de dezembro de 2011

Discurso de Himmler no mesmo dia do massacre de Lídice

Como o Dr. Lindtner aponta [1], Himmler afirmou em 09.06.42: "Die Völkerwanderung der Juden werden wir in einem Jahr bestimmt fertig haben, dann wandert keiner mehr."(Sobre a migração dos judeus, devemos terminá-la dentro de um ano e então não haverá mais migrações). Deve ser ressaltado que isto ocorreu um dia depois do funeral de Heydrich e no mesmo dia do massacre em Lídice(em português); em 10 de junho, 1.000 judeus foram deportados de Praga para Majdanek. Assim, não há dúvidas quanto ao significado do que Himmler disse quando usou a frase "dann wandert keiner mehr"(e então não haverá mais migrações).

Fonte: Holocaust Controversies
Título original: Himmler's Speech on the same day as Lidice
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/12/himmlers-speech-on-same-day-as-lidice.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

[1] Complemento: comentário do Dr. Lindtner na caixa de comentários do blog Holocaust Controversies, que consta do texto acima como link, sobre o discurso de Himmler. Comentário traduzido pro português. Link:
Holocaust Denial is Chutzpah(Dr. Lindtner) disse...

"...dann wandert keiner mehr"

A fim de defender a desesperada afirmação de que a Judenpolitik(política judaica) de Hitler/Himmler eram campos de "trânsito", e não destruição/extermínio físico(Vernichtung), Faurisson, em seu blog, em 20 de junho de 2011, cita esta sentença do discurso dado por Himmler na Haus der Flieger(Câmara dos Pilotos), em 09 de junho de 1942 (Geheimreden..., 1974, p.159): "Die Völkerwanderung der Juden werden wir in einem Jahr bestimmt fertig haben, dann wandert keiner mehr" (Sobre a migração dos judeus, devemos terminá-la dentro de um ano e então não haverá mais migrações).

Como Graf et.al.(e outros), Faurisson esquece de nos dizer onde e como esta Völkerwanderungs(migração forçada) iria acabar. O que Himmler quis dizer em suas quatro últimas palavras, "dann wandert keiner mehr"(e então não haverá mais migrações)?- A resposta foi dada pelo próprio RFSS(Reichsfuehrer SS), por exemplo, em Posen, em 06 de outubro de 1943 (ibid. pág. 169): "Es musste der schwere Entschluss gefasst werden, dieses Volk von der Erde verschwinden zu lassen" (Se faz necessário tomar uma decisão séria pra fazer este povo desaparecer da face da Terra).

Claramente, Faurisson, Graf e outros, não estão interessados em descobrir "o que realmente aconteceu". Do contrário eles não poderiam ter ignorado isto e várias outras passagens claras com o mesmo efeito.

Mortos dificilmente levantam de seus túmulos.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Histórias Curtas - Dona Hertha, 26/11/2011 - Holocausto

Por indicação de Dalva, segue abaixo o curta documentário com a história de D. Hertha Spier, sobrevivente do Holocausto que vive no Brasil.

Sinopse do documentário: Hertha Spier é uma sobrevivente do Holocausto que vive em Porto Alegre. Tem 93 anos. Depois de passar por três campos de concentração nazistas, ela refez sua vida e recuperou-se do sofrimento de perder familiares e amigos durante a 2ª Guerra Mundial, construindo uma nova família.

Duração: 16'05"

Trailer



Página do vídeo:
http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=225902&channel=45

domingo, 11 de dezembro de 2011

Outro 'campo de trânsito': Hinzert

O ITS tem uma página excelente sobre Hinzert aqui. Como Soldau, Hinzert era um 'campo de trânsito' que conduziu a morte de centenas de pessoas. Também extraíram ouro dos dentes de suas vítimas, como foi relatado pelo comandante de campo Sporrenberg em NO-1000 aqui. Um estudo de Hinzert, de Volker Schneider, pode ser acessado aqui.

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/12/another-transit-camp-hinzert.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Soldau

Otto Rasch deu uma declaração à SS em Berlim, em junho de 1943, em que descreveu as funções de Soldau. O testemunho, que se encontra aqui, afirma que o propósito original de Soldau era liquidar prisioneiros políticos poloneses discretamente. Rasch também afirma (pág. 3) que Soldau foi posteriormente usado para matar doentes mentais, como também está documentado em NO-2908.

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/12/soldau.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

domingo, 4 de dezembro de 2011

Males que nunca acabam

Colóquio internacional relembra os 50 anos do julgamento do oficial nazista Adolf Eichmann em Jerusalém. Os debates gravitaram em torno da intolerância e violência dos tempos atuais.

Por: Luan Galani
Publicado em 28/11/2011 | Atualizado em 28/11/2011
Tribunal de Jerusalém onde Karl Eichmann foi julgado e sentenciado à forca em 1961.
(foto: Memorial Norte-americano do Holocausto/ Departamento de Imprensa do Governo de Israel)


Há 50 anos o tenente-coronel nazista Karl Adolf Eichmann (1906-1962) era levado ao banco de réus pelo Estado de Israel. Chefe da polícia secreta nazista responsável pela identificação e transporte de pessoas para campos de concentração, Eichmann entrou para a história como executor-chefe dos assassinatos em massa do terceiro Reich. Acusado de 15 crimes e considerado culpado por todos eles, foi sentenciado à forca.

A fim de manter viva a discussão sobre intolerância, o Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Paraná (UFPR) organizou, em meados desse mês, em Curitiba, o colóquio internacional ‘Eichmann em Jerusalém: 50 anos depois’.

“Não podemos relegar ao esquecimento esse momento histórico que marcou a humanidade e que nos impulsiona a refletir sobre as diferenças”, disse a historiadora e organizadora do evento, Marion Brepohl, da UFPR.

Arma de propaganda

Segundo Brepohl, o julgamento serviu aos interesses políticos daquele momento. “Há tempos os israelenses sabiam que Eichmann estava na Argentina, mas só o capturaram naquele ano porque os pagamentos das reparações feitas pelos alemães estavam chegando ao fim”, disse.

O primeiro ministro de Israel, David Ben-Gurion (1886-1973), e o chanceler da República Federal da Alemanha, Konrad Adenauer (1876-1967), acordaram em usar Eichmann como arma de propaganda, transformando o julgamento em espetáculo.

“O julgamento demonizou Eichmann para evitar expor o passado de alguns membros do governo alemão da época que haviam sido cúmplices do nazismo, como Hans Globke, conselheiro de Adenauer”, destacou Brepohl.
David Ben-Gurion (à esq.) e Konrad Adenauer se encontram em Nova Iorque
em março de 1960. Segundo historiadores, o julgamento de Eichmann serviu de instrumento
político para ambos os dirigentes. (foto: Centro de Pesquisas sobre a História Alemã)

Em troca, a Alemanha forneceria equipamento militar a Israel. Foi o que aconteceu em 1962, quando Adenauer aprovou ajuda militar a Israel de 240 milhões de marcos.

Homem comum

Segundo a jurista Vera Karam de Chueri, da UFPR, durante o julgamento Eichmann não se mostrou o mais convicto dos nazistas. Era um homem comum, organizado e ávido por ascensão social. Ressentia-se do fato de ter sido tirado da escola pelo pai devido a seu baixo rendimento e quando foi demitido do emprego em 1932 aceitou ingressar no partido e depois na carreira militar.

Serviu como cabo no campo de concentração de Dachau e teria se destacado pelo espírito metódico e disciplinar. Apesar de responsável pela logística dos campos de concentração, sustentou que jamais matou um judeu.

“A burocracia e a tradição de acatar ordens cegamente o transformaram naquele homem que, com a mesma naturalidade, mandava empilhar corpos de manhã e, à tarde, jogava dominó com os filhos”, enfatizou Karam.

Com o fim da guerra, Eichmann foi preso por tropas norte-americanas. Mas conseguiu fugir e se instalar na Argentina a partir de 1950 sob o codinome Ricardo Clement.

Karl Adolf Eichmann em prisão israelense de Jerusalém durante
o período de seu julgamento. (foto: Tiergartenstrasse 4 Association)

Mais atual que nunca

Engana-se quem pensa que intolerância a diferenças é coisa do passado na Europa. Prova disso são o caso do político holandês Geert Wilders, que comparou o Alcorão ao Mein Kampf, de Adolf Hitler, e o recente relatório do governo alemão que revela a existência de antissemitismo latente em cerca de 20% da população da Alemanha.

E os contornos dessa situação – por si só embaraçosa – ganham traços assustadores com a descoberta pelo serviço de inteligência alemão de que grupos políticos da extrema direita são responsáveis por vários assassinatos de imigrantes durante os últimos 13 anos, principalmente no estado da Saxônia, no sudeste do país.
Haroche: “Direitos humanos, liberdades e até o estado democrático, nada está garantido para sempre. Temos que lutar diariamente por tudo isso, sem tréguas
Diante disso, a socióloga francesa Claudine Haroche, do Centro Nacional de Pesquisa Científica, em Paris, afirmou que nenhuma de nossas conquistas está assegurada. “Direitos humanos, liberdades e até o estado democrático, nada está garantido para sempre”, ressaltou. “Temos que lutar diariamente por tudo isso, sem tréguas.”

“Rememorar o julgamento de Eichmann – e consequentemente outras questões ligadas ao tema – faz parte dessa luta”, disse o sociólogo Sérgio Adorno, da Universidade de São Paulo, corroborando a tese de Haroche.

Segundo Adorno, que traçou um perfil da violência moderna e contemporânea, a tortura não foi erradicada de nossas sociedades, embora seja condenada desde o século 18. Como exemplos ele citou a prisão de Abu Ghraib, no Iraque, e a repressão aos protestos libertários no Bahrein e em outros países árabes, que desrespeitam vários acordos internacionais.

“Não há hoje intelectuais que defendam o emprego de meios violentos para garantir liberdade e justiça social”, disse Adorno. “Por outro lado”, ponderou, “são poucos os intelectuais que denunciam o emprego da tortura contra suspeitos de envolvimento em atos terroristas”.

Para o sociólogo da USP, essa anestesia moral era típica dos burocratas nazistas, como Eichmann. E recomendou: “Vigiemos constantemente nosso comportamento, para evitar que desenvolvamos o Eichmann que temos dentro de nós”.

Luan Galani
Especial para a CH On-line/ PR

Fonte: Ciência Hoje
http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2011/11/males-que-nunca-se-acabam

Ver mais:
West Germany's Efforts to Influence the Eichmann Trial (Spiegel Online, Alemanha)

sábado, 3 de dezembro de 2011

Sobre foruns e e-mail

Primeiramente, um pedido de desculpas muito atrasado a todos os que perderam o contato pelo e-mail do blog pois não foi possível responder a todos e as mensagens enviadas, como continua não sendo possível fazer isso. Por esta razão houve uma remoção do e-mail que constava no blog ficando a área de comentários disponível para a comunicação.

Aproveitando o post, uma vez surgiu um comentário anônimo interessante aqui no blog quando foram liberados os comentários anônimos(opção cortada), com uma chamada para fóruns de "discussão" com "revis" e a mensagem deveria ser respondida na ocasião mas não foi possível, mas nunca é tarde para comentar.

A mensagem foi dirigida ao Leo mas o comentário que irei fazer é pertinente ao que foi citado: eu não participo de fóruns de "discussão" com "revis" brasileiros, se alguém tem dúvida sobre "revisionismo" pode comentar no blog, mas constatando, há material negacionista suficiente na rede para as pessoas retrucarem e apontarem as distorções desse credo fascista. O nível de "discussão"(se é que dá pra chamá-la de discussão) dos "revis" brasileiros(vulgo credo de extrema-direita que por vezes tem ajuda de gente de extrema-esquerda 'alucinada' com conflitos no Oriente Médio) é sofrível, quando não, desprezível. Isso levando em conta que os "revis" 'gringos'(gurus ou não) não são lá grande coisa.

Se alguém quer entrar em fóruns de discussão com esse pessoal("revis"), saiba responder os ataques que eles fazem e aguentem o tranco, se não conseguem respondê-los e forem apenas ficar como saco de pancada pra eles "baterem" é melhor ficar bem longe deles. Se por acaso também a pessoa for ficar irritada e/ou afetada com todo tipo de asneira que esse tipo de idiota escreve(e pode ter certeza que eles irão escrever bastante ASNEIRA, mensagens de cunho preconceituoso e afins), é melhor também se manter distante desses fóruns e desse tipo de discussão.

A mensagem acima foi dirigida ao pessoal 'mais' afoito, que sempre acha que dobra esse tipo de extremista trombando de frente com eles de qualquer forma, xingando etc: não queiram bancar o "herói" ou "justiceiro"(ler 1, 2, 3, 4) trombando de qualquer jeito com este tipo de bando, na maioria das vezes em que pessoas se meteram a fazer isso sem nem ter ideia do que discutem, só fizeram besteira e acabaram ajudando a proliferar e organizar esse tipo de porcaria(extremismo) na rede. É só verem o caso do Orkut(rede social ainda popular no Brasil), que ficou estigmatizado com a proliferação desses bandos muito por conta também desse "ativismo" antifascista irresponsável e inconsequente.

E para quem não "entendeu" o comentário, favor ler estes textos(em inglês), parte 1 parte 2. Favor também ler isso, isso e isso em português sobre a questão.

Destaco uma parte:
Dificilmente teremos condições de discutir com os próprios defensores da negação, dado o ponto ao qual eles chegaram, enterrando a si próprios numa atitude de isolamento e encapsulamento. Tendo em vista essa atitude, pouco temos a dizer aos revisionistas; e, certamente, pelas razões que já expus, pouco ou quase nada eles têm a dizer-nos, pesquisadores do tema do Holocausto e do nacional-socialismo.[1]
[1] "Não ignorar, e sim esclarecer!", Neonazismo, negacionismo e extremismo político; (Coord. Luis Milman e Paulo Fagundes Vizentini); Autor do texto: Díetfrid Krause-Vilmar, link.

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