Traduzido por Leo Gott à partir do link: http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/06/another-denier-lie-victor-cavendish.html
Um truque favorito dos negadores, é a alegação que os britânicos sabiam que as câmaras de gás eram um trote, e que isso seria a peça-chave da indústria do trote. A primeira alegação foi de David Irving por volta de 1988, quando ele “botou pra quebrar” com o Leuchter Report. Apesar desta alegação ter sido totalmente destruída no julgamento de Lipstadt em 2000, os negadores continuam a papagaiar esta alegação com a sua habitual desonestidade.
As origens da mentira de Irving foram reveladas em detalhes na submissão de Richard Evans em nome da equipe de defesa de Lipstadt, e no Van Pelt Report. Significativamente, admitiu que a sua pesquisa primária na qual baseou sua alegação foi feita por outro negador, “Paul Norris, um dos homens de Zündel”. Falando em Toronto em 13 de agosto de 1988, Irving afirmou que:
Nos arquivos britânicos Paul Norris encontrou documentos que me mostrou em cópias fotográficas, demonstrando muito claramente que a Inteligência Britânica organizou deliberadamente a mentira das câmaras de gás. Eu não estou dizendo que eles desenvolveram inteligentemente a mentira das câmaras de gás, mas era uma mentira sobre as câmaras de gás. Em 1942, 1943 e 1944 o Comitê Conjunto de
Inteligência deliberava em Londres com o Comitê Executivo de Guerra Psicológica,
a agência de propaganda em Londres... sujando o nome da Alemanha, e enfurecendo os soldados aliados para que eles tivessem uma luta mais difícil. E um dos métodos do Comitê Executivo de Guerra Psicológica, que estão nestes documentos, eram as câmaras de gás, isto está nos documentos, dizendo que os alemães estavam usando câmaras de gás para se livrar de centenas de milhares de judeus e outras minorias na Alemanha. Nesta hora, um memorando, do Presidente do Comitê Conjunto de Inteligência, Victor Cavendish-Bentick, nesta hora ele escreve um manuscrito deste efeito: “tivemos que gastar boa parte do nosso dinheiro por causa dessa história de câmara de gás que estamos falando, mas não corremos o risco de eventualmente sermos descobertos e quando formos descobertos será um colapso para nosso esforço psicológico de guerra. Então não é tempo bastante para deixar à deriva por si mesma e concentramos em outras linhas que estamos correndo.”“Tivemos que gastar boa parte de nosso dinheiro” ele escreveu em 1944, e aqui estamos, 44 anos após, continuando a correr, maiores e mais fortes que nunca, agora ninguém se atreve a levantar e matar. Sai do controle. A mentirosa propaganda de Auschwitz que estava começando a correr em 1944 está agora fora de controle, e vai levar homens do porte de Ernst Zündel a matar[levantar] uma lebre especial.
Esta é a chave para a tragédia pessoal de Irving – a queda e o auto-sofrimento como pesquisador histórico – porque ele mostra como foi jogar com sua reputação pessoal, não tendo base para a pesquisa primária, usou um material escavado de quem faz o jogo sujo para um pró-nazista. Irving assim “botou pra quebrar”, não apenas sobre Leuchter [Irving escreveu um prefácio para o Leuchter Report em abril de 1989 e repetiu a falácia sobre Cavendish] mas em uma plataforma de distorções neonazistas.
Quais são as distorções neste caso? Como Evans e Van Pelt deixam claro, Irving apresentou uma mentira parafraseando o memorando de Cavendish-Bentinck. Cavendish-Bentick em nenhum ponto diz que o assassinato de judeus em câmaras de gás era mentira. Seu memorando refere-se exclusivamente ao gaseamento de poloneses, fato que está enfatizado com o sublinhado na palavra “polonês”. Ele também deixa claro que as alegações são consideradas “não confiáveis” e não suportadas por evidências conhecidas, e em nenhum ponto ele cita que foram fabricados pelos britânicos ou afirma que é mentira.[ao invés de simplesmente infundada]:
Na minha opinião é incorreto descrever as informações polonesas sobre as atrocidades alemãs como “confiáveis”. Os poloneses, e em muito maior medida os judeus, tendem a exagerar sobre as atrocidades alemãs, afim de nos aquecer. Eles parecem ter conseguido.
O Sr.Allen e eu mesmo, temos seguido de perto as atrocidades alemãs. Não creio que haja qualquer prova que seria aceita em um Tribunal de acordo com a lei polonesa de crianças que foram mortas no local pelos alemães quando seus pais estavam sendo deportados para o trabalho na Alemanha, nem crianças polonesas que foram vendidas para colonos alemães. No que se refere à morte de poloneses em câmaras de gás, não creio que haja prova de que isto tenha sido feito. Pode ter havido notícias com esta finalidade, e temos jogado em cima dos PWE como rumores, sem acreditar que tenha qualquer fundamento. De qualquer forma existem muito menos evidências do que existe para o assassinato dos oficiais poloneses em Katyn pelos russos.
Além disso, Cavendish-Bentinck afirma que:
Por outro lado, sabemos que os alemães estão destruindo os judeus de qualquer idade, a menos que estejam aptos para trabalho manual.
Cavendish-Bentinck, portanto, longe de manifestar a opinião de que o extermínio sistemático dos judeus era uma mentira, afirmou inequivocadamente que o extermínio de judeus inaptos para o trabalho estava em curso.
Como os negadores respondem a esta mentira de Irving?
Tais desonestidades flagrantes não requerem nenhum outro comentário, somente o desprezo.
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