quinta-feira, 7 de julho de 2016
Nota sobre o envolvimento do OSS (ASE) na localização dos documentos PS-501 das vans de gaseamento
Estes foram colocados em um dossiê preparado pelo bando X-2 da OSS (ASE) e, eventualmente, pego por Whitney Harris, que discute aqui (págs. 198-199) como ele os usou no interrogatório de Ohlendorf enquanto preparava-se para o caso contra Kaltenbrunner. Os documentos também foram autenticados por Rauff (link2) em Ancona, como Hans mostra aqui. Embora o documento Becker-Rauff tenha se tornado parte do PS-501, ele foi inicialmente apresentado pela OSS (ASE) como Feldpostnummer S2704/ SECRETO. Rauff deu uma confirmação ainda muito mais detalhada do documento no Chile, em 1972, mostrada aqui.
Na lamentação de Weckert e outros sobre as origens desses documentos, remeto os leitores à citação de Zimmerman no post do Roberto (Muehlenkamp) aqui.
*OSS (ASE): Office of Strategic Services, abreviação "OSS" (Agência de Serviços Estratégicos), precursora da CIA.
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2016/05/note-on-involvement-of-oss-in-locating.html
Texto: Jonathan Harrison
Título original: Note on Involvement of OSS in Locating Gas Van Documents PS-501
Tradução: Roberto Lucena
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
As imagens 3D de Eric Hunt do crematório 1
Como já apontei previamente, todo o argumento baseia-se fortemente na confiabilidade de um único modelo (planta). Além disso, se qualquer coisa, sugeriria que os poloneses não teriam reconstruído corretamente a câmara de gás e suas aberturas de gás, depois que fora convertida num abrigo antiaéreo pela SS após os gaseamentos serem interrompidas no campo principal de Auschwitz. Na verdade, algumas das testemunhas mais competentes e independentes (Stanislaw Jankowski, Hans Stark e Hans Aumeier com sua estimativa menor) forneceram uma estimativa de 2 para o número de aberturas, e não 4 como foi assumido pela reconstrução polonesa. Além disso, há ainda um possível motivo para a precaução de colocar uma abertura de gás diretamente ao lado da porta, especialmente quando falta experiência com a estabilidade da porta durante o assassinato em massa com gás venenoso: a de matar a vítima próxima da porta primeiro e se proteger das tentativas dela ser violada.
O argumento apresentado por Mattogno levanta algumas dúvidas sobre como a câmara de gás original parecia e porque foi feita assim, mas não demonstra uma farsa (hoax), não que os poloneses tenham feito algo para enganar nem que não tenha ocorrido gaseamentos homicidas no crematório 1.
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2015/09/erik-hunts-3d-imagery-of-crematorium-1.html
Texto: Hans
Título original: Eric Hunt's 3D Imagery of Crematorium 1
Tradução: Roberto Lucena
sábado, 20 de setembro de 2014
Descobrem câmaras de gás no campo de extermínio de Sobibor numa escavação arqueológica
Escavações no local em 2009. Foto: Yad Vashem |
Aproximadamente 250.000 judeus foram assassinados nesse lugar, o qual os nazis demoliram e cobriram com árvores para encobrir seus crimes. Também se encontraram bens pessoais das vítimas.
Uma escavação arqueológica na Polônia descobriu a localização das câmaras de gás no campo de extermínio de Sobibor, anunciou hoje o Yad Vashem, segundo o jornal israelense The Jerusalem Post.
Cerca de 250.000 judeus foram assassinados em Sobibor, mas em 14 de outubro de 1943, uns 600 presos se rebelaram e escaparam brevemente. Entre 100 e 120 prisioneiros sobreviveram à revolta e 60 deles à guerra. Depois do levante do campo, os nazis arrasaram a zona e plantaram pinheiros para ocultar seus crimes.
A escavação arqueológica no lugar, que é conduzida por uma equipe internacional de especialistas desde 2007, descobriu milhares de pertences pessoais dos presos, incluindo joias, perfumes, medicamentos e utensílios.
Esta semana foi descoberto um poço que foi utilizado pelos prisioneiros do Campo 1, onde ocorreu a revolta. Esses também continham objetos pessoais que pertenciam a prisioneiros judeus já que os guardas alemães haviam arrojado basura nele quando o lugar estava sendo destruído.
O Dr. David Silberklang, investigador do Instituto Internacional para Investigação do Holocausto, do Yad Vashem, disse: "O descobrimento da localização exata das câmaras de gás no Campo de Sobibor tem uma grande importância para a pesquisa do Holocausto".
Além disso, acrescentou que era importante entender que "não há restos de nenhum judeu que trabalhou na área das câmaras de gás, e portanto, esses resultados são os únicos que restaram dos que foram assassinados".
Fonte: AJN (espanhol)
http://www.prensajudia.com/shop/detallenot.asp?notid=39513
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais:
Escavações revelam câmara de gás em campo de concentração na Polônia (blog A Vida no Front)
Mais detalhes em:
Archaeologists unearth hidden death chambers used to kill a quarter-million Jews at notorious camp (Washington Post, EUA)
Archeological Digs Reveal Sobibór Gas Chambers (Yad Vashem)
Archaeological Excavations at Sobibór Extermination Site
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
Uma mulher em Birkenau: Krauser e o grito dos mortos
No inverno um comandante novo com sobrenome Krause chega ao comando do campo. Sua cara, como a de um retrato alemão antigo, tem traços tipicamente germânicos. Antes de tomar posse, visita os diferentes setores e estuda o progresso de liquidação do Lager (Campo). Para diante de um grupo de prisioneiras e pergunta a Perschel, que o acompanha, como se explica que algumas prisioneiras tenham números muito baixos. Quer dizer que essas prisioneiras duram em Oswiecim um ano, dois ou até mais?
-Jawohl, Herr Kommandant. Exatamente, meu comandante.
Krause está indignado. Crava seu olhar nos olhos doentios de Perschel e declara que um prisioneiro de campo de concentração não deveria viver mais de seis semanas. Se não morreu em todo este tempo, significa que aprendeu a fazer tramoias e por isso se deve exterminá-lo.
- Verstanden? Compreendido?
- Sicher, Herr Kommandant! Pois não, senhor comandante!
Sicher, Herr Kommandant… Você tem que admitir que os prisioneiros tiveram que esperar muito para lhe perguntar se não mudou de opinião. Gostaria de aplicar agora o mesmo princípio aos prisioneiros de guerra alemães?
Naquele momento estivemos frente a frente, ele, o senhor de nossas vidas, e nós, uns seres efêmeros. Ele, um daqueles que arrebataram da natureza a capacidade sagrada de impor a morte, um daqueles que auf Befehl, obedecendo ordens, converteram um grupo de pessoas em uma montanha inútil de objetos mortos, que os converteram em seres repugnantes de delgadas tíbias, que espantam com seus turvos olhos abertos e seu grito mudo de terror. E nós, os irmãos dos mortos, uns galeotes atados por uma cadeia. E todos pensamos que havia de estar cego para não se dar conta de que o grito dos mortos se torna mais perigoso que os chamados em voz alta dos vivos.
Fonte: extraído do blog El Viento en la Noche (Espanha)
http://universoconcentracionario.wordpress.com/2013/12/22/una-mujer-en-birkenau-krauser-y-el-grito-de-los-muertos/
Trecho do livro (citado no blog): "Una mujer en Birkenau" (título em inglês, Smoke Over Birkenau), Alba editores, págs. 392-393; de Seweryna Szmaglewska
Tradução: Roberto Lucena
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
O Holocausto segundo Jerry Lewis (O dia que o palhaço chorou)
EFE / Fotos: Especial |
13/08/2013 06:38
Fragmentos de filme inédito do comediante Jerry Lewis sobre o Holocausto, 'The Day The Clown Cried' (O dia que o palhaço chorou), aparecem no YouTube
O filme trata de um palhaço que acaba em um campo de concentração por fazer uma paródia de Hitler e que se encarrega de conduzir as crianças à câmara de gás.
NOVA YORK, 13 de agosto.- Dias depois do descobrimento do debut inédito de Orson Welles atrás das câmaras, apareceu na internet fragmentos de The Day The Clown Cried, filme que Jerry Lewis produziu e protagonizou em 1972 sobre um palhaço no Holocausto nazi e que, depois de uns desastrosos testes com o público, decidiu não lançar.
Com uma pequena aparição de Serge Gainsbourg, com Harriet Andersson e Claude Bolling no reparto, The Day The Clown Cried era a história de Helmut Doork, um palhaço que acaba num campo de concentração por fazer uma paródia de Hitler e que se encarrega de conduzir as crianças à câmara de gás.
"Era ruim e era ruim, porque eu havia perdido a magia. Nunca a verão. Ninguém a assistirá jamais, porque me envergonho por este trabalho pobre", assegurou Jerry LewisHavia nascido como um dos projetos mais queridos do comediante estadounidense, e Lewis havia perdido mais de 15 quilos a base de comer só uvas durante seis semanas e foi para a Suécia para rodá-la, onde para acabá-la teve que pôr dinheiro de seu próprio bolso.
175 mil visitas tem o filme no YouTube em apenas 2 dias
Contudo, a recepção nas projeções de prova com o público tiveram uma acolhida tão fria que Lewis decidiu não lançá-la nunca.
Agora, no portal de vídeos YouTube se pode assistir um "como foi feito" (making of) e algumas cenas de The Day The Clown Cried com legendas em flamenco, realizadas antes de que fosse cancelada sua estreia, e que agora, em dois dias, alcançou mais de 175 mil visitas.
O dia que o palhaço chorou
No vídeo se pode ver um Lewis consciencioso explicando o método de trabalho, citando inclusive os conselhos que lhe foram dados por Charlie Chaplin (ou Charles, Charlie é apelido pra Charles); maquiando-se para seu papel de palhaço crepuscular e também uma cena na qual tenta acender em vão um cigarro com uma vela de chama intermitente.
"Perfeita em sua monstruosidade", assim a descreveu o ator Harry Shearer
The Day the Clown Cried, que significa em inglês "O dia que o palhaço chorou", foi vista por muito pouca gente, mas entre eles estava o ator Harry Shearer, a quem a descreveu como um filme "perfeito em sua monstruosidade".
Guarda uma cópia em sua caixa forte
Jerry Lewis duvidou muito se ele era um ator idôneo para este projeto, e por isso sondou a Laurence Olivier, Dick Van Dyke e Bobby Darin antes de assumir o papel ele mesmo.
Segundo a página de cinema Internet Movie Database, o ator e diretor, nascido em Newark (Nova Jersey) em 16 de março de 1926, guarda todavia em sua caixa forte uma cópia do filme.
cmd
Os fragmentos do filme no Youtube:
Fonte: Excelsior (México)
http://www.excelsior.com.mx/funcion/2013/08/13/913419
Tradução: Roberto Lucena
sexta-feira, 19 de julho de 2013
"Kube havia mostrado aos italianos uma câmara de gás na qual a matança de judeus havia ocorrido."
O documento do Ministério de Relações Exteriores alemão abaixo foi exibido como T/341 no julgamento de Eichmann. É também citado em Nationalsozialistische Massentötungen durch Giftgas. Eine Dokumentation (S.92). O autor da nota é Eberhard von Thadden, que se tornou especialista em Assuntos Judaicos no Ministério de Relações Exteriores em abril de 1943. Franz Rademacher foi seu predecessor e uma figura bem conhecida na história da "Solução Final". Werner Koeppen era ajudante de Alfred Rosenberg e seu representante permanente junto a Hitler. Wilhelm Kube foi o infame Gauleiter da Bielorrússia (Belarus).
O Sr. Conselheiro de Legação, Rademacher, informou-me que na ocasião de uma visita de autoridades fascistas em Minsk o Gauleiter Kube também tinha mostrado uma igreja que fora usada pelos comunistas para fins mundanos. Questionado pelos italianos sobre o que aqueles pequenos pacotes e malas lá empilhados significavam, Kube explicou que estes eram os únicos restos dos judeus deportados para Minsk. Posteriormente Kube havia mostrado aos italianos uma câmara de gás na qual a matança de judeus havia ocorrido. Aparentemente, os fascistas haviam ficado profundamente chocados.(Tradução de Roberto Muehlenkamp com pequenas alterações feitas por mim.)
O Sr. Rademacher soube do incidente através de Koeppen, ajudante do Reichsleiter Rosenberg. Em sua opinião, o General Consul Windecker em Riga provavelmente também seria informado deste incidente, tão distante dele, Rademacher conseguia se lembrar que o incidente ocorreu na ocasião em que autoridades fascistas eram enviadas para o leste para cuidar dos trabalhadores italianos.
Berlim, 15 de maio de 1943
Herr Leg.Rat Rademacher teilte mir mit, dass Gauleiter Kube anlaesslich eines Besuches von Faschio-Vertretern in Minsk auch eine von den Kommunisten zu weltlichen Zwecken benutzte Kirche gezeigt habe. Auf Frage der Italiener, was die kleinen Pakete und Koffer, die dort aufgestapelt waren, bedeuteten, habe Kube erklaert, das seien die einzigen Ueberbleibsel nach Minsk deportierter Juden. Anschliessend habe Kube den Italienern eine Gaskammer gezeigt, in der angeblich die Toetung der Juden durchgefuehrt wuerde. Die Fascisten sollen auf des Tiefste erschuettert gewesen sein.
Herr Rademacher hat diesen Vorfall durch Herrn Koeppen, Adjutant von Reichsleiter Rosenberg, erfahren. Seines Erachtens durfte auch Generalkonsul Windecker in Riga ueber den Vorfall unterrichtet sein, denn soweit er, Rademacher, sich erinnern koenne, sei die Angelegenheit anlaesslich der zur Betreuung italienischer Arbeiter nach dem Osten entsandten Faschisten-Vertreter vorgekommen.
Berlin, den 15. Mai 1943
Não havia câmaras de gás estacionárias em Minsk, portanto, uma câmara de gás móvel significa, em outras palavras, uma van de gás. Vans de gaseamento foram utilizadas no campo de extermínio Maly Trostenets não muito longe de Minsk.
Negadores vão tratar disso como uma mera questão técnica - como boato. Esta tentativa não pode ser levada a sério, obviamente. Todas as pessoas mencionadas eram nazistas de alto escalão, a maioria deles lidando com a "Solução Final" de uma maneira ou de outra. Isso é boato, mas nenhum elo desta cadeia de boato teria um motivo para introduzir a menção de uma câmara de gás se não fosse verdade. Eles podem ter tido razões para distorcer as ações de Kube etc (num grupo que briga e tudo mais) - mas não inventar o próprio método de assassinato. Esta nota de guerra secreta alemã é um pedaço legítimo da evidência do gaseamento nazista de judeus.
Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2010/01/thereafter-kube-had-shown-italians-gas.html
Tradução: Roberto Lucena
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Testemunho de Eliezer Eisenschmidt, Sonderkommando (sobre remoção de cadávares nas câmaras de gás)
Testemunho de Eliezer Eisenschmidt, Sonderkommando.
Da edição em inglês:
In the meantime, what was happening in the gas chambers?Tradução:
After the people were asphyxiated from inhaling the gas, the doors were opened for ventilation [27] and afterwards the bodies were brought out and taken back to the undressing room.
Who took the bodies out of the gas chambers?
We removed one or two bodies by hand. Sometimes we used a long stick; we grabbed the body by the neck and pulled it out. It was better to use the stick than our hands, since many of the victims soiled themselves as they were being killed. [28] So we didn’t want to touch the corpses with our hands; instead, we preferred to take them out with the stick. After the bodies were treated in the undressing room, they were taken to the furnaces. All the Sonderkommando prisoners took part in removing bodies from the gas chambers. Even those who usually worked elsewhere: the one who did gardening work in the crematorium yard or the one whose job was to bring coal to the furnaces. This was the most complicated and awkward work.
Nesse intervalo o que estava acontecendo nas câmaras de gás?Fonte: We Wept Without Tears: Testimonies of the Jewish Sonderkommando from Auschwitz (livro)
EE: Depois das pessoas serem asfixiadas ao inalar o gás, as portas eram abertas para ventilação [27] e, depois, os corpos eram levados para fora e levados de volta para a sala de se despir.
Quem levava os corpos para fora das câmaras de gás?
EE: Removíamos um ou dois corpos com as mãos. Às vezes, usávamos uma vara longa; pegávamos o corpo pelo pescoço e o puxávamos para fora. Era melhor usar a vara do que nossas mãos, uma vez que muitas das vítimas se sujavam quando estavam sendo mortas. [28] Portanto, não queríamos tocar nos cadáveres com as mãos; em vez disso, preferíamos tirá-los com a vara. Depois que os corpos eram tratados na sala de se despir, eles eram levados para os fornos. Todos os prisioneiros Sonderkommando participavam na remoção dos corpos das câmaras de gás. Mesmo aqueles que normalmente trabalhavam em outro lugar: como aquela pessoa que fazia o trabalho de jardinagem no pátio do crematório ou aquele cujo trabalho era trazer carvão para os fornos. Este era o trabalho mais complicado e difícil.
Autor: Gideon Greif
Tradução: Roberto Lucena
sábado, 6 de outubro de 2012
Bispo católico integrista britânico, multado na Alemanha por negar o Holocausto
O juiz condenou o bispo, de 72 anos de idade, por incitação de ódio racial e lhe impôs uma multa equivalente ao salário de 100 dias de trabalho. O advogado do bispo declarou que apelará da setença.
De 2008 a 2010 Williamson negou a morte de seis milhões de judeus, que qualificou de "gigantesca mentira (...) sobre a qual foi montada uma nova ordem mundial".
Em fevereiro de 2009 o bispo foi expulso da Argentina, onde residia desde 2003 (atualmente vive em Londres). Suas declarações causaram atritos entre a Alemanha e o Vaticano.
Fonte: RT
http://actualidad.rt.com/ultima_hora/view/55229-obispo-catolico-integrista-britanico-multado-alemania-negar-holocausto
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais:
German court seeks fine against British bishop Williamson for Holocaust denial (AP/Calgary Herald, Canadá)
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Morre escritor italiano Shlomo Venezia, autor de livro sobre o nazismo
EFE | 01/10/2012 10:29:57
O escritor Shlomo Venezia (Getty Images) |
Venezia, de origem sefardita, nasceu em Salônica (Grécia), mas com nacionalidade italiana vivia há anos em Roma. A notícia de sua morte foi comunicada nesta segunda (dia 1) pelo prefeito da capital italiana, Gianni Alemanno, que destacou que a perda de Shlomo Venezia deixa "um grande vazio e uma grande dor".
Alemanno lembrou como Venezia foi um dos 70 sobreviventes dos "sonderkommando", os comandos especiais formados por prisioneiros judeus encarregados de iniciar a maquina de extermínio nazista. "Uma experiência muito forte, destrutiva para um ser humano", acrescentou o prefeito.
Shlomo Venezia deixou testemunho escrito de sua terrível vivência no livro, publicado em 2007, "Sonderkommando Auschwitz" ("Sonderkommando - No inferno das câmaras de gás", no Brasil). Em 11 de abril de 1944, quando tinha 21 anos, Venezia chegou ao campo de Birkenau, com sua mãe e sua irmã, de quem nunca mais teve notícias. Foi obrigado a fazer parte dos "sonderkommando", que, como ele mesmo relatou, se encarregavam de acompanhar aos prisioneiros que chegavam desde os trens até as câmaras de gás, os ajudavam a se despir e a entrar nessas salas e, após morrer, cortavam seus cabelos e tiravam seus dentes de ouro, os levando em seguida aos fornos crematórios.
Antes da libertação de Auschwitz por parte do exército russo, Venezia conseguiu escapar e chegar até Mauthausen e de lá viajou para Itália, onde passou 47 anos em silêncio, sem falar de sua experiência. Até que em 1992, encorajado por sua mulher, começou a relatar os horrores de Auschwitz, sobretudo para que os jovens pudessem saber o que foi o Holocausto.
Após romper seu silêncio, Shlomo Venezia participou de uma iniciativa do prefeito anterior de Roma, Walter Veltroni, para que os jovens romanos pudessem conhecer o que ocorreu em Auschwitz. Por isso, retornou ao lugar onde viveu tantos horrores umas 54 vezes para acompanhar os estudantes.
Alemanno afirmou hoje que se dedicará a acelerar a construção de um Museu dedicado ao Holocausto na capital italiana para continuar "a obra de educação e de transmissão da memória que Shlomo Venezia realizou".
Fonte: EFE/IG
http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/livros/2012-10-01/morre-escritor-italiano-shlomo-venezia-autor-de-livro-sobre-o-nazismo.html
Ler mais:
Shlomo Venezia relembra as memórias de prisioneiro no Holocausto no livro "Sonderkommando"
Ver mais:
Fallece Shlomo Venezia, que conmocionó con libro sobre los "sonderkommando" (ABC.es)
domingo, 22 de janeiro de 2012
O Holocausto dos Roma e Sinti austríacos (Holocausto cigano)
Do texto original(em alemão):
Am 1. Oktober 1941 ordnete Himmler die Deportation von 5000 Roma und Sinti aus Österreich in das Ghetto von Łódz/Litzmannstadt an.58 Betroffen waren fast nur Burgenland-Roma. In der Regel wurden ganze Familien deportiert. Darüber hinaus dürfte die Arbeits(un)fähigkeit wichtigstes Selektionskriterium gewesen sein. Die Gemeinden wollten Fürsorgekosten einsparen und nur jene in den örtlichen Zigeunerlagern behalten, die nutzbringend eingesetzt werden konnten. Zwischen dem 4. und 8. November 1941 fuhr täglich ein Zug mit 1000 Opfern nach Łodz/Litzmannstadt. Allein aus Lackenbach wurden 2000 Roma und Sinti deportiert. Die Transporte wurden von je einem Offizier und 20 Wachmännern des Reserve Polizei-Bataillons 172 begleitet. Die Kosten der Deportation bestritten das RSHA und die lokalen Fürsorgestellen gemeinsam.Tradução:
Von den insgesamt 5007 nach Łódz Deportierten waren 1130 Männer und 1188 Frauen. Neben den 2318 Erwachsenen erfassten die Transporte 2689 Kinder. 613 Personen starben bereits in den ersten Wochen nach der Ankunft im „Zigeunerlager Litzmannstadt“, die meisten wahrscheinlich an einer Fleckfieberepidemie. Die übrigen wurden im Dezember 1941 oder Jänner 1942 in das Vernichtungslager Chelmno/Kulmhof überstellt und dort mit Gas getötet. Niemand überlebte. Im März 1942 ordnete die Kriminalpolizeistelle Graz an, Anfragen besorgter Angehöriger über das Schicksal der Deportierten an das RSHA weiterzuleiten beziehungsweise ihnen mitzuteilen, dass ihnen nicht erlaubt sei, die nach Łódz „Umgesiedelten“ zu besuchen.59 Zu diesem Zeitpunkt waren alle Deportationsopfer tot.
Em 1 Outubro de 1941, Himmler ordenou a deportação de 5.000 Roma e Sinti da Áustria para o gueto de Lodz/Litzmannstadt.58 Foram atingidos quase que somente os Roma do Burgenland. No geral, famílias inteiras foram deportadas. Além disso, a capacidade de trabalho (in) parece ter sido o critério de seleção mais importante. As comunidades queriam reduzir os custos de bem-estar e manter somente aqueles nos campos ciganos locais, que poderiam ser usados de forma lucrativa. Entre 4 e 8 de Novembro de 1941 houve levas diárias de trens com 1.000 vítimas para Łodz/Litzmannstadt. Quase 2000 Roma e Sinti de Lackenbach foram deportados. Os transportes foram acompanhados por um oficial e 20 guardas do 172º Batalhão de Polícia de Reserva. O custo de deportação foi financiado pela RSHA e pelas agências locais de assistência social em conjunto.56 KPSt Graz, Niederschrift über die heute stattgefundene Besprechung über den Abtrnsport der Zigeuner, 15.8.1940, StLA, Landesregierung, 384 Zi 1-1940.
De um total de 5.007, foram deportados para Lodz cerca de 1130 homens e 1188 mulheres. Além dos 2.318 adultos capturados, 2.689 crianças foram transportadas. 613 pessoas morreram nas primeiras semanas após a chegada ao "acampamento cigano de Lodz", provavelmente por conta de uma epidemia de tifo. O resto foi em dezembro de 1941 ou janeiro 1942 transferido para o campo de extermínio em Chelmno/Kulmhof e mortos por asfixia com gás. Ninguém sobreviveu. Em março de 1942, a Polícia ordenou em Graz o encaminhamento das solicitações de parentes preocupados com o destino dos deportados para o RSHA, ou os deixou saber que eles não tinham permissão pra visitar Lodz porque eles foram "reassentados".59 Nesta ocasião todos estavam mortos, vítimas da deportação.
57 Freund/Baumgartner/Greifeneder, Vermögensentzug, S. 43 f.
58 Erlass des RFSS S-Va2b Nr. 81/41 g II, StLA, Landesregierung, 384 Zi 1-1940.
59 Landrat Oberwart, 19.3.1942, DÖW 11293
Fonte: Der Holocaust an den Österreichischen Roma und Sinti; autores: Gerhard Baumgartner, Florian Freund
http://www.ph-burgenland.at/fileadmin/Berichte/newsbeitraege/holocaust.pdf
Tradução: Roberto Lucena
domingo, 6 de novembro de 2011
Testemunho do SS Pery Broad sobre gaseamentos em Auschwitz e o uso de Zyklon-B
... Os "desinfectadores" estavam de serviço. Um deles era o SS-Unterscharfuehrer[Citação do livro "KL Auschwitz as Seen by the SS" (KL Auschwitz visto pelos SS), p. 176]
Teuer, condecorado com a Cruz de Mérito de Guerra. Com uma talhadeira e um martelo eles abriram olhando algumas latas que inofensivamente que traziam a inscrição "Zyklon, para ser usado contra piolhos. Atenção, veneno! abrir apenas com pessoal habilitado!". As latas estavam cheias até a borda com grânulos azuis do tamanho de ervilhas. Imediatemente depois de abertas as latas seus conteúdos eram jogados dentro de buracos que eram então rapidamente cobertos. Enquanto isso, Grabner deu um sinal ao motorista ligar o motor de uma caminhoneta de carga, que havia parado próxima ao crematório. O motorista deu partida no motor e seu barulho ensurdecedor era mais alto que os choros de morte de centenas de pessoas lá dentro, sendo gaseadas até a morte.
Fonte: Nizkor/Jewish Virtual Library
http://www.nizkor.org/ftp.cgi/ftp.py?people/b/broad.pery/broad-testimony
http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Holocaust/auschwitz_faq_04.html
Tradução: Roberto Lucena
*Uma infeliz e curiosa observação, o Pery Broad nasceu no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, e foi para Alemanha com 5 anos de idade.
Para saber mais sobre o Relatório Broad, ler o texto Qual o grau de confiabilidade e autenticidade do Relatório Broad? do Hans no Holocaust Controversies.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Walter Rauff - Criador das câmaras de gás móveis era triplo espião
Walter Rauff, ao ser detido pela polícia chilena, em dezembro de 1962 |
O criador das "câmaras de gás móveis"
Walter Rauff era em 1933, quando o partido nazi ascendeu ao poder, um oficial da Marinha de Guerra, com o posto de tenente e a idade de 27 anos. Aí conhecera anteriormente o famigerado Reinhard Heydrich, também oficial da Marinha. Quando este passou a chefiar o RSHA (Serviço Central de Segurança do Reich, que reunia várias polícias) chamou Rauff para o seu lado e fez dele um dos seus braços direitos.
Depois de um breve interregno em que regressara à Marinha, Rauff retomou as funções policiais e continuou a sua ascensão meteórica, mesmo depois de a resistência checa ter liquidado o seu protector Heydrich. Em 1945, no final da guerra, com 39 anos, atingira a patente de coronel.
Entre as façanhas que lhe permitiram essa ascensão conta-se o desenvolvimento das câmaras de gás móveis, utilizadas para matar prisioneiros judeus e deficientes físicos ou mentais. As vítimas eram mortas por sufocação em camiões fechados, em que se lançava gases tóxicos. O equipamento foi usado primeiro no campo de concentração de Sachsenhausen, e depois também na capital lituana, Riga, e em campos de extermínio em Chelmno (Polónia) e Poltava (Ucrânia). Até serem substituídas pelas grandes instalações destinadas ao extermínio, as câmaras de gás móveis custaram a vida a um número de pessoas que é calculado entre 97.000 e 200.000.
Do Norte de África a Itália
Nessa fase, Rauff fora destacado para o Norte de África, à cabeça de um Einsatzkommando, que era suposto proceder ao extermínio dos judeus à medida que o Afrikakorps de Rommel fosse avançando no terreno. Na Tunísia, Rauff levou ainda a cabo verdadeiros massacres contra a comunidade judaica local.
Na fase final da guerra, esteve no norte de Itália e participou activamente na repressão contra a resistência em Milão, Turim e Génova. Aquando da insurreição de Milão, esteve a ponto de ser linchado por uma multidão e escapou por pouco. Foi depois capturado pelas tropas norte-americanas, que o deixaram fugir do campo de prisioneiros de Rimini. Segundo a sua ficha na CIA, ele pôde então esconder-se em conventos locais graças ao apoio do bispo católico Alois Hudal.
Espião duplo para a Síria e para Israel
Depois da fuga, Rauff foi recrutado para os serviços secretos sírios por um certo capitão Akram Tabara e partiu para Damasco, onde ficou, a partir de 1948, ao serviço do presidente sírio Hosni Zaim. Foi temporariamente detido na sequência de um golpe de Estado que derrubou Zaim, mas acabou por ser libertado e deixar o país.
A arregimentação de Rauff para os serviços secretos sírios, numa fase em que este e outros regimes árabes se encontravam em pé de guerra com o recém-nascido Estado de Israel, surgia, entretanto, ao senso comum como prova de uma convergência entre esses regimes e os restos do nazismo contra um inimigo comum.
As revelações de Elam e Whitehead
Mas o jornalista judeu Shraga Elam e o seu colega norte-americano Dennis Whitehead desenterraram há três anos documentos que lançavam uma nova luz sobre a história. Segundo esses documentos, então divulgados no diário israelita Haaretz, Rauff terá estado simultaneamente sob as ordens dos serviços secretos israelitas. Essa ligação era já conhecida da CIA em 1950.
Segundo o historiador residente do Haaretz, Tom Segev, Rauff já terá ido para a Síria sob ordens israelitas. Era precisamente o seu passado de criminoso do Holocausto que o tornava, aos olhos dos sírios, insuspeito de alguma simpatia pelo Estado de Israel.
Ainda segundo Elam e Whitehead, Rauff foi depois para o Egito sob ordens israelitas, com o plano de organizar o assassínio de diversas figuras políticas inquietantes para Israel. Mas o plano não chegou a concretizar-se e Rauff partiu então para a América Latina, com a ajuda dos serviços secretos israelitas.
No Chile, ao serviço da espionagem alemã
Na América Latina, Rauff estabelceu-se no Chile, como comerciante de gado. Foi aí que o BND o recrutou, com o intuito de obter informações provenientes da Cuba revolucionária. Aparentemente, a actividade de Rauff saldou-se num fracasso e decepcionou o seu novo patrão - os serviços secretos alemães. Por isso chegou a ser-lhe cortado o vencimento, segundo Klaus Wiegrefe em Der Spiegel.
Em 1962, a política falou mais alto que a polícia e o Governo da Alemanha Federal pediu ao Chile a extradição de Rauff. O refugiado foi temporariamente detido, mas o Supremo Tribunal chileno recusou o pedido de extradição, a pretexto de os crimes em causa já terem prescrito segundo a lei chilena, e mesmo a chegada ao poder de Salvador Allende não mudou a segurança que o país oferecia ao criminoso nazi.
Com o golpe de Estado de Pinochet circularam rumores sobre uma activa participação de Rauff no aparelho repressivo da ditadura. Novos pedidos de extradição foram, em todo o caso, rejeitados por Pinochet. Um provinha de Israel, em 1984, outro de uma especial amiga do ditador, Margareth Thatcher. Mas foi também em 1984 que Rauff morreu - enterrado com honras e rituais nazis pela comunidade germânica refugiada no Chile.
Fonte: RTP(Portugal)
http://www.rtp.pt/noticias/?t=Criador-das-camaras-de-gas-moveis-era-triplo-espiao.rtp&article=482924&visual=3&layout=10&tm=7
domingo, 19 de dezembro de 2010
Nixon, Kissinger e o antissemitismo
Nixon e Kissinger - Casa Branca, 1972. Arquivo do NYT |
Gravações de comentários racistas do antigo presidente americano foram divulgadas pela Biblioteca Presidencial Nixon
Só que em matéria do dia 16 último do NYT (New York Times) vem com um destaque pro ultraje causado por comentários de Henry Kissinger na época de como seria a reação dos EUA ante a um ataque contra judeus na então União Soviética. Tradução minha do trecho:
Mas o inato antissemitismo de Nixon é uma velha história. O que faz muitas cabeças girarem é uma gravação de Henry A. Kissinger, seu conselheiro de segurança nacional. Escuta-se o Sr. Kissinger dizer a Nixon em 1973 que ajudar os judeus soviéticos a emigrarem e então escapar da opresssão de um regime totalitário - uma enorme questão da época — não “era um objetivo da política externa norte-americana.”
“E se eles pusessem judeus em câmaras de gás na União Soviética,” ele adicionou, “não é uma preocupação norte-americana. Talvez uma preocupação humanitária.”
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
1942: Genocídio dos judeus poloneses
(Foto)Deportação de judeus do Gueto de Varsóvia
O projeto de genocídio foi comandado pelo líder da SS e chefe da polícia de Liubliana, Odilo Globocnik. Tanto ele como o seu grande número de colaboradores eram austríacos. Nos três grandes centros de aniquilamento com câmaras de gás (Belzec, Sobibor e Treblinka), foram executados mais de 1,5 milhão de judeus e 50 mil ciganos entre março de 1942 e novembro de 1943. Ao todo, a operação levou à morte de mais de dois milhões de judeus.
Os preparativos para a operação já haviam começado no final do ano de 1941, mas somente em meados de 1942 ela recebeu o nome de Reinhard Heydrich, que morreu num atentado em junho deste ano. Seu objetivo: o genocídio sistemático dos judeus poloneses e o confisco de seus bens.
Construção de campos de extermínio
O general Himmler havia encarregado Globocnik e outros cem homens de implementarem a operação (o grupo já havia participado das mortes por eutanásia na Alemanha nazista). No âmbito da operação, foram construídos três campos de extermínio: Belzec, Sobibor e Treblinka. A cada dia, os campos de extermínio recebiam um trem com 60 vagões lotados de passageiros destinados às câmaras de gás.
Os alemães abusavam da brutalidade: idosos, doentes e crianças geralmente já eram executados a tiros diretamente nos guetos. Os judeus iam direto para as câmaras da morte. Os três campos usavam monóxido de carbono, que matava em 20 minutos. Da chegada do trem até a completa remoção dos cadáveres, demorava de 60 a 90 minutos.
Os corpos eram depositados em enormes valas. Somente um ano depois, quando começaram a ser removidos os vestígios dos assassinatos, é que os cadáveres foram exumados e queimados. A Operação Reinhard foi encerrada em novembro de 1943, com um saldo de mais de dois milhões de judeus mortos.
Rachel Gessat (rw)
Fonte: Deutsche Welle(Alemanha)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,1564,305948,00.html
Lista Holocausto-Doc Yahoo!
domingo, 8 de agosto de 2010
Zyklon-B e o Holocausto
Degesch três quartos de uma tonelada. As firmas que produziam o gás já tinham experiência extensiva em fumigação.
"Em suma, esta indústria usava gases muito potentes para exterminar roedores e insetos em espaços fechados; que ela agor devesse ter se envolvido em uma operaçãoDepois da guerra, os diretores das firmas insistiram que eles vendiam seus produtos para propósitos de fumigação e não sabiam que eles eram usados em humanos. Mas os promotores encontraram cartas da Tesch não apenas oferecendo suprimento de cristais de gás, mas também aconselhando como usar a ventilação e equipamento de aquecimento. Hoess testemunhou que os diretores da Tesch não podiam ajudar mas sabiam do uso de seu produto porque eles lhe vendiam o suficiente para aniquilar dois milhões de pessoas. Dois sócios da Tesch foram sentenciados à morte em 1946 e enforcados. O diretor da Degesch recebeu cinco anos de prisão." (Feig) (Veja também Breitman, 203-204, para uma discussão do envolvimento precoce de Heerdt-Lingler).
para matar os judeus às centenas de milhares não é um mero acidente." (Hilberg, Commandant, 567)
Da declaração de Hans Stark, que registrava novos desembarques, em Auschwitz (Klee, 255):
Em um outro gaseamento posterior - também no outono de 1941 - Grabner ordenou que eu despejasse Zyklon-B dentro da abertura porque somente um médico havia aparecido. Durante um gaseamento, Zyklon-B tinha que ser despejado através de ambas as aberturas da sala da câmara de gás ao mesmo tempo. Este gaseamento era também um transporte de 200-250 judeus, mais uma vez homens, mulheres e crianças. Uma vez que o Zyklon-B - como já mencionado - estava em forma granular, ele caía sobre as pessoas enquanto era despejado.Zyklon-B é um inseticida poderoso que serve como transporte para o gás ácido hidrociânico, ou HCN. Normalmente vem na forma de pequenas esferas ou discos. (Veja Breitman, 203, para mais detalhes sobre o uso precoce de gás em Auschwitz) HCN é a causa de morte após a aplicação de Zyklon-B. Ao interagir com ferro e concreto, cria compostos hidrociânicos, os quais Leuchter admitiu terem sido descobertos nas ruínas das câmaras de gás no Crematório II. Seus achados foram confirmados por achados do governo polonês.
Elas então começavam a chorar terrivelmente porque agora sabiam o que estava acontecendo com elas. Eu não olhava através da abertura porque ela tinha que ser fechada assim que o Zyklon-B havia sido despejado. Depois de alguns minutos havia silêncio. Depois de passado algum tempo, pode ter sido dez a quinze minutos, a câmara de gás era aberta. Os mortos jaziam desordenados por todo o lugar. Era uma visão horrível.
* Maximillian Grabner, Chefe do Departamento Político, Auschwitz
HCN é extremamente venenoso para humanos. É usado em câmaras de execução por gás nos Estados Unidos; a primeira foi construída no Arizona em 1920.
- O negacionismo do Holocausto freqüentemente alega que a Alemanha nos anos 40 não podia lidar com as "dificuldades técnicas" inerentes ao uso de HCN para execução.Como notado acima, essas "dificuldades" foram facilmente resolvidas em 1920. Além disso, os alemães tinham muita experiência com HCN, já que era usado extensivamente para despiolhamento.
Havia dois tipos de câmaras de gás em Auschwitz: aquelas usadas para despiolhar roupas ("câmaras de gás para despiolhamento") e aquelas usadas para matar pessoas em larga escala ("câmaras de gás de extermínio"). As cãmaras de gás de despiolhamento eram uma característica padrão, e foram deixadas intactas pela SS (as câmaras de gás de extermínio foram dinamitadas num esforço para esconder vestígios criminosos).
- O negacionismo do Holocausto afirma que, por que mais compostos hidrociânicos foram achados nas câmaras de despiolhamento de Auschwitz que nas ruínas das câmaras de gás de extermínio, os assassinatos em massa usando gás não podiam ter ocorrido ali, porque o inverso seria verdadeiro.O HCN é muito mais eficiente em animais de sangue quente, incluindo humanos, que em insetos. O tempo de exposição (ao HCN) é muito maior em operações de despiolhamento que em gaseamentos de humanos. Isso significa que uma concentração muito menor é necessária para matar pessoas que para acabar com piolhos, etc. Em despiolhamento, concentrações de até 16.000 ppm (partes por milhão) são às vezes usadas, e o tempo de exposição pode ser de até 72 horas; enquanto 300 ppm matarão pessoas em quinze minutos.
Portanto, o HCN nas câmaras de extermínio dificilmente tinha tempo de formar compostos nas paredes. Enquanto alguns alegam que o gás precisaria de muito tempo para matar, porque ter-se-ia espalhado por toda a câmara, isso simplesmente não é verdade; as câmaras de gás não eram tão grandes (aquelas nos Crematórios II e III tinham cerca de 210 metros quadrados), e o Zyklon-B era jogado em quatro aberturas (ainda visíveis nas ruínas das câmaras de gás). Uma vez que a concentração usada era maior que a letal, a morte era bem rápida.
Além disso, as câmaras de despiolhamento estão intactas, enquanto as câmaras de extermínio foram dinamitadas (uma foto .GIF da câmara do Krema II está disponível). Portanto, suas paredes têm estado expostas aos elementos pelos últimos 50 anos. As ruínas das câmaras de gás do Krema II são cobertas com cerca de 3 pés de água durante certos períodos do ano; os compostos de HCN facilmente dissolvem nesses ambientes. Não obstante, ocorreram tantos gaseamentos que alguns dos compostos ficaram.
Resumindo, as paredes das câmaras de gás estavam em contato com HCN por um período muito mais curto que aquelas das câmaras de gás, e pelos últimos 45 anos estavam expostas a um ambiente que dissolve os compostos, enquanto as salas de despiolhamento não. Portanto é óbvio que menos traços dos compostos restariam neles.
Este fato - que todos os compostos, ou a maioria, se extinguiriam durante 45 de exposição - é claramente afirmado no relatório escrito pelos peritos do Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia. (Veja também The Leuchter FAQ).
- Os negacionistas do Holocausto uma vez alegaram que a câmara de gás no Krema I foi deixada intacta, e que portanto suas paredes não foram expostas aos elementos.Mas - como eles mesmos admitem - a câmara de gás do Krema I foi usada somente por um curto períoso, e então alterada para abrigo anti-aéreo. Isto, e o fato de que "somente" cerca de 10.000 pessoas foram mortas lá dentro (comparado com 350.000 e 400.000 nos Kremas II e III) explica por que resta relativamente pouca quantidade de compostos de cianeto. Quanto aos Kremas IV e V, eles foram completamente destruídos pela SS antes de os soviéticos liberarem o campo.
Finalmente, compostos de cianeto foram encontrados nas grelhas de ventilação das câmaras de extermínio, provando acima de qualquer dúvida que gaseamentos aconteceram dentro delas.
- A alegação de que teria sido impossível o uso de câmaras de gás para matar, porque elas estavam muito perto dos fornos, e que o gás iria explodir, é encontrada com freqüência na literatura do negacionismo do Holocausto, e é uma das asserções do Relatório Leuchter.A concentração de HCN necessária para causar morte é cerca de 200 vezer mais baixa que a que causa explosão. Embora os SS usassem uma concentração maior que a letal, ela era bem menor que aquela que causava explosão.
Como referência, pode-se olhar o "The Merck Index" e o "Manual CRC de Química e Física", ou consultar qualquer manual que trata da toxicidade e inflamabilidade de produtos químicos. Para o HCN, uma concentração de 300 ppm (partes por milhão) mata (partes por milhão) mata seres humanos dentro de alguns minutos, enquanto a concentração mínima que pode resultar em uma explosão é 56.000 ppm.
- Uma outra alegação comum é que leva 20 horas para ventilar uma sala que foi desinfetada com Zyklon-B, e que portanto os depoimentos de testemunhas oculares dando um tempo de 20-30 minutos de quando o gaseamento iniciava até quando os corpos eram removidos é impossível, porque as pessoas que removiam os corpos iriam morrer.Se um prédio de uso comercial comum é desinfetado, não se dever entrar nele dentro de 20 horas. Tal número, entretanto, não tem sentido com relação às câmaras de extermínio, porque elas são forçadamente ventiladas. Quinze minutos são suficientes para trocar o ar. Quando a ventilação não era usada, o Sonderkommando (prisioneiros usados em trabalho forçado) que tiravam os corpos usavam máscaras.
Os alemães tinham plena experiência com gás, principalmente HCN, que era usado largamente para despiolhamento. Eles sabiam como trabalhar como ele sem se machucar. É absurdo usar o total de 20 horas neste contexto, que não considera ventilação forçada e leva em consideração um fator de enorme segurança. A SS não se preocupava muito com a segurança dos Sonderkommando que tinham que entrar nas câmaras de gás para remover os cadáveres. Além disso, o que torna a ventilação difícil e demorada é a presença de tapetes, móveis, cortinas, etc. Desnecessário dizer, estes não estavam presentes nas câmaras de gás - havia apenas concreto nu, tornando a ventilação rápida e eficiente. Se o "período de ventilação de 20 horas" acima fosse verdadeiro, isto significaria que os corpos das pessoas usando cianeto nas câmaras de gás nos Estados Unidos ficariam amarradas à cadeira até 20 horas depois de elas terem sido mortas...
- Outra alegação comum é que as "alegadas" câmaras de extermínio são na verdade necrotérios, e que o Zyklon-B era usado nelas como desinfetante.Esta alegação parte do fato de que compostos hidrociânicos foram encontrados nas grelhas de ventilação das câmaras de gás nos crematórios II e III (a análise química efetuada pelo Dr. Jan Robel do Instituto Forense de Cracóvia em 1945, e foi parte da evidência no julgamento do comandante de Auschwitz Hoess). Isto prova que ocorreu gaseamento naquela câmara. O Zyklon-B não consegue matar bactérias anaeróbicas - ele mata somente organismos aeróbicos. Isso significa que seria inútil para desinfetar cadáveres.
Finalizando, considere o testemunho do soldado SS Hoeblinger: (Langbein)
Foi detalhado ao serviço de transporte e eu dirigi o Sanka [abreviação de Sanitatskraftwagen/caminhão médico] que tinha que carregar os prisioneiros...Perceba a menção do soldado Hoeblinger sobre máscaras de gás - alguns negadores do Holocausto insistem que os homens SS que despejavam o gás seriam mortos por ele, o que leva a se especular sobre sua capacidade de leitura. Finalmente, a evidência inegável de que a SS ordenou que a Degesch removesse o odor indicativo, obrigatório sob a lei alemã, que fora adicionado ao Zyklon-B a fim de avisar seres humanos que a substância letal estava presente. Eu acredito que isso demonstrava clara intenção criminosa - a SS dificilmente teria removido o odor indicativo se eles tivessem pretendido, como o negacionismo insiste, usar o gás somente em insetos e cadáveres...(Veja farben.001. para mais informação sobre esta ordem da SS. Borkin, 123)
Então nós dirigimos até as câmaras de gás. Os médicos subiram uma escada, tinham máscaras para gás lá em cima, e esvaziaram as latas. Eu consegui observar os prisioneiros enquanto eles estavam se despindo. Sempre procedia calmamente e sem que eles suspeitassem de qualquer coisa. Acontecia muito rápido.
Leitura recomendada:
- Barrington,J.H., ed. The Zyklon B Trial: Trial of Bruno Tesch and Two Others. London, 1948, and Borkin (see Work Cited).
- Harmon, Brian. Technical Aspects of the Holocaust: Cyanide, Zyklon-B, and Mass Murder. (Ver camps/auschwitz cyanide.001), 1994
- United Nations War Crimes Commission. Law Reports of Trials of War Criminals. Vol. 1, London, 1947. See pp. 93-104
Fonte: Nizkor
http://www.nizkor.org/faqs/auschwitz/auschwitz-faq-06.html
Tradução: Marcelo Oliveira
Fonte da tradução: Lista holocausto-doc
http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/4564
Ver mais:
Zyklon-B - a toxidade do HCN(ácido cianídrico)
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Sobreviventes recordam horrores do Holocausto durante julgamento
MUNIQUE, Alemanha (Reuters) - John Demjanjuk reclamava de dores nas costas enquanto sobreviventes do Holocausto recordavam os horrores da Alemanha nazista no julgamento em que é acusado de ajudar a matar 27.900 judeus nas câmaras de gás em 1943.
O tribunal rejeitou uma moção da defesa para suspender o julgamento, mantendo o confinamento do homem que já esteve no topo da lista dos criminosos de guerra mais procurados do Centro Simon Wiesenthal.
Promotores públicos alemães acusam Demjanjuk de ajudar nos assassinatos do campo de extermínio de Sobibor, na Polônia, onde ao menos 250 mil judeus foram mortos.
Antes, o homem de 89 anos sentou-se em silêncio em sua cadeira de rodas e não demonstrou emoção quando 12 pessoas, algumas com os olhos marejados e as vozes trêmulas, descreveram como sobreviveram ao Holocausto, quando outros morreram.
Após um recesso, autoridades colocaram uma cama na sala do tribunal para Demjanjuk, depois que um médico disse que ele havia reclamado de dores nas costas.
Um funcionário da prisão citado na edição de terça-feira no jornal Tageszeitung disse que Demjanjuk saía regularmente no pátio da prisão para os intervalos, ou com uma cadeira de rodas ou com a ajuda de um andador. Ele também lia os jornais ucranianos e preparava refeições com salada, disse o funcionário Michael Stumpf.
Demjanjuk nega que tenha se envolvido com o Holocausto e a família dele insiste que ele está muito frágil para enfrentar o julgamento.
'FERIDA ABERTA'
Philip Jacobs, de 87 anos, teve de receber ajuda para chegar ao banco das testemunhas, onde disse se sentir culpado por sobreviver ao Holocausto, quando seus pais e sua noiva morreram.
"Sobibor é uma ferida aberta", disse o ex-farmacêutico.
Outra testemunha, Robert Cohen, de 83 anos, cujo irmão e pais foram mortos em Sobibor, descreveu sua experiência nos campos da morte nazistas, incluindo Auschwitz.
"Não sabíamos o que estava acontecendo", disse o aposentado holandês durante a sessão matutina da corte. "Pensávamos que tínhamos de trabalhar".
Em razão da fragilidade de Demjanjuk, as audiências são limitadas a duas sessões de 90 minutos por dia. Esse é provavelmente o último grande julgamento de crimes de guerra da era nazista.
Demjanjuk nasceu na Ucrânia e lutou pelo Exército soviético antes de ser capturado pelos nazistas e recrutado como guarda de campo de concentração.
Ele emigrou para os Estados Unidos em 1951. Em maio, foi extraditado para a Alemanha.
Demjanjuk admitiu ter estado em outros campos nazistas, mas não em Sobibor, que, segundo os promotores, era dirigido por entre 20 e 30 membros das SS nazistas e cerca de 150 ex-prisioneiros de guerra soviéticos.
Nas câmaras de gás de Sobibor, judeus morriam entre 20 e 30 minutos depois de inalar uma mistura tóxica de monóxido e dióxido de carbono. Grupos de cerca de 80 pessoas eram forçados a entrar nas câmaras de gás, que mediam aproximadamente quatro metros quadrados.
O julgamento de Demjanjuk deve prosseguir na terça-feira.
Fonte: Reuters/Brasil Online
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/12/21/sobreviventes-recordam-horrores-do-holocausto-durante-julgamento-915303164.asp
Ler mais:
Justiça alemã retoma julgamento do criminoso nazista John Demjanjuk; EFE
sábado, 11 de abril de 2009
Porta da câmara de gás de Majdanek
— Landesbildstelle Berlin
Para assistir o vídeo, entrar no link do site do museu.
Fonte: USHMM
http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/media_da.php?MediaId=100
Para ler mais, artigo completo(em inglês).
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Plantas da construção do campo nazista de Auschwitz são achadas em Berlim
As plantas foram feitas numa escala de 1/100, datam de entre 1941 e 1943 e levam o carimbo da "Direção de Construção das Waffen-SS e da polícia".
Algumas das plantas têm a assinatura de antigos chefes das SS e em uma delas as iniciais de seu diretor, Heinrich Himmler.
Certos documentos reproduzidos no jornal mostram a construção de um simples "campo de prisioneiros de guerra" em Auschwitz (a 60 km da cidade polonesa de Cracóvia), no entanto, um deles representa claramente uma câmara de gás, denominada assim ("Gaskammer"), de 11,66x11,20 metros. Esse plano foi desenhado pelo "detento No. 127" em 8 de novembro de 1941.
Nessa data estavam sendo realizadas experiências com gás Zyklon B, a marca registrada de um insecticida à base de cianureto usado pelos nazistas no Holocausto.
Outra cópia mostra o plano da famosa entrada do campo de Birkenau, que fazia parte do conjunto de Auschwitz, onde tinham lugar os extermínios e à qual chegavam diretamente os trens carregados de vítimas judias.
Outra planta mostra o primeiro crematório, com quadrados que correspondiam aos futuros fornos.
Nos documentos aparece a denominação "L.Keller", de "Leichenkeller", que significa o "porão dos cadáveres", de uma extensão inicial prevista de oito metros e capacidade de ampliação.
Mais de um milhão de deportados morreram em Auschwitz, em sua grande maioria judeus.
Fonte: AFP
http://afp.google.com/article/ALeqM5jzozKkBIdjOhNJUHtBUOdW9zAZQg
In english:
http://www.reuters.com/article/topNews/idUSTRE4A71SC20081108
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Outra mentira dos Negadores[do Holocausto]: Victor Cavendish-Bentinck
Traduzido por Leo Gott à partir do link: http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/06/another-denier-lie-victor-cavendish.html
Um truque favorito dos negadores, é a alegação que os britânicos sabiam que as câmaras de gás eram um trote, e que isso seria a peça-chave da indústria do trote. A primeira alegação foi de David Irving por volta de 1988, quando ele “botou pra quebrar” com o Leuchter Report. Apesar desta alegação ter sido totalmente destruída no julgamento de Lipstadt em 2000, os negadores continuam a papagaiar esta alegação com a sua habitual desonestidade.
As origens da mentira de Irving foram reveladas em detalhes na submissão de Richard Evans em nome da equipe de defesa de Lipstadt, e no Van Pelt Report. Significativamente, admitiu que a sua pesquisa primária na qual baseou sua alegação foi feita por outro negador, “Paul Norris, um dos homens de Zündel”. Falando em Toronto em 13 de agosto de 1988, Irving afirmou que:
Nos arquivos britânicos Paul Norris encontrou documentos que me mostrou em cópias fotográficas, demonstrando muito claramente que a Inteligência Britânica organizou deliberadamente a mentira das câmaras de gás. Eu não estou dizendo que eles desenvolveram inteligentemente a mentira das câmaras de gás, mas era uma mentira sobre as câmaras de gás. Em 1942, 1943 e 1944 o Comitê Conjunto de
Inteligência deliberava em Londres com o Comitê Executivo de Guerra Psicológica,
a agência de propaganda em Londres... sujando o nome da Alemanha, e enfurecendo os soldados aliados para que eles tivessem uma luta mais difícil. E um dos métodos do Comitê Executivo de Guerra Psicológica, que estão nestes documentos, eram as câmaras de gás, isto está nos documentos, dizendo que os alemães estavam usando câmaras de gás para se livrar de centenas de milhares de judeus e outras minorias na Alemanha. Nesta hora, um memorando, do Presidente do Comitê Conjunto de Inteligência, Victor Cavendish-Bentick, nesta hora ele escreve um manuscrito deste efeito: “tivemos que gastar boa parte do nosso dinheiro por causa dessa história de câmara de gás que estamos falando, mas não corremos o risco de eventualmente sermos descobertos e quando formos descobertos será um colapso para nosso esforço psicológico de guerra. Então não é tempo bastante para deixar à deriva por si mesma e concentramos em outras linhas que estamos correndo.”“Tivemos que gastar boa parte de nosso dinheiro” ele escreveu em 1944, e aqui estamos, 44 anos após, continuando a correr, maiores e mais fortes que nunca, agora ninguém se atreve a levantar e matar. Sai do controle. A mentirosa propaganda de Auschwitz que estava começando a correr em 1944 está agora fora de controle, e vai levar homens do porte de Ernst Zündel a matar[levantar] uma lebre especial.
Esta é a chave para a tragédia pessoal de Irving – a queda e o auto-sofrimento como pesquisador histórico – porque ele mostra como foi jogar com sua reputação pessoal, não tendo base para a pesquisa primária, usou um material escavado de quem faz o jogo sujo para um pró-nazista. Irving assim “botou pra quebrar”, não apenas sobre Leuchter [Irving escreveu um prefácio para o Leuchter Report em abril de 1989 e repetiu a falácia sobre Cavendish] mas em uma plataforma de distorções neonazistas.
Quais são as distorções neste caso? Como Evans e Van Pelt deixam claro, Irving apresentou uma mentira parafraseando o memorando de Cavendish-Bentinck. Cavendish-Bentick em nenhum ponto diz que o assassinato de judeus em câmaras de gás era mentira. Seu memorando refere-se exclusivamente ao gaseamento de poloneses, fato que está enfatizado com o sublinhado na palavra “polonês”. Ele também deixa claro que as alegações são consideradas “não confiáveis” e não suportadas por evidências conhecidas, e em nenhum ponto ele cita que foram fabricados pelos britânicos ou afirma que é mentira.[ao invés de simplesmente infundada]:
Na minha opinião é incorreto descrever as informações polonesas sobre as atrocidades alemãs como “confiáveis”. Os poloneses, e em muito maior medida os judeus, tendem a exagerar sobre as atrocidades alemãs, afim de nos aquecer. Eles parecem ter conseguido.
O Sr.Allen e eu mesmo, temos seguido de perto as atrocidades alemãs. Não creio que haja qualquer prova que seria aceita em um Tribunal de acordo com a lei polonesa de crianças que foram mortas no local pelos alemães quando seus pais estavam sendo deportados para o trabalho na Alemanha, nem crianças polonesas que foram vendidas para colonos alemães. No que se refere à morte de poloneses em câmaras de gás, não creio que haja prova de que isto tenha sido feito. Pode ter havido notícias com esta finalidade, e temos jogado em cima dos PWE como rumores, sem acreditar que tenha qualquer fundamento. De qualquer forma existem muito menos evidências do que existe para o assassinato dos oficiais poloneses em Katyn pelos russos.
Além disso, Cavendish-Bentinck afirma que:
Por outro lado, sabemos que os alemães estão destruindo os judeus de qualquer idade, a menos que estejam aptos para trabalho manual.
Cavendish-Bentinck, portanto, longe de manifestar a opinião de que o extermínio sistemático dos judeus era uma mentira, afirmou inequivocadamente que o extermínio de judeus inaptos para o trabalho estava em curso.
Como os negadores respondem a esta mentira de Irving?
Tais desonestidades flagrantes não requerem nenhum outro comentário, somente o desprezo.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Relatório Forense de Cracóvia de 1945 - A prova do Zyklon-B
Secção Regional de Cracóvia
Cracóvia, 4 de Junho de 1945
Ao Instituto de Perícia Forense de Cracóvia
No anexo nós enviamos ao Instituto, cabelo que vem de cadáveres de mulheres e que foram retirados destes depois do gaseamento e antes da incineração nos formos crematórios em Brzezinka. O material está abarrotando uma sacola, no qual de acordo com a etiqueta, contém 22.5 kg de cabelo. Requisitamos que vocês pesquisem o conteúdo [da sacola] e examine-os num procedimento correspondente ao Artigo 254 do Código de Procedimento Criminal como também a conexão com os Artigos 123, 138 do Código de Procedimento Criminal, para estabelecer se e qual veneno está contido (no cabelo).
Da mesma maneira e para o mesmo propósito pedimos para a examinação das chapas de lâmina de metal das aberturas de ventilação das câmaras de gás (Porão de Cadáver No. 1 do Crematório no. II em Brzezinka), que foram encontradas durante a visita de inspeção no crematório, e da argamassa que foi tirada do lado da parede desta câmara. Estes objetos (4 chapas de vedação completas das aberturas de ventilação foram feitas de lâmina de metal e 2 danificadas daquelas chapas de vedação, como também do pedaço de argamassa) foram repassadas para o Instituto para seguirem em 05.12.1945.
Membros da Comissão
Carimbo da Corte de Examinação de Cracóvia
Procurador Público Juiz de Examinação
Assinatura ilegível Assinatura ilegível
(Edward Pachalski) (Jahn Sehn)
Relatório do Instituto de Perícia Forense de Cracóvia, Dezembro de 1945
Po. Nr. 171/45 Cracóvia, 15. Dezembro 1945
À Comissão Principal para Investigação dos Crimes Alemães na Polônia
Secção Regional de Cracóvia
Avaliação Toxicológica
preparada a pedido da Comissão em 4 de Junho de 1945 com conexão com as investigações a respeito do crematório de Brzezinka (Birkenau).
OBJETO DE EXAMINAÇÃO
Em 12 de Maio de 1945, 4 chapas de vedação inteiras e 2 danificadas, das aberturas de ventilação, foram entregues para examinação. Estas foram encontradas durante a visita de inspeção no Crematório No. II em Brzezinka e saíram das aberturas de ventilação da câmara de gás (Porão de Cadáveres No. 1) do mesmo crematório.
Em 4 de Junho uma sacola foi entregue para examinação, que de acordo com a etiqueta continha 25.5 kg de cabelo, que foram retirados de cadáveres de mulheres depois do gaseamento e antes da incineração nos fornos crematórios em Brzezinka.
I. EXAMINAÇÃO DAS CHAPAS DE VEDAÇÃO DAS ABERTURAS DE VENTILAÇÃO
As chapas de vedação tinham a forma usual e uma armação de caixas retangulares para o equipamento de abertura da ventilação. Elas eram feitas de lâmina de zinco. As superfícies de todas as partes eram revestidas de branco, com forro fortemente aderente.
A examinação foi preparada pela raspagem da superfície de um ventilador em cima do espaço de metal, que foi feito pelo lado interior inteiro da chapa e da parte da grade virada em relação à câmara de gás. 7.2 gramas [de material de examinação] foram obtidas.
O equipamento de examinação consistiu de um pequeno bulbo de vidro com um funil de separação e uma equipamento de absorção de gás com três frascos de absorção de gás. Dentro de cada um destes frascos cerca de 4 ml de 10% de solução de hidróxido de potássio foi lançada.
O forro raspado foi misturado com água no bulbo, e depois o bulbo foi ligado ao recepiente de absorção, ácido sulfúrico concentrado foi adicionado em gotas com o funil de separação e então o gás desenvolveu-se uniformemente mas não tempestuosamente.
A reação foi contínua, sob um ligeiro aquecimento ao final, até completar a dissolução dos conteúdos do bulbo. Os frascos de absorção foram esvaziados e seus conteúdos submetidos às seguintes examinações:
a) 4 ml do líquido foram fortemente resfriados e cuidadosamente neutralizados com ácido sulfúrico diluído, alcalinizados com umas poucas gotas de carbonato de sódio - bicarbonato de sódio com pH 8.0, misturado com uma pequena quantidade de sulfato de ferro(II), deixado em repouso por 30 minutos sob ocasional remexida e então cuidadosamente acidificado com ácido sulfúrico. Nele se desenvolveu uma clara coloração verde-azul produzida por Azul da Prússia.
b) 4 ml do líquido foram misturados com algumas gotas de solução de Polisulfeto de amônio e mantida em levemente esquentada for 5 minutos. A mistura resfriada foi precipitada com um excesso de nitrato de cádmio e filtrada. A filtração foi acidificada com ácido hidroclorídico e misturada com uma solução de sulfato de ferro. O resultado foi uma coloração laranja-claro produzida a partir da Rodanase(do ácido cianídrico).
Ambos experimentos descritos acima provam que o exame do material contém conexões com o ácido prússico.
II. EXAMINAÇÃO DO CABELO
A sacola, feita de duas capas de papel grosso, tinha sido fechada dobrando-se a parte superior várias vezes. Depois de aberta, foram encontrados na sacola cheia, cabelo em feixes e tranças.
Os conteúdos da sacola foram submetidos às seguintes examinações:
[i ]1. Examinação da destilação do Cabelo
imediatamente depois da abertura da sacola com 150 gramas de cabelo, tranças foram tiradas de uma parte da metade de seu conteúdo, rapidamente cortadas, coberta com água num bulbo de destilação, ligeiramente acidificado com ácido sulfúrico e destilado com água em estado de vapor. A destilação foi coletada num bulbo resfriado com gelo. Esta destilação foi examinada como descrito em I a) e b).
A reação do Azul da Prússia ficou com um colorido muito ligeiramente verde-azul, e o teste da Rodanase numa coloração ligeiramente amarelo-laranja.
2. A Segunda Examinação
estava em sua primeira parte cumpriu-se como descrito em 1., mais 500 gramas de tranças foram usados para examinação, que foram retirados de meia parte do saco. 200 ml de destilado foi coletado, que sob imediata examinação mostrou visivelmente apenas o Azul da Prússia e reações da Rodanase.
Esta destilação foi uma destilação fracionada numa Coluna de Vigreux. 15 ml de distilado foi coletado num bulbo de vidro resfriado com gelo, que continha uma pequena amostra de uma solução fortemente diluída de hidróxido de sódio. A análise do destilado foi cumprida como descrita acima. A reação do Azul da Prússia mostrou uma coloração azul-claro, o teste da Rodanase uma coloração laranja-vermelho claro.
3. Examinação do Estrato aquoso do Cabelo
5 kg de tranças e cabelo comprimidos juntos foram misturados com cerca de 2 a 2.5 litros de água que então foram recobertos com o líquido e extraídos em temperatura ambiente por 16 horas. O estrato de aquaso, que reagiu neutramente contra o Tornassol, foi decantado, ligeiramente acidificado com ácido sulfúrico e examinado como descrito em 2. A reação de Azul da Prússia ficou com uma coloração ligeiramente azul, o teste da Rodanase ficou com uma coloração ligeiramente laranja.
E foi assim desse modo comprovado que o cabelo tinha emitido ácido prússico dentro de uma solução aquosa em temperatura ambiente.
III. EXAMINAÇÃO DAS PARTES DE METAL ENCONTRADOS NO CABELO
Depois da conclusão da análise para o ácido prússico os conteúdos do saco foram minuciosamente examinados e os objetos de metal encontrados entre o cabelo e nas tranças foram removidos e organizados. Os seguintes objetos encontrados foram:
a) Um pegador de metal, fortemente dourado com ouro de pelo menos 14 quilates,
b) Clipes de cabelo feitos de zinco
c) Clipes de cabelo e broches feitos de latão.
Os objetos acima mencionados foram submetidos à examinação em seperado em virtude, como é mostrado pela experiência e também teoricamente justificável, de conter metais envolvidos com cianeto de hidrogênio especialmente pegados.
1. Examinação dos clipes de cabelo feitos de zinco
175 g de material de teste foi examinado como descrito em I. acima. A reação de Azul da Prússia ficou com uma ligeira coloração verde-azul, o teste da Rodanase com uma coloração ligeiramente laranja.
2. Examinação dos clipes do cabelo e Broches feitos de latão
20,7 g de material de teste foi examinado como descrito em I. acima. A reação de Azul da Prússia adquiriu uma coloração de azul-claro, o teste Rodanase uma coloração laranja-claro.
3. Examinação do pegador
O pegador, com um peso total de 3.23 gramas, foi coberto com água dentro de um bulbo acidificado com ácido sulfúrico, com helianthin sendo usado como um indicador. Thereafter destilação com uma Coluna de Vigreux foi realizada e a destilação coletada numa água resfriada com gelo; 10 ml de destilado foi obtido. A reação de Azul da Prússia, realizou-se com 4 ml de destilado, tornou-se pálida, mas com coloração completamente azul claro. O teste da Rodanase, também se realizou com 4 ml de destilado, tornou-se brilhante, mas com coloração laranja claro.
Com isto as examinações foram concluídas.
Todos os reagentes e equipamentos usados durante os experimentos acima mencionados foram previamente examinados para assegurar sua clareza e precisão.
AVALIAÇÃO
I) Nas chapas de vedação das aberturas de ventilação feitas de lâminas de zinco, que saíram das aberturas de ventilação da câmara de gás (Porão de Cadáveres No. 1) do Crematório II de Brzezinka, a presença de conexões de ácido prússico foi comprovada.
II) No cabelo retirado de cadáveres de mulheres depois do gaseamento, a presença de ácido prússico foi comprovada.
Objetos de metal foram encontrados no cabelo, como clipes, borches de cabelo e um spectacle holder dourado, ainda continham relativamente consideráveis quantidades de conexões de ácido prússico.
O Diretor do Instituto
(Dr. Jan Z. Robel)
Tradução(polonês/Alemão/Inglês): Roberto Muehlenkamp à partir do livro:
Brigitte Bailer-Galanda, Wolfgang Benz, Wolfgang Neugebauer (editors), Die Auschwitzleugner, 1996 Elefanten-Press, Berlin, S. 109 114
Tradução(português): Roberto Lucena