Andaram repassando a notícia de 377 mil "desaparecidos" em Gaza (que vira eufemismo pra "morto"), saiu em vários posts pela web (em inglês e cia) de um suposto "relatório de Harvard" citando um levantamento das FDI (que muita gente cita como "IDF" em inglês, mas a sigla em português é FDI), das forças israelenses massacrando em Gaza.
O canal francês "France24" (que tem site, como jornal) publicou a seguinte matéria rebatendo esse
número como "fake", "debunked" ("desmascarado, refutado"), fui ler com calma o texto do "France24" e o texto é mais sensato do que aparente, e já teve gente em canal citando dados da matéria sem citar a fonte, sem nem ter lido o texto do canal francês direito. Tenham juízo, parem com essa necessidade doentia de "fazer furo" em canal de internet atrás de fama ordinária, já tá causando constrangimento. E eu avisei que iria fazer um post, porque não havia lido tudo. Digo isso aqui porque sei que andam lendo quando deveriam checar primeiro as coisas.
número como "fake", "debunked" ("desmascarado, refutado"), fui ler com calma o texto do "France24" e o texto é mais sensato do que aparente, e já teve gente em canal citando dados da matéria sem citar a fonte, sem nem ter lido o texto do canal francês direito. Tenham juízo, parem com essa necessidade doentia de "fazer furo" em canal de internet atrás de fama ordinária, já tá causando constrangimento. E eu avisei que iria fazer um post, porque não havia lido tudo. Digo isso aqui porque sei que andam lendo quando deveriam checar primeiro as coisas.
Muito provavelmente esse negócio de "377 mil desaparecidos" foi coisa plantada pra replicarem e fazer "papel de trouxa" sendo rebatidos depois. Dedução minha, mas tá parecendo que foi "pegadinha", coisa plantada, e que ninguém verificou nada até vir a "paulada" em sites especializados de mídia. Tá tudo bem explicado na matéria, pra quem quiser ler
A quem quiser saber mais, basta colocar o link do site "France24" no tradutor online (ou ler em inglês) e verificar o levantamento que fizeram e os esclarecimentos. O link da matéria:
"Did a ‘Harvard report’ reveal 377,000 Gazans are ‘missing’? The number has been misinterpreted"
https://www.france24.com/en/middle-east/20250625-harvard-report-gaza-missing-misinterpreted-number-israel
Os números do ministério da saúde de Gaza são considerados sérios (são usados pela ONU, checados).
Na matéria cita o seguinte trecho, já traduzido:
"O número de mortos em Gaza pode ser ainda maior do que o divulgado pelo Ministério da Saúde de Gaza, de acordo com um estudo publicado em janeiro pela revista médica britânica "The Lancet".
O estudo, que abrangeu os primeiros nove meses da guerra entre Israel e o Hamas – de 7 de outubro de 2023 a 30 de junho de 2024 – estimou que o número de mortos em Gaza é cerca de 40% maior do que o registrado pelo Ministério da Saúde do território palestino."
Como disse no comentário, eu fui procurar o link original em inglês pra colocar aqui, porque se tivessem colocado o link original (tem que colocar as fontes e não "print de tela", coloca o link) na mensagem que li primeiro eu nem precisaria procurar.
A situação em Gaza já é horrível demais pra "chocar" com "notícia fantástica", até a "Globo" (ou "O Globo") andou soltando matérias com coisas reais em Gaza, pros que acham que a dita "grande mídia" não menciona, ela solta nas "entrelinhas", em matérias escondidas, "só pra constar" pra depois não as acusarem de "parcialidade" e cia, a BBC é "mestre" nessa palhaçada. Pros que acham que a mídia não "diz nada", ela diz... mas escondidinho... na "moita", sem "primeira capa", sem alarde na TV... até que o caldo polítco vira (começam a sentir a pressão do "boca a boca" de rua ou ordem de cima, editoria) e mudam o "tom de descrição do genocídio":
1. "Em média, 15 palestinos foram mortos por dia em Gaza enquanto tentavam receber ajuda humanitária no último mês. Violência quase diária ocorre desde que nova organização apoiada por Israel e pelos EUA assumiu a distribuição de alimentos no território" (https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/06/25/em-media-15-palestinos-foram-mortos-por-dia-em-gaza-enquanto-tentavam-receber-ajuda-humanitaria-no-ultimo-mes.ghtml).
2. "Israel mata 120 palestinos que buscavam ajuda e total de mortes em Gaza chega a 55 mil" (https://www.brasildefato.com.br/2025/06/11/israel-mata-120-palestinos-que-buscavam-ajuda-e-total-de-mortes-em-gaza-chega-a-55-mil)
3. "Em 48 horas, Israel mata 200 pessoas e fere mil na Faixa de Gaza. Ministério da Saúde local informa que mortos no conflito são 55,9 mil" (https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2025-06/em-48-horas-israel-mata-200-pessoas-e-fere-mil-na-faixa-de-gaza).
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Eu não tenho acesso ao site de Harvard pra baixar o PDF, e nem acho necessário, a matéria esclarece bem o caso e os números, a quem quiser checar citem o site "France24", não só trecho da matéria, façam a coisa direito que não custa. A quem tiver conta e quiser, baixe o PDF e passe adiante, o link pro tal "levantamento" é esse:
https://dataverse.harvard.edu/dataset.xhtml?persistentId=doi:10.7910/DVN/QB75LB
O que consta na página:
"The Israeli/American/GHF “aid distribution” compounds in Gaza: Dataset and initial analysis of location, context, and internal structure Version 1.0 Garb, Yaakov, 2025, "The Israeli/American/GHF “aid distribution” compounds in Gaza: Dataset and initial analysis of location, context, and internal structure", https://doi.org/10.7910/DVN/QB75LB, Harvard Dataverse, V1"
Aqui nessa matéria ao menos colocaram o link pro PDF, alguém deve ter notado o problema, só que nem sabia da existência desse site:
https://www.cair.com/press_releases/cair-says-harvard-dataverse-report-proves-us-israeli-gaza-aid-concentration-sites-are-tactic-of-war-not-humanitarian-relief
"Ao menos" é forma de dizer, é assim que poderiam relatar a coisa ou mesmo checar antes. "Ah, mas isso é chato"... mas evita cair em "armadilha", pegadinha...
Como comentei no comentário que fiz quando deixei os links, a gente aprendeu a ter esses "cuidados" por aqui no passado porque qualquer "deslize", erro que alguém dizia, os ditos "revis" desciam o chinelo (sem pena). Em boa parte isso ajudou a se ter "acuracidade" extrema com links/dados. O que evita "descrédito", vir algum "esperto" apontando o dedo dizendo que está "errado" com "furo", desacreditando etc. Por isso que a "torcida" aqui incomoda a "torcida em cima do muro", a "torcida isentona", que "sou neutro, isento", a quem quiser coisa neutra, pode comprar que eu indico:
https://www.cleanipedia.com/br/sustentabilidade/saiba-o-que-e-sabao-neutro-e-seus-beneficios.html
"Mas eu quero isenção, imparcialidade nos fatos"... quer mesmo? O "tio ensina":
Aprenda a ler, interpretar, filtrar informação que você não precisa ficar neurótico atrás de algo que não existe, bancando o trouxa ou atrás de "guru de internet". Faça um favor pra você e pro mundo e deixe a humanidade em paz.
"Mas você é bruto!", ui! Pro pessoal "delicado", feito de "porcelana", que acha que a gente fala meio "duro", porque essa turma no Brasil é delicada com a "forma", mas bruta pra apoiar chacina em favela e cia, no Brasil os "valores são invertidos", tem um monte de coisa invertida nesse país, até o "juízo" (ou falta de) em alguns. Confiram, quem tiver paciência, não sei se foi esse o debate exatamente, mas foi com o Benny Morris (historiador israelense), o debate do prof. N. Finkelstein (cientista político dos EUA, antissionista) com o Benny Morris (sionista israelense, historiador), quando o tempo "esquenta" só falta cadeira voar (acho que foi em outro debate com as mesmas pessoas, porque tem uma introdução com um "resumo" do quebra-pau no começo), pros que acham que "debate" no Brasil são "acalorados" ("sabe de nada, inocente"). Primeiro vídeo:
"Israel-Palestine Debate: Finkelstein, Destiny, M. Rabbani & Benny Morris | Lex Fridman Podcast #418"
Aqui outro embate entre os dois no canal do Piers Morgan (apresentador) que mudou sua opinião sobre o massacre de Gaza (antes não admitia o genocídio, bem no começo, foi até troça de um humorista árabe que virou viral na rede, mas ele já admite):
""CLEARLY An Ethnic Cleansing!" Norman Finkelstein vs Benny Morris on Gaza""
Se o Finkelstein discutisse no Brasil seria chamado de "agressivo, violento, grosseiro" por ser enfático, o brasileiro mediano gosta de gente hipócrita, cínica, de fala mansa mesmo sendo o mais cafajeste no mundo, por isso que uma parte apoia e apoiava com mais força a figura de Bolsonaro em 2022, identificação, à parte as críticas que se possa ter sobre esquerda, Lula e cia, não se justifica o que houve no Brasil nos últimos 15 anos.
E pros que querem "copiar e colar", a essa altura do "campeonato": muita gente já sabe que fazem isso no país (as pessoas não acham "bonito" o gesto), uma parte sabe quem são e de onde tiram, boa sorte assim mesmo. Aprendam ao menos a citar a fonte (do site francês em inglês pelo menos). A gente presenciando um genocídio, o mundo no caos e uma turma aqui no Brasil ainda tá com esse tipo de "comportamento"? Faça-me o favor, decoro, decoro...
5 comentários:
Os israelenses teoricamente... nunca mais farão turismo em paz.... depois dessa...
Digo nada
"Os israelenses teoricamente... nunca mais farão turismo em paz.... depois dessa...
Digo nada"
O problema já rola na Ásia, em várias partes, ninguém quer esse "turismo israelense" junto (países da Ásia o povo é mais politizado, Vietnã, Indonésia, China etc). Na China não vão aprontar mesmo, pq não vai ter "muito papo conciliatório"...
Já vi vídeo lamúria de "podcast" querendo repetir vitimismo pulando a parte do genocídio... como se não estivesse havendo algo impulsionando a repulsa a israelenses, sionismo. Então matar mulheres grávidas, crianças aos montes, povo com fome não "gera" repulsa nas pessoas? Em que planeta essa turma vive?
Aí querem encaixar o antissemitismo clássico da Europa (que tem antissemitas até hoje) como se estivessem na década de 20/30 do século passado? Se isso fosse verdade, o que teria de loja e cia atacada seria "festa", só que o grosso da população está fazendo distinção de israelense/sionista (ideologia, nacionalidade) e cia, por incrível que pareça.
Só que quem for israelense se prepare pra ser o "alemão nazista" da vez... ou o sulafricano do apartheid da vez... vão ficar estigmatizados por décadas (principalmente se não mudarem, acho que essa é a discussão que já anda rolando nos EUA nesses meios, se não estiver rolando, vai rolar).
O nazismo associou a identidade alemã à ideologia, o apartheid sulafricano idem (eu já disse antes, eu tenho ranço até hoje de "branco" sulafricano, por conta do apartheid), WASP dos EUA tb (a segregação dos EUA, do sul dos EUA, a Klan). O fascismo até conseguiu mascarar a coisa na Espanha, Portugal e cia, pq havia certa oposição. A Itália conseguiu o distanciamento tb pq os próprios italianos (oposição teve papel na coisa) implodiram Mussolini e o regime.
Vou colocar no outro post, parte 2, os números corrigidos. Daria pra colocar só nesse post, mas tem gente que não lê até o fim.
Mudei de ideia e vou colocar o número aqui e no fim desse post e tirar o "parte 01" do título. Não teria muito sentido abrir uma "parte 02" só pra registrar uma correção que a matéria desse "France24" não fez ou esqueceram, já que enfatizaram tanto a questão dos "377 mil" poderiam ter feito o "serviço" completo, mas tudo bem. Apesar de que tem a história de um "Maximilian" que valeria até um "destaque" (de como plantam informação "bomba" pro povo replicar e cair em descrédito, mesmo com os números disponíveis, porque não checaram, foram levados pelo rótulo "Harvard"... quem plantou a coisa sabia que iriam fazer isso, pq quem vai vasculhar esse tipo de pesquisa e soltar como "furo"?).
Na matéria o pesquisador diz que onde tem 200 mil a mais em dado levantamento, então seriam 500 mil em um dado e não 700 mil como um "Maximilian" (um bot/fake de internet) soltou e saíram replicando sem corrigir ou verificar.
O número do levantamento seria de 177 mil, já corrigido, é só tirar 200 mil dos 377 mil e tá feita a correção.
No levantamento anterior que soltaram colocaram 200 mil a menos pra poder aumentar a diferença na contagem final, a contagem do levantamento corrigida é essa aqui: 2.227.000 (estimativa da população de Gaza antes) - 2.050.000 (a do levantamento das FDI/IDF), que dá os 177 mil desaparecidos (eufemismo pra mortos).
Pros que quiserem usar essa estimativa, o número é esse. Se possível a Fepal e cia poderiam baixar o PDF e destacar a parte (sugestão). Mas os números constam da matéria da "France24" que está no link do post.
O curioso é que isso ficou aqui por dias, e até copiaram a parte dos 40% da The Lancet mas não tomam iniciativa de fazer uma conta de subtração... depois acham ruim quando eu ironizo o "copy and paste", pq uns copiam sem nem entender direito o que leem.
Eu comentei o caso da bomba dos EUA e os bunkers de instalações nucleares do Irã e andaram "dizendo por aí" que concreto é mais resistente que rocha... não é isso que está nos comentários (releiam). E a bomba não percorre 60 metros em concreto, em um site tinha a info que são 18 metros (em concreto), fora que ninguém tem a geologia do local pra fazer afirmação categórica disso, é só especulação, dedução, e o que comentei foi com base na geologia (como "poderia ser", sem ter acesso a informação detalhada).
Pegando carona na IA do Google (que pega os dados dos 'n' sites espalhados), só pra ganhar tempo, resistência das rochas:
"Exemplos de resistência à compressão:
Granitos: Geralmente apresentam valores superiores a 131 MPa.
Calcários: Podem ter cerca de 100 MPa.
Basaltos: Podem atingir 350 MPa."
Agora indo pro concreto, os MPa da "gracinha", como diria a saudosa "Hebis Camargo":
"Concreto de alta resistência, também conhecido como concreto de alto desempenho (CAD) ou concreto de ultra-alto desempenho (CUAD), é um tipo de concreto que possui resistência à compressão superior aos concretos convencionais, geralmente acima de 50 MPa, podendo chegar a 100 MPa ou mais. Este tipo de concreto é utilizado em aplicações onde é necessária maior durabilidade, resistência e desempenho, como em construções de edifícios altos, pontes, estruturas offshore e outras obras que exigem alta capacidade de carga."
Mais dados:
"Concreto de alta resistência, também conhecido como concreto de alto desempenho (CAD) ou concreto de ultra-alto desempenho (CUAD), é um tipo de concreto que possui resistência à compressão superior aos concretos convencionais, geralmente acima de 50 MPa, podendo chegar a 100 MPa ou mais. Este tipo de concreto é utilizado em aplicações onde é necessária maior durabilidade, resistência e desempenho, como em construções de edifícios altos, pontes, estruturas offshore e outras obras que exigem alta capacidade de carga."
E a última "leva" de dados:
"Exemplos de aplicações:
Concreto com FCK 20 MPa:
Geralmente utilizado em fundações simples, pisos não estruturais, calçadas, etc.
Concreto com FCK 25 MPa:
Usado em lajes, vigas e pilares de edifícios residenciais pequenos e em algumas fundações.
Concreto com FCK 30 MPa:
Recomendado para estruturas de médio porte, como edifícios residenciais e comerciais, e em algumas estruturas de concreto armado.
Concreto com FCK 35 MPa e acima:
Utilizado em estruturas maiores e mais complexas, como edifícios altos, pontes e outras obras que exigem alta resistência. "
Se alguém tiver a planta (cópia) das instalações do Irã, me passa que a gente quer ver (até os EUA) (conteúdo irônico, o final).
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