Uma estratégia de negação clássica é pinçar uma citação de um historiador e fazer de conta que o historiador está dizendo o que o “negador” quer que ele diga. É uma forma sutil de mentir que definimos como “garimpagem de citações” (quote-mining). Aqui está um exemplo:
Germar Rudolf quer nos fazer crer que os Historiadores têm dúvidas sobre as câmaras de gás , então ele “garimpa” uma citação da Arno J. Mayer seguinte forma:
A tendência da historiografia atual parece ser mais e mais de abandonar as câmaras de gás, para os quais as fontes são “ao mesmo tempo raras e pouco confiáveis” como disse o Prof Arno J. Mayer.
Fontes para o estudo das câmaras de gás são ao mesmo tempo raras e pouco confiáveis .. . Não se pode negar as muitas contradições e ambiguidades existentes nestas fontes. Elas [as contradições] não podem ser ignoradas, embora deva-se afirmar enfaticamente que esses problemas são no seu conjunto insuficientes para pôr em dúvida a utilização de câmaras de gás nos assassinatos em massa de judeus em Auschwitz. (grifos do tradutor)
Esta mesma ”citação garimpada” foi empregada depois pelo falecido, mas não pranteado, negador canadense Doug Collins em 1993-1994, como parte de uma série de artigos que levaram a um protesto formal junto ao British Columbia Press Council. Em relação à citação garimpada” de Mayer por Collins, o Conselho deliberou:
O Conselho da Imprensa (Press Council) sustenta o protesto sobre esses pontos e constata que eles violaram o artigo 1 do Código de Conduta, na medida que eles enganam o leitor e falseiam os autores originais. (grifos do tradutor)
“Garimpagem de citações” por negadores já tinha sido desmascarada frente à opinião pública há mais de uma década, mas os negadores continuam a praticar o "vício" .(aspas do tradutor)
Fonte: http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/01/how-deniers-distort-their-sources.html
Tradução: Leo Gott