Mostrando postagens com marcador Germar Rudolf. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Germar Rudolf. Mostrar todas as postagens

domingo, 18 de maio de 2014

As visões geopolíticas de Germar Rudolf e sua "Arábia unificada"

Pra não comentar e espichar o outro post "Os verdadeiros sentimentos de Germar Rudolf sobre os judeus", vou colocar os comentários às afirmações esdrúxulas dele neste post, por partes. Seguem abaixo os comentários. Mas deixarei aqui o link do post sobre o que penso sobre alguns conflitos do Oriente Médio e a própria região, pra evitar que aquele pessoal fissurado em Oriente Médio venha encher o saco porque idealizam e idolatram algumas países e regiões do planeta (este comentário é totalmente direcionado a brasileiros mesmo).

Primeiro trecho:
Se o Holocausto é visto como uma coleção única de mentiras, então o único pilar de sustentação que legitima o Judaísmo Internacional entrará em colapso.
Aqui ele confirma suas crenças em textos antissemitas como os Protocolos dos Sábios de Sião que traz essa versão de "poder judaico global" e é uma das bases do antissemitismo moderno. 90% dos "revis" (pra não dizer 100%) acreditam nisso e é uma das razões pra defesa fanática deles do negacionismo como forma de atacar judeus, que na visão dele são inimigos mortais.

Segundo trecho:
O destaque da religião substituta irá se desintegrar. A possibilidade de extorquir mais bilhões da Alemanha por conta de sua suposta obrigação também entrará em colapso.
Rudolf diz que judeus extorquem a Alemanha por conta de indenizações feitas por conta do Holocausto. O Rudolf não leva em conta algumas questões antes de fazer esta afirmação. Dinheiro algum paga a vida de quem a perdeu, e as indenizações são aquém do que uma pessoa poderia ganhar se tivesse ficado viva. Inclusive acho que se uma pessoa não precisa desse dinheiro deveria recusar isso (vai da cabeça de cada um) pois é uma forma pra lá de questionável de "compensar" o extermínio provocado por um país, mas há gente que necessita e não irei condenar quem tenha aceito isso por necessidade.

Terceiro trecho:
A possibilidade de obrigar os Estados Unidos a salvar eternamente os judeus de novos holocaustos através de doações infinitas de dinheiro também entrará em colapso.
Rudolf entra na fase dos delírios. Rudolf, os EUA não são obrigados, você pelo visto tem uma visão "benevolente" da política imperialista do governo dos Estados Unidos como superpotência. Os EUA veem retorno nessa aliança com Israel que se aprofundou depois da guerra dos seis dias quando o governo dos EUA viu que teria retorno dando apoio aquele país levando em conta a polarização da guerra fria, a URSS passou a apoiar vários países árabes e os EUA como resposta fez seus aliados naquela região, incluindo a Arábia Saudita.

Só um trecho pra ilustrar a coisa (pra quem quiser criticar, quem afirma isso é o N. Finkelstein que é adorado por "revis" mesmo não sendo ele, Finkelstein, "revi"), esse texto não é do Finkelstein mas está no site dele:

“Chronicle of a Suicide Foretold: The Case of Israel”
After Algeria became independent in 1962, France lost interest in the Israeli connection, which now interfered with its attempts to renew closer relations with the three now independent North African states. It was at this point that the United States and Israel turned to each other to forge close links. In 1967, war broke out again between Egypt and Israel, and other Arab states joined Egypt. In this so-called Six Day War, the United States for the first time gave military weapons to Israel.

The 1967 Israeli victory changed the basic situation in many respects. Israel had won the war handily, occupying all those parts of the British mandate of Palestine that it had occupied before, plus Egypt’s Sinai Peninsula and Syria’s Golan Heights. Juridically, there was now a state of Israel plus Israel’s occupied territories. Israel began a policy of establishing

Jewish settlements in the occupied territories.
Sim, os EUA fazem doações gigantes de dinheiro a Israel, algo contestável, mas só estou comentando esta parte porque alguém com malícia pode chegar e perguntar sobre isso e essa parte que ele disse existe de fato. Só pra deixar claro, eu não apoio a política externa israelense, só que não preciso usar argumento tosco como o que os "revis" usam pra criticar aquilo, fora o fato de que as motivações de crítica dos "revis" não são por questões humanitárias ou porque discordam da política belicista israelense (até porque os "revis" dão pitis de gozo com o Terceiro Reich que era belicista até o talo) e sim porque o alvo da crítica tem judeus no meio, o que pros "revis" é algo insuportável. O mundo "revi" gira em torno de judeus, um dos motivos que provam que não existe revisão histórica alguma por parte de negacionistas e sim panfletagem política, como já é sabido de muita gente.

Quarto trecho:
A simpatia mundial com os maiores mentirosos e vigaristas da história da humanidade também entrará em colapso.
Mais uma alucinação do Rudolf. Não vejo o mundo hoje sendo simpático com judeus por conta do Holocausto, quem afirma isso geralmente são os "revis" pra dramatizar a "causa" deles. Pode ter sido num passado remoto, no pós-segunda guerra principalmente em virtude do impacto da destruição causada, mas passados mais de 60 anos do evento, aquela empatia inicial já foi pro ralo há muito tempo, principalmente com o destaque que passou a ter as incursões de Israel na região do Oriente Médio, com destaque pro conflito no Líbano em 2006 e o ataque à Gaza em 2009.

De fato na guerra fria, com o mundo dividido e polarizado, não havia simpatia em relação a árabes ou ao lado palestino, palestinos em geral eram rotulados como terroristas por conta das ações dos grupos radicais e de Arafat, mas a percepção sobre o conflito mudou radicalmente com o fim da guerra fria e a partir de 1994 pra cá, principalmente com o uso global da internet e o destaque dado ao conflito que antes se resumia a um conflito regional apenas.

Quinto e último trecho:
A segunda tentativa da Europa de estabelecer um enclave duradouro na Palestina contra a vontade dos árabes, similar às cruzadas, também entrará em colapso. E, finalmente, a futura Arábia, será unificada e auto governada (por árabes) sem ocupantes judeus, norte-americanos ou europeus e potências coloniais, e se desenvolverá irresistivelmente. Isso explica porque os judeus e a mídia dominada por eles e políticos de todos os lugares defenderem essas mentiras (Holocausto) e reprimir os profetas de verdade com todos os meios possíveis.
Rudolf também gosta de anacronismos, usar termos do passado (cruzadas) pra criar figuras retóricas com o presente.

A Europa criou vários enclaves naquela região do planeta, Rudolf, pois teve colônia em vários países. Dá uma olhada:
Lista de ex-colônias europeias no Oriente Médio

Tudo isso ocorreu bem antes desse conflito Israel-Palestina, Rudolf.

Que tal mencionar o domínio francês no Líbano, ou na Argélia (essa no Norte da África)? E o poder britânico mandando na própria Palestina, Iraque etc? E o poder Otomano (turco) naquela região, Rudolf? Tudo isso antes de Israel existir.

Vou deixar uns links aqui caso alguém queira ler (estão em inglês, então coloquem no tradutor do Google):
1. Modern Period: the Rise of Colonial Interests in the Middle East
2. When the Middle East Became a Colony for Europe
3. The Legacy of The Ottoman Empire: Conflict, Colonies and Peter O’Toole
4. Century of Violence: What World War I Did to the Middle East (Spiegel)

Alguns livros:
1. The Great Syrian Revolt and the Rise of Arab Nationalism (Autor: Michael Provence)
2. Arab Nationalism, Oil, and the Political Economy of Dependency (Autor: Abbas Alnasrawi)
3. A peace to end all peace: the fall of the Ottoman Empire and the creation of the modern Middle East (Autor: David Fromkin)

Em português e espanhol (o livro em português se encontra no mercado brasileiro), irei colocar esse livro mas sei que o autor é visto como "problema" (embora seja referência) por alguns mais 'exaltados' porque o Bernard Lewis tem uma participação política nas últimas guerras no Oriente Médio. Explicarei isso (o motivo) num próximo post só sobre bibliografia do Oriente Médio:
1. O Oriente Médio: Do advento do cristianismo aos dias de hoje (Autor: Bernard Lewis)
2. Las identidades múltiples de Oriente Medio (Autor: Bernard Lewis)

Aqui eu deixo dois livros (ebook, PDF) sobre o tema:
1. Ottoman Modernity, Colonialism, and Insurgensy in the Interwar Arab East
Autor: Michael Provence

2. Confronting an Empire, Constructing a Nation: Arab Nationalists and Popular Politics in Mandate Palestine
Autor: Weldon C. Matthews

Só avisando que, se algum dos autores dos livros pedir que removam o link, terei que remover. Então quem quiser que baixe logo.
_______________________________________________

Mas a parte mais engraçada e tosca da afirmação dele é a da "futura Arábia unificada", pelo visto Rudolf ignora fortemente as divisões sectárias daquela região e como todo fascista, acha que é possível "homogeneizar" tudo passando uma reta por cima de todos contra a contra a vontade de grupos rivais.

Rudolf, você já ouviu falar nisso? Guerra civil do Líbano. Tem um documentário interessante da Al Jazira sobre essa guerra civil libanesa.

E não preciso ir muito longe no tempo, há uma guerra em andamento no Oriente Médio agora mesmo, a guerra civil na Síria com grupos rivais se pegando: Guerra Civil na Síria.

Já viu a hostilidade entre Arábia Saudita e Irã por conta de divergências religiosas e políticas? O Irã não é árabe (é persa) e tem maioria xiita, a Arábia Saudita é o berço dos árabes de fato e tem maioria sunita. Já houve vários conflitos no Oriente Médio por sectarismo religioso, xiitas versus sunitas ao longo da história e conflitos contra outros grupos religiosos. Queria ver como seria essa unificação "interreligiosa" levando em conta a afirmação do Rudolf, seria um verdadeiro 'pinga sangue'.

E o certo seria chamar os povos de alguns países de "arabizados", pois a composição étnica deles (exemplo: Líbano) não é a mesma da Arábia Saudita. Houve uma colonização em vários países na expansão do Islã quando a religião ainda era restrita só a árabes, daí a origem do termo "arabizar". Eu costumo chamar aquela área do Mediterrâneo de "povos do mediterrâneo".

Queria entender como Rudolf acha que haverá uma "Arábia unificada" ignorando esses "detalhes" (rs), ignorando até a composição de cada país atual naquela região. Será que ele vai chegar na "Arábia" e gritar pros povos daquela região: Stop! In the name of love! Before you break my heart; Link2; Link3.

Depois aquele pessoal 'ultrassensível', cheio de mimimi, chega aqui "defendendo" revis" e acha que a gente "pega no pé" deles, o que não é verdade. Vejam o festival de sandices acima (distorções e mentiras em todo o comentário dele) e isso é só um pequeno trecho de asneiras que o cara escreveu.

sábado, 17 de maio de 2014

Os verdadeiros sentimentos de Germar Rudolf sobre os judeus

Isto pode ser lido na página 39 deste relatório, que cita Germar assim:

Se o Holocausto é visto como uma coleção única de mentiras, então o único pilar de sustentação que legitima o Judaísmo Internacional entrará em colapso. O destaque da religião substituta irá se desintegrar. A possibilidade de extorquir mais bilhões da Alemanha por conta de sua suposta obrigação também entrará em colapso. A possibilidade de obrigar os Estados Unidos a salvar eternamente os judeus de novos holocaustos através de doações infinitas de dinheiro também entrará em colapso. A simpatia mundial com os maiores mentirosos e vigaristas da história da humanidade também entrará em colapso. A segunda tentativa da Europa de estabelecer um enclave duradouro na Palestina contra a vontade dos árabes, similar às cruzadas, também entrará em colapso. E, finalmente, a futura Arábia, será unificada e auto governada (por árabes) sem ocupantes judeus, norte-americanos ou europeus e potências coloniais, e se desenvolverá irresistivelmente. Isso explica porque os judeus e a mídia dominada por eles e políticos de todos os lugares defenderem essas mentiras (Holocausto) e reprimir os profetas de verdade com todos os meios possíveis.

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2014/05/germar-rudolfs-true-feelings-about-jews.html
Título original: Germar Rudolf's True Feelings about Jews
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

Observação: tem tanta besteira no comentário do G. Rudolf, principalmente a parte sobre Oriente Médio, que se for comentar pedaço por pedaço o post ficará muito espichado. Acho melhor fazer depois um post sobre esse comentário dele e Oriente Médio.

"Futura Arábia"? Esse tá "por dentro" das brigas sectárias do Oriente Médio.

Atualização: 18.05.2014

Eis o link com os comentários sobre este post: As visões geopolíticas de Germar Rudolf e sua "Arábia unificada"

domingo, 22 de dezembro de 2013

Discórdia na Cesspit (Codoh) com Mark Weber. Mais um racha no mundo "revisionista"

Pros que não sabem o que significa o termo Cesspit, confira clicando nas tag CODOH e Cesspit.

Parece que há um visível racha no clero "revisionista", e insatisfação e suspeita com o cabeça do IHR, Mark Weber. E para não confundir, este Mark Weber não é o ex-piloto de Fórmula 1 da RBR, os dois são homônimos, apesar do ex-piloto de F1 ter dois 'bês' no sobrenome.

Em post do Codoh um "revi", com foto de jogador do leste europeu, toca no assunto expondo o texto de uma "revi" neonazi (ou "supremacista branca", sempre rio desses termos "supremacismo"), Carolyn Yeager (não sabe quem ela é? Clique aqui e aqui), a crise e insatisfação de "revis" "gurus" como Rudolf com Mark Weber: link

C.Y: 'Is the IHR a dead horse?' (O IHR é um cavalo morto?)
Texto original

A queixa deles com Weber, tradução livre minha:
Mark Weber adquiriu o controle do Instituto para "Pesquisa" Histórica (vulgo IHR)control na metade dos anos 90 e mudou todo seu propósito distante do "Revisionismo" do Holocausto para nenhuma posição ou qualquer coisa semelhante;

Weber nunca foi um "revisionista" de verdade (mesmo nos anos 80), de acordo com ambos, Berg e Rudolf;

Weber resistiu em publicar livros de Germar Rudolf, e não queria textos traduzidos de "revisionistas" alemães, e queria escrever seus próprios artigos sumários por terceiros;

Com David Irving, Weber foi observado como se comportando como um total sicofanta; ele até parecia estar "apaixonado" por Irving;

Muitos ainda pensam que o IHR sob Weber "parece bem" e então financeiramente apoia isso;

Caller Jim trouxe o "discurso de Posen" de H. Himmler, que ambos, Berg e Rudolf, consideram-no genuíno porém um mal-entendido;

Dana apresentou a questão de que a maioria das pessoas que estão de saco cheio do "holocausto" na mídia - de que ele espera que haja reação sobre o que Germar disse, mas mais na Europa que nos Estados Unidos.
E há mais duas acusações de um outro "revi" com nick de Werd (que aparenta se contentar com o stalking promovido pela dupla dona de um site tosco sobre Holocausto nos EUA) sobre Weber:
Mark Weber conspira para vender listas de email para a ADL.
http://www.vho.org/GB/c/TOK/Whistleblower.html

A visão de Rudolf sobre a crise do IHR com Weber:
http://www.vho.org/GB/c/GR/IHRCrisis.html
Resumindo: haja choro e paranoia no "mundo" "revi"*, pra variar.

O IHR, pra quem não sabe, é o principal difusor de textos de negação do Holocausto no mundo (com sede nos Estados Unidos) junto com um site também hospedado nos EUA (host de Nova York, suspeito que o host seja do Michael Santomauro), VHO, com ramificação na Europa (Bélgica etc).

Observação:


Mas se me permitem, vou fazer algumas considerações sobre essa temática do combate ao negacionismo aproveitando o post em questão. Vou reforçar coisas que já disse antes pois é bom deixar claro que não só rola problemas no "lado "revi"" como de gente que se coloca na posição de "anti-"revi"", que não é uma posição exclusiva de A, B ou C obviamente, mas a partir do momento que tentam se passar (ou insinuar) por a gente, a coisa muda de conversa. Quem age por conta própria assumindo, eu nunca critiquei embora eu posso não concordar com certos posicionamentos (em geral o pessoal é de direita e meio paranoico, e eu sou de esquerda e cético até o talo, o que gera na maioria das vezes um conflito ideológico pois não tenho muita paciência com essa direita paranoica hidrófoba lunática brasileira).

Sobre o termo "revi" (que coloquei o asterisco pra comentar), passarei a preferir essa escrita ou mesmo chamar por "revisionista" (com aspas) do que o termo "revimané", que não fomos nós que criamos, foi um colega nosso no Orkut anos atrás. A quem usa o termo aleatoriamente achando que é "criação" nossa, taí mais um detalhe que não sabiam (pra variar), que inclusive já comentei aqui antes, só que as pessoas que leem seletivamente (de forma atabalhoada, como sempre) nunca prestam atenção aos detalhes.

Há gente mal-intencionada usando fakes tentando insinuar ou se passar pelo pessoal do blog (pra causar confusão) explorando a paranoia dos "revis" usando esses termos e expressões que usamos ironizando esse pessoal. Pra alguém mais safo dá pra notar de cara a falsificação, pra gente mais "burrinha" (ou seja, a maioria...) a falsificação não é algo tão óbvio assim e disso vem o problema.

Pra alguém mais paranoico, quem escreve o termo (que já é de domínio público) "x" só existe uma dedução lógica primária (pois não vão além disso): "só pode ser esse pessoal pois eles usam o termo". Nunca passa na cabeça desses imbecis que qualquer pessoa pode usar o termo pra confundir (ou mesmo porque gostou já que não tem "copyright") e pode se esconder com fakes.

Eu não uso fakes, escrevo com meu nome, discutia com "revis" usando meu nome e já emiti o que penso (mais de uma vez) sobre esse pessoal que se borra com "revis (No Reino da Fantasia dos Trolls "Ocultos"). Penso de fato que se uma pessoa se pela de medo desses "revis" se valendo desse artifício pra tentar confundir, como já disse antes aqui, deveria parar de fazer isso ou sumir, pois além da atitude covarde (pois a impressão que se passa é essa), só vejo discussão imbecil com esses caras, com um vitimismo ridículo, uma contemporização ridícula e localizei mais ou menos de onde é um dos perfis (do estado do Ceará).

A quem pensa que só "revis" criam problema, desencanem disso, as piores brigas e confusões que vi no Orkut foram causadas por gente que se dizia "anti-"revi"" criando atrito com esses "revisionistas" e afins, entravam lá posando de "valentões" e brigões e quando algum desses "revis" (ou neos) cismavam e iam pra cima, os caras corriam com o rabo entre as pernas e vinham tentar jogar o problema pro nosso lado, principalmente quando se entocavam em comunidades sobre conflito no Oriente Médio misturando questões como conflito israelense-palestino com essa questão do negacionismo no Brasil. E vou dizer claramente, esse pessoal hoje me irrita tanto quanto os "revis".

terça-feira, 8 de março de 2011

Uma boa análise de "Debatendo o Holocausto" de "Thomas Dalton"

Acho que a última análise com uma estrela de "Debating the Holocaust" (Debatendo o Holocausto), como transcrito abaixo, merece uma tirada de chapéu em reconhecimento.

Em 27 de janeiro de 2011, o leitor "Rhomphaia", escreveu o seguinte:
Embora este livro definitivamente levante alguns pontos interessantes, o problema com ele começa logo na capa:

Thomas Dalton não existe e, portanto, não tem PhD verificável ou registro para ensinar em qualquer universidade.

De fato, as evidências sugerem que Michael Santomauro, um diretor editorial da Editora de Teses e Dissertações, é provavelmente o autor (e ele também não tem nenhum PhD, o que significa que a descrição inteira da "carreira" de Thomas Dalton é forjada). A Editora de Teses e Dissertações é de propriedade da Castle Hill Publishers, que foi fundada por um oponente de longa data do Holocausto, Germar Rudolf. Portanto, com interesse na informação por completo, quando você compra esse livro, 1/3 dos lucros vão para Germar Rudolf, cuja agenda INTEIRA é voltada para negar o holocausto por quaisquer meios necessários (um "agitador", no jargão do livro).

Ninguém pode ler as coisas que Michael Santomauro tem escrito e acreditar por um minuto que ele é um observador neutro simplesmente examinando todos os lados da questão. O Sr. Santomauro é o editor e, provavelmente, o autor deste livro, e ainda, se você vai para a última página de críticas, você o encontrará analisando seu próprio livro sem revelar quaisquer dessas informações (sob o título: "Banido em 15 países"). Isso é, pelo menos, desonestidade intelectual, e deve lançar sérias dúvidas sobre a afirmação de "análise neutra" do livro.

Então seja prevenido, um livro com uma mentira tão grande dessas na capa NÃO irá apresentar todos os lados da questão de forma imparcial. Na minha opinião, este é um ataque meticulosamente montado contra o Holocausto, e que apresenta argumentos cuidadosamente construídos sobre o holocausto, para em seguida habilmente, astuciosamente e sistematicamente tentar desmontá-lo.

O problema é que ele não apresenta todas as provas sobre o Holocausto, é cuidadosamente inclinado em afirmar algo sobre o Holocausto, mas deixa de fora partes importantes de informação (como o fato de que mais de três milhões de "seis milhões" judeus que morreram na Segunda Guerra Mundial campos de concentração foram identificados pelo nome, e mais nomes estão sendo rastreados e verificados a cada ano), e constrói com cuidado espantalhos (Hitler emitiu uma ordem escrita para exterminar os judeus), para em seguida pô-los abaixo(não é possível encontrar a escrita ordem), e tudo ignorando as evidências que saíram das bocas dos próprios homens de Hitler de que um programa desse tipo, com ou sem ordem escrita de Hitler, não existia.

Outro exemplo de "neutralidade" deste livro: Zyklon-B é um pesticida usado para matar piolhos, não para exterminar pessoas. Verdade, mas então o que faremos com as declarações de Rudolf Hoss*, o diretor de Auschwitz, quando disse como eles usaram o Zyklon-B para matar pessoas, parafraseado aqui:

Havia 2 bunkers, e entre eles, eles apanharam cerca de 2000 pessoas. As portas estavam screwed shut e solid pellets de Zyklon-B foram dropped into the chambers através de vents, releasing o gás Zyklon-B. Cerca de um terço das vítimas morria imediatamente (presumidamente aquelas mais próximas das vents), e todo mundo dentro estava morto em cerca de 20 minutos.

Se Zyklon-B não foi usado para matar pessoas, então por que o diretor de Auschwitz dá uma versão muito detalhada de como eles FIZERAM uso dele para matar pessoas? Ele estava também conspirando para promover o "mito" do Holocausto?

É verdade que há alguns problemas com algumas coisas ditas sobre o Holocausto, mas os problemas NÃO são evidentes como este livro faz de conta. É possível, por exemplo, que apenas 4 ou 5 milhões de judeus tenham morrido, não 6 milhões (como é fato que 3 milhões já estão documentados), mas o que REALMENTE tornaria o Holocausto menor se Hitler e seu regime apenas tivesse conseguido capturar e assassinar 4 ou 5 milhões? Enquanto pode haver alguma estimativa para cima por parte de sobreviventes do Holocausto (falando nisso, não realmente comprovada), há uma extrema estimativa PARA BAIXO da parte deste livro.

Apenas tomem cuidado, pois este livro nem remotamente de longe é o mais confiável e equilibrado como as 5 estrelas das análises aqui nos levariam a crer. Somente aqueles que realmente não SABEM nada dos fatos do holocausto será influenciado por esse livro. Para aqueles conscientes sobre a pesquisa independente, filmagens e provas fotográficas, e do verdadeiro registro histórico encontrado em centenas, talvez milhares de relatórios bem pesquisados, este livro sai como nada mais do que um cuidadoso ataque habilidoso contra o holocausto já realizado em forma impressa.

Embora eu não esteja certo de que este livro mereça, seria interessante ver se alguém gastaria tempo em fazer uma réplica completa. Eu, por exemplo, adoraria ver, e que eliminassem de uma vez por todas, a idéia de que este livro é mesmo remotamente neutro, equilibrado e justo.

*Seu sobrenome é na realidade pronunciado com a letra alemã que parece com um "B" maiúsculo, mas é aproximadamente equivalente ao "ss" em inglês.
Eu discordo da opinião do crítico de que o panfleto propaganda de "Dalton" "levanta alguns pontos interessantes", mas acho que o crítico obviamente não olhou para as falsidades "revisionistas" como nós fazemos e portanto não pode saber que "Dalton" essencialmente papagueia os argumentos de outros "revisionistas" mais capazes que ele, e que são, portanto, nossa prioridade. Entretanto, temos também dedicado algumas postagens ao Sr. "Dalton", e que acho que o crítico gostará de ler.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Roberto Muehlenkamp
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/02/good-review-of-daltons-screed.html
Tradução: Roberto Lucena

domingo, 25 de julho de 2010

Germar Rudolf - "revisionistas" - biografia - 04

Germar Rudolf

Germar Rudolf (nasceu em 29 de outubro de 1964 em Limburg an der Lahn), é um químico alemão e negador do Holocausto. Ele usou o sobrenome de sua primeira esposa, Scheerer, até os dois se divorciarem.

Provisoriamente ele foi membro do Die Republikaner, um partido de extrema-direita alemão.

Depois de terminar sua educação secundária em 1983 em Remscheid, Rudolf estudou Química em Bonn, completando seus estudos em 1989. Como estudante, ele participou da A.V. Tuisconia Königsberg zu Bonn e da K.D.St.V. Nordgau Prag zu Stuttgart. Ambas são fraternidades católicas alemãs pertencentes ao Cartellverband der katholischen deutschen Studentenverbindungen. Ele foi expulso em 1995 por justa causa por ter violado os princípios de fraternidade com suas publicações.

Terminando os estudos de pós-graduação PhD depois do serviço militar, ele ficou temporariamente empregado no Instituto Max Planck para Pesquisa do Estado Sólido em Stuttgart, no começo de outubro de 1990. Durante este tempo ele escreveu um ensaio, com o título de "Relatório sobre a formação e verificabilidade de compostos cianeto nas câmaras de gás de Auschwitz" com a procuração do procurador de Düsseldorf Hajo Herrmann, um ex-piloto da Luftwaffe qualificado na categoria de Oberst(Coronel).

Herrmann usou o ensaio de Rudolf na defesa do general da Wehrmacht e proeminente ativista nazista Otto Ernst Remer, acusado de incitação contra pessoas, por ofensa criminosa da lei alemã. Em seu ensaio, o disputado "Relatório Rudolf", Rudolf afirma ter coletado amostras das construções das câmaras de gás no campo de extermínio de Auschwitz, achando apenas pequenos traços de compostos cianeto no que restou dos muros. O relatório foi contestado desde então por Richard Green e Jamie McCarthy do The Holocaust History Project.

Em 1993, Rudolf foi expulso do Instituto Max Planck por uso não autorizado do nome do instituto para conseguir amostras analisadas que foram tiradas de locais das câmaras de gás em Auschwitz e Birkenau. He apelou sem sucesso da decisão. Desde então, ele tem dado consultoria em processos sobre negação do Holocausto e ofensas relacionadas, recebendo suporte financeiro de patrocinadores e pelo trabalho como editor.

Consequências legais: Fuga, deportação e aprisionamento

Em 1994, Rudolf foi condenado a 14 meses de prisão pela corte do distrito de Tübingen por causa do "Relatório Rudolf". (Negação do Holocausto é crime na Alemanha). Rudolf evitou de ser preso ao fugir para Espanha, Inglaterra e finalmente para Chicago, EUA. Lá, ele soliciou asilo político, mas seu pedido foi negado.

Enquanto isso, a investigação criminal continuou na Alemanha. Em agosto de 2004, a corte do distrito de Mannheim sequestrou uma conta bancária apanhando cerca de €200,000(euros). Rudolf e seus associados tinham ganho esse dinheiro pela venda de publicações de negação do Holocausto.

Em 11 de setembro de 2004, Rudolf casou-se com uma cidadã norte-americana. Porém, seu pedido de asilo foi rejeitado em Novembro daquele ano com base de que o pedido foi "frívolo." Em 19 de outubro de 2005, Rudolf foi preso e deportado para Alemanha em 15 de novembro. Na chegada, ele foi preso pelas autoridades policiais e transferido para prisão em Baden-Württemberg.

Publicações

Depois de Rudolf deixar o Instituto Max Planck, ele começou a publicar vários livros negando o Holocausto. Rudolf encontrou a Castle Hill Publishers em Hastings, Inglaterra. Além disso, ele é muito próximo e associado à organização "revisionista" belga Vrij Historisch Onderzoek (VHO).

Dissecting the Holocaust(Dissecando o Holocausto)

"Dissecting the Holocaust"(Dissecando o Holocausto) foi editado e teve co-autoria de Rudolf sob o nome de Ernst Gauss. A publicação em língua alemã com o título de Grundlagen zur Zeitgeschichte resultou em mais indiciamentos sendo feitos contra Rudolf. Entre os contribuidores do trabalho estão outros "experientes" "revisionistas" como o Professor Robert Faurisson, Jürgen Graf, Carlo Mattogno, Udo Walendy e Friedrich Paul Berg. Incluso como um apêndice consta uma longa resenha do trabalho escrito por um historiador profissional e destacado especialista em história militar e diplomática soviética-alemã, Joachim Hoffmann.

Fonte: antisemitism.org.il
Tradução: Roberto Lucena

Anterior 3<< Carlo Mattogno - "revisionistas" - biografia - 03
Anterior 2<< Roeland Raes - "revisionistas" - biografia - 02
Anterior 1<< Roger Garaudy - "revisionistas" - biografia - 01

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

"Revisionismo do Holocausto" e falsificações

“Revisionistas” adoram descartar documentos que eles não gostam como falsificações, sob frágeis mentiras. No entanto, eles caem em suas próprias falsificações? A resposta é um enfático: “SIM!”

Uma das mais famosas falsificações relacionadas ao “revisionismo” é o chamado “Documento Mueller” também conhecido como “Documento Lachout”. Para maiores detalhes sobre esta falsificação ler “O Documento Lachout. A anatomia de uma falsificação”. Emil Lachout foi testemunha de defesa de Ernst Zundel no julgamento de 1988.

A segunda falsificação é chamada de Tagesbefehl-47, que diz respeito ao número de vítima do Bombardeio de Dresden. Embora não seja diretamente relacionado ao Holocausto, o mais “famoso dos revisionistas”, David Irving, confiou nele. E depois deles, muitos negadores invocaram o falso número de mortos de Dresden, contidos neste “documento”. Na verdade, os negadores vergonhosamente “floreiam” ainda mais o número de mortos:

Zundelsite:
Mais uma vez o número de mortes de alemães é jogado para baixo – em contraste com a eterna vítima judaica. O verdadeiro número de mortes de Dresden é superior a 350.000, possivelmente superior a 500.000.Isto em apenas uma cidade alemã.

Mais de 260.000 corpos e resíduos de corpos foram contados. Mas aqueles que pereceram no centro da cidade não podem ser rastreados. Aproximadamente 500.000 crianças, mulheres, idosos, soldados feridos e animais de zoológico foram
assassinados em uma noite.

O número real estabelecido atualmente é de 25.000.

Naturalmente, o grande momento após eles terem jorrado estas mentiras, negadores começaram a criticar o exagerado número de mortos nos campos de extermínio, o que implica em sua baixa revisão que “temos mentido”, e que nenhum número de mortes nazistas pode ser confiável. Claro que pela mesma lógica os bombardeios em Dresden nunca aconteceram.

É notável que, tal qual os diários falsos de Hitler, Irving foi o primeiro a duvidar da autenticidade do TB47, e em seguida o aceitou.

A terceira falsificação está em um relatório do “revisionista” Myroslaw Dragan relativo à carteira de identidade de Demjanyuk (ou seja, o carimbo na carteira, falsificado por Dragan). Enquanto a glória do “revisionista” Prytulak para expor esta falsificação (embora ele rotule que a carteira de identidade de Demjanyuk seja falsa também, mas isso veremos mais tarde), convém notar que Dragan é um personagem bem conhecido no cenário “revisionista”.

A série de falsificações feita por Gregory Douglas aka Peter Stahl. Algumas delas dizem respeito ao Holocausto. Douglas falsificou uma carta de Himmler para Osvald Pohl “provando” que Hitler não tinha conhecimento da “Solução Final”. Douglas falsificou alguns documentos sobre Odilo Globocnik. Douglas é um “revisionista”. Ele é aceito pelo importante “revisionista” Germar Rudolf e também por Willis Carto (pelo menos até pouco tempo era).

Ironicamente, Rudolf também invocou Dragan em pelo menos um artigo, e também o agradeceu em seu “relatório”. Quando a falsa “carta de Ischinger” de Douglas, foi declarada como falsificação, Rudolf defendeu Douglas assim:

Vendo rigorosamente, [esse documento] não é sequer uma falsificação. É apenas um ensaio, como fez Orson Wells em 1938 com “A guerra dos mundos”...Penso que isso é realmente engraçado. Que piada! Quem nunca fez isso deve se tornar o rei dos bobos-da-corte.

Esta é a atitude do “Dr.” Rudolf para com os falsificadores. Notavelmente, o falso relatório ainda é apresentado como autêntico por Douglas no “site TBRNews.org”.

No mesmo site podemos ver este artigo do “Dr.” Germar Rudolf, aparentemente baseado na falsificação de Douglas. De fato, existem muitos artigos no site com Rudolf assinando com Douglas, incluindo este sobre o Talmud.

E o último “documento” fraudulento que eu gostaria de discutir, se baseou principalmente em alguns “revisionistas” que se curvaram ao antissemitismo, é “O lobo do Kremlim” [The Wolf of the Kremlim], a “biografia” fabricada de Lazar Kaganovich. Quem a utilizou? Pierce, Oliver, Rimland (presumivelmente Zündel), Hoffman, Irving, Heddesheimer e, sem dúvida, muitos outros (incluindo não-negadores, mas certamente um simpatizante, Kevin MacDonald).

É também muito irônico que no primeiro número do Jornal da Revisão Histórica o falso “relatório Tartakow” foi publicado.

Então, da próxima vez que um “revisionista” disser “holofalso”, lembre-o desta lista.
Autor: Sergey Romanov
Tradução e adaptação: Leo Gott

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Germar Rudolf e os crimes nazistas

Tradução do artigo do Dr.Jonathan Harrison publicado em http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2007/09/germar-rudolf-on-nazi-crimes.html

Na sua introdução de Dissecting the Holocaust [Dissecando o Holocausto], Germar Rudolf afirma que "É preciso dizer aqui e agora que nenhum dos autores que contribuíram para o presente trabalho consideram-se ideologicamente com ligações ao Nacional Socialismo". As evidências apresentadas abaixo sugerem que esta declaração de Rudolf é falsa. Seus trabalhos publicados, são facilmente acessíveis on-line, são uma tentativa sistemática de desculpar o regime nazista usando um conjunto de técnicas que alternam entre negação, ofuscação, minimização e equivalência de falsa moral. É inconcebível que um projeto como este poderia ter sido realizado por alguém que não tenha alguma simpatia pelo regime nazista.

O repertório de retóricas e dispositivos de linguagem utilizados por Rudolf não está limitado à “Negação do Holocausto”; ele também bate em uma vasta literatura da política nazista, interna e externa. Por exemplo, Rudolf inclina-se fortemente para o trabalho de Ernst Nolte, que argumenta que a política genocida nazista foi um Überschießende Reaktion (ultrapassagem de reação) para ascensão do Bolchevismo soviético. Thomas Sheehan tem resumido com precisão esta posição:

Mr.Nolte diz de fato que a “a alegada aniquilação dos judeus” (como ele chama o Holocausto) pode ser justificada aos olhos de Hitler como “guerra preventiva”. Por um lado, Nolte alega que à partir do slide que passou pela cabeça de Hitler e alguns de seus alcólitos de “comunistas nos ameaçando” e “judeus nos ameaçando” não é totalmente irracional. Por outro lado ele pensa na declaração de Chaim Weizmann de 1939 sobre judeus e palestinos e o apoio da Grã-Bretanha a Hitler de “boas razões para não estar convencido da determinação de seus inimigos [judaísmo internacional, assim como os Bolsheviks] para aniquilá-los.

Rudolf endossa a citação de Nolte de que o anti-semitismo nazista surgiu dos “judeus que intimamente estavam emaranhados no comunismo”. Em seguida, ele cita uma observação de Jerry Z. Muller na passagem em que cita Nolte (fora de contexto), "Os Trotskies fazem as revoluções [ou seja, o Gulag], e os Bronsteins pagam as contas [do Holocausto]. Ele conclui que:

Assim parece compreensível que, o nacional-socialismo e os povos orientais lutando lado a lado por sua liberdade, equacionados os judeus, em geral, com o terror bolchevista e as atividades dos comissários, embora esse tipo de identificação, como radical e coletivo, foi injusto. No entanto, é plausível, pois, mais se tratava de judeus acima de tudo, que foram feitos para pagar a guerra com os partisans e outros crimes de guerra soviéticos. Qualquer um que (com razão) critica esta, no entanto, também não deve deixar de considerar que a culpa por este tipo de escalada de guerra no Oriente estava para acontecer. E claro que era para ser com Stalin, que, como um aparte, os judeus tinham tratado na sua esfera de influência, pelo menos, tão impiedosamente quando a guerra teve início, com Hitler.

Rudolf também cita Nolte nesta nauseante tentativa de equivalência moral entre a T4 [Operation T4, Eutanásia] e aborto:

Como Nolte[90], no entanto, não posso deixar de observar o espanto das pessoas que hoje ficam moralmente indignadas com o assassinato de 100.000 pessoas, geralmente com deficiência grave, talvez por razões de duvidosa "genética do bem-estar público" durante os 12 anos da ditadura Nacional Socialista, essas pessoas não ficam chocadas com o assassinato premeditado de fetos, um número de 4 milhões de pessoas nos últimos 12 anos, somente na Alemanha – assassinatos motivados apenas pelo materialismo e considerações egoístas. É evidente que a moral que julgamos hoje é completamente diferente de 55 anos atrás. Duvido que eles são melhores.

Esta falsa equivalência moral foi construída sob uma mentira. Contrariamente à falsa afirmação de Rudolf, o Programa T4 não só matava as crianças que eram “geralmente muito deficientes”. Além disso, Rudolf não pode sequer aproximar-se para condenar os assassinatos: ele afirma que eles eram “talvez duvidosos”.

É óbvio portanto que Rudolf está tentando minimizar a repugnância moral do T4. Além disso, é provável que Rudolf admita que o T4 existiu porque existe uma ordem escrita de Hitler e ele não pode pintá-la como uma falsificação. Isto é evidente a partir do fato de que ele está disposto a mentir sobre a documentação de apoio a outras atrocidades nazistas.
Por exemplo, Rudolf afirma que:

... foi irrefutavelmente comprovado que o alegado massacre de Babi Yar foi uma mentira atroz e sem substâncias[57], isto reconhecidamente joga a autenticidade, ou pelo menos, a confiabilidade de toda a série de documentos do IMT "URSS – Relatórios de Eventos" e todos os outros documentos em dúvida, e, consequentemente, todas as Unidades de assassinato em massa por si.[...] Ainda hoje, quando centenas de milhares de valas das vítimas de Stálin, estão sendo descobertas, muitas vezes por acidente, mesmo sendo 50 ou 60 anos após o fato, ainda estão sem vestígios de valas alemãs e locais de cremação, e, de fato, qualquer especulação pública se os métodos modernos podem ou não ajudar a localizar são evitados – afinal, nenhum desses lugares desapareceu sem deixar rastros, graças ao maravilhoso método, apenas os alemães sabiam...


Quando Rudolf não admite o assassinato em massa pelos nazistas, ele recorre a duas defesas fraudulentas. Em primeiro lugar conforme acima, ele usa o argumento infame de Nolte de que as mortes foram atos de guerra preventiva contra o bolchevismo. Em segundo lugar, Rudolf apresenta uma falsa imagem de partisan, e mentiras sobre a legalidade das ações anti-partisan nazistas. Se é verdade que as leis internacionais no período de 1939-1945 não proibiam represálias contra partisans, e colocaram limitações claras sobre essas represálias. Rudolf conhece estas limitações, mas deliberadamente escolheu não citá-las. Ele por isso, passa a enganosa impressão e que os nazistas ostentaram e agiram dentro da lei. Em particular, Rudolf mente sobre o princípio da proporcionalidade nesta discussão:

... Nós podemos terminar por dizer que não havia fixado direito comum no que diz respeito à proporcionalidade, muito menos no que diz respeito à proporção de 1:1. E assim temos que concordar com Lanternser, [111]que no caso italiano das Fossas Ardeatinas em 24 de março de 1944, dadas as circunstâncias particulares em Roma (apenas 20km do front de Nettuno), a execução ordenada de 330 italianos em represália pela morte de 33 policiais alemães[112] não excedeu a ordem militar, justificado pela necessidade.

Na realidade, o “Manual Britânico de Direito Militar” [The British Manual of Military Law], um documento que o próprio Rudolf cita em seu link, tinha tornado claro que a proporcionalidade não se aplicava no momento. Parágrafo 459, diz:


Os atos praticados por meio de represálias não devem, no entanto, serem excessivos, e não devem exceder o grau de infração cometida pelo inimigo.


Além disso, a discussão de Rudolf sobre a Ordem dos Comissários[Kommissar Order] mostra que a sua discussão sobre direito internacional foi uma deliberada ofuscação. Ele reconhece que a Ordem dos Comissários era "juridicamente insustentável", mas afirma que era "moralmente adequada." Ele alega também que o decreto não foi realmente posto em prática e que por fim foi revogado:

Seidler [11] publicou recentemente um estudo atualizado e equilibrado acerca da luta partisan da Wehrmacht, mostrando não só os desastrosos e provavelmente decisivos efeitos dos ataques partisans contra as unidades alemãs e, especialmente as suas provisões, mas ele também comprova que a maioria das reações alemães foram totalmente abrangidas pelo direito internacional, embora nem sempre a longo prazo. Além disso, ele mostra que ordens superiores quebraram as leis internacionais, (por exemplo, a infame "Kommissar order", que pode ser considerada moralmente adequada, mas politicamente estúpida e judicialmente insustentável) foram, na maioria dos casos sabotados pelas unidades no front, e essas ordens, depois de longa duração e maciços protestos, foram finalmente revogadas.

Concluindo, portanto não hà nenhuma atrocidade nazista que Rudolf condena inequivocadamente. Represálias contra civis, eutanásia e assassinatos do T4 e assassinatos de membros do Partido Comunista Soviético são todos defendidos nos escritos de Rudolf. Sua recusa de ser um simpatizante nazista pode, portanto, ser rejeitada por uma transparente tentativa de esconder o conteúdo pró-nazista de sua própria escrita. (grifos do tradutor)

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

"Dr." Rudolf?

Outro ponto de similaridade entre negadores da evolução e negadores do Holocausto, embora talvez não tão forte quanto os outros, é o uso de credenciais fraudulentas.

Embora pareça que este fenômeno não é tão difundido entre os "revisionistas", houve dois notáveis exemplos. O primeiro é bastante categórico - Fred Leuchter se apresentou como sendo um engenheiro.

O segundo é mais interessante. Germar Rudolf não conseguiu receber um doutorado do Instituto Max Planck por Pesquisa do estado sólido. Aparentemente, a razão pra não deixá-lo defender sua dissertação foi política, mas mesmo que fosse, o fato é que ele não tem nenhum PhD.

É bem conhecido que Rudolf usou muitos pseudônimos durante sua carreira "revisionista". Embora o uso de pseudônimos não tenha importância geralmente, ele usou pseudônimos com doutorados, e mais tarde justificando isso dessa forma:
Na primavera e verão de 1992 fui chamado por vários advogados de defesa como uma testemunha especialista em vários julgamentos impostos aos revisionistas na Alemanha (ver a nota de rodapé 103 da brochura mencionada). Nestes julgamentos -- como em todos os julgamentos contra os revisionistas -- os juízes recusaram aceitar qualquer evidência apresentada pela defesa, incluindo todas as testemunhas especialistas. Tive que aprender que um químico (eu) estava sendo recusado porque não era um toxicologista e nem historiador, um engenheiro (Leuchter) sendo recusado porque não era nem químico e nem historiador, um historiador (Prof. Haverbeck) sendo recusado porque não era nem químico e nem um engenheiro. Minhas conclusões foram que alguém obviamente tinha que ser ao mesmo tempo um engenheiro, um químico, um toxicologista, um historiador e talvez ser um advogado para ser aceito como uma testemunha especialista na corte alemã. Com o processo legal sendo tão pervertido na Alemanha, decidimos burlar isso inventando uma pessoa com todas essas características, mas então demos conta que isto seria um tanto irreal, então dividimos aquela pessoa em várias.
Nenhuma desculpa dele por esta prática fraudulenta.

De qualquer forma, se você procurar no google por "Dr. Germar Rudolf" você conseguirá muitos hits. E que esta falsificação das credenciais de Rudolf pode ser deliberada está bem claro numa mensagem recente da Cesspit (ênfase minha):
Uma instituição que não identificarei (devido ao fato de anti-revisionistas lerem este tópico de discussão) está levantando dinheiro e como parte do esforço, elas estão vendendo tijolos nos quais pessoas podem ser inscritas com o nome ou algum dito.

Em homenagem às grandes contribuições ao Revisionismo que Germar Rudolf proporcionou aos caçadores da verdade em todo lugar, eu decidi comprar e dedicar um tijolo a ele.

Além do seu nome, eu também tive umas poucas linhas disponíveis onde pude incluir um curto dito.

Qualquer pessoa no tópico da discussão não faz a menor idéia de como é transmitir essa idéia junta.

Também, seria apropriado usar a palavra Dr. no título.

Eu também parti para comprar um tijolo para alguns outros revisionistas que se mobilizaram pela causa, em vida ou morte.
Esta pessoa obviamente sabe que Rudolf não é "Dr.", e já considera aplicar este título a ele de qualquer forma.

Atualização: heh, eles apenas não podem parar de cavar(e afundar). Citações(sugestões)para Rudolf.
"Para Dr Germar Rudolf,
preso por lutar contra
os falsos dogmas da nova religião"

("chamada 'holocau$to")
Atualização 2: e outra:
Tanto pelo Dr. título; pode não ser legal anunciá-lo como um doutor para o negócio, mas sinto que ele muito merece o título, então por que não adicionar o Dr. título. Além do mais, isso pode ajudar a acabar com suspeitas.

Que tal essa:
Dr. Germar Rudolf – por sua implacável procura pela verdade. Obrigado!
Atualização 3: como é costume pra Cesspit, quandouma postagem torna-se embaraçosa demais, ela desaparece. A primeira citação é de "vincentferrer", a segunda - de "kk", a terceira - de "Sushicotto".

Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/05/dr-rudolf.html
Tradução(português): Roberto Lucena

A seguir(mas isto só será tratado em 2009)... "cenas dos próximos capítulos"... Como a máscara nazista, ops, "revisionista", será desfraudada uma vez mais.

Um Raio-X das biografias e perfis dos principais(ou mais destacados ou 'cabeças' do "movimento") "gurus" "revisionistas", vulgo negadores do Holocausto, para servir de consulta pública e também para demonstrar o "quanto" são "pesquisadores e escritores de livros de História" os ditos "revisionistas" do Holocausto.

Esta história de fraudes credenciais de Germar Rudolf foi só um "pequeno" exemplo de como um legítimo "revi" costuma agir, numa espécie de vale tudo pela mentira e pela negação do Holocausto, para propagar suas mentiras e deturpações da História(e esse é um dos mais dedicados e destacados da tropa...).
-----------------------------------------------------------------------------------------------
Encerramento de 2008.

Agradecendo a todos os falantes(ou não)do português(ao público lusófono em geral)que visitaram este espaço em 2008, e a todos os brasileiros que vivem em outros países e que também visitaram este espaço, felicidades a todos.

Feliz 2009 a todos. Happy New Year, Ein Gutes Neues Jahr, Feliz Año Nuevo, Bonne Année, Felice Anno Nuovo, 明けましておめでとうございます (akemashite omedetou gozaimasu), Gelukkig Nieuwjaar, Gelukkig Nieuwjaar, Szczęśliwego nowego roku, Bon any nou!!, Feliĉigan Novan Jaron, Laimingų Naujųjų Metų, Godt Nytår, Честита Нова Година, baxtalo nevo bersh, С Новым Годом (S novim godom).

Happy New Year for everyone, for whole world.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Porque é negação e não revisionismo. Parte II: negadores e as valas de Marijampole

Porque é negação e não revisionismo. Parte II: negadores e as valas de Marijampole

Em 1 de setembro de 1941, o Einsatzkommando 3 assassinou mais de 5.000 seres humanos na cidade lituana de Marijampole. Mais tarde naquele ano o comandante da Polícia de Segurança e o SD friamente resumiu a contagem de mortos como se segue:

Mariampole
1,763 judeus, 1,812 judias
1,404 crianças judias,
109 mentalmente doente,
1 mulher. Nacionalidade alemã que era casada com um judeu,
1 mulher. Russa

Adiantando o tempo e pulando para o verão de 1996: a cidade de Marijampole decidiu eregir um memorial do Holocausto no local do massacre. De acordo com o jornal lituano Lietuvos Rytas (21.08.1996), o presumido local do massacre foi escavado. Não havia nenhum corpo.

Rapidamente os negadores do Holocausto começaram a atividade de usar a contagem do Lietuvos Rytas. Aqui estão algumas citações da literatura "revisionista":

Germar Rudolf na introdução de Dissecting the Holocaust(Dissecando o Holocausto):

No verão de 1996 a cidade de Marijampol, na Lituânia, decidiu eregir um memorial do Holocausto para dezenas de milhares de judeus do alegado assassínio, enterrados lá pelos alemães dos Einsatzgruppen. A fim de construir o memorial na exata localização, tentaram achar onde as valas comuns estavam. Escavaram o local descrito por testemunhas, mas não acharam nenhum rastro. Além de cavarem ao longo de um ano inteiro, tudo ao redor do alegado local do assassínio não revelou nada além de solo nunca antes mexido. Os alemães então fizeram um trabalho perfeito ao destruir todas as pistas e até mesmo restaurando a seqüência original das camadas do solo? Eles fizeram milagre? Ou estão as testemunhas erradas?

Quase a citação idêntica no "Partisan War and Reprisal Killings"(Guerra dos Partisan e a Reprise dos Assassinatos) de G. Rudolf e S. Schroeder.

Juergen Graf, "Raul Hilberg's Incurable Autism"(Autismo incurável de Raul Hilberg):

Finalmente, evidência material de um assassínio em massa de judeus dos números alegados é totalmente inexistente. Na cidade lituana de Marijampol em 1996, foi decidido eregir um monumento à dezenas de milhares de judeus que tinham sido alegadamente mortos pelos alemães. Eles começaram as escavações no local designado pelas testemunhas oculares a fim de localizar as valas comuns, mas pasmem, não havia nada lá. Mesmo se os alemães tivessem postumamente exumado e cremado aquelas dezenas de milhares de cadávares, como Hilberg e seus associados alegam, nenhuma vala comum seria ainda facilmente identificável em virtude das configurações alteradas do terreno.
Carlo Mattogno e Juergen Graf simplesmente citam Rudolf em seu livro sobre Treblinka.

E um 'não menos negador', Jonnie Hargis ("Hannover"), fez a mesma afirmação, confundindo o jornal lituano como se fosse um jornal da Letônia.

A conclusão dos negadores é simples - o relatório, mencionando este massacre, é duvidoso, e, por indução, todos os outros relatórios dos Einsatzgruppen são suspeitos.

Como de costume, um pouco mais de pesquisa ajudaria os negadores a não parecerem idiotas.

Um dos que destacados anti-negadores, Roberto Muehlenkamp, decidiu investigar o problema, e escreveu para o prefeito da Marijampole municipality, Sr. Vidmantas Brazys. E ele recebeu a seguinte resposta em 20.05.2003:
Caro Roberto Muehlenkamp,

Gostaria de informar a você, que na página da internet do município de Marijampole, na apresentação online de “Lugares para visitar” sob o item 10, contém a seguinte passagem: “No vale de rio Sesupe 5090 judeus e pessoas de outras nacionalidades foram assassindas em 1941 por forças nazistas.” Este fato é confirmado por documentos.

Em 1970 o cemitério foi incluído na lista de Monumentos Culturais. A área, onde se pensou que estavam as valas, oliveiras foram plantadas e abriga o monumento.

Em virtude da exata localização das valas não ser conhecida, em 1996 foram feitas escavações arqueológicas e o local do fuzilamento foi encontrado (acerca de 50m a oeste das valas apontadas).

Doutor de Ciência da Arqueologia da Universidade de Vilnius, o Sr. Algimantas Merkevicius fez escavações arqueológicas. Todos os documentos da escavação são mantidos pelo Especialista-chefe de Arquitetura e Divisão de urbanística do município de Marijampole, o Sr. Gedeminas Kuncaitis.

Os fatos no artigo de Germar Rudolf são primários e não resultados finais de escavações arqueológicas.

Sinceramente,

Prefeito Vidmantas Brazys
-------------------------------------------------
Então Roberto escreveu para o Sr. Algimantas Merkevicius, e mais tarde foi respondido em 17.06.2003 como segue:

Caro Sr. Roberto Muehlankamp,

Desculpe-me pela demora na resposta, mas eu estava longe de meu escritório. Sim, escavei o território das valas comuns em Marijampole em 1996. O propósito era achar o lugar exato das valas. O suposto local do enterro estava vazio e achei as valas comuns cerca de 100m de distância desta suposta área. Pessoas foram assassinadas e enterradas numa grande dich. Mas depois de achar o lugar exato, meu trabalho encerrou. Não sei como muitas pessoas foram mortas e como grande é a área das valas comuns.

Cordialmente, saudações
Algimantas Merkevicius

Uma simples pergunta por e-mail foi o suficiente para constatar isso. Mas por que tentar e estragar o argumento conveniente, certo?
------------------------------------------------
A resposta dos negadores como sempre ao que foi exposto acima seria:

1) as valas estavam na localização errada;
2) o número de corpos não foi estabelecido;
3) a identificação dos corpos não foi estabelecida.

Isto capta a idéia pessimamente. 100 metros longe da área presumida não é absolutamente ruim, se a área presumida foi o local do massacre com base em testemunhos. Testemunhos podem conduzir, dentro de limites, para algum erro em certa medida. Especialmente se foram testemunhos tardios, tomados após meio século. Se as identidades dos cadávares foram encontradas não está claro no relatório, mas é até apontado que eles não eram judeus, e que não houve corpos suficientes, negadores simplesmente não têm uma base para argumentação: o argumento inteiro foi baseado na premissa de que não havia corpos seja o que for. Os corpos estão lá. Se os negadores desejam afirmar que aqueles são corpos errados, corram atrás para provar isso.

Então, uma vez mais, os negadores mostraram ser "pesquisadores" descuidados.

Oh! E o memorial para 5090 judeus e pessoas de outras nacionalidades que foram assassinadas em 1 de setembro de 1941 foi erguido, depois de tudo isso.









A seguir, mais. Permaneça atento.

Anterior: Parte I: negadores e o Sonderkommando 1005

Próximo: Parte III: negadores e o massacre de Babiy Yar (1)

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/04/thats-why-it-is-denial-not-revisionism_06.html
Tradução(português): Roberto Lucena

Ver também: Técnicas dos negadores do Holocausto

terça-feira, 22 de abril de 2008

Técnicas de Negação do Holocausto - Relatórios "Forenses"

Relatórios "Forenses"
Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://www.nizkor.org/features/techniques-of-denial/forensic.html

Autor: Richard Green

Esta página é uma breve análise dos relatórios "forenses" de Leuchter e Rudolf que provam supostamente que não aconteceram assassinatos em massa por exposição a cianeto de hidrogênio do Zyklon-B das câmaras de gás do complexo de Auschwitz-Birkenau.

Os links abaixo levam a análises mais profundas sobre estes relatórios “forenses”:
  • A FAQ sobre Leuchter analisa as afirmações do Relatório Leuchter com mais detalhes.
  • Markiewicz, Gubala, e Labedz, do Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia, Polônia, publicaram um verdadeiro relatório forense intitulado "Estudo do Conteúdo de Componentes de Cianeto nos Muros das Câmaras de Gás dos Antigos Campos de Concentração de Auschwitz e Birkenau", que joga por terra as conclusões dos relatórios Leuchter e Rudolf.
  • O ensaio Leuchter, Rudolf, e os Azuis de Ferro falam da química que constitui a falha principal dos relatórios Leuchter e Rudolf.
  • A segunda parte da FAQ sobre o cianeto de hidrogênio fala do Azul da Prússia e sua formação.
  • A FAQ sobre o Cianeto de Hidrogênio fala deste e se sua toxicidade.
    Diversas investigações forenses realizadas em Auschwitz-Birkenau desde 1945 encontraram provas do extermínio em massa que aconteceu ali.
    [1]
    Apesar destas provas e dos testemunhos
    [2],[3], Leuchter, Rudolf e outros negadores do Holocausto afirmam que os assassinatos em massa por exposição ao Cianeto de Hidrogênio (HCN) que contém no Zyklon-B não poderiam ocorrer nas câmaras de gás de Auschwitz-Birkenau.
Os negadores utilizam duas linhas de argumentação em suas reivindicações:
  • Dizem que não existem traços medíveis de Cianeto de Hidrogênio nas câmaras de gás.
  • Dizem que os gaseamento com Zyklon-B eram fisicamente impossíveis.

Ambas as afirmações são falsas.

Em apoio da primeira afirmação, citam os relatórios de Rudolf e Leuchter que mediram quantidades maiores de cianeto nas manchas azuis das câmaras de despiolhamento do que nas encontradas nas câmaras de gás empregadas para o extermínio.

Markiewicz, Gubala, e Labedz[4] fizeram medições por sua conta. Encontraram traços de cianeto nas câmaras de extermínio com níveis significativos comparados com os de outros edifícios do complexo de Auschwitz-Birkenau. Escreveram:
Este estudo demonstra que apesar de ter transcorrido um período de tempo considerável (uns 45 anos), nos muros das instalações que um dia estiveram em contato com o cianeto de hidrogênio foram conservadas quantidades de vestígios dos compostos que forma este componente do Zyklon-B. Isto é certo também para as ruínas das antigas câmaras de gás. Os compostos de cianeto aparecem nos materiais de construção só localmente, nos lugares onde tiveram condições para se formarem e permaneceram durante tanto tempo.

Em suas tergiversações deste relatório, os negadores do Holocausto citaram com frequência a seguinte frase:

No que diz respeito às ruínas, foi demonstrado a presença de cianeto na Câmara do Crematório II de Birkenau, evitando mencionar que esta frase se refere somente a um estudo preliminar realizado em 1990.
Depois de conhecer o Relatório Leuchter, os autores levaram a cabo um estudo mais detalhado.
Os resultados são mostrados em várias tabelas, e levam por terra as afirmações de Leuchter e Rudolf.

Os negadores assinalam que Leuchter e Rudolf mediram concentrações muito superiores de compostos de cianeto nas manchas azuis das câmaras de despiolhamento. Que os negadores meçam mais compostos de cianeto nas amostras das manchas azuis não é surpreendente, assumindo que estas manchas estão formadas por compostos de azul de ferro como o "azul da Prussia", como afirmam Leuchter e Rudolf. Markiewicz et. al. tiveram o cuidado de separar estes compostos de azul de ferro em sua comparação dos níveis de cianeto. A razão, é muito simples, é que a origem das manchas azuis não está ainda de todo claro, e não existem razões para assumir que a formação destes compostos tenha lugar sempre nos materiais de construção que ficam expostos ao HCN.

Para fazer credível que era impossível cometer o extermínio em massa utilizando Zyklon-B, os negadores se apoiam em umas poucas táticas. Assinalam corretamente que o cianeto de hidrogênio é líquido à temperatura ambiente. Eles negligenciam mencionar que a pressão de vapor em equilíbrio deste líquido a temperaturas baixas de várias ordens de magnitude maior que sua concentração letal. 300 ppm de HCN são rapidamente mortais. Na tabela seguinte [5] mostra a pressão de vapor em equilíbrio do HCN em função da temperatura:




Quando se revela esta treta, os negadores dizem que o HCN não se evapora o suficientemente rápido do Zyklon-B para alcançar uma pressão letal em um tempo razoável. G. Peters tem demonstrado que não é assim, inclusive em temperaturas baixas.[6]

Alternativamente, os negadores dizem que o HCN é demasiado perigoso que os homens das SS não dispunham de equipes suficientemente sofisticadas para manejá-lo com segurança, e que haveria levado muito tempo para ventilar a câmara. Ainda que havia um verdadeiro risco para os operários das câmaras se não fossem cuidadosos, tem que se assinalar vários pontos. Os Sonderkommandos que atuavam como operários eram prisioneiros, e o nível de segurança com que as SS tinham que trabalhar não é equivalente de maneira alguma com os padrões atuais nos Estados Unidos; as câmaras subterrâneas contavam com sistemas de ventilação; e às vezes entregavam máscaras anti-gás aos Sonderkommandos. Pressac[7]descreve um gaseamento que aconteceu em 13 de março de 1943:

Nessa mesma noite,1.492 mulheres, crianças e idosos selecionados de um comboio de 2.000 judeus do gueto de Cracóvia foram assassinados no novo crematório.133 Utilizaram seis quilos de Zyklon-B nas bocas das quatro colunas de metal situadas entre os pilares que sustentavam a sala.133 Em cinco minutos todas as vítimas estavam mortas. Colocaram em funcionamento o sistema de ventilação (8.000 m3 por hora) e o de extração (com a mesma potência), e depois de 15 e 20 minutos, o ar, que tinha sido renovado quase completamente depois três ou quatro minutos, já era suficientemente puro para que os membros do Sonderkommando entraram na agonizante e quente câmara de gas. Durante este primeiro gaseamento [na câmara nova do Krema II], os Sonderkommandos levaram máscaras anti-gás por precaução. Retiraram os cadáveres os levaram à plataforma. Lhes cortaram o cabelo, retiraram os dentes de ouro e também as alianças e as jóias que levavam.

Talvez a única questão que resta por responder aos negadores é se conhecem as provas que têm contra suas teorias ou se eles crêem de verdade no que dizem ou se são perfeitamente conscientes das falhas de suas teorias.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Como os negadores [do Holocausto] distorcem citações



Uma estratégia de negação clássica é pinçar uma citação de um historiador e fazer de conta que o historiador está dizendo o que o “negador” quer que ele diga. É uma forma sutil de mentir que definimos como “garimpagem de citações” (quote-mining). Aqui está um exemplo:

Germar Rudolf quer nos fazer crer que os Historiadores têm dúvidas sobre as câmaras de gás , então ele “garimpa” uma citação da Arno J. Mayer seguinte forma:

A tendência da historiografia atual parece ser mais e mais de abandonar as câmaras de gás, para os quais as fontes são “ao mesmo tempo raras e pouco confiáveis” como disse o Prof Arno J. Mayer.

Mayer estava realmente abandonando as câmaras de gás, como Rudolf alega? Rudolf claramente sabia que não, pois Mayer no TRECHO COMPLETO diz:

Fontes para o estudo das câmaras de gás são ao mesmo tempo raras e pouco confiáveis .. . Não se pode negar as muitas contradições e ambiguidades existentes nestas fontes. Elas [as contradições] não podem ser ignoradas, embora deva-se afirmar enfaticamente que esses problemas são no seu conjunto insuficientes para pôr em dúvida a utilização de câmaras de gás nos assassinatos em massa de judeus em Auschwitz. (grifos do tradutor)


Esta mesma ”citação garimpada” foi empregada depois pelo falecido, mas não pranteado, negador canadense Doug Collins em 1993-1994, como parte de uma série de artigos que levaram a um protesto formal junto ao British Columbia Press Council. Em relação à citação garimpada” de Mayer por Collins, o Conselho deliberou:

O Conselho da Imprensa (Press Council) sustenta o protesto sobre esses pontos e constata que eles violaram o artigo 1 do Código de Conduta, na medida que eles enganam o leitor e falseiam os autores originais. (grifos do tradutor)


“Garimpagem de citações” por negadores já tinha sido desmascarada frente à opinião pública há mais de uma década, mas os negadores continuam a praticar o "vício" .(aspas do tradutor)


Fonte: http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/01/how-deniers-distort-their-sources.html

Tradução: Leo Gott

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Relatório do Dr.Richard Green em refutação ao Rudolf Report - Concentrações de cianeto exigidas para fins homicidas

Traduzido por Leo Gott.

II. Concentrações de cianeto exigidas para fins homicidas

Rudolf cita uma passagem no Julgamento para o Juiz Gray, a fim de discordar com a alegação de que muito mais cianeto é necessário para matar piolhos do que é necessário para matar seres humanos.

Mesmo se estivesse completamente correto em sua argumentação, a alegação de Rudolf teria poucas ou nenhuma conseqüência no que diz respeito à veracidade dos acontecimentos em Auschwitz e Birkenau.

As possíveis consequências são que a ventilação das câmaras eram demasiadamente lentas, que a vítima não teria morrido tão rápido como relatado, ou que de alguma forma o montante da exposição deveria aumentar os vestígios de cianeto encontrados pelos investigadores forenses.

Eu mostro que os números de Rudolf são quase que certamente exagerados, e que mesmo assim os números de Rudolf são números que não produzem tais conseqüências. Rudolf escreve:

13.79 A razão pela qual Irving inicialmente negou a existência de câmaras de gás em Auschwitz foi, como se viu, em função do Relatório Leuchter. Tenho resumidas em detalhes as constatações feitas por Leuchter em nos itens 7.82 a 7.89 acima. Não vou repetir-me. Tenho também estabelecido nos itens 7.82 a 7.89 acima, as razões pelas quais van Pelt em nome da ré indeferiu o Relatório Leuchter como imperfeito e pouco fiável. Essas razões foram apresentadas para Irving em reperguntas. É um resumo das evidências para que ele aceite a validade dos mesmos. Ele concordou que o Relatório Leuchter estava fundamentalmente errado. No que se refere à análise química. Irving foi incapaz de contrariar as evidências do Dr. Roth (resumidas no parágrafo acima 7.106), que o cianeto, teria penetrado no tijolo e argamassa, até uma profundidade não mais de um décimo da largura de um cabelo humano, qualquer cianeto relativamente presente nas grandes amostras colhidas por Leuchter (que tiveram de ser pulverizadas antes da análise) teriam sido tão diluídas que os resultados sobre os quais Leuchter se baseou não tinha efetiva validade. O que é mais significativo é que Leuchter assumiu, equivocadamente e acordado com Irving, que uma concentração maior de cianeto teria sido necessária para matar seres humanos e não para fumigar roupas. De fato, a concentração necessária para matar seres humanos é 22 vezes menor do que o necessário para fins de fumigação.


É certo que muito mais cianeto é necessário para matar insetos do que é necessário para matar seres humanos, Leuchter aparentemente não têm consciência desta realidade. Rudolf, no entanto, reconhece este fato:

É verdade que mamíferos são muito mais sensíveis ao HCN do que insetos. A questão é, no entanto, qual a concentração de cianeto de hidrogênio é necessária para realizar um gaseamento em massa, conforme descrito pelas alegadas testemunhas oculares.

Muitos críticos e Negadores do Holocausto vêm argumentando que, devido ao nível letal de cianeto de um ser humano ser menor do que para usar em piolhos, as concentrações mais baixas foram de fato utilizadas no processo assassinar. O fato de 300ppm de HCN ser rapidamente letal para os seres humanos realmente não prova que essas pequenas concentrações foram utilizadas na câmaras de gás homicidas. A vantagem de se utilizar uma concentração mais elevada é dupla:
1) os efeitos letais podem ocorrer mais rapidamente e
2) a concentração letal pode ser estabelecida muito mais rápido. A vantagem de se utilizar uma concentração mais baixa, como é evidente, é que iria economizar dinheiro. Eu ainda não vi indícios de que as concentrações realmente utilizadas para homicídio foram significativamente menores (ou seja, mais de um fator de 2 ou 3) do que os utilizados para despiolhamento.

Convém salientar que um despiolhamento demora mais tempo do que um gaseamento homicida.

Devido a este tempo adicional, o Zyklon utilizado para despiolhamento teria tido tempo suficiente para evaporar completamente.

Portanto, para a mesma quantidade de Zyklon, a última fase gasosa da concentração de HCN é um pouco mais elevada no caso de despiolhamento.

Em sua seção de cálculos, Rudolf encontra um resultado diferente baseado erroneamente no pressuposto de que o Zyklon não foi introduzido pelas aberturas.

Eu discuto esta questão a seguir na minha análise sobre os cálculos de Rudolf.

Provas da existência de ventilação podem ser encontradas na apresentação de Keren, McCarthy e Mazal.[31]

Embora a concentração mais alta na fase gasosa das câmaras de gás ter sido muito provavelmente menor do que nas câmaras de despiolhamento, as concentrações provavelmente não teriam diferenças por muito como os críticos negadores têm assumido.

Estes resultados não são reivindicados por Leuchter ou pelo Leuchter Report.

As concentrações que foram utilizadas muito provavelmente são consistentes com os testemunhos, de uma forma consistente com a capacidade dos Sonderkommando para retirar os corpos, e coerentes com as diferenças nos vestígios químicos entre as câmaras de gás e as câmaras de despiolhamento.

Na seção acima sobre ventilação eu mostrei que em até duas vezes o valor das estimativas de Rudolf de concentração de gás, não poria em perigo o pessoal do Sonderkommando.

Abaixo eu discuto a questão dos vestígios químicos de cianeto.

Aqui eu discuto a questão de quanto Zyklon B foi utilizado e qual é a sua toxicidade.

1 – Testemunhos da quantidade de Zyklon B aplicada.

Rudolf afirma:

Não existem muitos testemunho oculares no que se refere à quantidade de Zyklon B utilizada, mas de acordo com uma fonte polaca eles referem-se à aplicação de 6 a 12 kg de cianeto de hidrogênio.
Como Rudolf não forneceu a sua fonte, é impossível avaliar a precisão de sua afirmação ou até saber a qual câmara de gás estes montantes se referem. Supondo que a referência é o morgue 1 no Krema 2, estas concentrações correspondem a 12-24g/metro cúbico. Estas concentrações não estão fora de sintonia com os pressupostos que Jamie McCarthy e eu fizemos em nosso artigo[32].Nossas estimativas foram baseadas com as seguintes considerações. A nossa menor estimativa de 4-5g/metro cúbico veio de uma estimativa do nosso colega Mark Van Alstine.[33] Nossa estimativa alta de 15-20g/metro cúbico veio de Pressac.[34] [Perry]Broad testemunhou que duas latas de 1 kg foram utilizadas,[35], o que trabalharia a 4g/metro cúbico e coerente com a nossa estimativa mais baixa. Por segurança, usamos um intervalo de 5-20g/metro cúbico. Estes valores correspondem a 4500 e 18100 ppm, respectivamente.[36] Para efeitos de comparação, a concentração sugerida pela Degesch [fabricante do Zyklon B]para despiolhamento é de 8g/metro cúbico. [37] Estas são as concentrações finais para toda evaporação de uma vez do HCN. Durante um despiolhamento se desenvolveria a concentração alta. Durante um gaseamento homicida Zyklon o restante do Zyklon já teria sido removido após a morte aparente e antes de ventilação, de modo que a maior concentração teria efectivamente sido atingido, teria sido menos como o Zyklon e não teria evaporado totalmente de dentro da câmara.

2. Testemunhas oculares sobre o tempo necessário para matar todos os seres humanos dentro da câmara de gás.

Rudolf escreve:

Uma forma indireta de calcular a quantidade de Zyklon B que seria necessária para matar todos os seres humanos em uma "câmara de gás" é o tempo que foi alegadamente necessário para matá-los. De acordo com quase todos os "testemunhos oculares" existiram apenas alguns segundos e até dez minutos para matar nas alegadas câmaras de gás dos Crematorium II e III. [Nota 448 de Rudolf] Esta informação pode ser usada para fazer um cálculo aproximado da quantidade de Zyklon efetivamente necessária para atingir o tempo da matança.
A fim de fazer tal cálculo aproximado, Rudolf compara este testemunho com os tempos relatados nas câmaras de execução dos EUA empregando HCN como gás letal. Existem sérias falhas neste argumento de Rudolf:

1) Existem mais variações de testemunhos do que o alegado por Rudolf

2) Para que as vítimas de uma câmara de gás parecessem mortos para as testemunhas oculares exigiria apenas silêncio e imobilidade.
3) As alegações de Rudolf sobre as câmaras de gás dos EUA são enganosas.

Rudolf cita: “De acordo com quase todos os "testemunhos oculares" existiram apenas alguns segundos e até dez minutos para matar(...)” Na nota 448, ele afirma que "a única exceção", é o bloco de internos em Auschwitz (presumivelmente bloco 11).
Um outro testemunho ocular muito importante (Rudolf Höss) deve ser outra exceção:[38]

A porta seria aparafusada e fechada à espera dos esquadrões de desinfecção que iriam imediatamente jogar o gás [cristais] pelas aberturas do teto da câmara de gás que estabelece uma coluna de ar até ao chão. Este garantiria a rápida distribuição do gás. O processo poderia ser observado através do olho mágico [peep hole] na porta. Aqueles que estavam de pé ao lado da coluna de ar foram mortos imediatamente. Posso afirmar que cerca de um terço deles morreram imediatamente. O restante cambaleante começou a gritar na luta por ar. Os gritos, no entanto, logo mudaram para tosses e desmaios e depois de alguns momentos todos estavam deitados. Após vinte minutos, movimentos não podiam ser detectados. Os tempos necessários para o gás surtir efeito eram variados, de acordo com as condições meteorológicas e dependia se estava úmido ou seco, frio ou quente. Também dependiam da qualidade do gás, o que nunca foi exatamente o mesmo, bem como sobre a composição dos transportes, que poderiam conter uma alta proporção de judeus saudáveis, ou velhos e doentes, ou crianças. Algumas vítimas ficaram inconscientes depois de alguns minutos, variando de acordo com a
distância da coluna de ar. Aqueles que gritavam e aqueles que estavam velhos, doentes, ou fracos, ou as pequenas crianças morreram mais rápido do que aqueles que eram saudáveis e jovens.

Não deve ser surpreendente, se as quantidades usadas nem sempre foram igualmente precisas ou eficazes. Na verdade, não existe, pelo menos, um relatório de alguém que sobreviveu a um gaseamento. Suponho que o Dr. Nyiszli é outra exceção: [39]

Por precaução eu agarrei meu instrumento, e arremeti à câmara de gás. Contra a parede, próximo à entrada da imensa sala, metade estava coberta de corpos, vi uma menina proceder a uma morte-barulhenta, com o seu corpo apreendido com convulsões. O homens do kommando de gás à minha volta estavam em estado de pânico. Nada como isto nunca tinha acontecido no decurso de sua terrível carreira.[...]

Eu calmamente relatei [ao Sargento SS Mussfeld], o terrível caso que nos confrontamos. Eu descrevi as dores que a criança deve ter sofrido na sala de despir, e as cenas horríveis que precederam à morte na câmara de gás. Quando a sala tinha sido mergulhada em trevas, ela ainda respirava pouco com seus pulmões cheios do gás Zyklon. Apenas alguns, porém, o seu frágil corpo estava como uma massa que empurra e puxa, pois lutou contra a morte. Por acaso ela caiu com o rosto contra o chão de concreto úmido. Essa pouca umidade tinha de ser mantida para que o gás Zyklon asfixiasse e não reagisse sobre condições úmidas. Estes foram meus argumentos, e eu pedi-lhe para fazer qualquer coisa para a criança. [...]

"Não há maneira dela escapar", disse ele, "a criança terá que morrer".

Meia hora depois, a garotinha foi levada, ou melhor carregada, para a fornalha no corredor, e ali Mussfeld [Sargento SS] enviou outro no seu lugar para fazer o trabalho. Uma bala na parte de trás do pescoço.

A explicação de Nyiszli sobre a menina sobrevivente pode não ser correta, mas o episódio lembra que o gaseamento não foi necessariamente uma ciência perfeita. Não eram necessariamente conduzidas idealmente a cada vez, na verdade, sem dúvida vários perfis de concentração de gás variaram de gaseamento para gaseamento.

3 - O tempo necessário para matar prisioneiros nas câmaras de execução americanas.

O que seria necessário para o tipo de estimativa aproximada de concentração utilizada nas tentativas de Rudolf é que as vítimas deveriam estar expostas ao cianeto tempo suficiente para que a maioria das vítimas estivessem mortas em 10 minutos ou menos.

O argumento de Rudolf é que as concentrações utilizadas nas câmaras de gás devem ter sido, pelo menos, tão grande quanto às das câmaras de gás dos EUA, com vista para a morte ocorrer dentro de 10 minutos.
Ele afirma:

Mas, mesmo em circunstâncias normais, as execuções nas câmaras de gás dos EUA levam, em média 10 a 14 minutos. A concentração de cianeto de hidrogênio aplicada durante estas execuções é geralmente semelhante ao aplicado durante os procedimentos normais de despiolhamento(0,3% -- 1%).[Nota 450 de Rudolf] A vítima é imediatamente exposta à grande concentração de gás tóxico, assim se desenvolve por baixo dela, e se ergue até o seu rosto.
O tempo reportado da morte de uma execução nos EUA não é o mesmo que um testemunho de Auschwitz teria relatado. Para que um prisioneiro executado nos EUA seja declarado morto, pelo menos, os batimentos do seu coração devem ter parado. Nas câmaras de gás [nazistas] a inconsciência, o silêncio e a imobilidade seriam mais prováveis para relatar como morte. Ninguém entrou nas câmaras de gás até que elas fossem ventiladas. Durante o tempo de ventilação, a exposição das vítimas ao HCN teria continuado, de modo que qualquer vítima inconsciente iria continuar a ser exposta às concentrações letais de HCN. Portanto, esta comparação de Rudolf é realmente inválida. Em vítimas de intoxicação por cianeto, o coração pode continuar batendo, mas os outros sinais vitais desaparecem:

Em muitos casos, a morte é retardada, mas depois de uma dose muito elevada de cianeto, a morte pode ocorrer de 1 a 2 min. Nestes casos, o indivíduo desmaia e a respiração progride para apnéia. Convulsões e perda de consciência acontecem rapidamente. Com doses menores, respiração rápida pode ser vista, devido à estimulação da chemoreceptors carótida pelo cianeto [...]Inconsciência e completa [areflexia] podem ocorrer e podem continuar durante 15 a 60 minutos antes da morte. A respiração cessa antes da parada cardíaca.

Em um apêndice a este depoimento, eu examinei as fontes de Rudolf sobre o tempo de morte nas câmaras de execução nos EUA. Dois fatos são dignos de nota a partir desse exame. As fontes suportam a noção de que a inconsciência e a imobilidade precedem a morte cardíaca. Elas também põem em dúvida a média de 10-14 minutos que Rudolf afirma, durante o tempo de morte. Estes números são certamente mais altos que as fontes citadas pelo próprio Rudolf.

Agora eu volto à questão de saber qual foi a concentração usada nas execuções nos EUA. Rudolf reporta uma concentração de 0.3-1%, mas ele cita apenas uma única fonte. Esta fonte é listada na nota de rodapé 450 como "Cf. A News & Observer, Raleigh (NC), 11 de Junho de 1994, p. 14." No apêndice acima mencionado eu cito uma história que começa em p. A1 desta mesma emissão.[41] Este artigo não dá a concentração utilizada. Tem algumas informações que podem ser usadas para extrapolar uma concentração, mas tal estimativa não seria muito precisa. Na p. A14 há um artigo sobre a apelação de Phil Donahue para o Supremo Tribunal de Justiça pedindo a suspensão da execução. E não menciona as concentrações de cianeto utilizadas. Eu entrei no site News & Observer http://newsobserver.com/ e procurei artigos em 11 de junho de 1994.

A pesquisa sobre a palavra "cianeto" trouxe um artigo independente de Bill Krueger em p. A1 e um artigo sobre anúncios de cigarro.

A pesquisa sobre a "pena de morte" trouxe-me apenas o artigo de Krueger.

Uma pesquisa sobre "execução" trouxe-me até o artigo de Krueger, bem como o artigo sobre Phil Donahue. A pesquisa com o termo "concentração" não trouxe nenhum resultado que fez uma pesquisa sobre "0,3". Sem ter acesso a uma cópia impressa ou microfilmes da p. A14 não posso absolutamente excluir a possibilidade de Rudolf estar sendo honesto, mas deve ser suspeito seu valor de 0,3 a 1% de concentração de cianeto em execuções nos EUA. Mesmo que ele possa proporcionar uma fonte para esta afirmação, é questionável que a uniformidade é de tal uso. E sem dúvida não tem nenhuma maneira de fazer uma estimativa do LC100 (a concentração necessária para matar 100% das pessoas expostas, em um dado período de tempo).

4 – Cálculos subseqüentes

Por comparação, a 5g/m3, as vítimas teriam sido expostas a 930 ppm dentro de 10 minutos e, a 20g/m3, as vítimas teriam sido expostas a 0,37% dentro de 10 minutos. Esta estimativa não é muito diferente da baixa final de Rudolf. Dado que a variação do tempo de um gaseamento foi superior às reivindicações de Rudolf, que as câmaras de gás estavam mais quentes do que ele alega, e que leva mais tempo para morrer uma pessoa “em pena de morte” do que uma morte aparente, e que as estimativas que Jamie McCarthy e eu fizemos não são irracionais.

Deve-se notar que a estimativa de Rudolf de 0.3-1% magicamente torna-se 1% em seus cálculos subseqüentes.

Vale a pena revisitar os limiares da DuPont:[42]

2-5 ppm Odor
4-7 ppm [OSHA] exposição limite de 15 minutos, tempo médio ponderado
20-40 ppm ligeiros sintomas após várias horas
45-54 ppm Tolerado de ½ a 1 hora, sem significativos efeitos imediatos
100-200 ppm Fatal dentro de 1/2 a 1 hora
300 ppm rapidamente fatal (não existe tratamento)


Não é previsto tratamento para alguém que se pretende matar, por isso para os nossos propósitos 300ppm é "rapidamente fatal". No entanto a DuPont acrescenta:


Estes números devem ser considerados como estimativas razoáveis, não precisas, estes efeitos variam para diferentes pessoas, e os dados não são exatos. Além disso, respiração forte por causa do esforço físico aumentará a ingestão de cianeto e reduz o tempo para os sintomas aparecerem. O "rapidamente fatal", exposição ao nível de 300 ppm não assume primeiros socorros ou tratamento médico. Aliás é muito eficaz quando usado rapidamente.
[grifo da DuPont] Quanto é rapidamente?

Contagem de segundos, o tratamento deve ser prestado em até 200 segundos (3-4 minutos).

Um artigo publicado na revista Human Toxicology dá limiares semelhantes: [43]
Resposta Concentração (ppm)

Imediatamente fatal 270
Fatal após 10 min -----> 181
Fatal após 30 min -----> 135
Fatal após 30-60 min ou mais, ou perigoso à vida -----> 110-135
Tolerado de 30-60 min sem efeitos imediatos -----> 45-54
Ligeiros sintomas após horas -----> 18-30

Este mesmo artigo descreve um caso tão notável que valeu a pena publicar um artigo sobre um acidente no qual um trabalhador sobreviveu a 6 minutos de exposição a 500 mg/m3 (450 ppm).
O artigo diz:

Este caso é incomum, a sobrevivência sem seqüelas ocorreu apesar da exposição ao HCN na ordem de 500 mg/m3 e 6 min de exposição; especialmente porque o tratamento foi iniciado 1h após a exposição.

Mesmo com a exposição inicial inferior a 500 mg/m3, experimentos realizados posteriormente revelaram que o acúmulo de HCN nas circunstâncias descritas foi rápido.

Neste caso, o paciente desmaiou e ficou inconsciente dentro de 3 minutos.Após a retirada do tanque em que ele ficou exposto, a sua respiração era imperceptível e ele entrou em coma à chegada ao hospital 40 minutos depois.

Diante do exposto, é razoável supor que a alegação de que 300 ppm é "rapidamente fatal" seria aplicável aos tempos de 10 minutos, no máximo.

Há de se preocupar no entanto, se este valor é LC100. Sem citar o que ele considera doses letais,
Rudolf escreve (p.190):

A dose letal de 100%, LD100, dá a concentração ou quantidade de venenonecessária para matar todos (100%) indivíduos de observados. Este valor é usado para certifica de que todas as pessoas são mortas com êxito.

A dose letal 1%, LD1, dá a concentração ou quantidade de veneno necessária para matar 1% de todos os indivíduos observados. Este valor é usado para marcar um limiar para além do qual a exposição ao veneno é definitivamente perigosa.

Obviamente, os dois valores diferem enormemente, ou seja, o valor de LD100 é muito superior ao valor LD1.

Aqui Rudolf parece implicar, mas não indicar explicitamente que citava muitas vezes o valor de 300 ppm a toxicidade do HCN que é um valor LD1 e seu 1% é um valor LD100, presumivelmente, a dez minutos de tempo de exposição. Quando citamos uma concentração letal normalmente se refere à concentração letal (LC), em vez de valores de dose letal (LD). Uma concentração letal requer um tempo a ele associado. Uma fonte fornece os seguintes valores para o LC50: [44]

Valores exatos para toxicidade aguda de HCN para os seres humanos são desconhecidos. A letalidade aguda é por analogia com os animais e sobre fundamentos teóricos, suscetível de ser dependente do tempo, algumas orientações estão disponíveis nos dados da tabela 2.

Tempo -----------LC50(mg m3)------------LCt50(MG min m3)
15s-------------------------- 2400------------------------------ 660
1min-------------------------1000----------------------------- 1000
10min------------------------ 200------------------------------2000
15min-------------------------133------------------------------4000

No entanto, deve-se afirmar que estes números são muito incertos, e um valor maior de 4400 mg m -3 foi dado por MacNamara com base numa estimativa de Moore e Gates ....

A própria estimativa de MacNamara para a toxicidade do HCN inalado em humanos baseia-se na semelhança de respostas a HCN dos seres humanos e dos caprinos, e ele dá a 1 min-LC50 de 3404 mg m-3.

O valor dado de 10 minutos é equivalente a 181 ppm. Independentemente da absoluta precisão destes números, seria ridículo sugerir que 300 ppm é LC1 em dez minutos. A estimativa de LC50 durante 15 segundos, corresponde a 0,21%, que é menor do que a afirmação de Rudolf de LC100 durante 10 minutos. O valor de LC50 de McNamara para 1 minuto é 3080 ppm, enquanto este é o LC100 mínimo de Rudolf durante 10 minutos. O valor de 4400 mg m -3 é difícil de se interpretar sem um [timeframe]. Talvez seja um valor de LCt, mas as unidades estariam erradas nesse caso.
Não há um caminho ético para medir precisamente o LC100 para um ser humano. Mesmo fazendo uma boa estimativa baseada nas câmaras de gás dos EUA pode ser problemático, pois as concentrações utilizadas não eram necessariamente compatíveis, nem o tamanho da amostra é suficientemente grande. A estimativa de Rudolf é tão problemática como inútil. Notar que (0,1%) 1000 ppm é superior a 5 vezes a estimativa da LC50 durante 10 minutos. É difícil imaginar que 0,1% por dez minutos, não seria mais de LC100. Rudolf escreve:

... Apenas piolhos em mau (sic) estado podem ser mortos com apenas 0,03% de cianeto de hidrogênio, por isso é possível que um homem inteligente e saudável possa sobreviver a 5 minutos de exposição a 1% de cianeto de hidrogênio.

Rudolf não apresenta evidências para esta afirmação.

Basear-se na estimativa dada acima, de que o montante do Zyklon foi utilizado entre 5 e 20 gramas por metro cúbico (4500-18100 ppm), é uma estimativa conservadora, que as vítimas foram expostas a 450-1810 ppm dentro de 5 a 15 minutos, ou entre 2,5 e 10 vezes do tempo a LC50 da estimativa acima. Esta estimativa depende das câmaras estando a apenas 15°C. As câmaras de gás são suscetíveis de ter sido muito mais quentes do que a temperatura mais quente que ele estudou. A temperatura dos humanos por exemplo, é de 37 ° C, e as câmaras estavam cheias de pessoas antes da inserção do Zyklon.

Sob essas condições a liberação do gás (HCN) do Zyklon seria mais rápida e o tempo de exposição maior.

Rudolf escreve:

É óbvio que o tempo dos assassinatos em massa relatados pelas alegadas testemunhas oculares com Zyklon B em Auschwitz e em outros locais, e que são menores ou semelhantes às execuções nos EUA, seriam necessários, pelo menos concentrações semelhantes, tal como aplicado nos execuções nos EUA (0.3%-1%). Devido ao fato da liberação do cianeto de hidrogênio do Zyklon B ser muito lenta, cerca de 10% nos primeiros 10 min. [Nota 451 de Rudolf] Além disso, uma vez que obviamente não havia nenhum dispositivo para distribuir o gás rapidamente ao longo de toda a sala, mais minutos se passaram antes que todas as vítimas teriam sido cercadas por altas concentrações de cianeto de hidrogênio (mesmo aqueles encostados nos cantos da sala). Devemos, portanto, assumir que o montante mínimo de Zyklon B para ser introduzido nestes quartos teriam sido na ordem de magnitude de dez vezes o valor normalmente utilizado para os procedimentos de despiolhamento, a fim de atingir uma concentração semelhante já nos primeiros 5 a 10 minutos da execução, mesmo no canto da sala.

A inspecção da ilustração 1 do estudo de Irmscher[45] mostra que cerca de 10% do Zyklon evapora dentro de um período de cerca de 5 a 15 minutos, mesmo nas baixas temperaturas que ele estudou. Irmscher fez seus estudos com temperaturas variando entre -18°C e 15°C. Em seus cálculos, discutidos abaixo (ver p. 235 do seu depoimento), Rudolf encaixa os dados de Irmscher na forma funcional 1-exp (-t/43.5), onde t é dado em minutos.
Eu tracei um esboço através dos dados de Irmscher dados, e achei que está razoavelmente de acordo.[46] Se você puder extrapolar os dados para o início tempo, é retornado o resultado que cerca de 20% evapora dentro de 10 minutos. É suscetível que as câmaras de gás foram muito mais quente que a temperatura mais quente estudada por ele. A temperatura dos humanos por exemplo, é de 37 ° C, e as câmaras estavam cheias de pessoas antes da inserção do Zyklon. Existe, de fato, algumas provas que as câmaras de gás foram aquecidas.

John Zimmermann escreve[47]:

A descoberta dos Arquivos de Auschwitz em Moscou sugere que os problemas técnicos de aquecimento do "gassing cellar" foram superados. Uma nota fiscal dos construtores do forno de Auschwitz para as autoridades pedindo o pagamento de um "sistema de indução de ar quente" [warmluftzufuhrung] para o Crematorium II
instalado em junho de 1943.
Além disso, houveram de fato, dispositivos para distribuir o gás ao longo da sala.[48] Portanto, a estimativa de Rudolf é no mínimo do pior cenário possível; e tem várias hipóteses:

1) que a sua média de 10-13 minutos das câmaras de gás dos EUA é exata. Tal como acima demonstrado, algumas mortes de fato demoraram mais, mas é difícil justificar como uma média de tempo.

2) Que as testemunhas oculares dos gaseamentos de Auschwitz teriam relatado “morte legal”, em vez de inconsciência e cessação de movimento.

3) que 10 minutos é o tempo máximo reportado de Auschwitz somente com uma única excepção.

4) Que não existiam dispositivos de introdução [do Zyklon]

5) Que a temperatura presente era fria (Ele usa dados do Zyklon B de 15°C).

6) Que 0.3-1% é um argumento preciso das concentrações utilizadas nas câmaras de gás dos EUA.

7) Que se deve usar 1% em vez de 0,3%

8) Que apenas 10% evapora no prazo de dez minutos, em contraste com a forma funcional.

1% corresponde a 11g/m3. Se se assume sob as piores condições que é necessário utilizar 10 vezes o máximo para conseguir uma tal concentração, em apenas 10 minutos a uma temperatura de 15°C, então é preciso 110g/m3. Para efeitos de comparação, as concentrações sugeridas pela Degesch para despiolhamento eram de 8g/m3.[49] Se, por outro lado, olhar para os números que eu e Jamie McCarthy chegamos baseado na evidência disponível 5-20 g/m3 concentração que foi utilizado, revela-se razoável na imagem.

Na sequência abaixo eu parto do princípio de que o relatório de Rudolf para a saída do Zyklon B é válido, e que o Zyklon foi removido após apenas 10 minutos e que a taxa de ventilação que foi dada por Rudolf de 9,94 trocas por hora.






É importante notar que as vítimas iriam continuar a ser expostos a HCN durante ventilação. Uma vítima inconsciente, que ainda não tinha sido morta, teria toda a probabilidade ser morta no tempo que os corpos eram removidos. Notar que a estimativa mínima mostra que as vítimas teriam sido expostas a concentrações acima de 300 ppm por 14 minutos. Recordo que LC50 por dez minutos é cerca de 181 ppm. Sob essas condições as vítimas seriam expostas ao excesso de concentração de 181 ppm por 18 minutos.
Pode ser argumentado (na verdade, sem dúvida alguma Rudolf e Irving irão argumentar), que uma vítima eventualmente sobreviver a tal tratamento. Nossa estimativa máxima deveria colocar essas questões para descansar. Essa estimativa revela que as vítimas seriam expostas a concentrações acima de 300 ppm por 24 minutos, e concentrações superiores a 181 ppm por 27 minutos. Nota-se que igualmente as vítimas seriam expostas a concentrações superiores a 1000 ppm durante 16 minutos. Este valor corresponde a LC50 por 1 minuto. O excesso de concentração seria de 3000 ppm (0,3%) durante 3 minutos. Esta comparação corresponde a LC50 por 15 segundos. Existe pouca dúvida de que esta estimativa de Rudolf é superestimada.

Agora eu vou plotar os resultados para o caso em que o Zyklon não foi removido durante 20 minutos:






A menor estimativa mostra que as vítimas seriam expostas a uma concentração acima de 300 ppm por 27 minutos. Novamente, LC50 por dez minutos é de cerca de 181 ppm. Sob essas condições as vítimas seriam expostas a concentração em excesso de 181 ppm por 31 minutos. Ainda é difícil de acreditar que Rudolf iria alegar que uma vítima poderia sobreviver tal tratamento. Nossa estimativa máxima aqui é quase que certamente muito grande. Essa estimativa revela que as vítimas seriam expostas a concentrações acima de 0,1% ppm por 29 minutos, e concentrações superiores a 0,3% ppm durante 16 minutos. Esta concentração corresponde a LC50 durante 15 segundos.

Sem aceitar as evidências de Rudolf, que vale a pena dizer que as diferenças entre as nossas estimativas são praticamente inconseqüentes. Até mesmo Rudolf reportou exatamente correto que é necessário desenvolver uma concentração de 1% dentro de 10 minutos, não há nada de incompatibilidade entre este valor e os fatos conhecidos dos gaseamentos homicidas. Tal como acima demonstrado, a concentração de 1% seria facilmente ventilada em uma quantidade de tempo razoável. Como mostrado acima, mesmo que a concentração fosse duplicada o sistema de ventilação teria sido adequado. Conforme mostrado a concentração de 1% não garante a formação de Azul da Prússia. De fato devemos levar em conta as considerações de que é extremamente improvável que quantidades significativas de Azul da Prússia teriam formado nas câmaras de gás.
Como mostrado tais concentrações não são incompatíveis com a diferença de vestígios químicos entre as câmaras de gás e as câmaras de despiolhamento. A importância do efeito sobre a formação do Azul da Prússia é discutido abaixo, mas basta dizer aqui que nada sobre estas concentrações é inconsistente com a evidência histórica. A estimativa de Rudolf que os gaseamentos homicidas teriam exigido uma concentração 10 vezes maior que as de despiolhamento, por outro lado é muito grande. No entanto mesmo a estimativa de Rudolf é consistente com a segurança dos trabalhadores escravos (Sonderkommando), bem como os resíduos de cianetos encontrados nas câmaras de gás pelo Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia (IFFR).


FONTES DO CAPÍTULO:

[31] Daniel Keren, Ph.D, Jamie McCarthy, Harry W. Mazal OBE, " A Report on Some Findings
Concerning the Gas Chamber of Krematorium II in Auschwitz-Birkenau", an appendix to Robert Jan van Pelt's expert report.

[32] Richard J. Green, and Jamie McCarthy, Chemistry is not the Science: Rudolf, Rhetoric and
Reduction, 1999, http://www.holocaust-history.org/auschwitz/chemistry/not-the-science

[33] Mark Van Alstine, private communication. Van Alstine writes:

Given that Zyklon B came in 200 g, 500 g, 1 kg, and 1.5 kg canisters, arguably "one of the smallest cans" would have been a 500 g can of Zyklon B. That would mean that in Krema II either 1.5 or 2.0 kg of Zyklon B (depending on whether or not one or both gas chambers of L.Keller 1 were used) would have been poured in. Since L.Keller 1 had a volume of about 500 cu m, that would mean a HCN concentration of about 3-4 g cu m. (Cf. Pressac, Technique, op. cit., pp. 16-17, 21, 494)



[34] Jean-Claude Pressac, "The Deficiencies and Inconsistencies of 'The Leuchter Report'" in Shapiro, S. Truth Prevails: Demolishing Holocaust Denial: The End of the Leuchter Report, NY: The Beate Klarsfield Foundation (1990).

[35] Robert Jan van Pelt, second supplementary opinion, p.31.

[36] Concentrations of trace gases in air are conveniently described in terms of parts per million by volume (ppm) as follows: Concentration of species X in ppm = 106*(volume of species X alone)/(volume of air). See for example, John H. Seinfeld, Atmospheric Chemistry and Physics of Air Pollution, John Wiley & Sons, New York, 1986, p.6. Degesch defines in their publications that they mean ppm as parts per million by mass (a convention brought over from the liquid phase). Pressac has also followed this usage. Modern references to gas phase toxicity, however, are by volume. In the case of HCN, the point is moot. HCN has a molecular mass of 27 versus the atmosphere's roughly 28.8. Thus their densities are nearly equal at the same temperature and one may be loose about switching between the two conventions. In other words, the value in ppm by mass will be different by a factor of 27/28.8 or 0.94, an insignificant difference. To convert from g/m3 to ppm by volume, one can use the following equation: Conc. in ppm = ((Conc. in g/m3)/27.0)* (8.31441*298.15/101325) Where 8.31441 is the ideal gas constant, 298.15 is the temperature in Kelvin (again note that a 30 degree temperature difference leads only to 10 % error), and 101,325 is atmospheric pressure in pascals. 1 g/m3 is 906 ppm or 0.09%, so that dividing the concentration in g/m3 by 10 roughly gives the concentration in percent.

[37] NI-9912, section IX, reprinted in Pressac, Jean-Claude, Technique and Operation of the Auschwitz Gas Chambers, The Beate Klarsfeld Foundation, New York, 1989, p.19. This document is online at the CODOH (denial) website, at http://www.codoh.com/incon/inconzyklon.html.

[38] Rudolf Höss, Death Dealer: The Memoirs of the SS Kommandant at Auschwitz, Steven Paskuly, Ed., 1996, p. 44.

[39] Miklos Nyiszli, Auschwitz: A Doctor's Eyewitness Account, New York: Arcade Publishing, 1993, pp. 114-120.

[40] Joseph L. Borowitz, Anumantha G. Kanthasamy, and Gary E. Isom, "Toxicodynamics of Cyanide" in Satu M. Somani, Chemical Warfare Agents, Harcourt, Brace Jovanavich, San Diego, 1992, p.213

[41] Bill Krueger, "Execution Will Use Gas Chamber" in The News & Observer, Raleigh, NC, June 11, 1994, p. A1.

[42] Du Pont, Hydrogen Cyanide: Properties, Uses, Storage, and Handling, Wilmington: Du Pont, 195071/A (1991).

[43] J.L. Bonsall, Human Toxicol. (1984), 3, 57-60.

[44] Timothy C. Marrs, Robert Maynard and Frederick R. Sidell, Chemical Warfare Agents: Toxicology and Treatment, John Wiley & Sons, Ltd. (Chichester, West Sussex, England), 1996 ISBN 0-471-95994. Chapter 9: Cyanides, pp. 203-219

[45] Irmscher, R., Nochmals: "Die Einsatzfähigkeit der Blausäure bei tiefen Temperaturen" (Once More: "The Efficiency of Prussic Acid at Low Temperatures"), Zeitschrift für Hygienische Zoologie und Schädlingsbekämpfung, Feb/Mar 1942, pp. 35-37. Available on the web at http://www.holocausthistory.org/works/irmscher-1942/ See also appendix II to this affidavit.

[46] See appendix II of this affidavit.

[47] John C. Zimmerman, Holocaust Denial: Demographics, Testimonies and Ideologies, University Press of America, 2000, p. 193. His reference reads: "Bill from Topf and Sons dated August 20, 1943 in AA File 502-1-327, Reel 42, p. 2 of the memo.

[48] Jamie McCarthy and Mark Van Alstine, Zyklon Introduction Columns, http://www.holocausthistory.org/auschwitz/intro-columns/

[49] NI-9912, section IX, reprinted in Pressac, Jean-Claude, Technique and Operation of the Auschwitz Gas Chambers, The Beate Klarsfeld Foundation, New York, 1989, p.19. This document is online at the CODOH (denial) website, at http://www.codoh.com/incon/inconzyklon.html

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...