segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O Mundo Maluco de Walter Sanning – Parte 9

Traduzido por Leo Gott à partir do link: http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2008/11/crazy-world-of-walter-sanning-part-9.html


Abaixo estão mais dois casos de manipulação e distorção flagrante para a conta de Walter Sanning.

Primeiramente, Sanning afirma (p.103) que um jornalista judeu-canadense de nome Arthur Raymond Davies, que freqüentou uma reunião da Comissão Judaica Anti-Fascista no outono de 1944, durante a qual o secretário Schachne Epstein, “relatou a evacuação de 3,5 milhões de judeus nos territórios ocupados pela Alemanha". O forista do RODOH (Warheitseeker [“revisionista”]) localizou a passagem no livro de Davies e gentilmente postou-o aqui. Isto é o que realmente Davies escreveu:

Ele agradeceu pelos judeus do mundo a ajuda do povo soviético. Ele recebeu os judeus da Polônia. Ele revelou que os alemães haviam assassinado cerca de cinco milhões de judeus e que a União Soviética tinha conseguido salvar 3,5 milhões.

Então, o que faz Sanning adicionar ou omitir? Em primeiro lugar, Epstein não mencionou evacuação; Sanning infere sem falar aos seus leitores que ele está desenhando uma inferência, em vez de um reporte direto do discurso. Isto em si é desonesto. Em segundo lugar, Epstein não especifica que os judeus "salvos" nunca tinham vivido nos territórios ocupados pela Alemanha. Epstein simplesmente diz que, bloqueando o avanço alemão, a URSS tinha salvado judeus em áreas desocupadas, tanto na URSS quanto no resto do mundo.

Em terceiro lugar, Sanning omite a mais óbvia refutação da sua interpretação: o assassinato de 5 milhões de vítimas judaicas. Claramente, muitas dessas vítimas deveriam estar vivendo nas áreas em que Sanning alega que foram evacuados. Além disso, toda a alegação de Sanning se embasa nas 5 milhões de vítimas, portanto, é uma desonestidade descarada usar uma fonte que, na verdade, refere-se a eles na mesma frase como "3,5 milhões" de judeus salvos, onde Sanning usa uma “Garimpagem de Citações”.

A segunda distorção de Sanning ocorre na p.112, onde ele consulta a proporção sexual de judeus soviéticos:


Com base na distribuição etária dos judeus na RSFSR, 705.290 de 2.267.814 de judeus registrados na União Soviética (1959) pertenciam à faixa etária de "0-28 anos", que no final da Segunda Guerra Mundial não tinha sido nem nascidos ou ainda eram muito jovens para o serviço militar; a estrutura sexual deveria ter sido mais ou menos equilibrada. A composição de masculino/feminino entre os maiores de 29 anos foi 677.984 e 884.540, respectivamente. [...]


Sanning, portanto, absurdamente tomou o perfil etário para a República Soviética, o RSFSR, que sofreram proporcionalmente muito menos óbitos no Holocausto do que nas repúblicas ocidentais, e usou-a para uma projeção sobre toda a população soviética, o que ele tem, então, usado como "provas" de que o Holocausto não ocorreu na área ocidental da URSS! Isso por si só já o desqualifica como um demógrafo honesto.

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