quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Relatório do Dr.Richard Green em refutação ao Rudolf Report - A credibilidade de Rudolf

Traduzido por Leo Gott

A credibilidade de Rudolf

Deve notar-se que Rudolf afirmou no seu próprio texto que ele intencionalmente tentou enganar um tribunal na Alemanha[1].:


Na primavera e no verão 1992, fui chamado por vários advogados da defesa como testemunha e perito em vários Julgamentos impostos aos Revisionistas na Alemanha (ver nota de rodapé 103). Nestes Julgamentos como em todos os julgamentos contra Revisionistas - os juízes recusaram-se a aceitar quaisquer provas apresentadas pela defesa, incluindo todas as testemunhas periciais. Tive que ouvir que um químico (eu) estava sendo recusado porque ele(eu) não era nem um toxicologista e nem Historiador, um engenheiro (Leuchter) foi recusado porque ele não era nem químico nem Historiador, e um historiador (Prof. Haverbeck) foi recusado porque ele não era químico e nem engenheiro. Minhas conclusões foram que um de nós obviamente teria de ser ao mesmo tempo Engenheiro, Químico, Toxicologista e Historiador e talvez até mesmo advogado para ser aceito como uma testemunha-perito em um tribunal alemão. O processo legal é tão pervertido na Alemanha, que nós decidimos simulada e inventar uma pessoa com todas estas características, mas, então eles perceberam que isto poderia ser um pouco irreal, por isso, dividimos essa pessoa em muitas. Este é o pano de fundo.


Na citação acima Rudolf admite ter forjando a existência de pessoas com credenciais falsas, com o fim de influenciar um tribunal a aceitar estas "pessoas", como peritos. De passagem deve ser mencionado que Fred Leuchter não é de fato Engenheiro.[2]

Rudolf aparenta saber mais sobre a química do que a maioria dos Negadores do Holocausto e é, portanto, capaz de fazer alguns argumentos que exigem algum trabalho para refutar. Agora, se seus argumentos são honestos exige uma avaliação mais profunda.

Em um artigo na Internet[3], ele usa o termo "troca" com dois sentidos diferentes. Agora, não há nada de errado em usar uma palavra com dois sentidos diferentes, mas quando for usar pelo menos use em dois parágrafos subsequentes, de tal forma para não deixar uma impressão enganosa, ou que tenha a obrigação de sinalizar a mudança de significado.

A tese discute a ventilação das câmaras de gás, uma questão que eu revisitei abaixo. Rudolf dá uma explicação probabilística da mesma fórmula matemática que eu uso a seguir para estimar a diluição:

Imagine, que para você, ou alguém seja dado um balde contendo 100 bolas azuis. Cada vez que ele chega na caçamba, ele coloca em 1 bola vermelha, mistura brevemente o conteúdo e, sem procurar, pega uma bola selecionada aleatoriamente. Quantas vezes você vai ter que fazer isso até que restem apenas 50 bolas azuis no balde e todos os outros são vermelhos? [...]

No caso descrito acima, que leva uma média de 70 trocas antes da metade das bolas azuis fossem substituídas por vermelhas. [Grifo meu]

Em um simples exemplo de Rudolf, as “trocas” seriam equivalentes a 100 bolas.

Na frase seguinte Rudolf utiliza a mesma palavra "troca" de uma forma para induzir o leitor:
Cálculos demonstraram que as facilidades de ventilação nas alegadas câmaras de gás dos Krema II e III em Birkenau - facilidades criadas apenas para ventilação ordinária dos morgues - poderia ter realizado, no máximo, 6 a 8 trocas de ar por hora. [Ênfase Minha]
Ao usar a mesma palavra "trocas", em dois contextos ele dá a impressão de que a ventilação ocorre muito lentamente. O que ele chama de “troca de ar”, no segundo parágrafo corresponde ao 100 do seu "intercâmbio" entre os primeiros, embora para ele isso se faz muito claro.

O leitor é induzido a acreditar que seriam necessárias dez horas para que o nível de veneno fosse expelido; Rudolf certamente não faz nada para desacreditar essa noção.

Em um artigo subseqüente na Internet[4], publicado em 04 de Maio de 1999, eu e Jamie McCarthy apontamos esta utilização dupla da palavra “ troca”

Na resposta a alegação de Rudolf é que o problema era a nossa tradução[5].

O artigo que citei, no entanto, está no idioma inglês no website CODOH, provavelmente com a permissão de Rudolf.

Eu salientei esta “inadvertência” em 28 de Julho de 2000[6], na versão de 10 de Março de 2001 ainda continha este “engano”.

Fontes do Capítulo:
[1] Germar Rudolf, Character Assasins [sic], http://vho.org/GB/c/GR/CharacterAssassins.html

[2] Consent Agreement Between Fred A. Leuchter and the Board of Registration of Professional
Engineers and Land Surveyors, http://www.holocaust-history.org/leuchter-consent-agreement/

[3] Germar Rudolf, The 'Gas Chambers' of Auschwitz and Majdanek http://www.codoh.com/found/fndgcger.html

[4] Richard J. Green and Jamie McCarthy, "Chemistry is not the Science: Rudolf, Rhetoric and
Reduction, " 1999 http://www.holocaust-history.org/auschwitz/chemistry/not-the-science

[5] Germar Rudolf, Character Assasins [sic], http://vho.org/GB/c/GR/CharacterAssassins.html

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