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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Relatório do Dr.Richard Green em refutação ao Rudolf Report - Concentrações de cianeto exigidas para fins homicidas

Traduzido por Leo Gott.

II. Concentrações de cianeto exigidas para fins homicidas

Rudolf cita uma passagem no Julgamento para o Juiz Gray, a fim de discordar com a alegação de que muito mais cianeto é necessário para matar piolhos do que é necessário para matar seres humanos.

Mesmo se estivesse completamente correto em sua argumentação, a alegação de Rudolf teria poucas ou nenhuma conseqüência no que diz respeito à veracidade dos acontecimentos em Auschwitz e Birkenau.

As possíveis consequências são que a ventilação das câmaras eram demasiadamente lentas, que a vítima não teria morrido tão rápido como relatado, ou que de alguma forma o montante da exposição deveria aumentar os vestígios de cianeto encontrados pelos investigadores forenses.

Eu mostro que os números de Rudolf são quase que certamente exagerados, e que mesmo assim os números de Rudolf são números que não produzem tais conseqüências. Rudolf escreve:

13.79 A razão pela qual Irving inicialmente negou a existência de câmaras de gás em Auschwitz foi, como se viu, em função do Relatório Leuchter. Tenho resumidas em detalhes as constatações feitas por Leuchter em nos itens 7.82 a 7.89 acima. Não vou repetir-me. Tenho também estabelecido nos itens 7.82 a 7.89 acima, as razões pelas quais van Pelt em nome da ré indeferiu o Relatório Leuchter como imperfeito e pouco fiável. Essas razões foram apresentadas para Irving em reperguntas. É um resumo das evidências para que ele aceite a validade dos mesmos. Ele concordou que o Relatório Leuchter estava fundamentalmente errado. No que se refere à análise química. Irving foi incapaz de contrariar as evidências do Dr. Roth (resumidas no parágrafo acima 7.106), que o cianeto, teria penetrado no tijolo e argamassa, até uma profundidade não mais de um décimo da largura de um cabelo humano, qualquer cianeto relativamente presente nas grandes amostras colhidas por Leuchter (que tiveram de ser pulverizadas antes da análise) teriam sido tão diluídas que os resultados sobre os quais Leuchter se baseou não tinha efetiva validade. O que é mais significativo é que Leuchter assumiu, equivocadamente e acordado com Irving, que uma concentração maior de cianeto teria sido necessária para matar seres humanos e não para fumigar roupas. De fato, a concentração necessária para matar seres humanos é 22 vezes menor do que o necessário para fins de fumigação.


É certo que muito mais cianeto é necessário para matar insetos do que é necessário para matar seres humanos, Leuchter aparentemente não têm consciência desta realidade. Rudolf, no entanto, reconhece este fato:

É verdade que mamíferos são muito mais sensíveis ao HCN do que insetos. A questão é, no entanto, qual a concentração de cianeto de hidrogênio é necessária para realizar um gaseamento em massa, conforme descrito pelas alegadas testemunhas oculares.

Muitos críticos e Negadores do Holocausto vêm argumentando que, devido ao nível letal de cianeto de um ser humano ser menor do que para usar em piolhos, as concentrações mais baixas foram de fato utilizadas no processo assassinar. O fato de 300ppm de HCN ser rapidamente letal para os seres humanos realmente não prova que essas pequenas concentrações foram utilizadas na câmaras de gás homicidas. A vantagem de se utilizar uma concentração mais elevada é dupla:
1) os efeitos letais podem ocorrer mais rapidamente e
2) a concentração letal pode ser estabelecida muito mais rápido. A vantagem de se utilizar uma concentração mais baixa, como é evidente, é que iria economizar dinheiro. Eu ainda não vi indícios de que as concentrações realmente utilizadas para homicídio foram significativamente menores (ou seja, mais de um fator de 2 ou 3) do que os utilizados para despiolhamento.

Convém salientar que um despiolhamento demora mais tempo do que um gaseamento homicida.

Devido a este tempo adicional, o Zyklon utilizado para despiolhamento teria tido tempo suficiente para evaporar completamente.

Portanto, para a mesma quantidade de Zyklon, a última fase gasosa da concentração de HCN é um pouco mais elevada no caso de despiolhamento.

Em sua seção de cálculos, Rudolf encontra um resultado diferente baseado erroneamente no pressuposto de que o Zyklon não foi introduzido pelas aberturas.

Eu discuto esta questão a seguir na minha análise sobre os cálculos de Rudolf.

Provas da existência de ventilação podem ser encontradas na apresentação de Keren, McCarthy e Mazal.[31]

Embora a concentração mais alta na fase gasosa das câmaras de gás ter sido muito provavelmente menor do que nas câmaras de despiolhamento, as concentrações provavelmente não teriam diferenças por muito como os críticos negadores têm assumido.

Estes resultados não são reivindicados por Leuchter ou pelo Leuchter Report.

As concentrações que foram utilizadas muito provavelmente são consistentes com os testemunhos, de uma forma consistente com a capacidade dos Sonderkommando para retirar os corpos, e coerentes com as diferenças nos vestígios químicos entre as câmaras de gás e as câmaras de despiolhamento.

Na seção acima sobre ventilação eu mostrei que em até duas vezes o valor das estimativas de Rudolf de concentração de gás, não poria em perigo o pessoal do Sonderkommando.

Abaixo eu discuto a questão dos vestígios químicos de cianeto.

Aqui eu discuto a questão de quanto Zyklon B foi utilizado e qual é a sua toxicidade.

1 – Testemunhos da quantidade de Zyklon B aplicada.

Rudolf afirma:

Não existem muitos testemunho oculares no que se refere à quantidade de Zyklon B utilizada, mas de acordo com uma fonte polaca eles referem-se à aplicação de 6 a 12 kg de cianeto de hidrogênio.
Como Rudolf não forneceu a sua fonte, é impossível avaliar a precisão de sua afirmação ou até saber a qual câmara de gás estes montantes se referem. Supondo que a referência é o morgue 1 no Krema 2, estas concentrações correspondem a 12-24g/metro cúbico. Estas concentrações não estão fora de sintonia com os pressupostos que Jamie McCarthy e eu fizemos em nosso artigo[32].Nossas estimativas foram baseadas com as seguintes considerações. A nossa menor estimativa de 4-5g/metro cúbico veio de uma estimativa do nosso colega Mark Van Alstine.[33] Nossa estimativa alta de 15-20g/metro cúbico veio de Pressac.[34] [Perry]Broad testemunhou que duas latas de 1 kg foram utilizadas,[35], o que trabalharia a 4g/metro cúbico e coerente com a nossa estimativa mais baixa. Por segurança, usamos um intervalo de 5-20g/metro cúbico. Estes valores correspondem a 4500 e 18100 ppm, respectivamente.[36] Para efeitos de comparação, a concentração sugerida pela Degesch [fabricante do Zyklon B]para despiolhamento é de 8g/metro cúbico. [37] Estas são as concentrações finais para toda evaporação de uma vez do HCN. Durante um despiolhamento se desenvolveria a concentração alta. Durante um gaseamento homicida Zyklon o restante do Zyklon já teria sido removido após a morte aparente e antes de ventilação, de modo que a maior concentração teria efectivamente sido atingido, teria sido menos como o Zyklon e não teria evaporado totalmente de dentro da câmara.

2. Testemunhas oculares sobre o tempo necessário para matar todos os seres humanos dentro da câmara de gás.

Rudolf escreve:

Uma forma indireta de calcular a quantidade de Zyklon B que seria necessária para matar todos os seres humanos em uma "câmara de gás" é o tempo que foi alegadamente necessário para matá-los. De acordo com quase todos os "testemunhos oculares" existiram apenas alguns segundos e até dez minutos para matar nas alegadas câmaras de gás dos Crematorium II e III. [Nota 448 de Rudolf] Esta informação pode ser usada para fazer um cálculo aproximado da quantidade de Zyklon efetivamente necessária para atingir o tempo da matança.
A fim de fazer tal cálculo aproximado, Rudolf compara este testemunho com os tempos relatados nas câmaras de execução dos EUA empregando HCN como gás letal. Existem sérias falhas neste argumento de Rudolf:

1) Existem mais variações de testemunhos do que o alegado por Rudolf

2) Para que as vítimas de uma câmara de gás parecessem mortos para as testemunhas oculares exigiria apenas silêncio e imobilidade.
3) As alegações de Rudolf sobre as câmaras de gás dos EUA são enganosas.

Rudolf cita: “De acordo com quase todos os "testemunhos oculares" existiram apenas alguns segundos e até dez minutos para matar(...)” Na nota 448, ele afirma que "a única exceção", é o bloco de internos em Auschwitz (presumivelmente bloco 11).
Um outro testemunho ocular muito importante (Rudolf Höss) deve ser outra exceção:[38]

A porta seria aparafusada e fechada à espera dos esquadrões de desinfecção que iriam imediatamente jogar o gás [cristais] pelas aberturas do teto da câmara de gás que estabelece uma coluna de ar até ao chão. Este garantiria a rápida distribuição do gás. O processo poderia ser observado através do olho mágico [peep hole] na porta. Aqueles que estavam de pé ao lado da coluna de ar foram mortos imediatamente. Posso afirmar que cerca de um terço deles morreram imediatamente. O restante cambaleante começou a gritar na luta por ar. Os gritos, no entanto, logo mudaram para tosses e desmaios e depois de alguns momentos todos estavam deitados. Após vinte minutos, movimentos não podiam ser detectados. Os tempos necessários para o gás surtir efeito eram variados, de acordo com as condições meteorológicas e dependia se estava úmido ou seco, frio ou quente. Também dependiam da qualidade do gás, o que nunca foi exatamente o mesmo, bem como sobre a composição dos transportes, que poderiam conter uma alta proporção de judeus saudáveis, ou velhos e doentes, ou crianças. Algumas vítimas ficaram inconscientes depois de alguns minutos, variando de acordo com a
distância da coluna de ar. Aqueles que gritavam e aqueles que estavam velhos, doentes, ou fracos, ou as pequenas crianças morreram mais rápido do que aqueles que eram saudáveis e jovens.

Não deve ser surpreendente, se as quantidades usadas nem sempre foram igualmente precisas ou eficazes. Na verdade, não existe, pelo menos, um relatório de alguém que sobreviveu a um gaseamento. Suponho que o Dr. Nyiszli é outra exceção: [39]

Por precaução eu agarrei meu instrumento, e arremeti à câmara de gás. Contra a parede, próximo à entrada da imensa sala, metade estava coberta de corpos, vi uma menina proceder a uma morte-barulhenta, com o seu corpo apreendido com convulsões. O homens do kommando de gás à minha volta estavam em estado de pânico. Nada como isto nunca tinha acontecido no decurso de sua terrível carreira.[...]

Eu calmamente relatei [ao Sargento SS Mussfeld], o terrível caso que nos confrontamos. Eu descrevi as dores que a criança deve ter sofrido na sala de despir, e as cenas horríveis que precederam à morte na câmara de gás. Quando a sala tinha sido mergulhada em trevas, ela ainda respirava pouco com seus pulmões cheios do gás Zyklon. Apenas alguns, porém, o seu frágil corpo estava como uma massa que empurra e puxa, pois lutou contra a morte. Por acaso ela caiu com o rosto contra o chão de concreto úmido. Essa pouca umidade tinha de ser mantida para que o gás Zyklon asfixiasse e não reagisse sobre condições úmidas. Estes foram meus argumentos, e eu pedi-lhe para fazer qualquer coisa para a criança. [...]

"Não há maneira dela escapar", disse ele, "a criança terá que morrer".

Meia hora depois, a garotinha foi levada, ou melhor carregada, para a fornalha no corredor, e ali Mussfeld [Sargento SS] enviou outro no seu lugar para fazer o trabalho. Uma bala na parte de trás do pescoço.

A explicação de Nyiszli sobre a menina sobrevivente pode não ser correta, mas o episódio lembra que o gaseamento não foi necessariamente uma ciência perfeita. Não eram necessariamente conduzidas idealmente a cada vez, na verdade, sem dúvida vários perfis de concentração de gás variaram de gaseamento para gaseamento.

3 - O tempo necessário para matar prisioneiros nas câmaras de execução americanas.

O que seria necessário para o tipo de estimativa aproximada de concentração utilizada nas tentativas de Rudolf é que as vítimas deveriam estar expostas ao cianeto tempo suficiente para que a maioria das vítimas estivessem mortas em 10 minutos ou menos.

O argumento de Rudolf é que as concentrações utilizadas nas câmaras de gás devem ter sido, pelo menos, tão grande quanto às das câmaras de gás dos EUA, com vista para a morte ocorrer dentro de 10 minutos.
Ele afirma:

Mas, mesmo em circunstâncias normais, as execuções nas câmaras de gás dos EUA levam, em média 10 a 14 minutos. A concentração de cianeto de hidrogênio aplicada durante estas execuções é geralmente semelhante ao aplicado durante os procedimentos normais de despiolhamento(0,3% -- 1%).[Nota 450 de Rudolf] A vítima é imediatamente exposta à grande concentração de gás tóxico, assim se desenvolve por baixo dela, e se ergue até o seu rosto.
O tempo reportado da morte de uma execução nos EUA não é o mesmo que um testemunho de Auschwitz teria relatado. Para que um prisioneiro executado nos EUA seja declarado morto, pelo menos, os batimentos do seu coração devem ter parado. Nas câmaras de gás [nazistas] a inconsciência, o silêncio e a imobilidade seriam mais prováveis para relatar como morte. Ninguém entrou nas câmaras de gás até que elas fossem ventiladas. Durante o tempo de ventilação, a exposição das vítimas ao HCN teria continuado, de modo que qualquer vítima inconsciente iria continuar a ser exposta às concentrações letais de HCN. Portanto, esta comparação de Rudolf é realmente inválida. Em vítimas de intoxicação por cianeto, o coração pode continuar batendo, mas os outros sinais vitais desaparecem:

Em muitos casos, a morte é retardada, mas depois de uma dose muito elevada de cianeto, a morte pode ocorrer de 1 a 2 min. Nestes casos, o indivíduo desmaia e a respiração progride para apnéia. Convulsões e perda de consciência acontecem rapidamente. Com doses menores, respiração rápida pode ser vista, devido à estimulação da chemoreceptors carótida pelo cianeto [...]Inconsciência e completa [areflexia] podem ocorrer e podem continuar durante 15 a 60 minutos antes da morte. A respiração cessa antes da parada cardíaca.

Em um apêndice a este depoimento, eu examinei as fontes de Rudolf sobre o tempo de morte nas câmaras de execução nos EUA. Dois fatos são dignos de nota a partir desse exame. As fontes suportam a noção de que a inconsciência e a imobilidade precedem a morte cardíaca. Elas também põem em dúvida a média de 10-14 minutos que Rudolf afirma, durante o tempo de morte. Estes números são certamente mais altos que as fontes citadas pelo próprio Rudolf.

Agora eu volto à questão de saber qual foi a concentração usada nas execuções nos EUA. Rudolf reporta uma concentração de 0.3-1%, mas ele cita apenas uma única fonte. Esta fonte é listada na nota de rodapé 450 como "Cf. A News & Observer, Raleigh (NC), 11 de Junho de 1994, p. 14." No apêndice acima mencionado eu cito uma história que começa em p. A1 desta mesma emissão.[41] Este artigo não dá a concentração utilizada. Tem algumas informações que podem ser usadas para extrapolar uma concentração, mas tal estimativa não seria muito precisa. Na p. A14 há um artigo sobre a apelação de Phil Donahue para o Supremo Tribunal de Justiça pedindo a suspensão da execução. E não menciona as concentrações de cianeto utilizadas. Eu entrei no site News & Observer http://newsobserver.com/ e procurei artigos em 11 de junho de 1994.

A pesquisa sobre a palavra "cianeto" trouxe um artigo independente de Bill Krueger em p. A1 e um artigo sobre anúncios de cigarro.

A pesquisa sobre a "pena de morte" trouxe-me apenas o artigo de Krueger.

Uma pesquisa sobre "execução" trouxe-me até o artigo de Krueger, bem como o artigo sobre Phil Donahue. A pesquisa com o termo "concentração" não trouxe nenhum resultado que fez uma pesquisa sobre "0,3". Sem ter acesso a uma cópia impressa ou microfilmes da p. A14 não posso absolutamente excluir a possibilidade de Rudolf estar sendo honesto, mas deve ser suspeito seu valor de 0,3 a 1% de concentração de cianeto em execuções nos EUA. Mesmo que ele possa proporcionar uma fonte para esta afirmação, é questionável que a uniformidade é de tal uso. E sem dúvida não tem nenhuma maneira de fazer uma estimativa do LC100 (a concentração necessária para matar 100% das pessoas expostas, em um dado período de tempo).

4 – Cálculos subseqüentes

Por comparação, a 5g/m3, as vítimas teriam sido expostas a 930 ppm dentro de 10 minutos e, a 20g/m3, as vítimas teriam sido expostas a 0,37% dentro de 10 minutos. Esta estimativa não é muito diferente da baixa final de Rudolf. Dado que a variação do tempo de um gaseamento foi superior às reivindicações de Rudolf, que as câmaras de gás estavam mais quentes do que ele alega, e que leva mais tempo para morrer uma pessoa “em pena de morte” do que uma morte aparente, e que as estimativas que Jamie McCarthy e eu fizemos não são irracionais.

Deve-se notar que a estimativa de Rudolf de 0.3-1% magicamente torna-se 1% em seus cálculos subseqüentes.

Vale a pena revisitar os limiares da DuPont:[42]

2-5 ppm Odor
4-7 ppm [OSHA] exposição limite de 15 minutos, tempo médio ponderado
20-40 ppm ligeiros sintomas após várias horas
45-54 ppm Tolerado de ½ a 1 hora, sem significativos efeitos imediatos
100-200 ppm Fatal dentro de 1/2 a 1 hora
300 ppm rapidamente fatal (não existe tratamento)


Não é previsto tratamento para alguém que se pretende matar, por isso para os nossos propósitos 300ppm é "rapidamente fatal". No entanto a DuPont acrescenta:


Estes números devem ser considerados como estimativas razoáveis, não precisas, estes efeitos variam para diferentes pessoas, e os dados não são exatos. Além disso, respiração forte por causa do esforço físico aumentará a ingestão de cianeto e reduz o tempo para os sintomas aparecerem. O "rapidamente fatal", exposição ao nível de 300 ppm não assume primeiros socorros ou tratamento médico. Aliás é muito eficaz quando usado rapidamente.
[grifo da DuPont] Quanto é rapidamente?

Contagem de segundos, o tratamento deve ser prestado em até 200 segundos (3-4 minutos).

Um artigo publicado na revista Human Toxicology dá limiares semelhantes: [43]
Resposta Concentração (ppm)

Imediatamente fatal 270
Fatal após 10 min -----> 181
Fatal após 30 min -----> 135
Fatal após 30-60 min ou mais, ou perigoso à vida -----> 110-135
Tolerado de 30-60 min sem efeitos imediatos -----> 45-54
Ligeiros sintomas após horas -----> 18-30

Este mesmo artigo descreve um caso tão notável que valeu a pena publicar um artigo sobre um acidente no qual um trabalhador sobreviveu a 6 minutos de exposição a 500 mg/m3 (450 ppm).
O artigo diz:

Este caso é incomum, a sobrevivência sem seqüelas ocorreu apesar da exposição ao HCN na ordem de 500 mg/m3 e 6 min de exposição; especialmente porque o tratamento foi iniciado 1h após a exposição.

Mesmo com a exposição inicial inferior a 500 mg/m3, experimentos realizados posteriormente revelaram que o acúmulo de HCN nas circunstâncias descritas foi rápido.

Neste caso, o paciente desmaiou e ficou inconsciente dentro de 3 minutos.Após a retirada do tanque em que ele ficou exposto, a sua respiração era imperceptível e ele entrou em coma à chegada ao hospital 40 minutos depois.

Diante do exposto, é razoável supor que a alegação de que 300 ppm é "rapidamente fatal" seria aplicável aos tempos de 10 minutos, no máximo.

Há de se preocupar no entanto, se este valor é LC100. Sem citar o que ele considera doses letais,
Rudolf escreve (p.190):

A dose letal de 100%, LD100, dá a concentração ou quantidade de venenonecessária para matar todos (100%) indivíduos de observados. Este valor é usado para certifica de que todas as pessoas são mortas com êxito.

A dose letal 1%, LD1, dá a concentração ou quantidade de veneno necessária para matar 1% de todos os indivíduos observados. Este valor é usado para marcar um limiar para além do qual a exposição ao veneno é definitivamente perigosa.

Obviamente, os dois valores diferem enormemente, ou seja, o valor de LD100 é muito superior ao valor LD1.

Aqui Rudolf parece implicar, mas não indicar explicitamente que citava muitas vezes o valor de 300 ppm a toxicidade do HCN que é um valor LD1 e seu 1% é um valor LD100, presumivelmente, a dez minutos de tempo de exposição. Quando citamos uma concentração letal normalmente se refere à concentração letal (LC), em vez de valores de dose letal (LD). Uma concentração letal requer um tempo a ele associado. Uma fonte fornece os seguintes valores para o LC50: [44]

Valores exatos para toxicidade aguda de HCN para os seres humanos são desconhecidos. A letalidade aguda é por analogia com os animais e sobre fundamentos teóricos, suscetível de ser dependente do tempo, algumas orientações estão disponíveis nos dados da tabela 2.

Tempo -----------LC50(mg m3)------------LCt50(MG min m3)
15s-------------------------- 2400------------------------------ 660
1min-------------------------1000----------------------------- 1000
10min------------------------ 200------------------------------2000
15min-------------------------133------------------------------4000

No entanto, deve-se afirmar que estes números são muito incertos, e um valor maior de 4400 mg m -3 foi dado por MacNamara com base numa estimativa de Moore e Gates ....

A própria estimativa de MacNamara para a toxicidade do HCN inalado em humanos baseia-se na semelhança de respostas a HCN dos seres humanos e dos caprinos, e ele dá a 1 min-LC50 de 3404 mg m-3.

O valor dado de 10 minutos é equivalente a 181 ppm. Independentemente da absoluta precisão destes números, seria ridículo sugerir que 300 ppm é LC1 em dez minutos. A estimativa de LC50 durante 15 segundos, corresponde a 0,21%, que é menor do que a afirmação de Rudolf de LC100 durante 10 minutos. O valor de LC50 de McNamara para 1 minuto é 3080 ppm, enquanto este é o LC100 mínimo de Rudolf durante 10 minutos. O valor de 4400 mg m -3 é difícil de se interpretar sem um [timeframe]. Talvez seja um valor de LCt, mas as unidades estariam erradas nesse caso.
Não há um caminho ético para medir precisamente o LC100 para um ser humano. Mesmo fazendo uma boa estimativa baseada nas câmaras de gás dos EUA pode ser problemático, pois as concentrações utilizadas não eram necessariamente compatíveis, nem o tamanho da amostra é suficientemente grande. A estimativa de Rudolf é tão problemática como inútil. Notar que (0,1%) 1000 ppm é superior a 5 vezes a estimativa da LC50 durante 10 minutos. É difícil imaginar que 0,1% por dez minutos, não seria mais de LC100. Rudolf escreve:

... Apenas piolhos em mau (sic) estado podem ser mortos com apenas 0,03% de cianeto de hidrogênio, por isso é possível que um homem inteligente e saudável possa sobreviver a 5 minutos de exposição a 1% de cianeto de hidrogênio.

Rudolf não apresenta evidências para esta afirmação.

Basear-se na estimativa dada acima, de que o montante do Zyklon foi utilizado entre 5 e 20 gramas por metro cúbico (4500-18100 ppm), é uma estimativa conservadora, que as vítimas foram expostas a 450-1810 ppm dentro de 5 a 15 minutos, ou entre 2,5 e 10 vezes do tempo a LC50 da estimativa acima. Esta estimativa depende das câmaras estando a apenas 15°C. As câmaras de gás são suscetíveis de ter sido muito mais quentes do que a temperatura mais quente que ele estudou. A temperatura dos humanos por exemplo, é de 37 ° C, e as câmaras estavam cheias de pessoas antes da inserção do Zyklon.

Sob essas condições a liberação do gás (HCN) do Zyklon seria mais rápida e o tempo de exposição maior.

Rudolf escreve:

É óbvio que o tempo dos assassinatos em massa relatados pelas alegadas testemunhas oculares com Zyklon B em Auschwitz e em outros locais, e que são menores ou semelhantes às execuções nos EUA, seriam necessários, pelo menos concentrações semelhantes, tal como aplicado nos execuções nos EUA (0.3%-1%). Devido ao fato da liberação do cianeto de hidrogênio do Zyklon B ser muito lenta, cerca de 10% nos primeiros 10 min. [Nota 451 de Rudolf] Além disso, uma vez que obviamente não havia nenhum dispositivo para distribuir o gás rapidamente ao longo de toda a sala, mais minutos se passaram antes que todas as vítimas teriam sido cercadas por altas concentrações de cianeto de hidrogênio (mesmo aqueles encostados nos cantos da sala). Devemos, portanto, assumir que o montante mínimo de Zyklon B para ser introduzido nestes quartos teriam sido na ordem de magnitude de dez vezes o valor normalmente utilizado para os procedimentos de despiolhamento, a fim de atingir uma concentração semelhante já nos primeiros 5 a 10 minutos da execução, mesmo no canto da sala.

A inspecção da ilustração 1 do estudo de Irmscher[45] mostra que cerca de 10% do Zyklon evapora dentro de um período de cerca de 5 a 15 minutos, mesmo nas baixas temperaturas que ele estudou. Irmscher fez seus estudos com temperaturas variando entre -18°C e 15°C. Em seus cálculos, discutidos abaixo (ver p. 235 do seu depoimento), Rudolf encaixa os dados de Irmscher na forma funcional 1-exp (-t/43.5), onde t é dado em minutos.
Eu tracei um esboço através dos dados de Irmscher dados, e achei que está razoavelmente de acordo.[46] Se você puder extrapolar os dados para o início tempo, é retornado o resultado que cerca de 20% evapora dentro de 10 minutos. É suscetível que as câmaras de gás foram muito mais quente que a temperatura mais quente estudada por ele. A temperatura dos humanos por exemplo, é de 37 ° C, e as câmaras estavam cheias de pessoas antes da inserção do Zyklon. Existe, de fato, algumas provas que as câmaras de gás foram aquecidas.

John Zimmermann escreve[47]:

A descoberta dos Arquivos de Auschwitz em Moscou sugere que os problemas técnicos de aquecimento do "gassing cellar" foram superados. Uma nota fiscal dos construtores do forno de Auschwitz para as autoridades pedindo o pagamento de um "sistema de indução de ar quente" [warmluftzufuhrung] para o Crematorium II
instalado em junho de 1943.
Além disso, houveram de fato, dispositivos para distribuir o gás ao longo da sala.[48] Portanto, a estimativa de Rudolf é no mínimo do pior cenário possível; e tem várias hipóteses:

1) que a sua média de 10-13 minutos das câmaras de gás dos EUA é exata. Tal como acima demonstrado, algumas mortes de fato demoraram mais, mas é difícil justificar como uma média de tempo.

2) Que as testemunhas oculares dos gaseamentos de Auschwitz teriam relatado “morte legal”, em vez de inconsciência e cessação de movimento.

3) que 10 minutos é o tempo máximo reportado de Auschwitz somente com uma única excepção.

4) Que não existiam dispositivos de introdução [do Zyklon]

5) Que a temperatura presente era fria (Ele usa dados do Zyklon B de 15°C).

6) Que 0.3-1% é um argumento preciso das concentrações utilizadas nas câmaras de gás dos EUA.

7) Que se deve usar 1% em vez de 0,3%

8) Que apenas 10% evapora no prazo de dez minutos, em contraste com a forma funcional.

1% corresponde a 11g/m3. Se se assume sob as piores condições que é necessário utilizar 10 vezes o máximo para conseguir uma tal concentração, em apenas 10 minutos a uma temperatura de 15°C, então é preciso 110g/m3. Para efeitos de comparação, as concentrações sugeridas pela Degesch para despiolhamento eram de 8g/m3.[49] Se, por outro lado, olhar para os números que eu e Jamie McCarthy chegamos baseado na evidência disponível 5-20 g/m3 concentração que foi utilizado, revela-se razoável na imagem.

Na sequência abaixo eu parto do princípio de que o relatório de Rudolf para a saída do Zyklon B é válido, e que o Zyklon foi removido após apenas 10 minutos e que a taxa de ventilação que foi dada por Rudolf de 9,94 trocas por hora.






É importante notar que as vítimas iriam continuar a ser expostos a HCN durante ventilação. Uma vítima inconsciente, que ainda não tinha sido morta, teria toda a probabilidade ser morta no tempo que os corpos eram removidos. Notar que a estimativa mínima mostra que as vítimas teriam sido expostas a concentrações acima de 300 ppm por 14 minutos. Recordo que LC50 por dez minutos é cerca de 181 ppm. Sob essas condições as vítimas seriam expostas ao excesso de concentração de 181 ppm por 18 minutos.
Pode ser argumentado (na verdade, sem dúvida alguma Rudolf e Irving irão argumentar), que uma vítima eventualmente sobreviver a tal tratamento. Nossa estimativa máxima deveria colocar essas questões para descansar. Essa estimativa revela que as vítimas seriam expostas a concentrações acima de 300 ppm por 24 minutos, e concentrações superiores a 181 ppm por 27 minutos. Nota-se que igualmente as vítimas seriam expostas a concentrações superiores a 1000 ppm durante 16 minutos. Este valor corresponde a LC50 por 1 minuto. O excesso de concentração seria de 3000 ppm (0,3%) durante 3 minutos. Esta comparação corresponde a LC50 por 15 segundos. Existe pouca dúvida de que esta estimativa de Rudolf é superestimada.

Agora eu vou plotar os resultados para o caso em que o Zyklon não foi removido durante 20 minutos:






A menor estimativa mostra que as vítimas seriam expostas a uma concentração acima de 300 ppm por 27 minutos. Novamente, LC50 por dez minutos é de cerca de 181 ppm. Sob essas condições as vítimas seriam expostas a concentração em excesso de 181 ppm por 31 minutos. Ainda é difícil de acreditar que Rudolf iria alegar que uma vítima poderia sobreviver tal tratamento. Nossa estimativa máxima aqui é quase que certamente muito grande. Essa estimativa revela que as vítimas seriam expostas a concentrações acima de 0,1% ppm por 29 minutos, e concentrações superiores a 0,3% ppm durante 16 minutos. Esta concentração corresponde a LC50 durante 15 segundos.

Sem aceitar as evidências de Rudolf, que vale a pena dizer que as diferenças entre as nossas estimativas são praticamente inconseqüentes. Até mesmo Rudolf reportou exatamente correto que é necessário desenvolver uma concentração de 1% dentro de 10 minutos, não há nada de incompatibilidade entre este valor e os fatos conhecidos dos gaseamentos homicidas. Tal como acima demonstrado, a concentração de 1% seria facilmente ventilada em uma quantidade de tempo razoável. Como mostrado acima, mesmo que a concentração fosse duplicada o sistema de ventilação teria sido adequado. Conforme mostrado a concentração de 1% não garante a formação de Azul da Prússia. De fato devemos levar em conta as considerações de que é extremamente improvável que quantidades significativas de Azul da Prússia teriam formado nas câmaras de gás.
Como mostrado tais concentrações não são incompatíveis com a diferença de vestígios químicos entre as câmaras de gás e as câmaras de despiolhamento. A importância do efeito sobre a formação do Azul da Prússia é discutido abaixo, mas basta dizer aqui que nada sobre estas concentrações é inconsistente com a evidência histórica. A estimativa de Rudolf que os gaseamentos homicidas teriam exigido uma concentração 10 vezes maior que as de despiolhamento, por outro lado é muito grande. No entanto mesmo a estimativa de Rudolf é consistente com a segurança dos trabalhadores escravos (Sonderkommando), bem como os resíduos de cianetos encontrados nas câmaras de gás pelo Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia (IFFR).


FONTES DO CAPÍTULO:

[31] Daniel Keren, Ph.D, Jamie McCarthy, Harry W. Mazal OBE, " A Report on Some Findings
Concerning the Gas Chamber of Krematorium II in Auschwitz-Birkenau", an appendix to Robert Jan van Pelt's expert report.

[32] Richard J. Green, and Jamie McCarthy, Chemistry is not the Science: Rudolf, Rhetoric and
Reduction, 1999, http://www.holocaust-history.org/auschwitz/chemistry/not-the-science

[33] Mark Van Alstine, private communication. Van Alstine writes:

Given that Zyklon B came in 200 g, 500 g, 1 kg, and 1.5 kg canisters, arguably "one of the smallest cans" would have been a 500 g can of Zyklon B. That would mean that in Krema II either 1.5 or 2.0 kg of Zyklon B (depending on whether or not one or both gas chambers of L.Keller 1 were used) would have been poured in. Since L.Keller 1 had a volume of about 500 cu m, that would mean a HCN concentration of about 3-4 g cu m. (Cf. Pressac, Technique, op. cit., pp. 16-17, 21, 494)



[34] Jean-Claude Pressac, "The Deficiencies and Inconsistencies of 'The Leuchter Report'" in Shapiro, S. Truth Prevails: Demolishing Holocaust Denial: The End of the Leuchter Report, NY: The Beate Klarsfield Foundation (1990).

[35] Robert Jan van Pelt, second supplementary opinion, p.31.

[36] Concentrations of trace gases in air are conveniently described in terms of parts per million by volume (ppm) as follows: Concentration of species X in ppm = 106*(volume of species X alone)/(volume of air). See for example, John H. Seinfeld, Atmospheric Chemistry and Physics of Air Pollution, John Wiley & Sons, New York, 1986, p.6. Degesch defines in their publications that they mean ppm as parts per million by mass (a convention brought over from the liquid phase). Pressac has also followed this usage. Modern references to gas phase toxicity, however, are by volume. In the case of HCN, the point is moot. HCN has a molecular mass of 27 versus the atmosphere's roughly 28.8. Thus their densities are nearly equal at the same temperature and one may be loose about switching between the two conventions. In other words, the value in ppm by mass will be different by a factor of 27/28.8 or 0.94, an insignificant difference. To convert from g/m3 to ppm by volume, one can use the following equation: Conc. in ppm = ((Conc. in g/m3)/27.0)* (8.31441*298.15/101325) Where 8.31441 is the ideal gas constant, 298.15 is the temperature in Kelvin (again note that a 30 degree temperature difference leads only to 10 % error), and 101,325 is atmospheric pressure in pascals. 1 g/m3 is 906 ppm or 0.09%, so that dividing the concentration in g/m3 by 10 roughly gives the concentration in percent.

[37] NI-9912, section IX, reprinted in Pressac, Jean-Claude, Technique and Operation of the Auschwitz Gas Chambers, The Beate Klarsfeld Foundation, New York, 1989, p.19. This document is online at the CODOH (denial) website, at http://www.codoh.com/incon/inconzyklon.html.

[38] Rudolf Höss, Death Dealer: The Memoirs of the SS Kommandant at Auschwitz, Steven Paskuly, Ed., 1996, p. 44.

[39] Miklos Nyiszli, Auschwitz: A Doctor's Eyewitness Account, New York: Arcade Publishing, 1993, pp. 114-120.

[40] Joseph L. Borowitz, Anumantha G. Kanthasamy, and Gary E. Isom, "Toxicodynamics of Cyanide" in Satu M. Somani, Chemical Warfare Agents, Harcourt, Brace Jovanavich, San Diego, 1992, p.213

[41] Bill Krueger, "Execution Will Use Gas Chamber" in The News & Observer, Raleigh, NC, June 11, 1994, p. A1.

[42] Du Pont, Hydrogen Cyanide: Properties, Uses, Storage, and Handling, Wilmington: Du Pont, 195071/A (1991).

[43] J.L. Bonsall, Human Toxicol. (1984), 3, 57-60.

[44] Timothy C. Marrs, Robert Maynard and Frederick R. Sidell, Chemical Warfare Agents: Toxicology and Treatment, John Wiley & Sons, Ltd. (Chichester, West Sussex, England), 1996 ISBN 0-471-95994. Chapter 9: Cyanides, pp. 203-219

[45] Irmscher, R., Nochmals: "Die Einsatzfähigkeit der Blausäure bei tiefen Temperaturen" (Once More: "The Efficiency of Prussic Acid at Low Temperatures"), Zeitschrift für Hygienische Zoologie und Schädlingsbekämpfung, Feb/Mar 1942, pp. 35-37. Available on the web at http://www.holocausthistory.org/works/irmscher-1942/ See also appendix II to this affidavit.

[46] See appendix II of this affidavit.

[47] John C. Zimmerman, Holocaust Denial: Demographics, Testimonies and Ideologies, University Press of America, 2000, p. 193. His reference reads: "Bill from Topf and Sons dated August 20, 1943 in AA File 502-1-327, Reel 42, p. 2 of the memo.

[48] Jamie McCarthy and Mark Van Alstine, Zyklon Introduction Columns, http://www.holocausthistory.org/auschwitz/intro-columns/

[49] NI-9912, section IX, reprinted in Pressac, Jean-Claude, Technique and Operation of the Auschwitz Gas Chambers, The Beate Klarsfeld Foundation, New York, 1989, p.19. This document is online at the CODOH (denial) website, at http://www.codoh.com/incon/inconzyklon.html

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Relatório do Dr.Richard Green em refutação ao Rudolf Report - Penetração de HCN em Materiais de Construção

I. Penetração de Cianeto de Hidrogênio em materiais de construção.

Traduzido por Leo Gott

A defesa[de Lipstadt] apresentou argumento que uma das razões que as amostras de Leuchter retiradas das câmaras de gás não apresentaram níveis significativos de cianeto, foi que o HCN penetrou apenas na superfície dos materiais de construção e que as amostras de Leuchter eram grandes, portanto, por isso qualquer presença de cianeto estaria diluída.

Rudolf critica esta alegação, argumentando que os resíduos de cianeto devem penetrar profundamente nos materiais de construção do edifício expostos a HCN.

Eu mostro que:
a) o princípio através do argumento apresentado pela defesa é válido
b) A comparação de Rudolf entre o Azul da Prússia das câmaras de despiolhamento com os resíduos na câmara de gás é inválida.
c) Há indícios de que grande parte do Azul da Prússia é na verdade superficial.
d) Que, mesmo se Rudolf estiver completamente correto sobre sua crítica, o seu argumento não consegue demonstrar que as câmaras de gás não foram expostas ao HCN. Com relação a este último aspecto, convém referir que, de fato, cianetos foram detectados nas câmaras de gás pelo Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia (IFFR)

Rudolf cita no julgamento para o Juiz Gray, conforme abaixo:

7.115 Os Requeridos invocaram o conteúdo de uma entrevista do Dr. Roth, o cientista do laboratório de Massachusetts que realizou os testes nas amostras de Leuchter. Segundo o Dr. Roth, o cianeto produz uma superfície de reação que penetra no máximo, a um décimo da largura de um cabelo humano. As amostras que foram fornecidas por Leuchter variaram de tamanho entre um punho e um polegar de um humano, de modo que teve de ser repartido com um martelo antes da análise. Roth, afirma que o resultado de qualquer diluição de cianeto invalida eficazmente os resultados do teste.


Ele também cita Van Pelt:


Roth explicou que o cianeto iria reagir na superfície do tijolo ou do reboco, penetrando não superior a 10 microns, ou 0,01 mm, ou 1 décimo da espessura de um cabelo humano (um micro equivale a 1 / 1000000 de um metro, ou 0,000039 polegadas ).Em outras palavras, se alguém quiser analisar a concentração de cianeto em uma amostra de tijolo, deve-se levar uma amostra representativa da superfície, a 10 microns de espessura, e nada mais.


O pomposo Rudolf diz: “Esta declaração é insuportável...”


Sem ver as evidências do Prof Roth, estou disposto a chamá-las de insuportável; no entanto, ainda não estou persuadido por completo com o argumento do Prof. Roth.


Parte do seu argumento é válido, sem dúvida, mas Rudolf concentra-se em criticar o aspecto mais problemático. Antes de abordar esta questão deixem-me citar as palavras do Professor Roth em entrevista ao documentário Mr. Death de Errol Morris:[25]

Fui até Toronto em um prazo muito curto, não sabia de qualquer coisa que se estava a passar. Eles queriam alguém do laboratório para dizer se analisamos estas amostras, eu disse sim, elaborei este relatório sobre a análise, e é isso o que eu fui fazer lá.

Não me parece que o resultados de Leuchter têm qualquer significado. Não há nada em qualquer um dos nossos dados que diz que essas superfícies foram expostas ou não. Mesmo depois que eu me candidatei a ir, eu não sabia de onde as amostras tinham vindo. Eu não sabia o que eram estas amostras. Foi somente no almoço que eu descobri realmente em que caso eu estava envolvido. Percebi tardiamente, sendo a amostra 20/20, que o teste não era o correto para ter sido utilizado na análise. Ele nos apresentou amostras de pedra de um lugar qualquer do tamanho de um polegar até metade do tamanho de um punho. Quebramos com um martelo para que pudéssemos obter uma sub-amostra, e a colocamos em um balão de ensaio, adicionamos ácido sulfúrico concentrado, e a amostra sofreu uma reação que produziu uma solução de cor avermelhada. E é esta intensidade de cor vermelha presente que podemos relacionar com concentração de cianeto. Você tem que olhar para ver o que acontece com cianeto quando ela reage com uma pedra. Onde é que isto vai? Até onde isto vai? E provavelmente não penetrou mais de 10 microns. Um cabelo humano tem 100 microns de diâmetro. Esmaguei a amostra. Acabei de diluir a amostra em 10 mil, 100 mil vezes. Se você está olhando pra ela, está olhando somente para a superfície. Não existe razão para aprofundar, porque ela não está lá. Qual superfície foi exposta? Eu não tenho a mínima idéia. Isto é como analisar pintura na parede, analisando a madeira que lhe está atrás. Se eles ficarem cegos adiante, eles vão ver o que eles querem ver. O que foi realmente que ele tentou fazer? O que foi que ele tentou provar?


A única frase problemática em toda a declaração do Dr. Roth é, "Isso provavelmente não penetrou mais de 10 mícrons." Ele mesmo qualifica sua declaração com a palavra "provavelmente". Seu argumento sem esta frase inquestionavelmente válido. Se uma parede é exposta à cianeto, haverá mais cianeto na superfície exposta ao cianeto. Esmagando um grande volume da amostra, em vez de cuidadosamente raspar a superfície para a amostragem irá diluir a amostra. O argumento do Dr. Roth's deverá trazer uma outra implicação: a concentração do contaminante não é, certamente, homogéneo, e a seleção de amostras diferentes tamanhos que incluem os níveis de contaminante não homogéneos dentro de uma determinada amostra e fazer a comparação das concentrações entre as diferentes amostras suspeitas. Mesmo ignorando os vários processos químicos entre as câmaras de despiolhamento e as câmaras de gás, seria necessário medir equivalentes amostras para compará-los, porque as concentrações são obrigadas a ser heterogêneas, mesmo em uma amostra, do tamanho de um polegar é necessário cuidado na utilização de comparações diretas.

A declaração do Dr. Roth sobre a penetração do cianeto é um pouco problemática. Eu gostaria de ver o seu raciocínio antes de afirmar que o mesmo está errado; no entanto, eu entendo o seguinte sobre o caso de Auschwitz. Na maioria das câmaras de despiolhamento existem provas visuais de coloração azul, enquanto que nos destroços das câmaras de gás não. Grande parte desta coloração penetra a profundidades superiores a 10 microns. A origem desta coloração não é totalmente clara. Isso não é de todo surpreendente, no entanto, as áreas que apresentam essas manchas apresentam concentrações de cianetos mais elevadas que áreas que não apresentam essa coloração. Para ser explícito, eu esperava que as câmaras de despiolhamento apresentassem maiores concentrações de cianetos do que as câmaras de gás homicidas baseado na presença visual do Azul da Prússia; de modo que mesmo fazendo uma comparação equitativa, devia haver muito mais cianeto onde existe é óbvio Azul da Prússia.

Argumento de Rudolf:

Até esta data não vi que a afirmação do Prof Roth têm-se sustentado com os dados científicos.A verdade é que as câmaras de despiolhamento de Auschwitz, Birkenau, Stutthof e Majdanek estão saturados com compostos de cianeto não apenas na superfície, mas, também em profundidade, como já demonstrado nas amostras de diferentes profundidades, ver especialmente as amostras não. 11, 13, 17, 19B, 23, na tabela a seguir. Elas provam que o cianeto facilmente atinge camadas mais profundas de gesso e argamassa. Mesmo as outras amostras mostram que a afirmação do Prof Roth's é falsa. É logicamente impossível que apenas acima dos 10 microns (0010 mm) suportará todos os Azuis de Ferro, uma vez que significaria que entre 10 e 75% de todo o ferro nestas (última coluna da direita) camadas finas estão concentradas em mais de 1% das amostras.


A comparação é ilegítima. Usando de clichê, é como comparar laranjas e maçãs. A exposição ao HCN não exige necessariamente que se forme a coloração azul. Nada que Rudolf diz acerca da coloração azul contradiz o uso das instalações como câmaras de gás.
Os processos químicos que aconteceram nas câmaras de despiolhamento foram fundamentalmente diferente em alguma maneira do que aqueles que aconteceram nas câmaras de gás. As câmaras de despiolhamento obviamente têm coloração azul e as câmaras de gás não. Para argumentar, com base no que aconteceu nas câmaras de despiolhamento e o que aconteceu nas câmaras de gás não é tão simples quanto possa parecer. É possível que um mecanismo similar ao mecanismo proposto por Rudolf foi o responsável pela formação de Azul da Prússia nas câmaras de despiolhamento. Certas manchas são bastante estranhas, no entanto: existem manchas certas áreas e no entanto nas proximidades não. Harry W. Mazal entre outros constatou manchas em paredes externas.[26] Daniel Keren tem uma foto dessas manchas em: http://www.holocausthistory.Org/~dkeren/auschwitz/trip-2000/prussian-blue-1.jpg. As razões da existência destas manchas não estão totalmente explicadas. Rudolf propôs um mecanismo químico para a formação de Azul da Prússia nas câmaras de gás.[27] Eu tenho demonstrado que, mesmo que Rudolf esteja inteiramento correto sobre o mecanismo de formação do Azul da Prússia nas câmaras de despiolhamento, não se deve aplicar o mesmo mecanismo nas condições de gaseamentos homicidas.[28] Irei retroceder neste argumento detalhadamente, abaixo:

Um ponto importante que deve ser feito é que, mesmo que Rudolf esteja correto sobre a formação do Azul da Prússia, e mesmo que as amostras recolhidas por Leuchter foram completamente honestas e precisas, nenhuma das provas relativas ao Azul da Prússia é incompatível com os gaseamentos homicidas nas câmaras de gás. De fato, temos que salientar que compostos de cianeto foram detectados pelo Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia (IFFR) nas câmaras de gás do Krema IV e também no Bloco 11 de Auschwitz.[29] Eu discutirei estes resultados com mais detalhes abaixo.

Rudolf escreveu:

D. Finalmente, a descoloração das manchas azuis nas paredes externas nas instalações de despiolhamento em Birkenau, Majdanek, e Stuthof são uma óbvia e convincente prova de como facilmente o HCN e seus compostos podem penetrar essas paredes.

Além do fato que Rudolf está novamente e ilegitimamente supondo que o que é válido para as câmaras de despiolhamento devem manter-se válidos para as câmaras de gás, não existe nada de óbvio em sua conclusão. Ao invés da descoloração nas paredes externas, devemos considerar que um qualquer coisa poderia ter acontecido fora das câmaras de despiolhamento. Por exemplo, é possível que algum material tenha sido molhado em soluções de HCN e tenham inclinado contra as paredes exteriores? Não sabemos o suficiente, mas é prematuro concluir que a coloração, nas paredes externas dos edifícios teve a sua origem a processos que acontecram no interior desses edifícios. Harry W. Mazal OBE vem estudando a penetração das manchas na alvenaria. Em um ensaio a ser publicado em breve ele observa fotografias que ele tirou: [30]

Como pode ser observado nas oito fotografias acima, a penetração do Azul da Prússia em qualquer material da parede interior do edifício, ou nos tijolos do exterior, é mínima, corroborando relatórios anteriores.É possível que muitos materiais porosos como o gesso poderiam permitir um pouco mais de manchas, as
não com o grau alegado, sem provas, pelos Negadores do Holocausto.

Além disso, ele observa a coloração na parte exterior de B1b:

Existe um como/ainda por resolver o mistério de como o Azul da Prússia percorreu através de caminhos aparentemente sólidos e deixando as manchas azuis no exterior de ambas as câmaras, de banho e despiolhamento BIa e BIb em Birkenau. Uma resposta pode ser encontrada ao analisar cuidadosamente a Ilustração 20.

[foto não disponível no documento original]

Esta foto em close mostra uma forte coloração de Azul da Prússia em ambos, na argamassa e na alvenaria. Dois outros fatos revelados:

1) A mancha dificilmente penetra na argamassa. A área que está quebrada se revela intocada,provando que o Azul da Prússia não penetra em materiais sólidos em grandes quantidades; e
2) As manchas nos tijolos aparecem semi-transparente tipo lavada, sugerindo que os tijolos não ficaram sujeitos (conforme demonstrado na ilustração acima) à grandes penetrações por pigmentos.

Se existe coloração por fora de um tijolo que não penetrou profundamente em tudo, é muito difícil argumentar que esta coloração provém de fumigação da fase gasosa HCN. É possível que a parede exterior foi de certa forma exposta a uma solução aquosa de cianeto; nota, contudo, a coloração não penetrou profundamente. Daniel Keren providenciou mais uma confirmação com uma fotografia na qual constata-se que a coloração não penetra profundamente em http://www.holocaust-history.org/~dkeren/auschwitz/trip-2000/prussian-blue-3.jpg.
Rudolf conclui esta seção, dizendo: "Sobre esta questão, Leuchter estava certo." Tanto Leuchter quanto Rudolf estavam errados sobre o pressuposto de que a presença ou ausência de coloração de Azul da Prússia está diretamente correlacionada com a presença ou ausência de exposição ao HCN. Esta hipótese é uma falha fatal de ambos em seus argumentos. Considerando que o Azul da Prússia pode, de fato, ser resultado de tal exposição, mas não quer dizer que a exposição de HCN necessariamente produz Azul da Prússia. Apesar deste fato, o IFFR não detectou Azul da Prússia, mas detectou restos de cianeto nas câmaras de gás.

O Professor Roth estava sem dúvida correto de que depois do esmagamento de uma amostra que estava exposta à superfície com HCN, iria diluir a concentração que seria medida cuidadosamente na amostragem, em comparação com a superfície.

Fontes do Capítulo:

[25] Errol Morris, Mr. Death: the Rise and Fall of Fred A. Leuchter, Jr., Universal Studios, 1999.

[26] Harry W. Mazal OBE, Private Communication. Mr. Mazal is the President of the Holocaust
History Project and has conducted onsite forensic investigations of Auschwitz.

[27] See for example reference Germar Rudolf, The 'Gas Chambers' of Auschwitz and Majdanek,
http://www.codoh.com/found/fndgcger.html

[28]Richard J. Green, Leuchter, Rudolf and the Iron Blues, 1998, http://www.holocausthistory.org/auschwitz/chemistry/blue

[29]Markiewicz, Gubala, and Labedz, Z Zagadnien Sqdowych, z. XXX, 17-27, (1994) available at
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/chemistry/iffr/

[30] Harry W. Mazal OBE, Technical Requirements for a Gas Chamber and Some Observations on Prussian Blue, to be published.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Relatório do Dr.Richard Green em refutação ao Rudolf Report - Os Sistemas de Ventilação

Traduzido por Leo Gott
Nas páginas 27 à 29 do depoimento de Rudolf existe um breve tratamento aos sistemas de ventilação dos Krema II e III. Mais tarde neste mesmo depoimento ele faz alguns cálculos mais detalhados.

Os cálculos mais detalhados são tratados por mim em uma seção posterior. Aqui irei discutir apenas uma breve seção. Rudolf alega que o sistema de ventilação no morgue 1 mostra que ela "nunca foi destinada" a ser usada como uma câmara de gás homicida. Eu irei provar que:

a) esta alegação não se sustenta
b) a capacidade de ventilação que ele alega que existiu, na realidade era adequada

Citação de Rudolf no julgamento para o Juiz Gray:
7.62 Os desenhos ainda prevêem a ventilação da suposta câmara de gás no crematório 2. Van Pelt infere que a finalidade do sistema de extração era para extrair o veneno do ar e assim acelerar a remoção dos cadáveres para os fornos crematórios.
Rudolf critica esta declaração como segue:

O desempenho dos sistemas de ventilação do Krema II e III revelam que o morgue 1, da alegada "câmara de gás", nunca foi destinado a ser utilizado como uma "câmara de gás homicida": [ênfase de Rudolf]

As tentativas de Rudolf para sustentar esta reivindicação são surpreendentes, com três argumentos, os quais deixam de sustentar a sua afirmação ou minar a inferência de Van Pelt. Dirijo-me a cada um deles.

1. Todos os morgues em Birkenau tinham sistemas de ventilação com 10 trocas de ar por hora, o que seria de esperar, uma vez que este [sic] foi exigido pela lei alemã em tempos de guerra para morgues subterrâneas (5-10 trocas de ar por hora). [Nota 22 de Rudolf]

Para sustentar esta afirmação Rudolf cita a pesquisa do Negador do Holocausto Carlo Mattogno publicada em 1994.[7]

Como Rudolf não forneceu suas fontes, não posso comentar sobre a precisão histórica deste crédito.

Eu gostaria de salientar, no entanto, que mesmo sendo verdade, esta afirmação não demonstra que as câmaras de gás "nunca foram usadas como câmaras de gás homicidas". O fato de existirem sistemas de ventilação para fins não-sinistros, não quer dizer que nunca foram usados para fins sinistros. Não há nada de intrinsecamente sinistro acerca de um sistema de ventilação em uma Morgue que pode realizar de 5 a 10 trocas de ar de hora. Isso pode muito bem ser o caso, mas o fato de existir outros métodos concebíveis de execuções penais e utilização de um sistema de ventilação não revela falta de intenções como Rudolf assim o quer.

Robert Jan van Pelt chamou a atenção para outras provas, como a existência de um olho-mágico [peephole], a utilização do termo "undressing room" etc, que, quando consideradas em conjunto revelam a real intenção.

Rudolf continua:
2. Uma comparação entre o desempenho da alegada "câmara de gás" e da câmara de despiolhamento revela que não há nada de sinistro sobre a ventilação do morgue 1 ("câmara de gás"), como o seu desempenho é ainda menor que a da câmara de despiolhamento:
Morgue 1 ("câmara de gás"): 9,94 trocas por hora
Morgue 2 ('câmara de despiolhamento'): 10,35 trocas por hora
Mais uma vez, esta alegação não revela falta de intenção do uso da morgue 1 como uma câmara de gás. No entanto, aponta para a possibilidade de outras intenções, por exemplo: utilizar as salas como morgues às vezes, ou utilizando o morgue 2 como uma câmara de gás.

Ainda segundo Rudolf os dois morgues tinham capacidades de ventilação quase idênticas. E não é surpreendente que elas não sejam idênticas, como as salas possuíam tamanhos diferentes. O Morgue 1 tinha 30m de comprimento por 7m de largura: 210 m2. Tinha 2,4 m de altura com isso um volume de 504 m3.[8] De acordo Pressac estas mesmas câmaras tinham um sistema de ventilação com ventiladores tanto de admissão como de escape, capaz de ventilar 8000m3 em até o um quarto de hora.[9] Em um cálculo comum: 8000m3 / 504m3 = 15,8 troca de ar por hora. O Negador do Holocausto Carlo Mattogno em seu ensaio, "Auschwitz: The End of Legend" [10] afirma que a capacidade de ventilação é 4800 ÷ 506 = 9,48 trocas de ar por hora, com base no que a SS planejou originalmente para uso. Pressac alega que, embora a SS tenha previsto para 4800m3 por hora, eles instalaram um sistema de ventilação de 8000 m3 por hora. John Zimmerman recentemente realizou uma pesquisa na fatura 502-1-327, da Topf[Und Suhne], datada 27 de maio de 1943 que pode estar se referindo ao crematório II (no entanto, ele não tem a primeira página em sua cópia e ele ainda não tem certeza), que pode indicar que 4800 m3 / hora é o valor correto.[11]

O terceiro ponto de Rudolf também não é prova nova. É com base no trabalho de Mattogno de 1994. Rudolf escreve:
3. A norma em tempo de guerra se recomenda setenta trocas de ar por hora para câmaras de despiolhamento profissionais, o que é sete vezes mais potente do que o atingido pelos sistemas dos crematórios. Esta norma recomendada para "câmaras de gás homicidas profissionais". [Rudolf nota 23] Considerando que o sistema de troca de ventilação de um morgue simplesmente troca o mau cheiro do ar, mas não gases perigosos, o sistema de ventilação de uma câmara de gás, seja para fins homicidas ou de despiolhamento, necessita remover os mínimos vestígios de gases altamente letais, que, no caso de Cianeto de Hidrogênio, persistentemente o mesmo adere a superfícies úmidas. Embora seja possível operar temporariamente em makeshift uma câmara de despiolhamento com um sistema de ventilação menos potente, é evidente que uma câmara homicida com facilidade para gaseamento em massa para trabalhar ininterruptamente durante muitos meses não poderia funcionar numa base makeshift. A umidade envolvida, a densidade dos corpos, bem como a necessidade de limpar rapidamente a câmara para o próximo lote exigiria imensamente poderosos ventiladores.
As alegações de Rudolf baseiam-se no trabalho do Negador do Holocausto Carlo Mattogno que afirma que a norma recomendada em tempo de guerra é de 70 trocas de ar por hora para câmaras de despiolhamento "profissionais".

Na declaração acima Rudolf faz várias afirmações que de fato não estão corretas, eu irei examiná-las abaixo:

No que diz respeito à possível existência de tal norma para certos tipos de câmaras de despiolhamento, tal existência não iria demonstrar a insuficiência dos sistemas de ventilação presentes nas câmara de gás homicidas. A implicação de que um sistema de ventilação que é tão poderoso como ele alega, e que 9,94 trocas de ar por hora, não seria adequado, no entanto, vale a pena analisar. Se Rudolf está correto em sua declaração de que estas câmaras de gás tinham capacidade de ventilação, então não é inconsistente com a tradicional história da Solução Final.

Rudolf afirma, mas não demonstra que "esta norma é recomendada para câmaras de gás homicidas profissionais". Rudolf admite que é possível despiolhar sem um poderoso sistema de ventilação e, em seguida, afirma que é "evidente" que a câmara de gás "trabalhando ininterruptamente durante muitos meses não poderia operar em makeshift".

Ele tem aqui que os gaseamentos homicidas ocorreram intermitentemente por curtos períodos, em comparação com os despiolhamento que ocorreram com maior frequência e por períodos mais longos de tempo em relação aos despiolhamentos. Rudolf prolonga-se na alegação de que o sistema de ventilação deve remover até mesmo os "mínimos vestígios" de HCN. Esta afirmação é contrária à verdade. Parto do princípio de que ele conhece melhor.

Devemos referir enfaticamente, que as pequenas concentrações de HCN são inteiramente toleráveis. Segundo a Dupont[12] os seguintes limites são aplicáveis à:

2-5 ppm Odor

4-7 ppm [OSHA] exposição limite de 15 minutos, tempo médio ponderado

20-40 ppm ligeiros sintomas após várias horas

45-54 ppm Tolerado de ½ a 1 hora, sem significativos efeitos imediatos

100-200 ppm Fatal dentro de 1/2 a 1 hora

300 ppm rapidamente fatal (não existe tratamento)
[grifo do tradutor]

A SS e os Sonderkommando não tinham necessidade de manter as normas OSHA. As concentrações residuais nas câmaras de gás poderiam ter sido superiores a 50ppm ou mais sem impedir a remoção dos corpos pelos Sonderkommando sem máscaras de gás, entretanto, os Sonderkommandos tinham disponíveis máscaras de gás. Mesmo assim, a capacidade de ventilação citada por Rudolf teria sido suficiente para fazer cumprir as normas da OSHA dentro de um prazo razoável[13]. A afirmação de Rudolf:
Depois de uma estreita inspeção dos fatos documentados é claro que o "poderoso sistema de ventilação" do Prof Van Pelt é senão uma ficção.
Pelo contrário, mesmo se aceitarmos as afirmações de Rudolf e Mattogno sobre o sistema de ventilação das câmaras de gás como exatos, mesmo assim estes eram suficientemente poderosos. Em um artigo disponível na Internet desde, pelo menos 1997[14], Rudolf apresentou uma argumentação semelhante. Nesta tese, ele alegou que a câmara de gás do Krema II tinha uma capacidade de apenas trocar ar de 6-8 por hora. Na presente declaração, Rudolf alega 9,94 trocas por hora.[15] Em uma resposta anterior à suas alegações, Jamie McCarthy e eu[16] demonstramos que, mesmo se a alegação de 6-8 trocas de ar por hora estivesse correta, os Sonderkommando poderiam entrar na câmara de gás com segurança após 20-40 minutos de ventilação sem utilizar máscara de gás.

Neste mesmo artigo nós, também fizemos alguns cálculos e encontramos precisas 15,8 trocas/hora. A aceleração aumenta a ventilação, no entanto, o mesmo número que Rudolf reconhece como correto produz uma ventilação em tempo adequado. Ao utilizar o seu número, a estimativa é conservadora o que deixa margem para erro.

Faço essa estimativa, assumindo diversos cenários da mais alta concentração de HCN alcançada antes que a ventilação fosse ligada. É impossível, naturalmente, obter um valor exato para o tempo que ele teve para limpar o ar da câmara de gás. Podemos obter aproximações através de modelos matemáticos. A equação utilizada é simples: a concentração na câmara de gás é fixada a 1/e, ou 0,368 para cada sala de substituição do ar. Onde C (t) é a concentração de HCN no momento t, em horas, e C0 é a concentração inicial antes do início de ventilação:
C(t) = C0 e-9.94t
The American Conference of Governmental Industrial Hygienists produziu uma calculadora para o Sistema Operacional Windows.[17] Quando a quantidade e as taxas de ventilação da câmara de gás são convertidos em pés cúbicos e minutos, ele retorna resultados idênticos aos citação acima.

Esta equação supõe que o ar fresco se mistura com o ar da câmara imediato e completamente. Na realidade ele não o faz. Os sistemas de ventilação são projetados de tal forma a ter o ar expelido com uma concentração maior de veneno, portanto, essa equação pode parecer conservadora. Além disso, Rudolf menciona o problema de aderência do HCN a superfícies molhadas. Considerando que Rudolf está tecnicamente correto e que o HCN é miscível com água, ele está enevoando esta questão aqui. À medida que a saída de gás é retardada por superfícies molhadas, simplesmente não é problema, porque a saída de gás em tal lentidão não irá produzir concentrações tóxicas no tempo pertinente. As seguintes estimativas mostram que, mesmo usando números extremamente conservadores, o sistema de ventilação foi suficientemente poderoso. Nas páginas 233-238 do seu depoimento, Rudolf começa com uma equação funcionalmente idêntica. As diferenças dos seus resultados devemos a erros significativos do seu raciocínio que são explicadas abaixo por mim na mesma seção. Em cada uma das estimativas abaixo eu fornecerei uma escala de tempo em que 0 é o momento em que o Zyklon foi removido e o sistema de ventilação foi ligado. As tabelas diferem do pressuposto que a fase gasosa da concentração de HCN foi alcançada antes que o sistema de ventilação fosse ligado. A segunda coluna mostra o resultado das concentrações após dado tempo de ventilação. A terceira coluna mostra a concentração média que um Sonderkommando teria experimentado ao longo dos próximos 15 minutos, quando ele entrou em dado momento. Este valor pode ser comparado com os 15 minutos da norma da OSHA, citada acima.

Eu começo por mostrar os resultados usando uma razoável concentração de HCN, e continuo mostrando os resultados usando os mais exagerados números de Rudolf. Em todos os casos a ventilação é adequada. Em primeiro lugar, eu presumo que a concentração utilizada foi de 5g/m3 e que era permitido a saída do gás 20 minutos antes da remoção do restante de Zyklon. Usando a função de Rudolf[18] para a saída de Zyklon, a máxima concentração de HCN atingida seria de 1670ppm. Abaixo a tabela mostrando os resultados:
[Tabela a ser inserida]
De acordo com este cenário de 20 a 30 minutos, o ar no interior da câmara foi bem inferior ao limite letal e mesmo assim dentro do padrão de 15 minutos do OSHA.

Novamente usando a função de saída do Zyklon de Rudolf, a concentração máxima de HCN teria atingido 6680ppm. Os resultados são mostrados na tabela a seguir:
[Tabela a ser inserida]
Nota conservadora, de acordo com este cálculo dentro de 30 minutos o ar no interior da câmara foi bem abaixo do limite letal. Em 40 minutos, a concentração teria sido em conformidade com a norma OSHA de limite de exposição de 15 minutos.

Eu antecipo que o argumento de que a concentração inicial assumida é demasiado baixa. Na página 189 do seu depoimento Rudolf fornece uma estimativa de que a concentração inicial foi de 1%. 1% é 10.000ppm, a diferença é inconseqüente como mostrado nos resultados do cálculo com C0 = 10000 ppm:

[Tabela a ser inserida]

Em um esforço para mostrar a não importância de tal argumento, desempenhamos o mesmo cálculo na configuração C0 = 20000ppm, uma brutal superestimação da concentração dos gases que teriam estado presentes quando o sistema de ventilação foi ligado.
[Tabela a ser inserida]
Mesmo com esta brutal superestimação, teria sido seguro para um Sonderkommando entrar em algum lugar entre 30 e 40 minutos. A norma da OSHA seria cumprida em 50 minutos. Depois de todos estes cálculos, presumo:

1) que o pessoal do Sonderkommando não tinha máscara de gás e
2) que era importante para a SS não pôr em perigo a vida do pessoal do Sonderkommando

A primeira hipótese não é verdadeira e a segunda é verdade apenas se a SS pretendia reduzir o stress entre os Sonderkommando.

De fato, o pessoal do Sonderkommando tinha máscaras de gás disponíveis e as usavam, pelo menos em algumas vezes, conforme testemunho de numerosas testemunhas já comprovadas. Nesses casos, a duração da ventilação antes que as portas fossem abertas é apenas de interesse do pessoal do Sonderkommando que queriam retirar as suas máscaras de gás depois, digamos, quinze minutos, em vez de vinte. O prisioneiro Dr. Nyiszli descreve a cena:
Um funcionário da SS e um SDG (Sanitätsdienstgefreiter:Oficial Adjunto do Serviço de Saúde) saíram fora do carro. O Oficial Adjunto segurava 4 latas de ferro verde. Ele avançava através da grama onde a cada trinta jardas, pequenos tubos de concreto salientavam-se à partir do solo. Tendo posto sua máscara de gás, ele levantou a tampa do tubo, que também era de concreto. Ele abriu uma das latas e derramou o conteúdo - um material granulado de cor malva - na abertura do tubo. A substância granulada caiu em um nódulo ao fundo. O gás foi produzido através do escape das perfurações, e dentro de poucos segundos encheu a sala em que os deportados estavam amontoados. No período de cinco minutos todo mundo estava morto.
[...]

A fim de estar certo que seu negócio de gás funcionou, esperou mais cinco minutos. Então eles acenderam cigarros e entraram no seu carro. [...]

[Necessita de tradução:]

Os ventiladores, patenteados como sistema "Exaustor(Exhator)", rapidamente evacuavam o gás da câmara, mas nas fendas entre os mortos e as brechas das portas permaneciam sempre pequenas bolsas(do gás). Até duas horas depois causavam uma tosse sufocante. Por esta razão o grupo Sonderkommando que primeiro se movimentava dentro da câmara era equipado com máscaras de gás. Uma vez mais a câmara era fortemente iluminada, revelando um horroroso espetáculo. [ênfase minha]
(A tosse foi certamente causada por irritação lacrimejante, conforme aviso indicador do Zyklon. Por razões de segurança, o aviso foi projetado para ser perceptível mesmo em níveis baixos de cianeto. Testemunhas oculares não treinadas na manipulação de Zyklon, provavelmente, não sabem isso. Embora houvessem algumas transferências de agentes de Zyklon sem aviso, o uso do Zyklon não era universal.)

Máscaras de gás também são referenciados por Szlama Dragon em uma câmara de gás que faltava ventilação:[20]
Me explicaram e também para outros onze detalhadamente, e nós aprendemos mais tarde, a remover os corpos a partir da casa de campo. Não nos foram dadas máscaras de gás, e nos levaram à casa de campo. Quando Moll abriu a porta, vimos que a casa estava cheia de corpos nus de ambos os sexos e de todas as idades.
Mueller também menciona o uso de máscaras de gás:[21]

Durante a remoção dos corpos das câmaras de gás, os carregadores tinham de vestir máscaras de gás.

Existem muitos mais testemunhos que sustentam o uso de máscaras de gás.[22] Além disso, existem outros elementos que provam. Daniel Keren acredita ter identificado uma máscara de gás em uma fotografia:

Ver http://www.holocaust-history.org/~dkeren/auschwitz/trip-2000/gas-mask.jpg dei um close ampliando esta bem conhecida fotografia tirada no Verão de 1944 (Esta ampliação é do Krema V). Repare no membro do SK à direita. Reparei que ele está segurando algo e, em seguida, perguntei Harry e Mike Stein para me dizer o que eles acham que era. Independentemente, eles confirmaram a minha opinião: uma máscara de gás. Me parece que isso nunca foi observado antes - provavelmente, porque a maioria das reproduções das fotografias são muito pequenas.
Outro forte indício da utilização de máscaras de gás é uma ordem dada por Rudolf Hoess, citado por Jean-Claude Pressac e John Zimmerman.[24] Em agosto de 1942, Hoess emitiu uma diretiva geral exigindo que os membros das SS membros trocassem as máscaras de gás de Zyklon desgastadas.

Deve ter ficado absolutamente claro que a longa alegação de Rudolf de que o "O desempenho dos sistemas de ventilação ...” revela que o Morgue 1, da alegada "câmara de gás", nunca foi destinada a ser utilizada como "câmara de gás homicida..." Está errado.
Fontes citadas:

[7] Carlo Mattogno, Auschwitz: The End of a Legend, Granata, Palo Verdes, 1994, http://www.vho.org/GB/Books/anf/Mattogno.html , Nota 22 referenciada no deopimento de Germar Rudolf
[8] Piper, Franciszek, "Gas Chambers and Crematoria," in Gutman, Yisrael, and Michael Berenbaum, Eds., Anatomy of the Auschwitz Death Camp, 1994, p. 166.
[9] Pressac, Jean-Claude, with Robert-Jan Van Pelt, "The Machinery of Mass Murder at Auschwitz," in ibid, pp. 210, 232.
In mid-March [1942], Bischoff received new calculations from Schultz. After reviewing the original numbers, he had decided that it was better to increase the total capacity of the ventilation system of the new crematorium, now to be built at Birkenau, from 32,600 cu m of air an hour to 45,000 an hour. The room most affected by this was the B. Keller, which was to receive a system capable of aerating and deaerating 8,000 instead of 4,800 cu m an hour, that is, a 66-percent increase. Bischoff accepted Schultze's new proposal on April 2. He asked Topf to bring the designation on the firm's blueprints into line with the ones drawn up in the camp. [70] This meant that B. Keller became L. Keller 1 and L. Keller became L. Keller 2. The Topf design was modified accordingly and returned to Auschwitz on May 8. [71]

70. Moscow [Central State Special Archives of Russia], 502-1-312, letter Bauleitung April 2, 1942; Oswiecim, BW 11/1, 12.
71. Moscow, 502-1-312, letter Topf May 8, 1942.
[10] Mattogno, Carlo, Auschwitz: The End of a Legend, Newport Beach: IHR, 1994, pp. 60-62. Available in German translation as "Auschwitz: das Ende einer Legende" at http://www.codoh.com/inter/intnackt/intnackausch3.html.
[11] John C. Zimmerman, private communication. Professor Zimmerman is the author of olocaust Denial: Demographics, Testimonies and Ideologies, University Press of America, Lanham, MD, 2000
[12] Du Pont, Hydrogen Cyanide: Properties, Uses, Storage, and Handling, Wilmington: Du Pont, 195071/A (1991).
[13] OSHA is the Occupational Safety and Health Administration, which sets workplace standards in the United States.
[14] Germar Rudolf, The 'Gas Chambers' of Auschwitz and Majdanek http://www.codoh.com/found/fndgcger.html
[15] See his point 2 quoted above. He later arbitrarily reduces this number. I discuss that issue in the appropriate section below.
[16] Richard J. Green, and Jamie McCarthy, Chemistry is not the Science: Rudolf, Rhetoric and Reduction, 1999, http://www.holocaust-history.org/auschwitz/chemistry/not-the-science
[17] American Conference of Governmental Industrial Hygienists website, at http://www.acgih.org/ previously had a free version of this calculator. Industrial Hygiene Calculator.
[18] See Appendix II to this affidavit.
[19] Nyiszli, Miklos, Auschwitz: A Doctor's Eyewitness Account, Arcade Publishing, New York(1996), pp. 50-51.
[20] Dragon, Szlama, The Höß Trial, Vol. 1, pp. 102-121. As cited in Pressac, Technique, op.cit.,p.171. Dragon also mentions donning a gas mask for work at the (also unventilated) crematorium, in Kogon et al., Nazi Mass Murder, 1993, p. 167.
[21] Routledge, Paul Kegan , Auschwitz Inferno London and Henley, p.117-8:
[22] See for example the following testimonies cited in Eugen Kogon, Hermann Langbein, and Adalbert Rückerl, Nazi Mass Murder: A Documentary History of the Use of Poison Gas, Yale University Press, New Haven, 1993: Kremer, p.149, Wetzler p. 165.
[23] Daniel Keren, private communication. Daniel Keren is a member of the Holocaust History Project and one of the authors of the study locating the holes in the roof of morgue 1 of crematorium 2 that is included as an appendix to Robert Jan van Pelt's affidavit.
[24] Pressac, Auschwitz, p. 211 as cited in John C. Zimmerman, Holocaust Denial: Demographics, Testimonies and Ideologies, University Press of America, Lanham, MD, 2000, p.184.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Relatório do Dr.Richard Green em refutação ao Rudolf Report - A credibilidade de Rudolf

Traduzido por Leo Gott

A credibilidade de Rudolf

Deve notar-se que Rudolf afirmou no seu próprio texto que ele intencionalmente tentou enganar um tribunal na Alemanha[1].:


Na primavera e no verão 1992, fui chamado por vários advogados da defesa como testemunha e perito em vários Julgamentos impostos aos Revisionistas na Alemanha (ver nota de rodapé 103). Nestes Julgamentos como em todos os julgamentos contra Revisionistas - os juízes recusaram-se a aceitar quaisquer provas apresentadas pela defesa, incluindo todas as testemunhas periciais. Tive que ouvir que um químico (eu) estava sendo recusado porque ele(eu) não era nem um toxicologista e nem Historiador, um engenheiro (Leuchter) foi recusado porque ele não era nem químico nem Historiador, e um historiador (Prof. Haverbeck) foi recusado porque ele não era químico e nem engenheiro. Minhas conclusões foram que um de nós obviamente teria de ser ao mesmo tempo Engenheiro, Químico, Toxicologista e Historiador e talvez até mesmo advogado para ser aceito como uma testemunha-perito em um tribunal alemão. O processo legal é tão pervertido na Alemanha, que nós decidimos simulada e inventar uma pessoa com todas estas características, mas, então eles perceberam que isto poderia ser um pouco irreal, por isso, dividimos essa pessoa em muitas. Este é o pano de fundo.


Na citação acima Rudolf admite ter forjando a existência de pessoas com credenciais falsas, com o fim de influenciar um tribunal a aceitar estas "pessoas", como peritos. De passagem deve ser mencionado que Fred Leuchter não é de fato Engenheiro.[2]

Rudolf aparenta saber mais sobre a química do que a maioria dos Negadores do Holocausto e é, portanto, capaz de fazer alguns argumentos que exigem algum trabalho para refutar. Agora, se seus argumentos são honestos exige uma avaliação mais profunda.

Em um artigo na Internet[3], ele usa o termo "troca" com dois sentidos diferentes. Agora, não há nada de errado em usar uma palavra com dois sentidos diferentes, mas quando for usar pelo menos use em dois parágrafos subsequentes, de tal forma para não deixar uma impressão enganosa, ou que tenha a obrigação de sinalizar a mudança de significado.

A tese discute a ventilação das câmaras de gás, uma questão que eu revisitei abaixo. Rudolf dá uma explicação probabilística da mesma fórmula matemática que eu uso a seguir para estimar a diluição:

Imagine, que para você, ou alguém seja dado um balde contendo 100 bolas azuis. Cada vez que ele chega na caçamba, ele coloca em 1 bola vermelha, mistura brevemente o conteúdo e, sem procurar, pega uma bola selecionada aleatoriamente. Quantas vezes você vai ter que fazer isso até que restem apenas 50 bolas azuis no balde e todos os outros são vermelhos? [...]

No caso descrito acima, que leva uma média de 70 trocas antes da metade das bolas azuis fossem substituídas por vermelhas. [Grifo meu]

Em um simples exemplo de Rudolf, as “trocas” seriam equivalentes a 100 bolas.

Na frase seguinte Rudolf utiliza a mesma palavra "troca" de uma forma para induzir o leitor:
Cálculos demonstraram que as facilidades de ventilação nas alegadas câmaras de gás dos Krema II e III em Birkenau - facilidades criadas apenas para ventilação ordinária dos morgues - poderia ter realizado, no máximo, 6 a 8 trocas de ar por hora. [Ênfase Minha]
Ao usar a mesma palavra "trocas", em dois contextos ele dá a impressão de que a ventilação ocorre muito lentamente. O que ele chama de “troca de ar”, no segundo parágrafo corresponde ao 100 do seu "intercâmbio" entre os primeiros, embora para ele isso se faz muito claro.

O leitor é induzido a acreditar que seriam necessárias dez horas para que o nível de veneno fosse expelido; Rudolf certamente não faz nada para desacreditar essa noção.

Em um artigo subseqüente na Internet[4], publicado em 04 de Maio de 1999, eu e Jamie McCarthy apontamos esta utilização dupla da palavra “ troca”

Na resposta a alegação de Rudolf é que o problema era a nossa tradução[5].

O artigo que citei, no entanto, está no idioma inglês no website CODOH, provavelmente com a permissão de Rudolf.

Eu salientei esta “inadvertência” em 28 de Julho de 2000[6], na versão de 10 de Março de 2001 ainda continha este “engano”.

Fontes do Capítulo:
[1] Germar Rudolf, Character Assasins [sic], http://vho.org/GB/c/GR/CharacterAssassins.html

[2] Consent Agreement Between Fred A. Leuchter and the Board of Registration of Professional
Engineers and Land Surveyors, http://www.holocaust-history.org/leuchter-consent-agreement/

[3] Germar Rudolf, The 'Gas Chambers' of Auschwitz and Majdanek http://www.codoh.com/found/fndgcger.html

[4] Richard J. Green and Jamie McCarthy, "Chemistry is not the Science: Rudolf, Rhetoric and
Reduction, " 1999 http://www.holocaust-history.org/auschwitz/chemistry/not-the-science

[5] Germar Rudolf, Character Assasins [sic], http://vho.org/GB/c/GR/CharacterAssassins.html

Relatório do Dr.Richard Green em refutação ao Rudolf Report - Introdução

Este relatório foi apresentado como prova no julgamento de David Irving x Deborah Lipstadt em 1996, maiores informações, assim como todos os transcritos do julgamento podem ser lidos à partir do link: http://www.hdot.org


Traduzido por Leo Gott à partir de: http://www.holocaust-history.org/irving-david/rudolf/affweb.pdf

Introdução

Me foi pedido para responder a alguns aspectos do depoimento de Rudolf, especificamente a seção D: O Sistema de Ventilação (páginas 27 à 29), seção J: O Relatório de Leuchter, Van Pelt e o Professor Roth (páginas 175 à 190), e à seção K: A Pesquisa do Instituto Forense de Cracóvia (páginas 191 à 250).

Eu me concentrei nos problemas de raciocínio de Rudolf nestas seções. Assim como tenho respondido aos artigos de Rudolf anteriormente, o que é conveniente, no entanto, primeiro notar algumas facetas da maneira como ele defende, e na Seção intitulada "A Credibilidade de Rudolf",

O depoimento de Rudolf consiste em afirmar que a história convencional da “Solução Final” não pode estar correta devido aos seus ataques sobre aspectos específicos dessa história.

Vale a pena observar que ele não propõe uma explicação coerente do uso dessas explanações alternativas, cuja História é atacada por ele. Ao analisar os ataques de Rudolf à História, eu discuto se as reivindicações de Rudolf estão corretas ou não.

Também é importante para analisar as conseqüências da possibilidade dele estar correto no que diz respeito à questão de saber se iria apresentar um desafio significativo para a História convencional.

Por questões de coerência, refiro-me à Scheerer/Rudolf/Gauss etc como Germar Rudolf, exceto quando ele se refere a citações em que ele msmo utilizou o seus “nomes alternativos”. Nas notas de rodapé, eu uso o nome usado nos artigos referenciados.

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