OBRA. O historiador apresentou seu livro “A fábula do crime ritual”. (Foto: ARQUIVO DE EL UNIVERSAL ) |
Acompanhado pelo historiador Enrique Krauze e de um nutrido público na livraria “Rosario Castellanos”, no bairro Condesa da capital do país, Meyer apresentou na noite desta sexta-feira esta obra que, disse, documenta as origens do antijudaismo na Europa.
“Esta mentira desatou a difícil e sangrenta relação entre judeus e cristãos desde as Cruzadas e preparado o caminho para o Holocausto nazi da Segunda Guerra Mundial", manifestou depois de retomar este mito que perseguiu o povo judeu desde os primeiros anos do Cristianismo.
“É a história de sempre: uma criança desaparece na Semana Santa, dias depois seu corpo aparece dilacerado, culpam os judeus e corre o boato do 'crime ritual' e se generaliza uma condenação religiosa a todo um povo" que, de acordo com Meyer, não tem "nenhum texto sagrado judeu que assim o prescrevesse".
No livro, o historiador de origem francesa documenta o "crime ritual", que admitiu que desconhecia até suas investagações que o levaram a descobrir a revista Civilitá Católica, que já desde a cúria romana se manifestava antissemita.
O historiador assinalou que o que levou a escrever A fábula do crime ritual obdeceu uma "motivação pessoal de sensibilização para compreender o texto e contexto do antijudaísmo", mas também de sua relação pessoal com Jules Issac, historiador judeu apreciado por Meyer e; pelo seio da família cristã na qual cresceu.
“Eu me senti com a obrigação de contar essa história", declarou o também investigador do Centro de Inevstigação e Docência Econômicas (CIDE).
Acrescentou que não pretendia "desculpar ou passar a limpo à Igreja Católica senão compreender o contexto e sensibilizar sobre as injustiças que custaram a vida de milhões de judeus”. E se bem, segundo Meyer, o antissemitismo continua presente, confiou na boa relação judaico-cristã.
Domingo 14 de outubro de 2012 Sara Zamora | El Universal
cultura@eluniversal.com.mx
Fonte: El Universal (México)
http://www.eluniversal.com.mx/cultura/70073.html
Tradução: Roberto Lucena
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