O Documento de Friedrich Paul Berg comentado Parte 1 de 6
Traduzido por Leo Gott a partir do link:
Autor: Michael P. Stein
A continuação das seções relevantes do documento de Friedrich Paul Berg no Jornal da Revisão Histórica, além de excertos de um dos seus artigos do Usenet, intercalados por comentários.
(Nota do tradutor: Os comentários de Michael Stein estão entre colchetes, quando em itálico se referem a citações de outras pessoas)
Oxigênio nos gases do escapamento de um motor a diesel
Se os judeus não foram assassinados com monóxido de carbono procedente do escapamento de um motor a diesel, poderiam ter morrido pelos efeitos do escasso oxigênio presente nos escapamentos? Esta teoria seria ao menos consistente com a afirmação de que os cadáveres estavam “azuis”.
[Berg cita o higienista das SS Dr. Wilhelm Pfannenstiel como testemunho. Entretanto, no incluiu em seu documento o explícito diagnóstico de asfixia emitido por Pfannenstiel:
Não encontrei nada especial no cadáver, exceto que alguns deles mostravam uma inchação azulada no rosto. Mas isto não é surpreendente devido ao fato que morreu de asfixia.
Enquanto Berg pretende explorar esta possibilidade, e ignorando fatores significativos – sendo o mais notável o testemunho de Pfannenstiel – que aponta claramente a morte por asfixia. A omissão do diagnóstico de Pfannenstiel e outros fatores são uma descarada manipulação].
Berg:
Uma cor azulada em determinadas partes de um cadáver é um claro sintoma de morte por falta de oxigênio. Esta teoria, entretanto, não se ajusta muito devido ao fato que os motores a diesel em seu funcionamento normal emitem uma grande quantidade de ar.
[Esta é a maneira como eles são operados normalmente, em um caminhão ou uma bomba d’água. Mas este fato não diz nada da possibilidade de manejá-los de outra maneira para matar pessoas].
Gráfico, "Figura 6: componentes dos gases do escapamento dos motores de combustão interna22. A linha grossa vertical na proporção combustível/ar de 0,055 foi acrescentada pelo autor".
Gráfico, "Figura 6: componentes dos gases do escapamento dos motores de combustão interna22. A linha grossa vertical na proporção combustível/ar de 0,055 foi acrescentada pelo autor".
O ar normal contém 21% de oxigênio. Na Figura 6 vemos que a concentração de oxigênio nos escapamentos de um motor diesel correspondente ao estado de ponto morto, que aparece perto da parte superior do gráfico com uma proporção combustível/ar de 0,01, alcança o valor de 18%, só um pouco por baixo da porcentagem de ar normal. A plena potencia, com uma proporção combustível/ar de 0,055, a concentração de oxigênio nos escapamentos é de 4%.
[O gráfico abrange a dois motores a diesel, não "a qualquer motor a diesel". E, como veremos mais abaixo, o gráfico foi elaborado com motores a diesel funcionando "em condições mecânicas apropriadas". Embora Berg afirma em outro texto que estas são as cifras piores citadas nos estudos da Sociedade de Engenheiros de Automação, deveria destacar que são cifras de motores diesel americanos. Os nazistas usaram motores a diesel soviéticos. (A tecnologia pode coincidir dentro de uma nação, e ser distinta entre nações distintas, uma vez que as pessoas vão às mesmas escolas). E Berg deveria ir até à fonte principal - os números que geraram o gráfico. Como veremos mais adiante, esses números revelam uma história muito diferente].
Provavelmente o melhor estudo sobre os efeitos dos níveis reduzidos de oxigênio, a asfixia, seja de Henderson e Haggard:
Provavelmente o melhor estudo sobre os efeitos dos níveis reduzidos de oxigênio, a asfixia, seja de Henderson e Haggard:
SEGUNDO NÍVEL. Quando o oxigênio baixa até valores entre 14 e 10 por cento, as funções mais complexas do cérebro começam a sofrer danos. Segue em estado consciente, mas começa a falar a capacidade de raciocínio. Se pode deixar de sentir dor por feridas graves, como queimaduras, contusões e inclusive fraturas. Diversas emoções se manifestam anormalmente, especialmente o mal humor e a violência, e em menor medida em estado hilário, assim como outras alterações de caráter...TERCEIRO NÍVEL. Quando o oxigênio baixa a valores entre 10 e 6 por cento, podem aparecer náuseas e vômitos. O sujeito perde a capacidade de realizar movimentos musculares vigorosos, ou mesmo de realizar qualquer movimento. Continua com conduta enlouquecida e perda de consciência, sendo desde o desmaio hasta um coma em corpo rígido e perda de visão. Se a pessoa é reanimada, pode ser que não recorde de nada deste estado, o que acredita que tenha ocorrido algo totalmente distinto.QUARTO NÍVEL. Quando o oxigênio baixa de 6 por cento, a respiração passa a ser uma série de espasmos separados por apnéias cada vez maiores. Podem aparecer convulsões. Então a respiração pára, ainda que o coração possa continuar batendo durante uns poucos minutos, para depois sofrer fribilação ventricular, ou permanecer parado em um estado extremo de dilatação[23].
De acordo com Haldane e Priestley, "um ar que contenha menos de 9.5 por cento de oxigênio causa normalmente o desfalecimento em meia hora"24. Um desfalecimento não é a morte.
[Isto parece querer dizer que não tem diferença entre 9.5% e 0%. Com 0% de oxigênio é a morte - não desfalecimento – que sobrevive poucos minutos. Berg está tratando de misturar as coisas para confundir].
Está claro que não existe um número mágico por baixo que se pode morrer, ou por cima do qual se pode viver. Entretanto, em uma câmara de gás com base de reduzir o oxigênio para matar, haveria ter que reduzi-lo por baixo a 9,5% - talvez até pra baixo de 6%.
Está claro que não existe um número mágico por baixo que se pode morrer, ou por cima do qual se pode viver. Entretanto, em uma câmara de gás com base de reduzir o oxigênio para matar, haveria ter que reduzi-lo por baixo a 9,5% - talvez até pra baixo de 6%.
[É certo que não existe nenhum número mágico, mas de novo Berg e seu argumento tentam confundir. O que está realmente claro é que quanto mais baixo seja o nível de oxigênio, mais rápido se morre. E um valor abaixo de 6% é coerente com as restrições de Berg. Ver mais adiante].