Esta tradução se refere ao Capítulo 8 do livro The Holocaust in Latvia, 1941-1944: The Missing Center do Historiador letão Andrew Ezergailis.
Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://www.rumbula.org/remembering_rumbula.shtml
Traduzido por Leo Gott à partir do link:
http://www.rumbula.org/remembering_rumbula.shtml
O conhecimento da Intenção
Quando é que os participantes na ação Rumbula ficaram sabendo que as ordens de "reassentamento" dos judeus realmente significava que era para abatê-los?
Os juízes no julgamento de Jahnke em Hamburgo dispensaram grande esforço para tentar apurar o tempo e o grau de conhecimento. O tribunal determinou que parte do sistema de Jeckeln era ocultar as intenções até o final. O tribunal considerou também que a maioria dos oficiais alemães sabiam antes de 30 de novembro que haveriam as execuções, e que os comandantes de nível intermediário compreenderam a situação em toda a sua brutalidade na noite de 29 de novembro.
Eles também sabiam que a regra de 20kg de bagagem era uma farsa. Embora alguns possam ter tido premonições, os homens nas fileiras menores não sabiam até a hora dos tiros em Rumbula. A mesma distinção também pode ser estabelecida entre os oficiais letões e os policiais que guardaram as colunas para Rumbula. Seria, contudo, correto presumir que os policiais letões, estando em sua própria terra e vendo o que se passava à sua volta, tinham premonições mais claras do que os alemães.
Contudo, é também parte do registro que, logo que Heise chegou a Rîga, ele visitou o QG da Latvian Schutzmannschaften na Rua Annas em 15 de setembro, e, na presença de oficiais da Lativan e os chefes de circunscrição da polícia de Riga, foi dito que o gueto seria somente um arranjo temporário para a solução da questão judaica.
Na noite de 29 de novembro foi dito para os policiais letões para estarem prontos para a manhã seguinte, e que os judeus seriam levados para a estação ferroviária de Rumbula afim de serem transportados para outro lugar.
Eles tinham ordens para atirar e matar todos os que saiam fora da coluna ou os que tentavam fugir. Em adição ao atirar-para-matar, alguns alemães também tinham ordens para matar qualquer guarda letão que não conseguisse matar um judeu “desobediente”.