domingo, 20 de julho de 2008

São os "Revisionistas" negadores do Holocausto? - parte 1

Índice

A pergunta
A resposta
Intentos de se criar confusão:
Desvios face outros temas
A negación é o mesmo que a revisão
Intentos de se resolver a contradição por meio do diálogo:
Greg Raven
Outros


A Pergunta

Vamos direto ao que queremos dizer. É certo que aos "revisionistas" não lhes é apreciável que lhes chamem de "negadores do Holocausto".

A pergunta desta página web é: este é o termo é correto?

Alguém poderia se perguntar para que precisamos do termo "negador". Por que não lhes chamar como eles querem que lhes chamem?
(Frank Miele, entre outras personas, apresenta esta postura).

A resposta é que o termo "revisionista" cria confusão. O revisionismo histórico é um processo honesto e correto que ocorre a todo momento. Qualquer trabalho que examine uma faceta bem conhecida da História e apresente conclusões radicalmente novas pode ser considerado história revisionista. Alguns trabalhos são mais revisionistas que outros.

Contudo, o chamado "revisionismo do Holocausto" não tem nada a ver com a História; não é honrado. Chamar seus trabahos de "história revisionista" é como nomear o engano do homem de Piltdown de "ciência revisionista".

Não é História. É uma fraude.

A Resposta

Para ser um negador do Holocausto, há que negar os fatos que o termo "Holocausto" implica no uso que se costuma dar. Examinemos a definição da palavra a que deu pela primeira vez Greg Raven, do IHR.

O Sr. Raven escreveu em 1994:

Definição - Para os objetivos desta discussão, uso uma definição muito geral da palavra Holocausto, que é

o Número - o assassinato de seis milhões de judeus

o Plano - como uma política de estados dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial,

o Método - sendo assassinadas muitas das vítimas em câmaras de gás.

Portanto, alguém que negue estas coisas seria um negador do Holocausto, não?

O Sr. Raven explicou depois seus pontos de vista:

Negação - Os revisionistas DIZEM

o Plano - que não houve nenhum programa alemão dirigido ao extermínio dos judeus da Europa,

o Método - que numerosos testemunhos sobre assassinatos massivos em "câmaras de gás" são falsos,

o Número - e que as estimativas de um total de seis milhões de judeus mortos durante a guerra é um exageração irresponsável.

Surpreendentemente, o Sr. Raven apresentou pela primeira vez estes pontos de vista juntos no mesmo artigo, precedidos da frase "Não nego que o Holocausto ocorreu".[!]

Esta foi em sua mensagem "de desafio", sua primeira grande entrada na Internet, em 20 de abril de 1994. Pode-se ver o contexto completo no Nizkor, no arquivo completo dos envios a grupos de notícias do Sr. Raven em abril de 1994; mas aqui há um extrato sem editar:

Definição - Em primeiro lugar, não nego que o Holocausto ocorreu. Deixe-me repetir. Não nego que o Holocausto ocorreu. Para esta discussão, estou emplegando uma definição muito geral da palavra "Holocausto", que é "o assassinato de seis milhões de judeus, como uma política de estado dos nazis durante a Segunda Guerra Mundial, sendo assassinados muitos deles em câmaras de gás". Se alguém tiver alguma objeção a esta definição, convido-lhe a que apresente sua versão.

Negação - Em segundo lugar, isto é o que os revisionistas do Holocausto dizem REALMENTE: os judeus da Europa sofreram uma grande tragédia antes e durante a Segunda Guerra Mundial. Muitos foram maltratados, e muitos morreram em horríveis condições. Contudo, a) não há provas de que os nazis tiveram um plano ou política de extermínio dos judeus, b) não há provas de que se empregaram câmaras de gás para assassinar judeus, e c) a cifra de seis milhões de vítimas judias é uma exageração.

Estas não são umas frases isoladas que tenham aparecido uma só vez e que o Nizkor tenha custado encontrar. É simplemente a forma com que Greg Raven expõe sua postura. Por exemplo, quando foi entrevistado para um artigo do L.A. Times que foi publicado em 28 de outubro de 1996, o Sr. Raven repitiu o mesmo quase com as mesmas palavras:
Negação - "Não negamos que o Holocausto ocorreu", disse. "É uma mentira difundida por nossos inimigos. O que dizemos é que o que se conta do Holocausto tem sido exagerado.

o Plano - Acreditamos que não houve nenhum plano nazi de extermínio dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

o Método - Também acreditamos que os nazis não construíram câmaras de gás,

o Número - e também acreditamos que dizer que houve 6 milhões de vítimas judias [no Holocausto] é uma exageração irresponsável".

(Este artigo estava disponível na Internet em www.latimes.com , mas o tem retirado de seu arquivo).

Em março de 1992, num fórum de discussão da rede GEnie, o Sr. Raven explicou que o Holocausto era um "mito" e uma "invenção". Mais ainda, disse que não havia provas de que "ocorrera algo que se pudesse considerar um Holocausto":

Negação - Categoria 15, Tema 4
Mensagem 20, sexta-feira 13 de março de 1992
G.RAVEN às 00:36 EST

A M.Feins, O Holocausto É um invento, e não é um invento que se tenha sustentado em um só momento, e sim qe ele tenha durado quase 50 anos. E esta afirmação não é uma mera possibilidade, é um fato. Não houve câmaras de gás!

Negação - Categoria 15, Tema 4
Mensagem 33, sexta-feita 13 de março de 1992
G.RAVEN às 03:02 EST

Para aqueles que perguntam o que quero dizer quando digo que duvido do mito do Holocausto, direi que em meu estudo de que tanto as fontes exterminacionistas como as revisionistas, NÃO é encontrado documentos, NEM fotos, NEM confissões, NEM transcrições de julgamentos, NEM provas forenses, NEM declarações de testemunhas oculares que nem sequer se aproximem a algo parecido a um Holocausto.
[...] O fato é que NÃO há provas que apóiem que o mito do Holocausto não é outra coisa que Outro Grande Invento. [...] Se alguém quer receber informação sobre o "Holoconto" [N.T.: tradução de Holohoax" jogo de palavras entre "Holocaust", Holocausto, e "hoax", invenção] desde o meu ponto de vista, tenho um número limitado de folhetos que me agradaria enviar.


(As palavras em maiúsculas foram escritas assim pelo Sr. Raven; as em negrito são do Nizkor).

O Sr. Raven seguiu empregando repetidamente o termo "Holoconto/Holoinvento".

Este padrão é repetido por quase todos os negadores do Holocausto. No Zündelsite de Ernst Zündel, por exemplo, aparecem uma vez ou outra estas afirmações. Na continuação, três exemplos escolhidos aleatoriamente:
Negação;

o Plano - A política estatal oficial perante os judeus no Terceiro Reich era a emigração, não o extermínio.

o Método - Não houve uma só câmara de gás nos campos de concentração alemães construída expressamente para assassinar seres humanos.

o Número - Que provas há de que os nazis assassinaram seis milhões de pessoas? Nenhuma.

Ou senão, pode-se ler sua direta declaração sobre o assunto:

Negação;
Não há nenhuma prova de que o Holocausto, tal e qual é retratado pelo Lobby de Promoção do Holocausto e a altamente politizada indústria cinematográfica de Hollywood, ocorrera.


Bradley R. Smith disse que deseja levar adiante um "debate aberto", e com freqüência aparenta não tomar partido, dizendo que ele só quer permitir aos "revisionistas" que contem sua história. Mas no que ele crê? Ele explica em "Aquilo em que acredito, no que não acredito, e por quê":
Negação - ...Não creio em absoluto que o Estado Alemão

o Plano - levara a cabo um plano para exterminar a todos os judeus

o Método - ou que usara "câmaras de gás" para cometer assassinatos em massa.

E assim é como define a "teoria revisionista" numa mensagem a um grupo de notícias(discussão)em setembro de 1994:

Negação - ...está decidido enviar uma definição bastante conceituada (entre os revisionistas) da teoria revisionista. Provavelmente já tenha sido enviada em algum outro momento. Resumindo:

o Plano - Não houve nenhum plano, nem pressuposto.

o Método - nem arma (quero dizer, não houve câmaras de gás empregadas com fins homicidas), nem vítima (quero dizer, nenhuma vítima identificada como gaseada numa câmara de gás em nenhum dos meia dúzia dos chamados "campos da morte").


O Instituto Adelaide da Austrália explica o significado do Holocausto em sua página principal. (Em princípios de 1997, transportaram parte deste texto para outra parte; ver também sua página sobre o Instituto).

Definição - As pessoas que dizem que durante a Segunda Guerra Mundial os alemães gasearam a seis milhões de judeus estão apresentando três acusações contra os alemães:

o Plano - 1. Os alemães planejaram a construção de enormes edifícios de assassinato químico;

o Método - 2. Os alemães construíram estes enormes edificios de assassinato químico pela metade da Segunda Guerra Mundial; e 3. Os alemães usaram estes enormes edifícios de assassinato

o Número - para exterminar milhões de judeus.


Uns poucos parágragos mais adiante, depois de dizer que "Não somos 'negadores do Holocausto'", escrevem:

Negação - Proclamamos com orgulho que até este momento não se apresentou nenhuma só prova que demonstre

o Número - que milhões de pessoas foram assassinadas

o Método - em câmaras de gás construídas com fins homicidas

o Plano - Que provas apóiam estas afirmações? Em primeiro lugar, onde estão os planos deste projeto? [...] Até o momento, não foi ofertado ao mundo nenhuma prova.


Sua seguinte frase cita Robert Faurisson, que se refere aos buracos por onde passava o Zyklon-B nas câmaras de gás:

Robert Faurisson o resume muito bem: "Não há buracos, não há Holocausto!"


O diretor do Instituto, Frederick Töben, repetiu isto duas vezes em correspondência referindo-se ao Holocausto em 1996.

E, como temos presenciado, Greg Raven não tem nenhum obstáculo em falar do "Holoinvento" e do "mito do Holocausto".

E não seria "correto" chamar a isto de "negação do Holocausto"...

Fonte: Nizkor
http://www.nizkor.org/features/revision-or-denial/index-sp.html
Tradução: Roberto Lucena

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