quinta-feira, 26 de março de 2009

Norberto Toedter e a religião na Alemanha nazista

Por Leo Gott

O senhor Norberto Toedter, autor do livro “...e a guerra continua” e negador do Holocausto, publicou recentemente em seu blog (http://2a.guerra.zip.net/) um artigo denominado “A RELIGIÃO NA ALEMANHA HITLERISTA”, onde segundo ele (grifos meus):

Um tanto motivado pelo tema antecedente [o tema antecedente é um artigo sobre o Bispo Richard Williamson] , vejo-me tentado a abordar o deste título. Ao contrário do que é geralmente suposto ou até afirmado, na Alemanha daquele tempo o Estado não interferiu em questões religiosas, ao menos no que se refere às duas grandes religiões cristãs.

Segue abaixo trecho do livro “Ascensão e Queda do Terceiro Reich” de William Shirer (Editora Agir, 2008 – Volume II, pág. 432-433): (grifos meus)

Duas semanas antes, em 2 de outubro, o Führer esclareceu suas idéias sobre o destino dos poloneses, segundo dos povos eslavos a ser conquistado. Seu fiel secretário, Martin Bormann, deixou um longo memorando sobre os planos nazistas que Hitler encaminhou a Hans Frank, o governador-geral da parte remanescente da Polônia, e a outros funcionários.[3]
“Quanto aos sacerdotes poloneses,
(...)eles pregarão o que mandarmos. Se qualquer sacerdote agir diferentemente, daremos cabo dele. Sua tarefa é manter os poloneses tranqüilos, broncos e fracos de espírito.

Nota 3 da citação: Memorando de Bormann. Citado em TMWC, VII, p.224-226 (N.D. URSS[sic]-172).

Sr. Toedter, isso foi uma “interferência na questão religiosa”, ou como era na Polônia, terra dos eslavos Untermensches não se aplicava ao estado alemão na época?

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