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domingo, 23 de março de 2014

Sobre o livro "...e a guerra continua", N. Toedter - parte 01

A quem quiser ler mais comentários sobre esse livro, conferir nesta tag os textos anteriores que o Leo escreveu. Mas como nunca havia parado pra ver esse livro com atenção, a primeira constatação negativa e óbvia em relação ao mesmo é que: não possui notas ou indicação de fontes, algo básico prum livro de História.

Todas as citações de fatos históricos etc não possuem fonte e contém pilhas de erros (conceituais, distorções) em virtude do posicionamento ideológico do autor do livro.

Mas, algum "revi" tentando desqualificar a afirmação acima pode chegar e dizer: "Ah, mas isto é um livro de memórias"... bem, as partes de memórias são uma coisa, e são enviesadas com a opinião política do autor, mas a parte que cita episódios/fatos pra se chegar a alguma conclusão não são "memórias", é a isso que me refiro. Faço questão de ressaltar o problema me antecipando antes que algum "revi" venha fazer esse sofisma pra desqualificar a constatação.

Mas prosseguindo, não vai dar pra citar o livro inteiro obviamente (por isso o destaque no título pra "parte 01" pois provavelmente poderá haver uma "parte 02", "03" etc), mas só pra dar uma ideia do tipo de erro que tem no livro a gente separa trechos.

Começamos primeiro por um erro conceitual do autor que mistura ou não distingue a questão da nacionalidade (algo não opcional exceto quando alguém se naturaliza) da questão de ideologia política (que é uma opção, escolha), pois são duas coisas distintas apesar do nazismo ter alimentado a ideia de que nazismo seria o equivalente à "Alemanha" e "alemão" por ser uma ideologia política ultranacionalista xenófoba, um tipo de fascismo com apego desmedido à questão de "etnia" ou como eles chamavam, "raça".

Ao contrário do que o Sr. Toedter afirma no livro, não foi a propaganda contra o nazismo quem "inventou" essa associação, eram os próprios nazis que intencionalmente faziam a "confusão", pois agiam de acordo com a ideologia ultranacionalista que defendiam fazendo essa deturpação e mistura dos conceitos de nacionalidade e ideologia.

Destaco o trecho sobre neonazis/skinheads, páginas 139-140 (da edição do PDF, na edição da página consta como tendo sendo uma página a menos, cada):
Outro elemento importante da campanha é a identidade que conseguiu estabelecer através dos anos entre "nazista" e "alemão"' Mesmo quando acusam algum croata ou ucraniano (eram aliados do Eixo) de alguma coisa que teria acontecido naqueles tempos nunca esquecem o qualificativo de "nazista", por conseguinte "alemão" para o grande público' Sempre existiram os inconformados, os rebeldes, os anarquistas. Sua associação em bandos, formando as temidas "gangues", também é comum. Sempre escolheram símbolos, tais como a caveira ou o diabo, capazes de aterrorizar as pessoas. Pelo mesmo motivo vestem-se ou caracterizam-se de forma diferente. A cabeça raspada lembra a imagem sombria do criminoso (que, quando preso, tinha os cabelos raspados para evitar os piolhos). É claro que estes skin heads hoje em dia se enfeitam com a suástica e dizem ser discípulos de Hitler. É mais do que lógico que busquem se identificar com o inimigo público número 1, e, consequentemente, são classificados e chamados de "neonazistas". Na verdade nada representam de ideológico ou de político, como o são ou foram os movimentos nacional-socialista, fascista, falangista, integralista ou comunista. Mas cada ação destes baderneiros e terroristas é bem vinda á campanha de difamação do alemão.
Vamos aos erros do trecho acima.

1. Como já disse lá acima, quem fazia a associação 'alemão = nazista' eram os próprios nazis tanto que a bandeira adotada na Alemanha nazista foi esta (link2) com a suástica do regime nazista. Então quem estabeleceu o quê, afinal? Querer acusar os outros de terem "criado" o que os próprios nazis fizeram é inversão (distorção), pura e simples.

É outra afirmação falsa quando afirma que quando pessoas acusam outros bandos ultranacionalistas xenófobos de serem nazistas estão associando isso a alemães. A maioria das pessoas sabe diferenciar ideologia política (opção, escolha) de nacionalidade. Curioso ler tanto vitimismo nesses livros "revis" já que é uma acusação recorrente entre "revis" de que judeus fazem uso de vitimismo pra angariar simpatias em torno do Holocausto. Os "revis" partem do pressuposto de que as pessoas não conseguem separar fatos como a segunda guerra, nacionalidade etc. Haja presunção e chute.

A Ucrânia foi "aliada", em termos, dos nazis, como já foi destacado aqui blog (checar a tag Ucrânia), havia grupos fascistas xenófobos na Ucrânia e esses além de declararem um Estado independente na Ucrânia em 1941, foram colaboracionistas dos nazis inclusive na limpeza étnica (genocídio) na Ucrânia exterminando judeus e outras minorias, mas a própria Ucrânia retornaria a ser uma das Repúblicas soviéticas quando os soviéticos retomaram seu controle.

A Ustasha (movimento fascista croata) é retratada aqui (checar todos os links relacionados à Ustasha nesta tag), e não há confusão alguma com alemães. Inclusive o fascismo da Ustasha (que há contestação se era um regime fascista de fato ou nacionalismo de direita) era muito semelhante ao nazismo nas ideias de limpeza étnica que praticou na Croácia independente contra as minorias da Croácia (sérvios, judeus, ciganos etc).

2. Sobre rotularem grupos como neonazistas e a afirmação de que "nada representam de ideológico ou de político", é outra afirmação falsa ou vazia pois sim, eles representam algo ideológico e político, mesmo que seja possível afirmar que vários deles são completamente débeis até pros padrões políticos daquilo que supostamente defendem.

Pegando o caso brasileiro já que é um dos mais bizarros, mas não o único caso bizarro, muitos neonazis brasileiros repetem ideias de "superioridade racial" e se dizem nazistas ignorando que o nazismo original era só pra alemães (ou alemães étnicos) sem fazer qualquer adaptação ao país, já que muitos destes nem descendentes de alemães são e usam essa simbologia do nazismo original (alemão) sendo que vários se encaixariam em grupos que os nazis originais sentiriam certo desprezo como descendentes de portugueses, espanhóis, italianos etc, apesar da aliança entre Alemanha nazi e Itália fascista, os nazis nunca nutriram simpatias abertas pela Itália. Destaco o grupo dos portugueses e italianos pois são os maiores grupos étnicos europeus no Brasil, e o português o maior e com presença desde a primeira colonização do país sem interrupção.

A ideia de "supremacia branca" não é original do nazismo, já era uma ideia disseminada na própria Europa pra justificar a ideia de "supremacia europeia" com seus colonialismos praticados por vários países (Portugal, Espanha, Inglaterra, França etc) em várias regiões (continente americano, asiático, oriente médio, África), só que essas ideias racistas que surgiram na Europa logo conseguiram criar outras subdivisões racistas ou classificações hierárquicas de "raças" mesmo entre povos europeus, por isso que muita gente cria confusão com essas ideias (furadas, por sinal) que eram tidas como algo absoluto em outros tempos quando surgiram e foram disseminadas pela imprensa, ciência etc.

Nessas subdivisões do racismo europeu surge uma corrente chamada "nordicismo" que é mais ou menos de onde vem a ideia de "supremacia ariana" que os nazis adotaram e defenderam como ideário/meta biológica a se atingir em relação ao tipo nórdico da Escandinávia (loiro, de olho azul etc). Isso não quer dizer que outros países europeus não fossem bastante racistas e que não tivessem seus próprios "conceitos racistas" adequados a seus biotipos ou estereótipos (é mais um dos absurdos das crenças racistas, elas conseguem ser destrutivas entre si). Um exemplo claro disso (puxando mais pro século XX, mas a ideia é bem anterior a esse século) é o do programa "racial" do Partido Fascista italiano pois há o mito de que os demais fascismos não eram racistas, confiram o link: Italian Fascism and racism.

3. Não entendo o porquê da cisma das pessoas com o termo "neo", parece que não sabem o que significa: "neo" nada mais é, ou quer dizer, "novo". Todo movimento com roupagem ou características políticas do nazismo no pós-segunda guerra é geralmente chamado de neonazista (que literalmente seria "novo nazismo"). Embora as diferenças entre neofascismo e neonazismo na Europa atual sejam cada vez mais tênues (e ambos são fascismos).

O autor faz uma mera confusão semântica pra negar a natureza desses bandos, que na maioria absoluta dos casos não se denominam neonazis ou nazis e sim "nacional-socialistas" pois nazistas em geral têm cisma com o termo "nazi" (acham-no que ofensivo) mas não têm cisma com o termo "nacional-socialista".

4. Mais um adendo à questão das gangues de skinheads de direita (neonazis) pois a afirmação acima do livro diz que "nada representam politicamente ou ideologicamente", pois bem, pelo visto o autor do livro não é muito informado sobre o próprio movimento nazista e seu início com suas SA (Sturmabteilung), milícia nazista comandada por Ernst Röhm, que era homossexual e que chegou a rivalizar com Hitler porque queria uma revolução nazi total e radical na Alemanha (fonte: livro Hitler, Joachim Fest) e como o 'cabo Adolfo' queria consolidar o poder com a elite alemã e as forças armadas, por esta razão Röhm foi assassinado no episódio que ficou conhecido como Noite dos Longos Punhais e as SA dissolvidas com a SS tomando seu lugar em definitivo como organização paramilitar (milícia) do partido nazi.

As SA hoje seria algo bem parecido com esses grupos de neonazis carecas tocando o terror (fazendo baderna) pois era exatamente isso que elas faziam na ascensão do partido nazista na Alemanha pra intimidar os partidos rivais. A diferença daquela época pros dias atuais é que hoje não possuem um líder ou partido político com força de aglutinar esse terrorismo intencional deles pra tirar dividendos políticos como Hitler fez, mas representam sim algo ideológico e político não muito diferente das SA originais.

Curioso é que a literatura "consumida" por essas gangues são justamente publicações de extrema-direita.
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Destaco mais outro trecho, página 139 (edição digital):
Hollywood produziu neste meio século um sem-número de filmes sobre a IIa Guerra Mundial, na maioria despretensiosos, mas sempre mostrando o alemão abobalhado, desengonçado, brutal, maldoso' Em síntese: o mau. É um filão que fascinou cineastas também de outros países. No Brasil o filme "Aleluia, Gretchen" deu aos nazistas tupiniquins o perfil e colorido ditado pela Meca do cinema mundial. Mas isto foi apenas "pára-quedismo". Embarcaram na onda. Foram outros os celulóides que formaram o poderoso núcleo desta campanha de pós-guerra.

Uma rede de televisão brasileira vem repetindo ano a ano a apresentação da série "Holocausto". Outro cavalo de batalha é a "Lista
de Schindler".
1. Novamente a "confusão" entre nacionalidade (no caso a nacionalidade alemã) com ideologia política (nazismo), causada pelo próprio nazismo. E pra variar, mais vitimismo, como se as pessoas não soubessem distinguir uma coisa da outra. Pode ser (ou muito provável que tenha ocorrido) que no pós-segunda guerra, pela memória fresca da guerra e as feridas abertas recentes, o povo de fato não fizesse questão de diferenciar uma coisa da outra pois a imagem do nazismo com a Alemanha ficou muito marcada, mas afirmar isso hoje em dia depois da reunificação da Alemanha e um monte de mudanças no mundo (queda da União Soviética, do Muro de Berlim etc) é uma bobagem sem tamanho.

2. Eu nunca assisti essa minissérie "Holocausto" na TV aberta, não lembro que rede de TV do Brasil exibiu isso, se exibiu. Não estou duvidando que possam ter exibido, mas exibir ano após ano? Fatalmente eu e muita gente teria assistido e simplesmente não lembro dessa série (e tenho boa memória), que só assisti (pulando partes, pois não gosto desse tipo de produção) graças à internet pois ela está fora de catálogo. Lembro que ela chegou a ser exibida em algum canal por assinatura, mas eu não cheguei a assistir aí também.

Por ironia pura, pois acho engraçado quando fazem essas afirmações vitimistas sobre filmes, eu demorei pra assistir o filme "A Lista de Schindler", e não lembro de ter visto mais que duas vezes. Também não vejo a TV brasileira (canais abertos) passando mais filmes de segunda guerra ou sobre o Holocausto (será que "nazistificaram" as TVs do Brasil? rs). Como também não passam mais muitos filmes sobre a Guerra Fria ou documentários sobre as ditaduras brasileiras ou mesmo políticos e históricos.

Por sinal, eu tenho certa cisma com esse filme do Spielberg e há várias críticas (link1, link2, link3) sobre como o Schindler é retratado no filme (em detrimento do Schindler real). Não gosto do Spielberg fazendo filme de drama, o melhor filme sobre o Holocausto que eu vi se chama O Pianista, do Roman Polanski, que é um filme europeu (com uma visão mais europeia da guerra) e não norte-americano. Há um documentário não novo sobre o Schindler que aponta as distorções feitas no filme (sobre o caráter dele), não sei se é este, mas vale a pena assistir (não se trata de documentário "revisionista").
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Mais outro trecho (página 141, edição digital):
Há que se perguntar: filmes como "Holocausto', não incitam à discriminação e ao preconceito de etnias? Quanto não sofrem crianças até hoje no seu cotidiano nas escolas brasileiras só porque tem cara ou nome de alemão?
1. Filme "Holocausto" não existe, fiz até post sobre isso. Mas não vou ser chato (pegar "tanto" no pé) e posso admitir que ele queria se referir à minissérie "Holocausto".

2. Não, minisséries como "Holocausto" não incitam discriminação e preconceito a etnias, afirmar isso é choradeira. Essa é uma afirmação que beira a idiotice. Eu queria entender o que se passa na cabeça de uma pessoa pra achar que uma pessoa só por ter sobrenome alemão hoje em dia seria discriminado por isso no Brasil. A afirmação é decorrente de algum trauma de guerra? É bastante provável, mas até trauma tem cura, já faz décadas da guerra e muita gente que passou por ela não ostenta esse pensamento paranoico.

Há sim relatos de perseguição a descendentes de alemães (italianos e japoneses) no Brasil no período varguista, alguns foram presos em campos de concentração do Estado Novo como inimigos do Estado (brasileiro) pois o governo getulista considerava que alguns poderiam ser quinta-coluna operando pra Estados inimigos (da trinca do Eixo, Japão, Itália e Alemanha), principalmente quando o Brasil rompeu relações diplomáticas com o eixo em 1942. O resto da afirmativa (até porque não entra em detalhes, quem detalhou fui eu) é vitimismo e retórica que carece de fundamento.
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Outro trecho, página 143 (edição digital):
Toda boa campanha tem que ter símbolos, bandeiras. Uma destas bandeiras é o "Diário de Anne Frank". É, certamente, e apesar de ter sua autenticidade contestada, um dos livros mais promovidos do mundo, senão o mais promovido, considerando os cinquenta anos que é mantido nas prateleiras. Não o li, nem pretendo fazê-lo, mas pergunto: Não existiram centenas de milhares de crianças vítimas de tragédias? Por que não há um livro duma Marianne Müller, que tenha sobrevivido ao horror dum bombardeio, assistindo seus pais sucumbirem no fogo qual tochas humanas? Ou duma Annemarie qualquer relatando os sofrimentos de quem viu a família dizimada em outra cena de terror na qual o causador não tenha sido exatamente um alemão? Se tivessem sido escritos, talvez não teriam sido editados. se editados, teriam sido esquecidos no fundo das prateleiras.
1. Eis o primeiro trecho de fato abertamente negacionista (dos retratados acima). O autor não leu o diário, conforme cita. Mas pior que isso, não leu ou se leu não citou que tipo de "contestação" (e quem a faz) que é feita diário, bem como as críticas a este grupo que "contesta" e as refutações aos mesmos. Podem ler os links relativos a essa discussão aqui e aqui (já publicado no blog, clicar na tag do diário).

2. O resto do trecho é uma tentativa de inversão ridícula ignorando quem foi a parte agressora do evento segunda guerra (o regime nazista e sua ideologia de expansão territorial, genocídio etc) como se a Alemanha tivesse sido vítima dessa guerra e não a parte agressora. Ao afirmar isso não estou afirmando que há santos em guerra, só que agressores existem sim (responsáveis), é como alguém negar que os Estados Unidos tenham sido agressores na invasão do Iraque em 2003 que dura até hoje (2014), 11 anos praticamente.

Civis são vítimas de uma guerra, mas a parte agressora costuma ser responsabilizada pelo conflito, não é "privilégio" (entre aspas) da Alemanha vide a Guerra do Paraguai e a quem recai a culpa pelas mazelas do conflito (o Brasil). Eu não vejo nenhum brasileiro por aí ficar de choro com isso.

Por que não se tem diários de "Marianne Müller"? Será que por que nenhuma Marianne Müller escreveu um diário? (rs). E supondo que alguma tivesse escrito, vai ver ela não possui essa ideia vitimista que o autor do livro acima repassa, além da posição dele no livro ser uma posição pessoal e não coletiva, calcada num forte apego étnico?

Mas vem uma pergunta disso: por que tem que haver um diário de uma garota alemã por que existe um diário conhecido de uma garota judia holandesa morta em campos de concentração decorrente da política racista dos nazis? Qual a lógica dessa afirmação afinal? Não se sabia que um diário de uma garota judia holandesa iria fazer tanto sucesso editorial como esse diário fez. O Sr. Toedter parte de um pressuposto determinista como se as coisas tivessem sido preconcebidas de forma "mágica" (algo fantasioso e crendice pura) como se se pudesse determinar o que fará ou não sucesso, deve ter alguma bola de cristal. O acaso não existe mais, tudo está "determinado", a gente já "sabe" até o que fará sucesso amanhã, hoje e sempre (conteúdo irônico, mas a ironia é em cima desse determinismo fantasioso que critiquei acima).

O diário citado poderia ter ficado obscuro e sem sucesso algum, nunca pensou nessa possibilidade? Não existe uma explicação ou fórmula pra saber porque livro "x" faz mais sucesso e outros não, por que Paulo Coelho vende muito e Servantes não?

É provável que por ser uma garota com idade "x", com certo carisma, tenha causado uma empatia com o público geral com este fato. E não só existe esse diário, caso recente também de repercussão é esse diário da garota paquistanesa Malala ("Eu sou Malala"). Não é o tipo de leitura que me agrada, mas esse fatalismo do trecho acima é tétrico. "Teriam sido esquecidos", "não tenham sido editados", quanto drama, quanto achismo, quanto chute. Opinião não é História (é o caso desse livro "revisionista" citado no post pra análise), opinião é só opinião mesmo, não quer dizer que algo por ser opinião seja algo correto.
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Vou ficando por aqui nessa primeira parte, mas já deu pra ver o 'nível' do texto... é tanto erro, é tanta coisa que é visivelmente banal, é tanta coisa citada sem fonte alguma que eu ia começar falando das partes sobre a Áustria (da rivalidade que havia entre Áustria católica e Alemanha de maioria protestante, fora outras questões da Unificação da Alemanha no século XIX) mas acabei começando pelas partes acima só pra mostrar o "tipo" de texto do livro.

Como sempre faço, eu sempre leio depois o texto do post, pois não fiz correção. Por isso costumo acrescentar links se achar que faltou algo ou mesmo corrigir alguma parte. Gostaria de fazer algo mais elaborado, mas paciência, escrever em cima de coisas (afirmações) nitidamente tolas é dose (algo bem chato). É isso que os ditos "revisionistas" repassam como "grande contestação" do genocídio da Segunda Guerra, sobre o nazismo etc em português.

P.S. importante, mas já comentei antes mas faço questão de repetir: eu não uso fakes pra comentar em blogs "revis". Por que digo isso? Porque há vários fakes comentando em blogs "revis" e que alguns desses "revis" os deixam comentando pra ter com quem "discutir". Algo bem óbvio que qualquer pessoa nota logo de cara, além das insinuações que os fakes possam ser das pessoas que têm posição contrária a deles. A questão é que não uso fake pra discutir, é só ver o post acima. Inclusive já indiquei o RODOH (fórum) como local de discussão se quisessem e nada. Além deu achar imbecis os comentários de vários desses fakes e uma atitude idiota da parte dessas pessoas pois demonstram ter um medo profundo desses "revis", senão não usariam fakes pra discutir (quando não, xingar). E digo isso porque parte desses blogs têm moderação de comentários, ou seja, o moderador do blog tem como aprovar ou rejeitar um comentário, se deixa passar é porque quis. Mas não deixa de ser engraçado eles deixarem passar isso, pois se de fato se sentissem tão "irritados", como alegam, com esses comentários, por que deixam os comentários passarem já que são de fakes? Patético.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

R$ 61,00 (sessenta e um reais)

Comprei pelo valor do título deste post os 2 livros do negador do Holocausto Norberto Toedter:
...e a guerra continua (que deveria se chamar, "...e o nazismo continua")
e
O que é verdade? (que deveria se chamar, "O que o Sr. Toedter gostaria que fosse verdade")
R$61,00 (Sessenta e um reais) que a bem da verdade poderiam ter sido gastos com outros livros, e não com panfletagem nazista...vivendo e aprendendo...acho que não valeu nem pela citação ao meu nome no "panfleto"...rsrsrsrs
Depois volto com alguns posts, ainda estou acertando alguns pontos de minha vida pessoal e profissional.
Abraços a todos os leitores...a todos mesmo hein? rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Norberto Toedter e os nazistas não racistas (Parte Final)

Por Leo Gott

Continuação da Parte 1.


E as falácias continuam...

Como exceção pode ser alegada a Noite de Cristal entre 9 e 10/11/1938, um quebra/quebra de lojas judaicas, cujo motivo teria sido o assassinato cometido por um judeu de um diplomata alemão em Paris. Não sei, não presenciei, não quero minimizar, mas já vi quebra/quebra acontecer por causa da venda de um pente e de um comerciante que não quis fornecer a respectiva nota fiscal.

A analogia de um cara-de-pau.

O Sr.Toedter está comparando o pogrom da Noite dos Cristais com uma briga de um comerciante que não quer fornecer uma nota fiscal a um cliente que comprou um pente, e ainda afirma não querer minimizar, seria cômico se não fosse trágico.

O pogrom Noite dos Cristais ou em alemão Kristallnacht/Reichspogromnacht aconteceu nos dias 9 e 10 de novembro de 1938 e foi marcado pelos ataques a símbolos judaicos, sinagogas e estabelecimentos comerciais e até residências, na Alemanha, Áustria e Tchecoslováquia (supostamente estimulados pelo assassinato do diplomata alemão Ernst Von Rath pelo judeu Herschel Grynszpan), conforme o site da TV alemã Deutsche Welle destacado acima “...agentes à paisana nazistas assassinaram 91 judeus, incendiaram 267 sinagogas, saquearam e destruíram lojas e empresas da comunidade e iniciaram o confinamento de 25 mil judeus em campos de concentração.”

No site do Yad Vashen tem algumas fotos da Kristallnacht em Baden-Baden e aqui pode ser visto um vídeo produzido pela FIERJ (Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro) onde temos o depoimento do sobrevivente Alexander Laks e testemunha ocular da Kristallnacht.

Aqui podemos ver um memorando do Gruppenführer SS Reinhard Heydrich em que o mesmo orienta a SS a como se “comportar” na Kristallnacht, e como proteger os estabelecimentos não-judaicos, a tradução para o inglês tanto do memorando como de dois outros telegramas pode ser encontrada aqui.

Notadamente não foi um “quebra/quebra”, e muito menos foi causado pela recusa de emissão de uma nota fiscal de pente.

Evidentemente eu só posso falar com uma visão que é a do povo, mas acho que esta é a que é importante neste contexto. Também me é possível citar mais outro aspecto. Como todos da minha idade, fiz parte da juventude organizada. Ali assumi pequena liderança, chefiando um grupo de 25 a 30 crianças. Entre outras responsabilidades havia a de dar uma palestra, ou instrução por semana. Se realmente fosse verdadeira a propaganda difamatória que vem sendo feita, o tema ou conteúdo destas aulas certamente teria como objetivo inculcar nestes jovens exatamente tal racismo e pretensa superioridade racial. Pois não era isto o que acontecia. Recebíamos orientação sobre o que deveríamos falar em forma de livretos, dos quais tenho um guardado e que pode ser visto na imagem anexa. Suas 98 páginas versam exclusivamente sobre a história da cidade de Hamburgo, onde vivíamos. Têm fotos, mapas, poemas, mas ninguém vai encontrar nelas a palavra “Jude”, expressões de ódio, ou similar.

A “juventude organizada” que o Sr.Toedter se refere é mais conhecida como Hitlerjugend ou Juventude Hitlerista, de acordo com a Wikipedia, a Juventude Hitlerista era uma instituição da doutrina nazista onde as crianças a partir dos 6 anos e adolescentes alemães até os 18 anos eram OBRIGADOS a freqüentar. Dos 6 aos 10 anos a criança fazia o aprendizado chamado Pimpf, aos 10 anos depois de passar por testes consecutivos de atletismo, acampamento e história nazificada ele recebia o grau de Junkvolk (Jovem Camarada) e fazia o seguinte juramento,
“Diante dessa bandeira de sangue, que representa nosso Führer, juro devotar todas as minhas energias e forças ao salvador da nossa pátria, Adolf Hitler. Estou disposto e pronto a dar a minha vida por ele, com a ajuda de Deus.”

Provavelmente o Sr.Toedter prestou esse juramento ao “Führer” como todos os outros garotos da idade dele na época, era obrigatório.

O mesmo acontecia com as moças alemãs que dos 10 aos 14 anos entravam para a Jungmädel (Jovens Donzelas) e recebiam o mesmo treinamento dos rapazes, aos 14 anos elas entravam para a BDM, sigla de Bund Deutscher Mädel(Liga das Moças Alemãs), ficando nela até os 21 anos.

Em 1º de Dezembro de 1936 o cabo boêmio decretou o fim de qualquer organização de jovens que não fosse nazista. “(...) Toda a juventude alemã do Reich está organizada nos quadros da Juventude Hitlerista.A juventude alemã, além de ser educada na família e nas escolas, será forjada física, intelectual e moralmente no espírito do nacional-socialismo (...) por intermédio da Juventude Hitlerista”

Este decreto fez parte dos documentos de acusação em Nuremberg, identificado como ND (Nuremberg Document) 1392-PS.

Neste link da Universidade Calvin, podemos ver o Plano Educacional dos nazistas para estas instituições no Inverno de 1938/39, destaque para os temas do terceiro ano da BDM:

(…)
Third Year: a) A People and its Inheritance of Blood
Racial Policies in the Third Reich
Family Tree
Kinship Table
Law for the Preservation and Assistance of Families with Many Children
Housing Measures
The Nuremberg Laws
The Law to Prevent Genetically Ill Offspring and the Health Marriage Law
Opponents of Racial Thinking
Apostles of Pride in German Ancestry
(…)

Minha tradução:

(...)
Terceiro Ano: a) Um Povo e sua Herança de Sangue
Políticas Raciais no Terceiro Reich
Árvore Hereditária
Tabela de Parentescos
Lei de Preservação e Assistência às Famílias com Muitos Filhos.
Medidas Habitacionais
As Leis de Nuremberg
Lei de Prevenção de Doenças Genéticas dos Filhos e Saúde no Casamento
Os opositores do Pensamento Racial
Apóstolos do Orgulho da Ascendência Alemã
(...)

Será que o Sr.Toedter assistiu e estas aulas? Ou seria mais uma tentativa de defender o nazismo através da falácia? Fico com a segunda opção.

Neste link temos algumas capas do material de treinamento da Hitlerjugend. Destaque para a segunda capa onde tem a matéria, “os judeus e seus objetivos”. Acho que encontrei a palavra “jude” Sr.Toedter, imagino o “conteúdo” deste panfleto.


Agora, que havia uma intenção de “limpar o sangue” isto não ficou só evidente com o Reichsbürgergesetz (lei da cidadania) e com o Blutschutzgesetz (lei de proteção do sangue), aprovados pelo congresso unipartidário alemão em 15.9.1935. Ambas as leis restringiam os direitos da comunidade judaica. Era mais um convite para que emigrasse e foi o que a maioria fez. Entendo que aí já não foi discriminação, foi guerra mesmo. Outros povos fizeram isto antes e ninguém os chama de racistas.

Restringiam os direitos da comunidade judaica? Os judeus simplesmente não eram considerados cidadãos, isso é restrição de direitos ou supressão total de direitos?

Menos Sr.Toedter, menos.

Neste link temos a tradução para a “Lei de Cidadania do Reich”. Destaque para o Artigo 4º, não precisa dizer mais nada.

Artigo 4º
§1 Um judeu não pode ser um cidadão do Reich. Ele não tem direito a votar em negócios políticos e ele não pode ocupar cargo público.

...e a guerra continua, ops, e as falácias continuam...


Como Hitler já dera a entender em seu livro, ele pretendia melhorar a saúde da população. Ele próprio não fumava e queria que ao menos as mulheres não fumassem – die deutsche Frau raucht nicht (a mulher alemã não fuma) – era um bordão constante, naquele tempo! A assistência social e médica foi muito incrementada. Deu-se muita atenção ao desenvolvimento físico, à cultura do corpo. Ginástica e esportes em geral eram incentivados nas escolas e na juventude organizada. Para as moças de 17 a 21 anos foi criada a organização Glaube und Schönheit (Fé e beleza). O Naturismo, inicialmente proibido, depois foi estimulado. Tudo para quê, criar uma raça superior, ou simplesmente tornar mais saudável a existente? É o propósito das academias, dos spas, dos salões de estética etc. de hoje, ou não?


Ele queria melhorar tanto a saúde da população que até criou um programa de eutanásia OBRIGATÓRIO (Aktion T4) para deficientes físicos, mentais e portadores de doenças incuráveis, estas pessoas eram conhecidas pelos alemães como Leben unwürdig zu leben (vida que não merece ser vivida), não é Sr. Toedter?
A maioria dos líderes do T4 serviu nos campos da Aktion Reinhard (Belzec, Treblinka e Sobibor) pela experiência em câmaras de gás.

Em uma carta para o Reichsleiter Bouhler e para o Dr. Brandt assinada pelo cabo boêmio em 1º de setembro de 1939, no mesmo que dia que as tropas alemãs invadiram a Polônia começando oficialmente a Segunda Guerra Mundial, o cabo boêmio oficializou o T4. Mais de 70.000 pessoas foram assassinadas nos locais da T4 entre setembro de 1939 e outubro de 1941, quando o programa foi suspenso, isso na contagem OFICIAL dos alemães, mas no Julgamento de Nuremberg foi levantada a suspeita de que alguns médicos ainda continuaram com o programa, mais sobre o assunto pode ser lido on-line no livro do Dr. Robert Lifton, The Nazi Doctors: Medical Killing and the Psycology of Genocide. Informação sobre o tema não falta, alguns não gostam de divulgar pra não “manchar o regime nazista”, como se fosse preciso manchar.


Não duvido que tenha havido tentativas pontuais de seleção genética, buscando unir loiros altos a loiras de olhos azuis. Se houve, não era oficial, pois Hitler, Goebbels e muitos outros do primeiro escalão não eram o que se pudesse chamar de lídimos representantes wikings.


O Projeto Lebensborn (Lebensborn Eingetragener Verein) era oficial Sr.Toedter, ou o senhor também “não viu” isso?


Dizer que os alemães do Terceiro Reich eram racistas é discriminação às avessas. Faz parte da técnica dos detratores, que, aliás, gostam de colocar negros, homossexuais e judeus no mesmo saco. Porque será? A pecha de racismo cabe muito bem a muita outra gente...

Discriminação às avessas???

O senhor omite uma série de informações para dar a entender o que o senhor quer que os leitores entendam para ter a cara-de-pau de falar que o regime nazista não era discriminatório.

Negros, homossexuais e judeus estavam no mesmo saco na época do nazismo, estavam no saco dos inferiores, dos sub-humanos, como o cabo boêmio e sua turba gostava de chamá-los.

E alguns brasileiros, esse povo altamente miscigenado, por mais incrível que possa parecer tentam defender esse regime genocida e racista, uma coisa é defender os alemães e sua cultura, outra e completamente diferente é defender o nazismo, só com falácias mesmo. Mas o tempo de vida das falácias é bem curto.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Norberto Toedter e os nazistas não racistas (Parte 1)

Por Leo Gott

Em seu ensaio de número 15 publicado em seu blog o Sr. Norberto Toedter, negador do Holocausto e autor do livro “...e a guerra continua” expõe seus argumentos para tentar convencer os leitores que o nazismo não era racista (não se espantem ele tenta fazer isso mesmo, como veremos abaixo), vejamos alguns excertos do seu ensaio:

Que bonito, não? Todo mundo diz sim diante desta conclamação de forte apelo humano. Vimos esta faixa ainda agora na África do Sul durante o Campeonato de Futebol das Confederações. Tudo bem, não fosse por um detalhe: a palavra “racismo” lembra automaticamente “nazismo” e com isto o “alemão malvado” volta mente das pessoas. Pronto, mais uma vez atingido o objetivo dos seus detratores.


O Sr. Toedter se preocupa demais em não deixar “manchar a imagem do nazismo” (como se alguém precisasse manchar, o cabo boêmio e seus asseclas cuidaram muito bem disso) e se “esquece” da história recente da África do Sul com sua política de Apartheid e também não deve ter visto nada sobre a campanha da FIFA contra o racismo. Agora porque a palavra “racismo” lembra automaticamente “nazismo”? Se lembra é porque obviamente o nazismo era declaradamente racista. O que volta à mente das pessoas não é a pecha de “alemão malvado”, mas com certeza a pecha de regime cruel, sanguinário, enganador, genocida e outras tantas qualificações que o Cabo Boêmio conseguiu atribuir a este regime falido que alguns ainda tentam reabilitá-lo através de um suposto “revisionismo” e de artigos falaciosos como este de número 15.


Em meio a toda esta polêmica em torno da Segunda Grande Guerra uma das coisas que mais me chocam é quando vejo pessoas de grande responsabilidade social, educadores, intelectuais, manifestar a convicção, de que durante os efêmeros doze anos do Terceiro Reich a Alemanha teria praticado uma odienta discriminação racial.

Sr.Toedter o que mais me choca é ter que ler isso depois de mais de 50 anos do fim da Segunda Guerra, as “pessoas de grande responsabilidade social, educadores, intelectuais” têm acesso à história e também aos livros o que não posso dizer o mesmo do senhor. Os próprios nazistas faziam questão de deixar isso bem claro, o senhor pode ver aqui neste post, “O racismo nazista nas palavras dos próprios nazistas”. Tenho certeza absoluta, se Hitler, Himmler, Ley, Streicher, Heydrich, Goebbels e outros estivessem vivos, não iriam gostar de nada disso que o senhor escreveu, pois eles queriam deixar bem claro que eram superiores a qualquer outro ser humano, como veremos adiante.

Isto, bem como a de terem os alemães se considerado uma “raça superior” são mentiras deslavadas. Durante o tempo em que eu lá estive não vi qualquer demonstração que buscasse aviltar membros de outros povos ou que considerasse o próprio como eleito ou acima dos outros.

Os grifos acima são meus. MENTIRA DESLAVADA?
O senhor não é onipresente, não poderia estar em todos os lugares, o senhor esteve em Poznan no dia 04 de outubro de 1943, quando Himmler disse?

O que as nações puderem oferecer em matéria de sangue bom, de nosso tipo, nós acolheremos, seqüestrando, se necessário, suas crianças e educando-as, aqui conosco(...) Se as nações vivem em prosperidade ou morrem de fome, como gado, apenas me interesso na medida em que delas necessitamos como escravas de nossa “Kultur”. Se 10 mil mulheres russas caem exaustas ao cavarem fossos contra tanques, interessa-me apenas que esses fossos estejam terminados para a Alemanha(...). (Publicado em Ascensão e Queda do Terceiro Reich, William Shirer, 2008 - NCA, IV, P.559(N.D. 1919-PS).

Será que o Sr.Toedter leu o relatório do General Gottard Heinrici, representante da Whermacht na Tchecoeslováquia, onde ele cita o que Führer disse sobre os poloneses:

Os poloneses [acentuou Hitler] nasceram especialmente para o trabalho pesado(...) Não é preciso pensar em melhorias para eles. Cumpre manter, na Polônia, um padrão de vida baixo, não se permitindo que suba(...) Os poloneses são preguiçosos e é necessário usar a força para obrigá-los a trabalhar(...) Devemos utilizar-nos do governo geral (da Polônia) simplesmente como fonte de mão-de-obra não especializada(...) Poder-se-ia conseguir ali, todos os anos, os trabalhadores de que o Reich possa necessitar.(Ibid - NCA, III, p.618-9 N.D.862-PS)

Será que o Sr.Toedter estava em Kiev no dia 5 de março de 1943 quando o comissário do Reich para a Rússia Erick Koch proferiu estas palavras em discurso?

Somos uma raça superior e devemos governar com dureza, mas com justiça(...)Não vim para espalhar bem-aventuranças.(...)Não viemos para distribuir o maná. (...)Somos uma raça superior que precisa lembrar que o mais humilde operário alemão é, racial e biologicamente mais valioso que a população daqui.(Ibid - NCA, III, p.798-9 N.D. 1130-PS)



Sr.Toedter, seriam esses nazistas "mentirosos deslavados"?

E as falácias continuam...

O próprio Hitler já dizia em seu livro “Minha Luta” Nossa etnia alemã não mais repousa num núcleo racial uniforme (...) a poluição sanguínea que atingiu o nosso povo...


Provavelmente o Sr.Toedter NÃO deve ter lido estes trechos abaixo (não irei nem grifar algumas palavras, senão teria que grifar todo o excerto) deste “livro” citado por ele para explicar que o nazismo não era racista (apesar disso me causar um asco muito grande, não posso deixar de reproduzir, peço desculpas a todos por isso):


“Foram e continuam a ser ainda judeus os que trouxeram os negros até o Reno, sempre com os mesmos intuitos secretos e fins evidentes, a saber: "bastardizar" à força a raça branca, por eles detestada, precipitá-la do alto da sua posição política e cultural e elevar-se ao ponto de dominá-la inteiramente.
(...)
Das massas destaca ela a significação das pessoas, mas, nisso, em face do marxismo desorganizador, age de maneira organizadora. Crê na necessidade de uma idealização da vida humana, pois só nela vê a justificação da existência da humanidade. Não pode aprovar, porém, a idéia ética do direito à existência, se essa idéia representa um perigo para a vida racial dos portadores de uma ética superior pois, em um mundo de mestiços e de negros, estariam para sempre perdidos todos os conceitos humanos do belo e do sublime, todas as idéias de um futuro ideal da humanidade.
(...)
É evidente que um povo altamente civilizado dá de si uma impressão mais elevada do que um povo de negros. Não obstante isso, a organização estatal do primeiro, observada quanto à maneira por que realiza a sua finalidade, pode ser pior que a dos negros. Assim como a melhor forma de governo não pode produzir, em um povo, capacidades que não existiam antes, assim um Estado mal organizado pode, promovendo a ruína dos indivíduos de uma determinada raça, fazer desaparecerem as qualidades criadoras que possuíam na origem.
(...)
Enquanto os povos europeus são devastados por uma lepra moral e física, erra o piedoso missionário pela África Central, organiza missões de negros, até conseguir a nossa "elevada cultura" fazer de indivíduos sadios, embora primitivos e atrasados, bastardos, preguiçosos e incapazes.
(...)
É perfeitamente compreensível que em todas as camadas sociais de uma nação serão encontrados talentos e que o valor do saber será tanto maior quanto mais possa ser vivificado, por essas naturezas de elite, o conhecimento morto. Realizações criadoras só podem surgir quando se dá a aliança do saber com a capacidade. Como a humanidade de hoje erra nesse sentido demonstra-o um único exemplo. De tempos em tempos, os jornais ilustrados comunicam aos seus leitores burgueses que, pela primeira vez, aqui ou ali, um negro tornou-se advogado, professor, pastor, primeiro tenor, etc.
(...)
Só na França existe, hoje mais do que nunca, uma intima harmonia entre as intenções do capitalismo judaico e os desejos de uma política nacional chauvinista. Justamente nessa harmonia está um perigo enorme para a Alemanha; justamente por esse motivo a França é e será sempre o inimigo mais terrível. Esse povo, continuando cada vez mais a degenerar-se pela mistura com os negros africanos, representa, na sua ligação com os objetivos da dominação mundial judaica, um perigo latente para a existência da raça branca na Europa. A infecção do sangue africano no Reno, no coração da Europa, significa não só a sede de vingança sadística e perversa desse eterno inimigo hereditário do nosso povo como a fria resolução do judeu de começar assim o abastardamento do centro do continente europeu, privando a raça branca, mediante infecção com sangue humano inferior, dos fundamentos para uma existência autônoma.
(...)
Não hesito, porém, em declarar que agora, depois dos fatos consumados, penso que a reconquista do Tirol do Sul não só é impossível, como se deveria desistir da mesma, desde que não se pode mais conseguir, em torno dessa questão, despertar o entusiasmo nacional indispensável para a vitória. Sou, ao contrário, da opinião que, se algum dia, para isso se arriscasse a vida, consumar-se-ia um crime combatendo por duzentos mil alemães, enquanto, nas fronteiras do país, mais de sete milhões estão gemendo debaixo do domínio estrangeiro, enquanto o sangue alemão está sendo contaminado por hordas de negros africanos.
(...)
Nós os nacionais-socialistas temos de ir mais longe: o direito ao solo não se trata de um qualquer poviléu de negros e sim da Pátria germânica pode se tornar um dever quando um grande povo, sem possibilidade de aumento territorial, parece destinado ao desaparecimento. Sobretudo quando que imprimiu ao mundo de hoje o seu cunho cultural.


Sr.Toedter esterilização forçada de negros não é racismo? O que o senhor achou desta política nazista? Ou o senhor também não viu nada disso?

Ainda tem mais falácia (ops, "mentira deslavada"), por incrível que pareça...


Não houve incitação através da mídia, nem mesmo contra os judeus. É claro que durante os discursos dos grandes lideres o Judaísmo Internacional não escapava das acusações e de ser responsabilizado pela guerra. Mas o que quero dizer é que não houve aquela instigação do povo ao ódio como poderia se supor quando se fala da cultura ao racismo.


Só o “livro” do cabo boêmio como presente de casamento para TODAS as pessoas que estivessem casando já é uma “boa propaganda”, mas segundo o senhor ele não era racista não é?
Neste link o senhor poderá encontrar somente material de propaganda OFICIAL nazista, especialmente antissemitismo.

Sr.Toedter, o senhor já leu alguma coisa sobre ou viu o filme Der Ewige Jude - O Judeu Eterno, filme encomendado por Goebbels e que inclusive chegou a passar gratuitamente nos cinemas da Alemanha, o senhor assistiu esse filme quando lá esteve? O senhor chegou a ler o jornal Der Stürmer, cujo editor-chefe era o Sr.Julius Streicher, gauleiter da Francônia? Ou até mesmo a publicação infantil antissemita deste mesmo senhor chamada Der Giftpilz (O cogumelo venenoso). O senhor quer enganar quem Sr.Toedter, a si mesmo?
Continuo depois com mais "mentiras deslavadas", mas como vimos, mentiras daquele que não segue à risca o "lema" de seu blog: "(...)aqui procuramos a verdade sobre a 2a. Guerra Mundial!"

quinta-feira, 26 de março de 2009

Norberto Toedter e a religião na Alemanha nazista

Por Leo Gott

O senhor Norberto Toedter, autor do livro “...e a guerra continua” e negador do Holocausto, publicou recentemente em seu blog (http://2a.guerra.zip.net/) um artigo denominado “A RELIGIÃO NA ALEMANHA HITLERISTA”, onde segundo ele (grifos meus):

Um tanto motivado pelo tema antecedente [o tema antecedente é um artigo sobre o Bispo Richard Williamson] , vejo-me tentado a abordar o deste título. Ao contrário do que é geralmente suposto ou até afirmado, na Alemanha daquele tempo o Estado não interferiu em questões religiosas, ao menos no que se refere às duas grandes religiões cristãs.

Segue abaixo trecho do livro “Ascensão e Queda do Terceiro Reich” de William Shirer (Editora Agir, 2008 – Volume II, pág. 432-433): (grifos meus)

Duas semanas antes, em 2 de outubro, o Führer esclareceu suas idéias sobre o destino dos poloneses, segundo dos povos eslavos a ser conquistado. Seu fiel secretário, Martin Bormann, deixou um longo memorando sobre os planos nazistas que Hitler encaminhou a Hans Frank, o governador-geral da parte remanescente da Polônia, e a outros funcionários.[3]
“Quanto aos sacerdotes poloneses,
(...)eles pregarão o que mandarmos. Se qualquer sacerdote agir diferentemente, daremos cabo dele. Sua tarefa é manter os poloneses tranqüilos, broncos e fracos de espírito.

Nota 3 da citação: Memorando de Bormann. Citado em TMWC, VII, p.224-226 (N.D. URSS[sic]-172).

Sr. Toedter, isso foi uma “interferência na questão religiosa”, ou como era na Polônia, terra dos eslavos Untermensches não se aplicava ao estado alemão na época?

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