Adolf Eichman em sua cela em 1961 |
O achado documental, que forma parte do material reunido pela historiadora Bettina Stangneth na preparação de um livro sobre Eichmann a ser publicado no próximo mês de abril, põe de manifiesto que Alemania seguiu protegendo os hierarcas nazis ocultos muitos anos depois do término da II Guerra Mundial.
Finalmente, Eichmann foi capturado em 13 de maio de 1960 por agentes israelenses na Argentina e transportado para Jerusalém para ser julgado por seu papel no assassinato de um terço da população judaica da Europa durante a Segunda Guerra Mundial. O julgamento de Eichmann, em abril de agosto 1961, atraiu a atenção mundial como o mais importante julgamento de criminosos nazis desde os Julgamentos de Nuremberg de 1945-1946.
Ao ocultar sua verdadeira identidade, tanto Alemanha como os EUA, cujos serviços secretos também tinham notícia da vida de Eichmann na Argentina, estavam dando proteção ao homem que, no verão de 1941 foi um dos primeiros a falar da 'Solução Final', e em 20 de janeiro de 1942, foi um dos 15 que assistiram a Conferência de Wannsee, onde o setor formal decidiu de enviar os judeus europeus para os campos de extermínio.
Eichmann oculpou-se pessoalmente de manter a capacidade de matança dos campos de concentração nazis, mantendo um fluxo constante das vítimas. Foi o responsável direto da decisão de incluir as crianças nas câmaras de gás, junto con suas mães e idosos.
Em 1944, Eichmann informou a Himmler que uns quatro milhões de judeus foram assassinados nos campos e uns dois milhões mais haviam sido fuzilados pelas unidades móveis.
Rosalía Sánchez | Berlim
Fonte: Elmundo.es (Espanha)
http://www.elmundo.es/elmundo/2011/01/08/internacional/1294481753.html
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais:
Serviço secreto alemão sabia que Eichmann vivia na Argentina desde 1952 (AFP, postado em avidanofront.blogspot.com)
Bonn sabía que el nazi Eichmann se ocultaba en Argentina 8 años antes (ABC)
New claims surface around German intelligence and Nazi Eichmann (DW, Alemanha)
Observação: em matéria da Deutsche Welle de 2006, há quase cinco anos, o assunto já havia sido abordado com o título de "Ex-premiê alemão e CIA encobriram criminoso nazista". As matérias que saíram ontem e hoje sobre o tema é o que se pode chamar de requentar assunto.
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