A quem não leu, vou colocar o link aqui: Como Bolsonaro chegou ao poder no Brasil... Steve Bannon, "fake news"? Leiam o post até o fim.
Não deu pra completar ou melhorar o post, o ritmo frenético com que os fatos estão se desenrolando desde 2016 (ou 2013), e sem muito "feedbeck" exceto "olavetes" alucinadas vindo defecar a própria burrice, torna essa tarefa inglória, em todo caso...
Outra tentativa de golpe de Estado foi frustrada na Venezuela, pois mesmo que a Globo e a mídia ordinária/vendida do Brasil não chame pelo nome correto, nem todo mundo no país segue essa "agenda comprada" por essa mídia alinhada com os Estados Unidos e há um problema grave nisso, o povo não é informado como deve e fica à deriva sem saber o que está se passando, pois vai respingar sobre você, mesmo que você "não goste de política".
Esta mesma mídia ordinária nativa (mas não só ela, tem a linha auxiliar do golpe contra o país, a "mídia da OTAN", abordo esta questão noutro post dedicado só a ela) é a mesma que vivia malhando o governo Trump até pouco tempo, pra ver que a subserviência, vassalagem não diz respeito a "governo" de outro país e sim a uma "ordem político-econômica" encabeçada pelos Estados Unidos, que não serve ao Brasil, nunca serviu, só trouxe problemas ao país. E não se trata de uma questão de esquerda, visto que o PT, ou a "ala liberal" do PT (sediada principalmente em São Paulo, berço do partido) foi conivente ao extremo com a sabotagem norte-americana contra o Brasil.
Aparentemente esta tentativa de golpe foi debelado na Venezuela, comandado pelo capacho da vez (Juan Guaidó, ou GuaiDog), mas não se iludam que os Estados Unidos irá desistir só por essa "desventura" (está fazendo coleção), o Império tentará atacar, derrubar o "regime hostil" a seus interesses até perder o combate ou derrubar e alterar a ordem política na Venezuela e aprofundar o caos na América do Sul. Estamos falando da fronteira do Brasil, não de um caso "lá na Síria" bem distante da gente.
Os Estados Unidos quer usar o Brasil como "bucha de canhão" em sua guerra colonial. Trazendo a perspectiva geopolítica já que a mídia do país não trata a coisa dessa forma, tampouco boa parte das "forças políticas" do país
Ao que aparenta, o presidente atual dos EUA, Donald Trump, tem algum acordo direto com o títere, capacho da vez no Brasil que ocupa a presidência, Bolsonaro, mas não tem "carta verde" com os generais e as forças armadas do Brasil, e é isso que tem segurado a utilização do país como "bucha de canhão" de guerra onde o país pagaria caro por uma guerra que não é nem nunca foi nossa.
Entenderam a gravidade de se tratar eleição presidencial a base do desespero ou da "brincadeira"? Estão vendo as consequências práticas disso? Em parte a culpa não é nem da população, que tem uma mídia venal, vendida, ordinária pra "informá-la" e não foi educada, treinada pra ver o mundo dessa forma, mas se você e entendeu não tem mais desculpa pra levar essas questões na brincadeira.
Voltando ao assunto, a possibilidade da via militar ser usada pelos EUA na Venezuela é real, aos que tentam pormenorizar o problema no Brasil, sinto, não levem essa turma muito a sério, essa neurose de negar a realidade tem limites e o limite chegou. Os Estados Unidos foram varridos da Ásia (praticamente), perdendo poder e esfera de influência pra China. Foi varrido parcialmente do Oriente Médio, com o caso mais emblemático na surra que levaram na Síria quando forneciam apoio a terroristas mas vinham a público falar de "liberdade" (algo que já virou clichê). Os Estados Unidos também estão sendo varridos da África, e também estão sofrendo danos de antigos aliados como Itália, Alemanha e França (todos membros da OTAN, que o Trump ataca porque a conta está muito alta pro cada vez mais endividado Estado norte-americano). "Brincar de guerra" e Império custa caro, muito caro, e o ocaso dos Estados Unidos parece ter chegado ou está em vias, a ascensão chinesa é visível e se fez presente com os revezes que sofreu principalmente pra Rússia (parceiro estratégico da China e membro dos BRICS), onde a Rússia colocou uma base bem no "seu quintal", na Venezuela, com ajuda do Irã, China e Turquia (outro membro da OTAN, cada vez mais em conflito com o governo norte-americano, principalmente depois da tentativa de golpe de estado frustrado na Turquia).
A ascensão da China, ou da ordem sino-russa e o declínio dos Estados Unidos por trás dos embates atuais
Desde a década passada, principalmente, o mundo vê a ascensão chinesa ocupando o globo inteiro, ocupando o antes ocupado espaço dos Estados Unidos e de boa parte de seus aliados. O declínio dos EUA não se trata de mero "chute", "palpite", é real, isso se constata com os pontos que mencionei acima, o da China idem.
O erro chinês em assistir a derrocada do Brasil, sem fazer nada
Pros negócios chineses prosperarem na região e a China se proteger das ofensivas dos EUA, que ficarão cada vez mais fortes e piores, há que criar um Brasil estável na região, pra manter a América do Sul estável e próspera, todos ganham exceto os sabotadores. Isso interessa também ao governo russo, porque só haverá estabilidade na Venezuela com um Brasil estável também, é preciso deixar essa posição bem clara as forças de "ocupação" do governo de "Vichy" encabeçado principalmente por Bolsonaro e apoiado pela Globo/Record/Bandeirantes e grande mídia, e a mídia da OTAN (DW, BBC, El País/Prisa, esses são os principais mas não os únicos).
O Brasil se encontra em seu buraco mais profundo desde talvez a guerra do Paraguai (século XIX), metido numa guerra de desestabilização interna (que alguns chamam de "guerra híbrida"), promovida pelo aparelho judicial, principalmente o baseado no estado do Paraná na operação Lava Jato pra destruir, soterrar a economia do país usando como "desculpa", pretexto o "combate à corrupção", que não passa de um engodo, uma mentira, porque se trata de uma guerra de uma oligarquia de toga querendo ocupar ou reformular o Estado pra ocupar espaços da classe política alvejada por eles, como ocorreu no caso italiano que é o "modelo" dessa operação de sabotagem econômica e política do Brasil.
Não se trata aqui de defesa de partido A ou B e sim de dizer abertamente o que se passa, os fatos, a realidade se impõe à parte versão manipulada, mitificada propagada pela dita "grande mídia" e essa horda de "combatentes" (oportunistas, gente "querendo se dar bem" a todo custo) anti-país espalhados pela rede.
Bolsonaro chegou ao poder no arranjo, consequência do golpe de estado branco que o país sofreu em 2016, não estou defendendo a figura que foi deposta porque a dona Dilma Rousseff é parte da tramoia ao ter aceito toda essa palhaçada, passivamente, desde o começo, colocando a banda podre, sabotadora do PT dentro do governo, não os combatendo. Bolsonaro chegou ao poder também pelos devaneios que o Lula ainda comete tratando o caso que o país passa como "assunto pessoal" dele ou como se fora "coisa do PT", há limites pra defesa de partido e isto não fica acima do país. Não concordo com a prisão do Lula, prisão que considero fruto de uma fabricação do judiciário brasileiro alinhado com "forças externas", e não desejo mal à figura do Lula, mas há de saber quando se deve pendurar as chuteiras e que o tempo de protagonismo acabou.
Não estou dizendo isso do Lula e cia pra "defender" outro candidato, votei no Ciro Gomes (PDT) no 1o turno, sempre declarei que sigo a linha histórica do trabalhismo (do Brizola), mas nem o Ciro Gomes hoje serve pra algo, ao abraçar os tucaninhos deslocados bancados por um dos maiores sabotadores do país, o J.P. Lemann, com sua pupila-mor a Tábata Amaral, uma figura insossa, artificial e fraca, numa rede de lobbysmo partidário criada pelo mesmo pra defesa de seus interesses, porque não existe "investimento filantrópico" em política vindo de bilionário, a menos que você que esteja lendo o texto acredite em duendes.
Alguém pode perguntar, o que fazer numa situação dessas em que não temos nem partidos, organizações fortes pra nos defender? Faça a defesa você mesmo, em qualquer lugar que estiver, seja "o exército de um homem só" que em breve esse exército terá milhões, siga uma agenda anti-desmonte, anti-neoliberal e de viés nacional defendendo a soberania do país e a infra-estrutura do mesmo, não tenha medo de defender esses pontos porque gente estúpida fica tentando berrar, berre mais alto, numa guerra vence quem tiver mais ímpeto, amor, raiva (com a desgraça que nos colocaram) e razão. Podem rir de você a princípio, mas se lembre, quem rir por último serão os que tomaram a defesa do país. Estamos em guerra, sem mariners apontando armas pra nossa cabeça, mas estamos, e espero que seja a última situação vexatória e humilhante que aquele país do Hemisfério Norte nos impõe.
P.S. irei colocar links de matérias no texto acima, gradualmente, por isso que se alguma olavete, liberalete aloprada quiser dar chilique, boa sorte, está perdendo seu tempo, eu não estou numa "discussão" com vocês e sim numa guerra, e vocês irão perder de novo e essa e pagar pelo que fizeram de mal ao país. Também tentarei completar o texto, é que há um excesso de informação pra condensar num curto espaço, o que é bem complicado, e foge um pouco o tema do blog, ou nem tanto, já avisei antes, em "n" posts que História do Brasil faz parte do escopo do blog e também a extrema-direita (a ascensão da mesma em alguns cantos do mundo se deve pela destruição do Estado de bem-estar na Europa e ofensiva dos EUA na América Latina, os assuntos estão interligados, embora fosse melhor tratar disso num blog exclusivo pra essa temática).
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sexta-feira, 3 de maio de 2019
O mundo em combustão. A guerra pelo coração da América do Sul (e pelo petróleo) e os estertores do Império Norte-americano (as víceras imperialistas expostas)
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domingo, 16 de dezembro de 2012
Klaus Barbie - O Inimigo do Meu Inimigo (My Enemy's Enemy) - documentário
"O inimigo do meu inimigo" é um documentário de Kevin MacDonald lançado em 2007 que narra o recrutamento e uso de nazistas pelos EUA e outros países aliados dos EUA na Guerra Fria contra comunistas e a URSS, especificamente a história de Klaus Barbie. O documentário mostra as atrocidades cometidas pelo grupo de Klaus Barbie na França, sua fuga da Europa, o assassinato de Che Guevara, sua prisão na Bolívia e posterior julgamento na França condenado por crimes contra a humanidade. O fio central do documentário é a omissão do governo francês (e dos países antissoviéticos) que sabia da presença de Barbie na Bolívia e só resolveu prendê-lo quando não era mais útil ao governo francês e países aliados da França, como um agente da contra-inteligência dos EUA e capanga de ditaduras de direita na América Latina.
Fala também da ideia do ex-SS da organização de um IV Reich nos Andes.
Só um aviso: o vídeo no Youtube pode não durar muito tempo em virtude de que muitas vezes cortam esses vídeos por conta dos "direitos autorais", apesar de que não são vídeos bastante vendidos pois não são exibidos na TV aberta do país. Coloquei links pro documentário Homo Sapiens 1900 (sobre a eugenia e histórica do racismo "científico"), de Peter Cohen (o mesmo de Arquitetura da Destruição) e os primeiros vídeos do documentário no Youtube fora removidos. Infelizmente a ganância das produtoras costuma falar mais alto que altruísmo e bom senso.
Filme legendado em espanhol (o vídeo com legenda em português, mais abaixo, foi removido do Youtube)
Fala também da ideia do ex-SS da organização de um IV Reich nos Andes.
Só um aviso: o vídeo no Youtube pode não durar muito tempo em virtude de que muitas vezes cortam esses vídeos por conta dos "direitos autorais", apesar de que não são vídeos bastante vendidos pois não são exibidos na TV aberta do país. Coloquei links pro documentário Homo Sapiens 1900 (sobre a eugenia e histórica do racismo "científico"), de Peter Cohen (o mesmo de Arquitetura da Destruição) e os primeiros vídeos do documentário no Youtube fora removidos. Infelizmente a ganância das produtoras costuma falar mais alto que altruísmo e bom senso.
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domingo, 9 de janeiro de 2011
Inteligência alemã ocultou identidade de Adolf Eichmann na Argentina
Alemanha ocultou a identidade do criminoso nazi Adolf Eichmann na Argentina
As autoridades alemãs sabiam do paradeiro do assassino nazista Adolf Eichmann, mas o ocultaram. Como evidenciado por um documento publicado pelo jornal Bild Zeitung, os serviços secretos alemães sabiam desde 1952 que Eichmann estava escondido na Argentina com uma identidade falsa, com o nome de Ricardo Klement, assim como seu endereço e contatos.
O achado documental, que forma parte do material reunido pela historiadora Bettina Stangneth na preparação de um livro sobre Eichmann a ser publicado no próximo mês de abril, põe de manifiesto que Alemania seguiu protegendo os hierarcas nazis ocultos muitos anos depois do término da II Guerra Mundial.
Finalmente, Eichmann foi capturado em 13 de maio de 1960 por agentes israelenses na Argentina e transportado para Jerusalém para ser julgado por seu papel no assassinato de um terço da população judaica da Europa durante a Segunda Guerra Mundial. O julgamento de Eichmann, em abril de agosto 1961, atraiu a atenção mundial como o mais importante julgamento de criminosos nazis desde os Julgamentos de Nuremberg de 1945-1946.
Ao ocultar sua verdadeira identidade, tanto Alemanha como os EUA, cujos serviços secretos também tinham notícia da vida de Eichmann na Argentina, estavam dando proteção ao homem que, no verão de 1941 foi um dos primeiros a falar da 'Solução Final', e em 20 de janeiro de 1942, foi um dos 15 que assistiram a Conferência de Wannsee, onde o setor formal decidiu de enviar os judeus europeus para os campos de extermínio.
Eichmann oculpou-se pessoalmente de manter a capacidade de matança dos campos de concentração nazis, mantendo um fluxo constante das vítimas. Foi o responsável direto da decisão de incluir as crianças nas câmaras de gás, junto con suas mães e idosos.
Em 1944, Eichmann informou a Himmler que uns quatro milhões de judeus foram assassinados nos campos e uns dois milhões mais haviam sido fuzilados pelas unidades móveis.
Rosalía Sánchez | Berlim
Fonte: Elmundo.es (Espanha)
http://www.elmundo.es/elmundo/2011/01/08/internacional/1294481753.html
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais:
Serviço secreto alemão sabia que Eichmann vivia na Argentina desde 1952 (AFP, postado em avidanofront.blogspot.com)
Bonn sabía que el nazi Eichmann se ocultaba en Argentina 8 años antes (ABC)
New claims surface around German intelligence and Nazi Eichmann (DW, Alemanha)
Observação: em matéria da Deutsche Welle de 2006, há quase cinco anos, o assunto já havia sido abordado com o título de "Ex-premiê alemão e CIA encobriram criminoso nazista". As matérias que saíram ontem e hoje sobre o tema é o que se pode chamar de requentar assunto.
Adolf Eichman em sua cela em 1961 |
O achado documental, que forma parte do material reunido pela historiadora Bettina Stangneth na preparação de um livro sobre Eichmann a ser publicado no próximo mês de abril, põe de manifiesto que Alemania seguiu protegendo os hierarcas nazis ocultos muitos anos depois do término da II Guerra Mundial.
Finalmente, Eichmann foi capturado em 13 de maio de 1960 por agentes israelenses na Argentina e transportado para Jerusalém para ser julgado por seu papel no assassinato de um terço da população judaica da Europa durante a Segunda Guerra Mundial. O julgamento de Eichmann, em abril de agosto 1961, atraiu a atenção mundial como o mais importante julgamento de criminosos nazis desde os Julgamentos de Nuremberg de 1945-1946.
Ao ocultar sua verdadeira identidade, tanto Alemanha como os EUA, cujos serviços secretos também tinham notícia da vida de Eichmann na Argentina, estavam dando proteção ao homem que, no verão de 1941 foi um dos primeiros a falar da 'Solução Final', e em 20 de janeiro de 1942, foi um dos 15 que assistiram a Conferência de Wannsee, onde o setor formal decidiu de enviar os judeus europeus para os campos de extermínio.
Eichmann oculpou-se pessoalmente de manter a capacidade de matança dos campos de concentração nazis, mantendo um fluxo constante das vítimas. Foi o responsável direto da decisão de incluir as crianças nas câmaras de gás, junto con suas mães e idosos.
Em 1944, Eichmann informou a Himmler que uns quatro milhões de judeus foram assassinados nos campos e uns dois milhões mais haviam sido fuzilados pelas unidades móveis.
Rosalía Sánchez | Berlim
Fonte: Elmundo.es (Espanha)
http://www.elmundo.es/elmundo/2011/01/08/internacional/1294481753.html
Tradução: Roberto Lucena
Ver mais:
Serviço secreto alemão sabia que Eichmann vivia na Argentina desde 1952 (AFP, postado em avidanofront.blogspot.com)
Bonn sabía que el nazi Eichmann se ocultaba en Argentina 8 años antes (ABC)
New claims surface around German intelligence and Nazi Eichmann (DW, Alemanha)
Observação: em matéria da Deutsche Welle de 2006, há quase cinco anos, o assunto já havia sido abordado com o título de "Ex-premiê alemão e CIA encobriram criminoso nazista". As matérias que saíram ontem e hoje sobre o tema é o que se pode chamar de requentar assunto.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
EUA ofereceram refúgio a nazistas após 2ª Guerra Mundial, segundo relatório
Washington, 13 nov (EFE).- Um relatório até agora secreto sobre a operação de caça de nazistas por parte do Governo dos Estados Unidos conclui que funcionários de inteligência ofereceram refúgio no país a nazistas e seus colaboradores após a Segunda Guerra Mundial.
"Os EUA, que se vangloriavam de ser um refúgio seguro para os perseguidos, se transformou em pequena escala em um refúgio seguro também para os perseguidores", afirma o relatório de 600 páginas vazado para a imprensa.
O jornal "The New York Times" foi o primeiro a obter uma cópia do relatório que o Departamento de Justiça tinha tentado manter em segredo durante os últimos anos.
O relatório aparece publicado também no site do National Security Archive, um grupo de investigação independente situado na Universidade George Washington da capital americana.
A análise avalia tanto os sucessos como os fracassos dos advogados, historiadores e investigadores do Escritório de Pesquisas Especiais do Departamento de Justiça (OSI, na sigla em inglês), criado no ano de 1979 para deportar nazistas.
O relatório documenta como funcionários americanos que receberam a incumbência de recrutar cientistas após a Segunda Guerra Mundial fizeram caso omisso da ordem do presidente Harry Truman que não se recrutasse nazistas ou pessoas filiadas a eles.
Os pesquisadores do OSI assinalam no relatório que a alguns nazistas "foi garantida certamente a entrada nos EUA" apesar de os funcionários do Governo conhecerem seu passado.
Arthur Rudolph, um das centenas de cientistas estrangeiros recrutados para trabalhar nos EUA após a guerra disse aos pesquisadores em 1947 ser o diretor de uma unidade que fabricava foguetes na qual se utilizava trabalhos forçados.
O relatório assegura que os funcionários de imigração sabiam que Rudolph tinha sido membro do partido Nazista, mas mesmo assim o deixaram entrar nos EUA por causa de seu conhecimento sobre foguetes.
Outro dos casos que se menciona é o de Otto Von Bolschwing, que trabalhou com Adolf Eichmann, um dos arquitetos do Holocausto, e que trabalhou como agente da CIA nos EUA após a Segunda Guerra Mundial.
O documento detalha como a agência de espionagem debateu em uma série de relatórios internos o que fazer se o passado de Bolschwing fosse descoberto.
A CIA contratou Bolschwing durante a Guerra Fria por suas conexões com alemães e romenos.
O Departamento de Justiça tentou deportar Bolschwing em 1981, após averiguar seu passado, mas o ex-nazista morreu esse mesmo ano.
Desde a criação da OSI, os EUA deportaram mais de 300 nazistas.
"The New York Times" lembra que o relatório sobre a caça de nazistas é obra de Mark Richard, um advogado do Departamento de Justiça.
Em 1999, Richard convenceu a procuradora-geral dos EUA Janet Reno para que começasse uma apuração detalhada do que ele considerava uma peça crucial da história e encarregou o trabalho à promotora Judith Feigin.
Após editar a versão final no ano 2006, pediu a altos funcionários do Departamento de Justiça que publicassem o relatório, mas sua solicitação foi negada.
O "Times" assegura que quando descobriu que tinha câncer, Richard disse a um grupo de amigos que um de seus desejos antes de morrer era ver o relatório publicado.
O advogado morreu em 2009 sem ver seu sonho realizado.
Fonte: EFE/Yahoo!
http://br.noticias.yahoo.com/s/14112010/40/mundo-eua-ofereceram-refugio-nazistas-apos.html
"Os EUA, que se vangloriavam de ser um refúgio seguro para os perseguidos, se transformou em pequena escala em um refúgio seguro também para os perseguidores", afirma o relatório de 600 páginas vazado para a imprensa.
O jornal "The New York Times" foi o primeiro a obter uma cópia do relatório que o Departamento de Justiça tinha tentado manter em segredo durante os últimos anos.
O relatório aparece publicado também no site do National Security Archive, um grupo de investigação independente situado na Universidade George Washington da capital americana.
A análise avalia tanto os sucessos como os fracassos dos advogados, historiadores e investigadores do Escritório de Pesquisas Especiais do Departamento de Justiça (OSI, na sigla em inglês), criado no ano de 1979 para deportar nazistas.
O relatório documenta como funcionários americanos que receberam a incumbência de recrutar cientistas após a Segunda Guerra Mundial fizeram caso omisso da ordem do presidente Harry Truman que não se recrutasse nazistas ou pessoas filiadas a eles.
Os pesquisadores do OSI assinalam no relatório que a alguns nazistas "foi garantida certamente a entrada nos EUA" apesar de os funcionários do Governo conhecerem seu passado.
Arthur Rudolph, um das centenas de cientistas estrangeiros recrutados para trabalhar nos EUA após a guerra disse aos pesquisadores em 1947 ser o diretor de uma unidade que fabricava foguetes na qual se utilizava trabalhos forçados.
O relatório assegura que os funcionários de imigração sabiam que Rudolph tinha sido membro do partido Nazista, mas mesmo assim o deixaram entrar nos EUA por causa de seu conhecimento sobre foguetes.
Outro dos casos que se menciona é o de Otto Von Bolschwing, que trabalhou com Adolf Eichmann, um dos arquitetos do Holocausto, e que trabalhou como agente da CIA nos EUA após a Segunda Guerra Mundial.
O documento detalha como a agência de espionagem debateu em uma série de relatórios internos o que fazer se o passado de Bolschwing fosse descoberto.
A CIA contratou Bolschwing durante a Guerra Fria por suas conexões com alemães e romenos.
O Departamento de Justiça tentou deportar Bolschwing em 1981, após averiguar seu passado, mas o ex-nazista morreu esse mesmo ano.
Desde a criação da OSI, os EUA deportaram mais de 300 nazistas.
"The New York Times" lembra que o relatório sobre a caça de nazistas é obra de Mark Richard, um advogado do Departamento de Justiça.
Em 1999, Richard convenceu a procuradora-geral dos EUA Janet Reno para que começasse uma apuração detalhada do que ele considerava uma peça crucial da história e encarregou o trabalho à promotora Judith Feigin.
Após editar a versão final no ano 2006, pediu a altos funcionários do Departamento de Justiça que publicassem o relatório, mas sua solicitação foi negada.
O "Times" assegura que quando descobriu que tinha câncer, Richard disse a um grupo de amigos que um de seus desejos antes de morrer era ver o relatório publicado.
O advogado morreu em 2009 sem ver seu sonho realizado.
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