Cohen nos conta:
A única evidência de primeira mão destes experimentos provém de um grupo de sobreviventes e de um médico judeu, Miklos Nyiszli, que trabalhou com Mengele como patologista. Mengele submetia suas vítimas - gêmeos e anões a partir dos dois anos de idade - a exames clínicos, testes sanguíneos, raios-X e medicações antropológicas. No caso dos gêmeos, fazia perfis de cada gêmeo para comporá-los. Também infectava suas vítimas com diversas substâncias e injetava produtos químicos em seus olhos (ao que parece, tentando alterar a cor dos olhos).Fonte: Site Nizkor; Encyclopedia of the Third Reich; Autor: Louis S. Snyder; Encyclopedia of the Holocaust, Vol. 3 (Editor: Israel Gutman)
Por último, o mesmo as matava injetando nelas clorofórmio no coração para depois realizar exames patológicos comparativos de seus orgãos internos. A intenção de Mengele, segundo o Dr. Nyiszli, era estabelecer as causas genéticas do nascimento de gêmeos para facilitar a formulação de um programa que dobraria a taxa de nascimento da raça 'ariana'. Os experimentos afetaram cerca de 180 pessoas, tanto adultos como crianças.
Mengele também realizou um grande número de experimentos no campo das doenças contagiosas (febres tifóide e tuberculose) para averiguar como os homens de raças distintas podiam enfrentar essas enfermidades. Utilizou gêmeos ciganos para este fim. Os experimentos de Mengele combinavam investigações científicas (talvez inclusive importantes) com fins racistas e ideológicos do regime nazi, que usaram orgãos governamentais, instituições científicas e campos de concentração.
A partir da escassa informação disponível, pode-se deduzir que suas investigações se distinguiam de outros experimentos médicos em que a morte das vítimas estava programada no experimento e era um elemento central deste. (Israel Gutman (Editor); Encyclopedia of the Holocaust, Vol. 3, página 964)
http://www.nizkor.org/faqs/auschwitz/auschwitz-faq-16.html
http://www.nizkor.org/faqs/auschwitz/auschwitz-faq-16-sp.html
http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Holocaust/auschwitz_faq_16.html
Tradução: Roberto Lucena
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