Semana passada topei com este trailer de um documentário do History Channel chamado "O Holocausto nunca visto" (tradução livre), que anuncia "uma sequência de imagens recém-descobertas" mostrando assassinatos em massa nazistas "no Front Oriental", ou seja, nas áreas da antiga União Soviética ocupada pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
O documentário completo em inglês não está disponível no Youtube, mas existe uma versão, que parece estar em húngaro, que permite a visualização de algumas dessas "sequências recém-descobertas".
A maioria das imagens visualizáveis dificilmente merece a designação de "recém-descobertas", pois são obviamente sequências que foram incluídas no documentário "As atrocidades cometidas pelos Fascistas alemães na URSS" (The Atrocities committed by German Fascists in the USSR), que foi exibido no Julgamento de Nuremberg dos criminosos de guerra ante o Tribunal Militar Internacional em 19 de fevereiro de 1946 e é assunto de uma série anterior neste blog (parte 1, parte 2, parte 3).
Subi para o Youtube um slideshow (sequência de slides) correspondente à cada parte da série do blog acima mencionada (ver aqui, aqui e aqui).
Também subi uma apresentação de slides com as imagens vinculadas no blog do post "June 22, 1941 ("Nazi Crimes in the USSR (Graphic images!)")" [22 de Junho de 1941, Crimes Nazistas na URSS]* (Atenção: imagens com conteúdo chocante/violento!).
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2015/09/films-and-photos-of-nazi-crimes-on.html
Texto e fotos: Roberto Muehlenkamp
Título original: Films and photos of Nazi crimes on Youtube
Tradução: Roberto Lucena
__________________________________________________________________
Observação 1:
*O post traduzido de "June 22, 1941" se encontra dividido em três partes em português, clique abaixo:
22 de junho de 1941(fotos do genocídio nazi na União Soviética) - parte 1
22 de junho de 1941(fotos do genocídio nazi na União Soviética) - parte 2
22 de junho de 1941(fotos do genocídio nazi na União Soviética) - parte 3
Resolvi dividir em três partes pois o público brasileiro (e muitas vezes até o de fora) prefere ver as imagens e textos divididos em posts menores, como "sequências", do que um post longo único. Mas isto é opcional (uma escolha), não modifica em nada o conteúdo do post original. Se a pessoa quiser ver logo tudo de uma vez pode ver a versão em inglês pois consta o link original nas sequências.
O público anglófono e de outros países vai até o fim em posts longos (mas pode ser uma impressão equivocada minha) e o público lusófono corre de textos longos como o "diabo foge da cruz" (sobre a postura desse último público eu tenho certeza absoluta sobre isso, só lê até o fim os textos quem tem interesse de fato e gosta do tema), então, quando dá, eu sempre faço este tipo de modificação (adaptação) criando uma sequência, na expectativa que acabem vendo tudo.
Observação 2:
Eu achei que os posts do Holocaust Controversies com o título de "The Atrocities committed by German-Fascists in the USSR", post de fotos (mais de um post), já haviam sido publicados no blog, só que não encontrei qualquer um deles.
Vou dar uma olhada com calma depois pra ver se não se encontram com outro título pois tem posts similares como este aqui, até pra não se fazer uma duplicata de posts e organizar melhor os marcadores (tags) de fotos. Eu tinha certeza que isso já havia sido publicado aqui só que não encontrei nada por isto constam os links originais do Holocaust Controversies no texto principal deste post.
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quarta-feira, 30 de setembro de 2015
domingo, 12 de janeiro de 2014
Diretor chinês coloca na tela Julgamento de Tóquio
O julgamento de Tóquio, efetuado pelo Tribunal Militar Internacional Aliado para o Extremo Oriente contra os 28 maiores criminosos de guerra japoneses, foi transportado à tela pelo diretor chinês, Gao Qunshu. O filme, com nome homônimo, entrou em circuito nacional no dia 31 de agosto.
O famosíssimo julgamento da história da humanidade, que estendeu de maio de 1946 a julho de 1948, cravou vários recordes históricos: 818 sessões, 48 mil páginas de registros taquigráficos, 419 testemunhas, mais de 4.000 provas documentais e 1.131 páginas de sentença.
Gao Qunshu juntou duas histórias no filme: o relato de Mei Ru´ao, o único juiz chinês no tribunal e as dores de uma família comum japonesa durante a guerra. Segundo ele, a maior dificuldade da filmagem se encontrou na procura de fontes materiais.
"Os registros históricos existentes na China sobre o Julgamento de Tóquio são muito limitados. Visitamos quase todas as bibliotecas que possuem registros a respeito. Tenho que confessar que as fontes mais valiosas para o filme vem de uma série de livros publicados no Japão".
Conforme o diretor, 80% dos diálogos do longa ocorrem nos idiomas Inglês e Japonês. O roteiro do filme foi revisado, palavra por palavra, por historiadores, linguistas e juristas. Isso, segundo Gao, é um reflexo de respeito à história.
"O roteiro foi revisado por historiadores e linguistas. Há muitos termos referentes à lei, que exigem uma alta precisão das palavras. É importantíssimo para um diretor de filme assumir sua responsabilidade ao transportar a história à tela. O julgamento existiu e assumiu uma importância indiscutível na história da humanidade".
O elenco da longa é formado por atores do continente chinês, Taiwan, Hong Kong, Japão e EUA. De acordo com Gao, os atores japoneses, que dão vida aos criminosos de guerra, atuaram de maneira muito profissional.
"Decidimos desde o começo selecionar atores japoneses para interpretar os criminosos de guerra. O objetivo é garantir a credibilidade do filme. E eles (atores japoneses) aceitaram interpretar os papéis".
Formado em jornalismo, Gao Qunshu foi repórter e diretor de novelas. O Julgamento de Tóquio é a sua primeira produção cinematográfica e arrecadou 4,5 milhões de yuans apenas nos primeiros três dias de estreia. A conclusão do filme, no entanto, foi dificultada por uma crise financeira provocada pela retirada de um dos investidores da produção. Gao só conseguiu prosseguir o filme com 5 milhões de yuans obtidos após a hipoteca dos direitos autorais de uma das suas novelas inéditas.
"Fiz tudo o que podia diante de um tema histórico tão sério e pesado", concluiu Gao.
Fonte: Site da CRI (Rádio Internacional da China)
http://portuguese.cri.cn/101/2006/09/18/1@51596.htm
O famosíssimo julgamento da história da humanidade, que estendeu de maio de 1946 a julho de 1948, cravou vários recordes históricos: 818 sessões, 48 mil páginas de registros taquigráficos, 419 testemunhas, mais de 4.000 provas documentais e 1.131 páginas de sentença.
Gao Qunshu juntou duas histórias no filme: o relato de Mei Ru´ao, o único juiz chinês no tribunal e as dores de uma família comum japonesa durante a guerra. Segundo ele, a maior dificuldade da filmagem se encontrou na procura de fontes materiais.
"Os registros históricos existentes na China sobre o Julgamento de Tóquio são muito limitados. Visitamos quase todas as bibliotecas que possuem registros a respeito. Tenho que confessar que as fontes mais valiosas para o filme vem de uma série de livros publicados no Japão".
Conforme o diretor, 80% dos diálogos do longa ocorrem nos idiomas Inglês e Japonês. O roteiro do filme foi revisado, palavra por palavra, por historiadores, linguistas e juristas. Isso, segundo Gao, é um reflexo de respeito à história.
"O roteiro foi revisado por historiadores e linguistas. Há muitos termos referentes à lei, que exigem uma alta precisão das palavras. É importantíssimo para um diretor de filme assumir sua responsabilidade ao transportar a história à tela. O julgamento existiu e assumiu uma importância indiscutível na história da humanidade".
O elenco da longa é formado por atores do continente chinês, Taiwan, Hong Kong, Japão e EUA. De acordo com Gao, os atores japoneses, que dão vida aos criminosos de guerra, atuaram de maneira muito profissional.
"Decidimos desde o começo selecionar atores japoneses para interpretar os criminosos de guerra. O objetivo é garantir a credibilidade do filme. E eles (atores japoneses) aceitaram interpretar os papéis".
Formado em jornalismo, Gao Qunshu foi repórter e diretor de novelas. O Julgamento de Tóquio é a sua primeira produção cinematográfica e arrecadou 4,5 milhões de yuans apenas nos primeiros três dias de estreia. A conclusão do filme, no entanto, foi dificultada por uma crise financeira provocada pela retirada de um dos investidores da produção. Gao só conseguiu prosseguir o filme com 5 milhões de yuans obtidos após a hipoteca dos direitos autorais de uma das suas novelas inéditas.
"Fiz tudo o que podia diante de um tema histórico tão sério e pesado", concluiu Gao.
Fonte: Site da CRI (Rádio Internacional da China)
http://portuguese.cri.cn/101/2006/09/18/1@51596.htm
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domingo, 3 de novembro de 2013
Sobre cobaias de laboratório e humanos, e o "caldo" da segunda guerra
Foto do julgamento dos médicos no tribunal em Nuremberg, pós-guerra |
O julgamento dos médicos em Nuremberg
A quem quiser ler mais sobre experimentos médicos na segunda guerra, clique na tag (marcador) abaixo:
Experimentos médicos/Cobaias humanas na segunda guerra
Não há condição de deixar passar batido o que houve, primeiro porque é algo sério (tratado com descaso e sensacionalismo pela mídia), e também (principalmente) porque não gostei da abordagem (agressiva e fanática) de uma pessoa comentando sobre esse assunto, e me impressiona como eles embasam um discurso cheio de lacunas - moralista ao extremo - pra criticar os testes de laboratório ignorando a finalidade disso, refiro-me ao caso da remoção dos cachorros (beagles) do laboratório do tal Instituto Royal em São Paulo.
Segue abaixo a cópia do comentário que estava no link acima "O julgamento dos médicos em Nuremberg". Irei remover o comentário do outro post pois já está colocado em um post separado, pra evitar que o outro post sobre o julgamento se perca, caso haja discussão sobre essa questão (estou me precavendo porque as reações que tenho visto são agressivas e emocionais ao extremo, e muitas sem fundamento algum, abaixo eu explico melhor o porquê deu achar isso, e há dois vídeos que espero que as pessoas assistam e reflitam sobre o ocorrido).
____________________________________________
Comentário: esse texto apareceu quando citaram o nome dessa Herta Oberheuser num grupo e não há praticamente referência no verbete dela da Wikipedia em inglês (ao contrário do verbete em alemão) de bibliografia etc, sendo que se enquadra na questão dos médicos e o nazismo, ela fez experimentos no campo de Ravensbrück.
Mas o texto toca inevitavelmente num ponto que foi assunto nas últimas semanas no país que é a questão de cobaias de laboratório e o porquê do uso de animais em experimentos, refiro-me à invasão de um laboratório e a captura de cães da "raça" beagle. Parece que não "tem nada a ver" o assunto, mas tem tudo a ver. Não sei se deveria comentar isto aqui ou em um post à parte. Se for o caso, colocarei em separado o texto com o comentário/observação em outro post posteriormente, pois o intuito ao fazer o comentário não é abafar o tema do post, embora pela reação totalmente emocional que eu observei neste caso, a gente fica com receio de comentar isso neste post e começarem a discutir somente o caso dos cachorros em laboratório.
Um dos motivos do uso de animais em laboratório é justamente este citado no texto, para não usar humanos como cobaias de laboratório, principalmente depois das atrocidades conhecidas na segunda guerra (Holocausto e também o uso de cobaias humanas na China pelo regime japonês) e na guerra fria (houve uso de cobaias humanas de forma não-oficial, clandestina, pelos EUA). Eu coloquei a matéria no blog sobre estes testes na guerra fria mas não estou achando no momento, por isso coloquei o link com o assunto do que saiu na imprensa pra mostrar que foi noticiado (não estou "chutando").
As cenas da captura de animais foi uma das coisas mais bizarras que já vi em muito tempo. Ninguém que afirma que achou as cenas bizarras é a favor de tortural animal ou algo do gênero (pois um dos recursos apelativos usados por quem faz um ativismo maluco e xiita é ficar imputando aos outros que quem é contra atos tresloucados como este só "pode ser a favor" de tortura etc), e caso o laboratório tenha culpa (de maus tratos) que seja apurado, processado e condenado, coisa que agora ficou difícil de apurar pois desmontaram o local e as provas. "Justiceirismo" sempre costuma dar em besteira, é um dos comportamentos que mais vi no Orkut e que simplesmente arruinou aquela rede, e pelo visto segue no Facebook (pior que no Orkut).
Não ter ideia do porquê do uso de animais como cobaias, como fez o grupo que invadiu e tirou os cachorros, beira a algum tipo de fundamentalismo 'estilo talibã' (acho a postura parecida, desculpem-me se por acaso ofender algum ativista sério), anti-científico e totalmente imprudente. Tiraram animais que poderiam estar infectados por experimentos e que morreriam por infecção, doença etc em pouco tempo fora do laboratório ou poderiam passar alguma doença no contato exterior (ao laboratório), além de que ninguém sabe aonde foram parar os cachorros. Pior foi a sucessão dos fatos, saíram bizarrices ainda mais grotescas como colocar um animal pego no laboratório à venda por mais de 2 mil reais, visivelmente não recebendo alimentação adequada e consequentemente podendo morrer:
Beagle vendido por R$ 2.700 na internet era do Instituto Royal, diz anúncio
Beagle que estava à venda na internet é recuperado pelo Instituto Royal
Isso é comportamento de quem gosta de animal? Pôr um cachorro a venda ou deixá-los largados?
Eu li num dos links acima (o link está dentro do outro link do Zero Hora) que foram recolhidos 178 animais do Instituto em questão, e não se sabe onde foi parar a maioria deles, se estão vivos, mortos etc. Tudo fruto de uma histeria coletiva porque acharam que uma determinada "raça" de cachorro é "fofa". Muita gente só se "comove" com a aparência do animal (e já vi muito comentário grotesco falando de testes em humanos, coisa digna de um Mengele), enquanto não se observa a mesma "histeria" com testes em ratos, cobras e animais menos "apresentáveis" visualmente. Parece que pelo fato de uma cobra não ser um "animal fofinho", desperta menos "compaixão" no pessoal com tendência a uma certa histeria coletiva.
Passaram esse vídeo (e acabei vendo outro que também irei colocar o link abaixo) sobre o caso e acho pertinente como espero que assistam (assistam pra depois criticar ou não), são dois, vou colocar os dois vídeos abertos e os links caso alguém queira ver direto no Youtube:
O resgate dos beagles (link do vídeo acima)
Experimentos e beagles: FAQs (link do segundo vídeo, complemento)
Quem citou o o nome do neurocientista Miguel Nicolelis foi o dono do (Canal do Pirulla) dos vídeos acima, por isso achei pertinente mostrar o experimento do cientista brasileiro (muito bem lembrado por ele nos vídeos) que pode fazer com que pessoas paralíticas voltem a andar. Não é pela menção ao vídeo mas já tinha admiração pelo prof. Nicolelis (já vi matérias sobre ele antes), figura sensacional e motivo de orgulho pra qualquer brasileiro.
Pra quem não sabe ou conhece, o Nicolelis faz experimentos em macacos, e se for levar à risca o que esse tipo de 'ativismo xiita' tentou passar pra "opinião pública" com o caso dos cachorros, vai ter gente, por dedução lógica, querendo enquadrar/rotular o Nicolelis como um "sádico que maltrata animais" pois ele faz experimentos em macacos. O que é absurdo e não precisaria nem ser comentado (por ser algo aparentemente óbvio demais) se não houvesse tanta gente propensa a agir de forma extremada e puramente emocional (e irracional):
Nicolelis diz que exoesqueleto será testado no Brasil até novembro
As imagens do joelho robótico: link
Nicolelis divulga simulação do chute de paraplégico na abertura da Copa do Mundo de 2014
"É como pôr um homem na Lua", diz Nicolelis sobre Walk Again link2
Brasileiro faz macacos sentirem textura em objetos virtuais
Em livro, Nicolelis explica plano de fazer garoto tetraplégico chutar bola
Nicolelis reproduz “ilusão da mão de borracha” em macacos; projetos com a AACD são aprovados na Conep
Achei bizarras as cenas do que houve. A gente se pergunta se esse pessoal assistiu a pelo menos alguma aula de biologia no colégio pra que haja um surto histérico coletivo dessa proporção e de ignorância científica também. E não é um problema qualquer como tem sido tratado pela mídia, é algo bem sério pois já houve surto de histeria irracional movido por "crendices" na campanha de vacinação contra a gripe suína e que pode MATAR pessoas (eu, você ou qualquer um podemos ser vítimas da estupidez alheia, são casos que algum orgão sanitário precisa fazer uma chamada se´ria), um tipo de irracionalidade histérica que acomete principalmente gente com pouca capacidade de reflexão e suscetível a sugestões emocionais extremadas e que muitas vezes vão "na onda" da maioria sem refletir sobre o que estão fazendo ou endossando.
Esse tipo de ativismo mais lembra algum tipo de fundamentalismo religioso talibã. Não quero com isso afirmar que não exista gente séria que faça ativismo sobre esta causa, mas não gostei do que vi nesse episódio, além do fato de que ninguém sabe qual destino os animais tiveram (178 animais no total), com um deles sendo vendido em sites de mercadoria e ninguém responde/assume responsabilidades por nada que fizeram ou referente ao destino dos cães.
A ação de "resgaste", se é que houve (eu pelo menos não considero), não deveria se resumir ao "teatro" da histeria no local, como também e principalmente em ações nos dias seguintes como saber quem cuidaria dos cachorros etc, ou acham que são "bichinhos de pelúcia" que não precisam comer? Algo que fatalmente passou batido e que muita gente pode ter antevisto que algo desse tipo iria ocorrer. Foi uma das primeiras coisas que me vieram à mente quando vi as cenas, "e agora, para onde vão levar os cachorros? quem vai cuidar deles?".
Como diz o dito popular: "de boas intenções o inferno tá ...". Mais raciocínio/reflexão (razão) e menos histeria (apelo emocional), todo extremismo inconsequente acaba se tocando. Esse comportamento de "justiceiro", "síndrome de Batman", é algo próximo da barbárie.
O julgamento dos médicos em Nuremberg
Os réus neste caso são acusados de assassinatos, torturas e outras atrocidades cometidas em nome da ciência médica. As vítimas desses crimes são estimadas na ordem das centenas de milhares. Só um punhado ainda está vivo, alguns dos sobreviventes vão aparecer neste tribunal. Mas a maioria dessas vítimas miseráveis foram abatidos em definitivo ou morreram no decorrer das torturas a que foram submetidos.Dessa forma o julgamento dos médicos começou. Este foi o início da declaração de abertura para a acusação, entregue pelo General de Brigada Telford Taylor em 9 de dezembro de 1946, que apresentou ao mundo as experiências terríveis e desnecessárias que foram realizadas por médicos nazistas. No julgamento estavam 22 homens e uma mulher acusados de participação nesses experimentos. A maioria eram médicos, apenas três não eram. Alguns haviam sido médicos eminentes, poucos eram produtos de sua geração. Como essas pessoas poderiam se voltar contra a humanidade?
Para a maioria eles são mortos sem nome. Para seus assassinos, essas pessoas miseráveis não eram considerados indivíduos. Eles vieram em lotes por atacado e foram tratados de forma pior que animais.*
Embora muitas vezes conhecido como o "Julgamento dos Médicos" e de "Caso Médico", o julgamento foi oficialmente designado de Estados Unidos da América vs. Karl Brandt. Realizado no Palácio da Justiça em Nuremberg, na Alemanha, o julgamento começou em 9 de Dezembro de 1946. Quatro juízes norte-americanos presidiram a sessão - Walter Beals, Johnson Crawford, Harold Sebring, e Victor Swearingen. O julgamento descreveu e documentou alguns dos experimentos médicos mais terríveis e dolorosos, incluindo os de tifo, água do mar, testes de alta altitude, o transplante de ossos, frio extremo, esterilização, balas envenenadas e a coleta de esqueletos.
Depois de ouvir 85 testemunhas e examinar 1.471 documentos que foram apresentados, o julgamento foi pronunciado em 19 de agosto de 1947, com a condenação seguindo no dia seguinte. Dos 23 acusados, sete foram condenados à morte por enforcamento (realizada na prisão de Landsberg), nove foram condenados à prisão e sete foram inocentados.
Réu Hermann Becker-Freyseng Wilhelm Beiglböck Kurt Blome Viktor Brack Karl Brandt Rudolf Brandt Fritz Fischer Karl Gebhardt Karl Genzken Siegfried Handloser Waldemar Hoven Joachim Mrugowsky Herta Oberheuser Adolf Pokorny Helmut Poppendick Hans Wolfgang Romberg Gerhard Rose Paul Rostock Siegfried Ruff Konrad Schäfer Oskar Schröder Wolfram Sievers Georg August Weltz | Sentença Prisão - 20 anos Prisão - 15 anos Inocentado Morte - enforcamento Morte - enforcamento Morte - enforcamento Prisão perpétua Morte - enforcamento Prisão perpétua Prisão perpétua Morte - enforcamento Morte - enforcamento Prisão - 20 anos Inocentado Prisão - 10 anos Inocentado Prisão perpétua Inocentado Inocentado Inocentado Prisão perpétua Morte - enforcamento Inocentado | Resultado final Prisão - 10 anos Prisão - 10 anos Absolvido Executado em 2 de junho, 1948 Executado em 2 de junho, 1948 Executado em 2 de junho, 1948 Prisão - 15 anos Executado em 2 de junho, 1948 Prisão - 20 anos Prisão - 20 anos Executado em 2 de junho, 1948 Executado em 2 de junho, 1948 Solta em abril de 1952 Absolvido Solto em 31 de janeiro, 1951 Absolvido Prisão - 15 anos Absolvido - Absolvido Prisão - 15 anos Executado em 2 de junho, 1948 - |
* Declaração de abertura do julgamento pelo General de Brigada Telford Taylor como citado em George J. Annas e Michael A. Grodin, The Nazi Doctors and the Nuremberg Code [Os médicos nazistas e o Código de Nuremberg] (New York: Oxford University Press, 1992), página 67.
Todas as fotografias são cortesia do Museu Memorial do Holocausto dos EUA (Fotos de arquivo)
Fotografia da coleção de Hedy Epstein, cortesia dos Arquivos de foto do USHMM.
Descrição da foto: Médicos nazistas como réus no julgamento dos médicos (Caso #1 dos Processos Subsequentes de Nuremberg) estão sentados no local dos prisioneiros numa sessão do julgamento. (09 de dezembro de 1946 a 20 de agosto de 1947)
Bibliografia:
- Annas, George J. and Michael A. Grodin. The Nazi Doctors and the Nuremberg Code: Human Rights in Human Experimentation. New York: Oxford University Press, 1992.
- Gutman, Israel (ed.). Encyclopedia of the Holocaust. 4 Vols. New York: Simon and Schuster, 1995.
Fonte: Site about.com (20th Century History)
Título original: The Doctors' Trial
http://history1900s.about.com/library/holocaust/aa052998.htm
Tradução: Roberto Lucena
Observação: o comentário que estava aqui sobre cobaias de laboratório foi removido para este post
Sobre cobaias de laboratório e humanos, e o caldo da segunda guerra
sábado, 29 de setembro de 2012
Historiador destaca canibalismo do Exército japonês em livro (Beevor - Segunda Guerra Mundial)
Imagem mostra a capa do livro de Antony Beevor. Foto: Reprodução |
Segundo Beevor, esse foi um dos aspectos que mais lhe surpreendeu durante a pesquisa elaborada para a realização de "A Segunda Guerra Mundial" (The Second World War), um livro que não pretende ser "o definitivo", mas sim lançar um olhar global baseado em sua experiência como escritor e como ex-militar.
Esse canibalismo era um fato que Beevor não conhecia. Os americanos e os australianos decidiram não dizer nada no final da guerra pelo choque que essa notícia poderia causar entre os familiares dos prisioneiros, explicou o historiador à Agência Efe em Madri, onde hoje apresenta seu novo livro.
Trata-se de uma prática que demonstra toda a crueldade do "extremamente militarizado" Exército japonês, que humilhava os soldados e usava toda a "fúria absorvida nas batalhas para se vingar contra os soldados vencidos".
Apesar de ainda não ser uma notícia pública e de massa, somente uma nova geração de jovens historiadores japoneses tiveram coragem de trazer este fato à tona, explica Beevor.
"É óbvio que todos os exércitos tiveram tentações de cometer crimes, mas alguns mantiveram certas coerências e proporções. No entanto, há diferentes pautas de comportamento. Nem todos os Exércitos foram iguais", completa o historiador.
Outro fato que surpreendeu Beevor foi o "terrível sacrifício" que os comandantes soviéticos infligiram a suas tropas na operação de distração durante a batalha de Stalingrado, que aconteceu para distrair os alemães e supôs a morte de 250 mil russos.
"Sacrificaram mais homens que os britânicos e os americanos juntos no Dia D", revelou Beevor.
Atrocidades existem em todas as guerras, embora o canibalismo dos japoneses é, sem dúvida, o fato mais terrível que Antony Beevor conta em seu novo livro, uma vasta obra que já foi lançada na Colômbia, na Argentina, no México e que, segundo o próprio autor, será publicado em toda América Latina.
Com mais de 30 anos de dedicação ao conflito militar mais amplo e sangrento da história, Beevor, neste livro com mais de mil páginas, resgata informações tiradas dos arquivos russos, alemães e, principalmente, franceses.
Apesar do excesso de fatos, o autor conseguiu achar uma estrutura para não se "afogar", um fato que, segundo o próprio autor, só foi possível graças a sua experiência prévia com livros como "Stalingrado" (2000) e "Berlim: A queda 1945" (2002), autênticos "best sellers" de nível mundial.
Neste novo lançamento, Beevor volta a recorrer ao elemento mais característico da escritura: uma mistura entre as épicas narrações das batalhas e das grandes discussões políticas com os detalhes mais humanos e desumanos das vítimas e carrascos da guerra.
Uma história que Beevor começa a contar na frente oriental, na guerra entre chineses e japoneses, um primeiro exemplo das atrocidades que cometeriam os japoneses, que em Nanjing mataram entre 200 mil e 300 mil chineses da maneira mais cruel, sem distinguir sexo e idade.
Se Beevor decidiu começar por essa parte da história é porque pensa que isso condicionou todo o desenvolvimento posterior de um conflito que se caracterizou por incluir "elementos de uma guerra civil internacional" e que, na realidade, foi "um conglomerado de diferentes conflitos".
"Me senti muito lisonjeado quando disseram que este era o livro definitivo sobre a Segunda Guerra Mundial. Mas, na verdade, não é assim. Sempre haverá novos elementos. Os arquivos da Rússia são enormes e só puderam ser consultados entre 1995 e 2000, enquanto o dos japoneses não deixam pesquisadores estrangeiros consultar os seus", ressaltou Beevor.
Apesar de ainda existir muitas coisas por descobrir, Beevor aponta que o mais intrigante de seu livro são as histórias individuais, muitas delas tiradas de testemunhos de combatentes franceses cujos descendentes entregaram suas cartas às autoridades.
Através dessas histórias pessoais, o leitor se identifica mais facilmente com uns fatos que ultrapassam o entendimento, sendo que esse tipo de narração é o que fez de Beevor um dos historiadores mais lidos na atualidade.
"Hoje em dia, eu não entendo como fizemos para viver nas trincheiras, no descoberto, na neve, congelados de frio e sem tirar jamais os sapatos e a roupa. Isso sem ter água e sem ter nada com que se esquentar". Este é o testemunho de um oficial do Exército Vermelho que se une a outros muitos em uma obra imprescindível para quem deseja entender o que ocorreu com mundo no século XX.
Fonte: EFE/Terra
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6178212-EI8143,00-Historiador+destaca+canibalismo+do+Exercito+japones+em+livro.html
Observação: o livro já foi lançado em espanhol no último dia 25 de setembro. Sem notícia anunciando o lançamento do livro em português.
Ver:
Antony Beevor lanza hoy libro sobre II Guerra Mundial donde revela episodios de canibalismo (Latercera.com)
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domingo, 25 de março de 2012
Mengele - Experimento médicos
Mengele promoveu experimentos médicos com prisioneiros, especialmente anões e gêmeos. É dito que supervisionou uma operação na qual as crianças ciganas foram costuradas uma na outra para criar gêmeos siameses; as mãos das crianças sofreram graves infecções nos pontos que uniam as veias (Snider, Louis; Encyclopedia of the Third Reich; 1997)
Cohen nos conta:
http://www.nizkor.org/faqs/auschwitz/auschwitz-faq-16.html
http://www.nizkor.org/faqs/auschwitz/auschwitz-faq-16-sp.html
http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Holocaust/auschwitz_faq_16.html
Tradução: Roberto Lucena
Cohen nos conta:
A única evidência de primeira mão destes experimentos provém de um grupo de sobreviventes e de um médico judeu, Miklos Nyiszli, que trabalhou com Mengele como patologista. Mengele submetia suas vítimas - gêmeos e anões a partir dos dois anos de idade - a exames clínicos, testes sanguíneos, raios-X e medicações antropológicas. No caso dos gêmeos, fazia perfis de cada gêmeo para comporá-los. Também infectava suas vítimas com diversas substâncias e injetava produtos químicos em seus olhos (ao que parece, tentando alterar a cor dos olhos).Fonte: Site Nizkor; Encyclopedia of the Third Reich; Autor: Louis S. Snyder; Encyclopedia of the Holocaust, Vol. 3 (Editor: Israel Gutman)
Por último, o mesmo as matava injetando nelas clorofórmio no coração para depois realizar exames patológicos comparativos de seus orgãos internos. A intenção de Mengele, segundo o Dr. Nyiszli, era estabelecer as causas genéticas do nascimento de gêmeos para facilitar a formulação de um programa que dobraria a taxa de nascimento da raça 'ariana'. Os experimentos afetaram cerca de 180 pessoas, tanto adultos como crianças.
Mengele também realizou um grande número de experimentos no campo das doenças contagiosas (febres tifóide e tuberculose) para averiguar como os homens de raças distintas podiam enfrentar essas enfermidades. Utilizou gêmeos ciganos para este fim. Os experimentos de Mengele combinavam investigações científicas (talvez inclusive importantes) com fins racistas e ideológicos do regime nazi, que usaram orgãos governamentais, instituições científicas e campos de concentração.
A partir da escassa informação disponível, pode-se deduzir que suas investigações se distinguiam de outros experimentos médicos em que a morte das vítimas estava programada no experimento e era um elemento central deste. (Israel Gutman (Editor); Encyclopedia of the Holocaust, Vol. 3, página 964)
http://www.nizkor.org/faqs/auschwitz/auschwitz-faq-16.html
http://www.nizkor.org/faqs/auschwitz/auschwitz-faq-16-sp.html
http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Holocaust/auschwitz_faq_16.html
Tradução: Roberto Lucena
quarta-feira, 16 de março de 2011
Há 100 anos nascia o médico nazi Josef Mengele: o 'Anjo da Morte'
O doutor fez experimentos com humanos em Auschwitz e foi o responsável pelo extermínio de milhares de judeus | Fugiu para a Argentina e nunca pagou por suas atrocidades
por Lorena Ferro
Atroz, monstruosa, bárbara, cruel, inumana... a lista de qualificativos para definir a (criminosa) práxis que levou a cabo Josef Mengele seria interminável. Ele que fora médico do campo de concentração e extermínio de Auschwitz durante a II Guerra Mundial ganhou o apelido de Anjo da Morte: por fazer experimentos com humanos e ser o responsável pela morte de milhares de judeus. Faleceu em 1979 (ainda que sua deceso se connheceu seis anos depois) sem prestar contas por suas atrocidades. Hoje faz um século do seu nascimento.
Friamente, usou os judeus como cobaias humanas com todo tipo de experimentos macabros - a muitos outros enviou-lhes diretamente do trem ao crematório - e fugiu do campo de concentração em janeiro de 1945, dias antes de sua liberação. Josef Mengele nem sequer foi citado nos Julgamentos de Nuremberg e como muitos outros criminosos nazis cruzou o Atlântico e converteu a América do Sul em seu esconderijo.
O Anjo da Morte se ocultou detrás de nomes falsos (Wolfgang Gerhard foi um deles) para se safar da justiça que o buscava por seus numerosos crimes. Na década de 60 foi localizado na Argentina onde se solicitou para ele uma ordem de detenção, mas pouco depois perderam sua pista. Ainda assim, bem atrás da captura dele estava Simon Wiesenthal, o caçador de nazis, que não se cansava de assegurar que alguns dos participantes do Holocausto estavam na América do Sul. Da Argentina, Mengele emigrou para o Paraguai e ali se acreditava que ainda estava em 1982.
Morreu em 1979 no Brasil
Em 1985 continuava-se a busca no Paraguai e inclusive se oferecia dinheiro por informação sobre ele, até que em junho se soube que o médico nazi havia morrido em 1979 no Brasil. Era o que assegurava seu filho mas nem todo mundo acreditava. Dias depois se confirmava que o cadáver encontrado pertencia a Josef Mengele.
Sete anos mais tarde, uma ampla reportagem relatva o êxodo nazi que foi iniciado pelo Anjo da Morte (em 2010 The New York Times trazia à tona que o governo dos EUA havia dado cobertura aos nazis fugidos) e pouco depois as provas da ADN reconfirmavam que o cadáver encontrado em 1985 era o de Josef Mengele. Ainda assim, nem todos acabaram crendo que ele houvera morrido.
O certo é que Josef Mengele, o Anjo da Morte, viveu e atuou impunimente e faleceu em 1979 sem haver prestado contas à justiça nem às vítimas por suas atrocidades.
Fonte: LaVanguardia.es (Espanha)
http://www.lavanguardia.es/hemeroteca/20110316/54126804757/hace-100-anos-nacio-el-medico-nazi-josef-mengele-el-angel-de-la-muerte.html
Tradução: Roberto Lucena
Observação: o texto não traz nenhuma novidade além de manter viva a memória das atrocidades do sociopata Mengele em Auschwitz. Mas uma coisa interessante na matéria(por isso fiz questão de traduzir) chama atenção que é a inclusão de hiperlinks remetendo pro exemplar digitalizado do jornal na época em que ocorreram esses fatos. O jornal do texto é da Espanha. A iniciativa no Brasil coube ao Jornal do Brasil, que também pôs a disposição na rede os exemplares antigos dele, digitalizados.
por Lorena Ferro
Mengele, o médico nazi que fez experimentos com humanos e exterminou milhares de judeus encontrou refúgio na Argentina. |
Friamente, usou os judeus como cobaias humanas com todo tipo de experimentos macabros - a muitos outros enviou-lhes diretamente do trem ao crematório - e fugiu do campo de concentração em janeiro de 1945, dias antes de sua liberação. Josef Mengele nem sequer foi citado nos Julgamentos de Nuremberg e como muitos outros criminosos nazis cruzou o Atlântico e converteu a América do Sul em seu esconderijo.
O Anjo da Morte se ocultou detrás de nomes falsos (Wolfgang Gerhard foi um deles) para se safar da justiça que o buscava por seus numerosos crimes. Na década de 60 foi localizado na Argentina onde se solicitou para ele uma ordem de detenção, mas pouco depois perderam sua pista. Ainda assim, bem atrás da captura dele estava Simon Wiesenthal, o caçador de nazis, que não se cansava de assegurar que alguns dos participantes do Holocausto estavam na América do Sul. Da Argentina, Mengele emigrou para o Paraguai e ali se acreditava que ainda estava em 1982.
Morreu em 1979 no Brasil
Em 1985 continuava-se a busca no Paraguai e inclusive se oferecia dinheiro por informação sobre ele, até que em junho se soube que o médico nazi havia morrido em 1979 no Brasil. Era o que assegurava seu filho mas nem todo mundo acreditava. Dias depois se confirmava que o cadáver encontrado pertencia a Josef Mengele.
Sete anos mais tarde, uma ampla reportagem relatva o êxodo nazi que foi iniciado pelo Anjo da Morte (em 2010 The New York Times trazia à tona que o governo dos EUA havia dado cobertura aos nazis fugidos) e pouco depois as provas da ADN reconfirmavam que o cadáver encontrado em 1985 era o de Josef Mengele. Ainda assim, nem todos acabaram crendo que ele houvera morrido.
O certo é que Josef Mengele, o Anjo da Morte, viveu e atuou impunimente e faleceu em 1979 sem haver prestado contas à justiça nem às vítimas por suas atrocidades.
Fonte: LaVanguardia.es (Espanha)
http://www.lavanguardia.es/hemeroteca/20110316/54126804757/hace-100-anos-nacio-el-medico-nazi-josef-mengele-el-angel-de-la-muerte.html
Tradução: Roberto Lucena
Observação: o texto não traz nenhuma novidade além de manter viva a memória das atrocidades do sociopata Mengele em Auschwitz. Mas uma coisa interessante na matéria(por isso fiz questão de traduzir) chama atenção que é a inclusão de hiperlinks remetendo pro exemplar digitalizado do jornal na época em que ocorreram esses fatos. O jornal do texto é da Espanha. A iniciativa no Brasil coube ao Jornal do Brasil, que também pôs a disposição na rede os exemplares antigos dele, digitalizados.
sábado, 2 de outubro de 2010
Unidade 731 - a guerra biológica na China
O texto abaixo foi copiado do verbete da Wikipedia em português, Unidade 731, apenas pra fazer uma introdução de duas partes de um documentário que serão colocadas abaixo do texto sobre ação dessa unidade na China no período da Segunda Guerra Mundial.
Unidade 731 - foi uma unidade secreta de pesquisa e desenvolvimento da guerra biológica do exército imperial japonês que utilizou seres humanos em experiências secretas durante a Segunda Guerra Mundial e Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-1945), tendo sido responsável por alguns dos crimes de guerra na China e outros países da Ásia, numas das maiores atrocidades realizadas pelo exército imperial japonês.
Suas atividades permaneceram em segredo sob o conhecimento do governo japonês e governo norte-americano, vindo a tona a verdade em 1989 com o descobrimento de cadáveres no subsolo da cidade de Tóquio por operários.
Corpos eliminados pela Unidade 731
Sendo impossível ocultar por mais tempo a verdade, muitos fatos foram levados ao público e vítimas deixam o estado de silêncio e deram seus depoimentos sobre a unidade 731, muitas das quais são soldados norte-americanos que foram cobaias em experiências sob o comando general Shiro Ishii.
Reconhecida oficialmente pelo exército imperial japonês como o laboratório de pesquisa como o Kempeitai departamento de políticas e laboratório de prevenção a epidemias, foi ajustada às políticas, ideologias e seções da kempeitai policia militar da pré-guerra japonesa no Pacífico. Significou se opôr a ideologia e influência política dos inimigos, e reforçar a ideologia de unidades militares.
Ver também: Men behind the Sun
Unit 731
Aviso: o documentário Japan's Dirty Secret (O Segredo Sujo do Japão), que não sei se é um documentário inteiro ou parte de um documentário maior, está dividido em duas partes. A narrativa é bastante pesada e, praquelas pessoas mais 'sensíveis', é recomendável cautela se forem assistir o documentário.
Japan's Dirty Secret(O segredo sujo do Japão) - parte 1
Japan's Dirty Secret(O segredo sujo do Japão) - parte 2
Unidade 731 - foi uma unidade secreta de pesquisa e desenvolvimento da guerra biológica do exército imperial japonês que utilizou seres humanos em experiências secretas durante a Segunda Guerra Mundial e Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-1945), tendo sido responsável por alguns dos crimes de guerra na China e outros países da Ásia, numas das maiores atrocidades realizadas pelo exército imperial japonês.
Suas atividades permaneceram em segredo sob o conhecimento do governo japonês e governo norte-americano, vindo a tona a verdade em 1989 com o descobrimento de cadáveres no subsolo da cidade de Tóquio por operários.
Corpos eliminados pela Unidade 731
Sendo impossível ocultar por mais tempo a verdade, muitos fatos foram levados ao público e vítimas deixam o estado de silêncio e deram seus depoimentos sobre a unidade 731, muitas das quais são soldados norte-americanos que foram cobaias em experiências sob o comando general Shiro Ishii.
Reconhecida oficialmente pelo exército imperial japonês como o laboratório de pesquisa como o Kempeitai departamento de políticas e laboratório de prevenção a epidemias, foi ajustada às políticas, ideologias e seções da kempeitai policia militar da pré-guerra japonesa no Pacífico. Significou se opôr a ideologia e influência política dos inimigos, e reforçar a ideologia de unidades militares.
Ver também: Men behind the Sun
Unit 731
Aviso: o documentário Japan's Dirty Secret (O Segredo Sujo do Japão), que não sei se é um documentário inteiro ou parte de um documentário maior, está dividido em duas partes. A narrativa é bastante pesada e, praquelas pessoas mais 'sensíveis', é recomendável cautela se forem assistir o documentário.
Japan's Dirty Secret(O segredo sujo do Japão) - parte 1
Japan's Dirty Secret(O segredo sujo do Japão) - parte 2
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terça-feira, 1 de setembro de 2009
China pede que História nao seja esquecida em aniversário da Segunda Guerra
Pequim, 1 set (EFE).- O Ministério de Assuntos Exteriores chinês fez hoje uma breve menção à Segunda Guerra Mundial, coincidindo com o 70° aniversário de seu início, e pediu à comunidade internacional que não esqueça esse conflito a fim de garantir um futuro melhor.
"Recordar é básico para assegurar que a História melhore, por isso é necessário que a comunidade internacional o faça para estipular as bases para a paz e a estabilidade", destacou em entrevista coletiva a porta-voz de Assuntos Exteriores, Jiang Yu.
Apesar de a guerra ter começado na Europa em 1º de setembro de 1939, com a invasão da Polônia pela Alemanha nazista, a ramificação chinesa do conflito se iniciou antes, quando o Japão criou um Estado títere no nordeste da China, em 1931, e invadiu o resto do país vizinho, em 1937.
A Segunda Guerra Mundial continua causando tensões diplomáticas entre Japão e China, já que Pequim acusa Tóquio de não ter pedido perdão pela invasão e de prestar homenagem a criminosos de guerra no santuário japonês de Yasukuni, visitado no passado recente por chefes de Governo e funcionários de alto escalão japoneses.
Esta situação pode mudar com a chegada ao poder no Japão - após meio século de domínio conservador - dos social-democratas, que prometeram que seus líderes políticos não farão visitas ao polêmico santuário xintoísta.
A porta-voz de Assuntos Exteriores chinesa expressou hoje o desejo de que após a mudança política no Japão o novo Governo "adote uma atitude responsável". EFE
Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1287815-5602,00-CHINA+PEDE+QUE+HISTORIA+NAO+SEJA+ESQUECIDA+EM+ANIVERSARIO+DA+SEGUNDA+GUERRA.html
"Recordar é básico para assegurar que a História melhore, por isso é necessário que a comunidade internacional o faça para estipular as bases para a paz e a estabilidade", destacou em entrevista coletiva a porta-voz de Assuntos Exteriores, Jiang Yu.
Apesar de a guerra ter começado na Europa em 1º de setembro de 1939, com a invasão da Polônia pela Alemanha nazista, a ramificação chinesa do conflito se iniciou antes, quando o Japão criou um Estado títere no nordeste da China, em 1931, e invadiu o resto do país vizinho, em 1937.
A Segunda Guerra Mundial continua causando tensões diplomáticas entre Japão e China, já que Pequim acusa Tóquio de não ter pedido perdão pela invasão e de prestar homenagem a criminosos de guerra no santuário japonês de Yasukuni, visitado no passado recente por chefes de Governo e funcionários de alto escalão japoneses.
Esta situação pode mudar com a chegada ao poder no Japão - após meio século de domínio conservador - dos social-democratas, que prometeram que seus líderes políticos não farão visitas ao polêmico santuário xintoísta.
A porta-voz de Assuntos Exteriores chinesa expressou hoje o desejo de que após a mudança política no Japão o novo Governo "adote uma atitude responsável". EFE
Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1287815-5602,00-CHINA+PEDE+QUE+HISTORIA+NAO+SEJA+ESQUECIDA+EM+ANIVERSARIO+DA+SEGUNDA+GUERRA.html
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