quarta-feira, 14 de novembro de 2007

A ficha corrida do "revisionista" francês

Tradução livre, Roberto Lucena:

Sobre Vincent Reynouard, é um engenheiro e um autor "revisionista" francês. Nasceu em 1969. Antigo professor em matemática e engenheiro químico de formação, foi excluído em 1997 da Educação nacional(França)por ter conservado num computador do seu liceu documentos que negam o Holocausto.

Exilado na Bélgica no seguimento dos processos judiciais intentados contra ele por seus trabalhos que contestam a história do massacre de Oradour-sur-Glane, não consegue prosseguir com sua atividade editorial. Vincent Reynouard é muito marcado pelo catolicismo tradicionalista (ele é sedevacantista), que ele tende a associar à sua atividade "revisionista".

Na Bélgica, desde os anos de 1990, tem contato com Hervé Van Laethem. Este último foi dirigente e fundador do grupo neonazista L'Assaut(O Assalto)de 1988 à 1993, fez parte da juventude do Front Nacional Belga(Front national belge - FNB) e por fim em 1999 do Movimento Nação(Mouvement Nation). Vincent Reynouard afirma pra si que faz parte de um movimento nacional-socialista(nazista), "revisionista" e católico tradicionalista. Foi membro do Partido Nacionalista francês e europeu(PNFE).

Em 8 de Outubro de 1992, o Tribunal de Recurso Caen o condenou a um mês de prisão com prorrogação e 5.000 francos de multa por contestação da existência de um ou vários crimes contra a humanidade(acórdão n° 679), Reynouard, de acordo com o Tribunal de cassação, "tem dirigido a vinte e quatro alunos de um liceu, laureados do concurso Resistência e Deportação, cartas anônimas às quais era anexada a fotocópia de escritos que contestam a existência das câmaras de gás na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial".

Por um acórdão de 26 de Maio de 1994(recurso n° 92-85638), o Tribunal de cassação quebrou parcialmente, sem referência, este acórdão, nas suas únicas disposições relativas ao encarceiramento, de que não pode ser indiciado por uma infração que tem um caráter político, os delitos de imprensa assimilados a infrigimentos políticos.

Em Junho de 2004, o Tribunal de Recurso de Limoges condenou-o a vinte e quatro meses de prisão, seis dos quais exploração agrícola, por apologia a crimes de guerra, devido à realização e a divulgação de uma fita de vídeo intitulada "Tragédia de Oradour-sur-Glane: 50 anos de mentiras oficiais"; o Tribunal de cassação quebrou este acórdão, por conta de que os fatos mencionados não constituem uma apologia de crimes de guerras, mas sim a uma contestação de crimes de guerra, o que não é restringido por lei.

Vincent Reynouard foi condenado em 8 de Novembro de 2007 a um ano de prisão e a uma multa de 100.000 euros pelo tribunal correccional de Saverne (Bas-Rhin), por contestação de crimes contra a humanidade. Ele foi acusado nominalmente de difundir uma brochura intitulada "Holocausto?" O que escondem"." A Liga internacional contra o racismo e o anti-semitismo (Licra), teve 3.000 euros de prejuízo com a manufatura de impressão e o seu presidente, onde foi distribuído o documento, 150 euros.

Na foto acima, Vincent Reynouard é o segundo da esquerda para direita.
Referências do artigo da Wikipedia em francês sobre o "revisionista":

« Révisionnisme : Honfleur : professeur révoqué », Le Figaro, 23 avril 1997 ;
« Révisionniste », Sud Ouest, 7 avril 1998.
« Oradour-sur-Glane : condamnation d'un révisionniste », L'Humanité, 11 juin 2004 ;
« Six mois ferme pour le révisionniste », La Nouvelle République du Centre-Ouest, 10 juin 2004 ;
« Oradour : cassation de la condamnation du révisionniste Vincent Reynouard », Agence France-Presse, 13 avril 2005
«Un ex-professeur condamné à un an de prison pour révisionnisme », Reuters, jeudi 8 novembre 2007.

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