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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Hitler - o judeu sionista (Parte III)

Aqui vamos nós com a terceira e última parcela da minha análise em curso (principalmente das fontes) sobre o filme de Jim Condit Jr "A Solução Final para Adolf Hitler" (The Final Solution to Adolf Hitler).

1. A entrevista de Rakovski. Esta é grande fonte de Condit nos últimos cinquenta minutos deste filme. Este é um livro singularmente difícil de conseguir, então eu vou tomar com algum risco a abordagem de Condit, confiante na sua palavra de que ele está citando corretamente o livro ao citá-lo diretamente. Existem algumas verdadeiras jóias fornecidas aqui:
1 - A primeira coisa que Condit retira desta suposta entrevista de Christian Rakovski (mais sobre ele mais tarde) é esta observação: "Eles [os banqueiros] estavam muito descontentes com Stalin. Eles viam Stalin como um bonapartista.".

Condit nos conta que "Rattisbone" descobriu que, os banqueiros que financiaram Napoleão, Napoleão se voltou contra eles. Assim, qualquer pessoa que despeja os banqueiros é um "bonapartista".

Infelizmente, parece que nem os falsificadores desta entrevista, "Rattisone", e nem Condit, sabem que o termo "bonapartista" quer dizer: marxista. "Bonapartista" é um termo cunhado por Marx em sua obra de 1852 The Eighteenth Brumaire of Louis Bonaparte (O Dezoito Brumário de Luís Bonaparte). Então, primeiramente, não estamos sequer falando de Napoleão Bonaparte; estamos falando de Luís Napoleão Bonaparte III, o segundo imperador francês que governou de 1848 a 1870.

De acordo com o comentário sobre o artigo, o bonapartismo "é usualmente descrito como um governo que se forma quando a classe dominante não está segura, e então a burocracia estatal, militar e policial intervém para estabelecer a ordem. O Bonapartismo do século XIX é comumente associado com o fascismo e o stalinismo do século XX". Em linguagem clara, o bonapartismo é, para Marx, uma ação contra-revolucionária.

Claro que, se a teoria abrangente do Condit - de que "os judeus" controlam tanto o capitalismo financeiro quanto o comunismo - é verdade, então talvez Stalin estava sendo citado como um bonapartista no sentido que Condit sugere. Mas eu ainda tenho que ouvir uma explicação plausível do porquê capitalistas e comunistas estarem agindo em cooperação.

2 - Agora Rakovsky é "citado", dizendo que, na procura de um agente para derrubar Stalin, eles se voltaram para a Alemanha e para o "orador talentoso" Adolf Hitler. Comento mais sobre isso mais tarde.
2. The Prisoner of Ottawa (O prisioneiro de Ottawa) de Douglas Reed. Condit se refere a Reed como um "historiador", mas ele era de fato jornalista. Este livro era sobre Otto Strasser, escrito enquanto Strasser estava vivendo no Canadá.

Deve se notar que Reed foi um antissemita inveterado. Ele foi condenado pelo menos duas vezes por ninguém menos que George Orwell acerca disso.

De qualquer forma, Reed diz que Strasser disse a ele que Hitler tinha dinheiro para queimar em 1929, e Condit conecta isto a Rakovsky supostamente dizendo que "Warburg" (não dizemos qual) deu a Hitler 10 milhões de dólares. Condit faz referência ao livro Who Financed Hitler? (Quem financiou Hitler?) de James Poole, que escreveu que na eleição de 1933 os nazistas tinham fundos ilimitados.

Condit é capaz de creditar isso em sua totalidade ao financiamento de Rothschild/Warburg, mas ele nunca toca na questão do financiamento de Hitler pelos industriais alemães como Ferdinand Porsche, a família Krupp etc. Condit também parece acreditar que Hitler e Stalin invadiram a Polônia no mesmo dia. Na verdade, as invasões tiveram 16 dias de intervalo.

A seguir Condit nos diz que Hitler teve o apoio do Grupo Cliveden. É nos dito que eram simpatizantes ingleses pró-sionistas de Hitler, só que seu "sionismo" não é provado por Condit. Por qualquer coisa, eles parecem ser Mosleyites (seguidores de Oswald Mosley) ou talvez seguidores de Edward III. Condit vai nos dizer que o Duque de Windsor era judeu?

Condit também menciona sua crença de que Rudolf Hess foi preso completamente sozinho na prisão de Spandau por 44 anos. Não, todos os réus de Nuremberg foram para Spandau. Hess foi simplesmente o último a morrer.

Agora Condit retorna ao livro de Reed sobre Strasser. Strasser diz, supostamente, que Hitler estava em Munique enquanto esta estava sob controle comunista. Assim, podemos supôr que Condit diz que Hitler foi "trabalhar com os comunistas" em Munique em 1919-1920. E sua fonte para isso?

3. Hitler: Hubris, 1889-1936 de Ian Kershaw. De acordo com Condit, Hitler agiu como um "intermediário" para o governo comunista da Baviera em Munique e do exército.

Foi isso o que realmente Kershaw escreveu? (Não importa que Kershaw ignore completamente a "teoria" de que o "avô de Hitler era um judeu" - se Condit está citando o que sabe de Kershaw, então ele está distorcendo novamente.) Não, claro que não. Condit diz que Hitler era um mensageiro entre o governo comunista e as tropas. O problema é que o governo não era "comunista" até depois que Kurt Eisner foi assassinado e, num todo, foi "comunista" por talvez um mês. A lealdade de Hitler, Kershaw escreve, foi com o SPD (Partido Social-Democrata da Alemanha), que tinha realmente chamado os Freikorps para esmagar a revolução em Berlim. E por qual razão Hitler comprometeu seus princípios? Kershaw destaca algo que Condit nunca mencionou - que ele queria evitar ser desmobilizado do exército por medo de ser deportado para a sua Áustria natal. Por que Condit omitiu isso? Será que ele está mentindo? Será que ele não leu o livro?

4. The House of Nasi: The Duke of Naxos (A Casa de Nasi: O duque de Naxos). Este livro é sobre "José de Nasi", o "príncipe dos judeus em todo o mundo" no século XVI (ele era um sefardita, e não existe um "príncipe dos judeus." Sua importância está além de mim, para ser franco.

5. Perfidy (Perfídia) de Ben Hecht. A única coisa que Condit parece não perceber ao citar o caso Kastner é que, apesar de seus protestos, o Irgun colaborou com os nazistas muito mais do que os trabalhistas sionistas.

A propósito, no início do Estado de Israel com o assassinato de Kastner, o ministro das Relações Exteriores de Israel era Moshe Sharrett.

6. Zionism in the Age of Dictators (O sionismo na Era dos ditadores) de Lenni Brenner. Ahhh... que sono... Ele também cita os 51 documentos de Brenner.

Na esteira deste, temos a velha e batida história de que os sionistas levaram os EUA à Primeira Guerra Mundial em troca da Palestina (a Alemanha estava perdendo na Frente Leste quando pessoas como Condit alegaram que estavam vencendo). Condit desconhece totalmente as motivações de Brenner uma vez que ele nunca menciona que Brenner é um marxista.

7. The Secret World Government (O Governo Mundo Secreto) do Major General Conde Cherep Spiridovich. Esta é mais outra porcaria conspiracionista antissemita produzida por um oficial derrotado do Exército Branco. Isto é o material que Condit confia como uma pilha de "provas" mas que revelam bastante seus preconceitos inerentes.

8. Wall Street and the Rise of Hitler (Wall Street e a Ascensão de Hitler), de Anthony Sutton. O quê?! Sabemos que grandes industriais norte-americanos estavam financiando Hitler. Isso não diz nada que apoie a noção de que os sionistas ou Rothschilds estavam fazendo isso.

9. The War Against the Jews (A guerra contra os judeus), de Lucy Davidowicz. Ela é uma espécie de piada. Eu me pergunto se Condit sabe disso. De acordo com Davidowicz, todo mundo foi responsável pelo Holocausto.

10. The Jews of Italy (Os judeus da Itália), da ADL da B'nai Brith. Se nós deveríamos nos surpreender de que havia fascistas judeus italianos, então Condit subestima o nosso conhecimento da história do fascismo. Ele afirma que este panfleto da ADL diz que Mussolini e Adolf Eichmann criaram campos de treinamento para o Irgun na Itália.

Bem, essa é novidade. Quanto à Eichmann, ele passou parte de 1937 na Palestina e depois voltou para sua Áustria natal para supervisionar a segurança durante a anexação da Áustria. Novamente, se nós deveríamos ficar surpresos é pelo fato de que Eichmann passou um tempo na Palestina, e não ficamos.

11. Special Treatment: The Untold Story of Hitler's Third Race (Tratamento Especial: A história não contada da terceira raça de Hitler), de Alan Abrams. Este é um livro sobre Mischlinge. Desde quando essa história não é contada? As Leis Raciais de 1935 são claras de que Mischlinge são distintos dos judeus.

Se Hitler sentiu que as pessoas de ascendência parcial judaica e parcialmente alemãs iriam "governar o mundo", então por que ele proibiu casamentos entre Mischlinge de segundo grau?

12. The Abandonment of the Jew (O abandono do judeu), de David Wyman. O que eu disse sobre Davidowicz vale para Wyman também.

13. The German-Bolshevik (O alemão-bolchevique), de Nesta Webster? Condit parece não perceber que a Alemanha não é um país religiosamente heterogêneo e que, portanto, não poderia ser unificado com base em motivos religiosos.

14. John "Birdman" Bryant. Ele afirma que Alfred Rosenberg era judeu.

Quero voltar para Rakovsky porque Condit nunca termina com ele.

Condit afirma que Rakovsky era judeu. O primeiro nome do homem era "cristão", mas ele ignora isso - ele era judeu porque "Rattisbone" disse que era. Curiosamente, Trotsky, que era judeu e estava trabalhando em uma biografia de Rakovsky quando ele foi assassinado, nunca identifica Rakovsky como sendo judeu. Isto acontece porque provavelmente ele não era.

Um último ponto: o que o longo e incoerente filme de Condit (a origem destas mensagens longas e incoerentes) nunca leva em conta é que: se Hitler queria que os judeus fora da Europa, por que ele não colaboraria de alguma forma com os sionistas que estavam dispostos a fazer isso? É a mais simples possível explicação para muito do que Condit apresenta, e não que Hitler estava recebendo financiamento dos Rothschild e que foi ele mesmo era um judeu.

Condit envolve as coisas com um pouco de negação do Holocausto e antissemitismo religioso. Ele apela para Denis Fahey e Hutton Gibson e sua esposa idiota que diz que não havia seis milhões de judeus na Europa em 1941: o próprio censo nazista aponta que havia 11 milhões de judeus. Ele cita o lunático palpável do Michael Hoffman, para explicar que a palavra "Holocausto" não aparece escrita em maiúscula no dicionário até 1980. E isso prova o quê? É um completo 'non sequitur'.

Condit, como a maioria dos teóricos da conspiração e antissemitas, é incapaz de aplicar o princípio da Navalha de Ockham: a explicação mais simples geralmente é a correta. Não é possível - apenas possível (eu diria provável se não for definido) - que um demagogo politicamente apto que odiava judeus, por quaisquer razões de "sangue da família", foi capaz de explorar os medos do comunismo a subir ao poder na Alemanha e erradicar de milhões de judeus no processo? Este não foi o primeiro genocídio e, infelizmente, provavelmente não será o último, então por que é o mais questionado?

Por que o duplo padrão de julgamento, o Sr. Condit?

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Andrew E. Mathis
Hitler the Jewish Zionist (Part III)
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2007/08/hitler-jewish-zionist-part-iii.html
Tradução: Roberto Lucena

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sábado, 6 de abril de 2013

Hitler - o judeu sionista (Parte II)

Então estávamos falando sobre o filme de Jim Condit, The Final Solution to Adolf Hitler (A Solução Final para Adolf Hitler), e particularmente de suas fontes. Vamos continuar de onde paramos, sobre os quarenta e cinco minutos do filme.

Uma coisa que eu esqueci de mencionar é que todas as tentativas que Hitler supostamente fez para destruir as provas de suas ancestralidade, as lápides de seus pais estão ali a céu aberto em Linz para todos verem: Vejam só!

Hitler destruiu a cidade natal de seu pai, mas Condit nunca cogita a noção de que Hitler desprezou o seu abusivo pai pequeno-burguês e funcionário público.

Nesta seção do filme, Condit também retorna à idéia de um Hitler judeu ao retornar à Viena de Hitler (apesar da notação do autor do nosso último post de que Hans Frank é a única pessoa séria alegando a ascendência judaica de Hitler) e notando que alguns judeus em áreas periféricas do Império Austro-Húngaro tinham o sobrenome "Hitler". O nome significa "pequenos proprietários" em alemão, por isso não é de estranhar que alguns judeus, a maioria dos quais têm nomes alemães ou iídiche, teriam esse nome também.

01. Condit retorna à Viena de Hitler de Hamann, e sequer uma vez observou que Hans Frank foi a única fonte para a história da alegada ascendência judaica de Hitler.

Vamos tocar em fontes novamente:

02. Star Wars por Nord Davis. Condit menciona este livro pela primeira vez neste segmento, mas ele não menciona que Nord Davis era um pregador da Identidade Cristã e um profundo racista. Prometemos mais, "mais tarde".

03. The Last of the Hitlers (O Último dos Hitlers) por David Gardner. Condit afirma que a credibilidade deste livro é de que Gardner escreveu uma biografia de Tom Hanks. Certo: então ser biógrafo de uma estrela de Hollywood o qualifica como historiador? O que importa para Condit é o relato de Gardner da interação de Hitler com seu meio-sobrinho William Patrick que está em desacordo com a interação descrita por Hamann? Hamann não diz nada sobre um retorno de William Patrick e dele manter o silêncio sobre "ascendência judaica."

Por conta das idiotices e risadinhas, eu verifiquei quantas referências acadêmicas foi feita pra cada livro. Centenas levaram o livro Hamann, cerca de 60 levam o livro de Gardner. Meu próprio livro que foi publicado em 2002 - no mesmo ano em que livro de Gardner - tem cerca de 400 referências bibliográficas acadêmicas.

Outro pedaço escrito aparentemente por Gardner é de que o governo liderado pelo austríaco Engelbert Dollfuss investigou o passado de Hitler e descobriu que ele era neto de um "banqueiro Rothschild." Eu posso aceitar que deve ter havido Rothschilds em Viena no início e meados da década de 1930, mas em Linz, Graz ou Braunau?

03. Adolf Hitler: Founder of Germany (Adolf Hitler: Fundador da Alemanha) por Heinnecke Kardel. Condit nos diz que Kardel é um "judeu socialista da Alemanha." Na verdade, Kardel foi um condecorado veterano da Wehermacht da Segunda Guerra Mundial. O livro é geralmente considerado como inútil por historiadores, até mesmo Condit aceita que ele é pobremente provido de fontes.

Esta anedota que Kardel fala sobre o judeu vienense que serviu na Wehrmacht é ridícula, uma vez que Hitler não poderia ter sido um "judeu de Viena" porque ele veio de Linz.

04. Aos 59 minutos de filme, Condit fornece uma fonte - uma fotografia de Hitler e Hindenburg tirada no dia em que Hitler foi empossado no Reichstag como chanceler. Aqui temos uma boa visão do que Condit realmente pensa sobre os judeus. Primeiro, há a questão dos erros estúpidos de Condit: a fotografia foi tirada dois meses depois que Hitler se tornou chanceler, não antes. Segundo, Hitler não sucedeu Hindenburg como chanceler. Ele o sucedeu como presidente um ano depois, quando da morte de Hindenburg. Por um ano inteiro, Hitler serviu como chanceler com Hindenburg como presidente. Na verdade, Hitler concorreu contra Hindenburg para o presidente um ano antes e perdeu.

Um homem que faz um filme sobre Hitler não deveria conhecer um pouco mais sobre a história alemã e de seu governo?

De volta à foto. Condit diz que pelo biotipo do corpo de Hitler ele é "um pouco o tipo de judeu sefardita." Mas claro! Hitler era totalmente judeum, ele seria um judeu Ashkenazi, mas eu discordo. Este tipo de argumento do biotipo é o clássico antissemitismo racial.

05. Condit cita a marcha de Frank Collin do Partido Nazista através de Skokie, Illinois, e salienta que Collin era judeu. Em seguida, pulando para as conclusões, ele parece induzir que todos os nazistas deviem ser judeus. Pelo menos isso é o melhor que se pode extrair de Condit aqui.

06. Condit retorna a Hamann novamente, martelando sobre o desejo de Hitler de esconder sua história familiar. Talvez o que Hitler queria esconder não era que ele pudesse ser judeu, mas sim que (1) o seu pai era ilegítimo, (2) que seu meio-irmão Alois era um pequeno criminoso, (3) que seu pai nunca se divorciou de sua primeira esposa e, assim, foi um bígamo. Mais uma vez, notem: Hamann nunca associa o rumor de "Hitler era judeu" a William Patrick Hitler.

07. The Jewish Connection (A Conexão Judaica) por M. Hirsh Goldberg. Condit pega este livro para fazer vários apontamentos. Notavelmente, este livro (publicado mais de trinta anos atrás) cita várias fontes, mas não tem notas de rodapé ou notas no final. Assim, as alegações feitas por Goldberg, a menos que sua fonte seja declarada explicitamente em um texto adequado, deve ser pesquisada por conta própria. Não são apenas as omissões gritantes no livro (por exemplo, Stalin é mencionado como uma das pessoas que ajudou a fundar o Estado de Israel, mas o expurgo antissemita de Stalin dos anos 1940 e início dos anos 1950, velado como "antissionismo" é excluído). E algumas das informações oferecidas estão simplesmente erradas. Por exemplo, Goldberg afirma que o termo "uvas verdes" vem de Jeremias 31:29, mas se olharmos para a tradução literal de Young do verso, para não mencionar o original em hebraico (onde a palavra é Boser), não encontramos a palavra para "uva" em hebraico (gefen ou kedem). Jeremias e Esopo (este último de quem o termo é retirado), se eles existiram, teriam sido contemporâneos, mas a probabilidade é a de que um tradutor foi 'esperto' e mudou o original em hebraico para "uvas" em inglês.

Portanto, não é surpreendente que os pontos que Condit levanta do livro de Goldberg são todos errados. Por exemplo, há a alegação da página 27 de que Hitler não era um estudante com dificuldades em Viena e que foi rejeitado como um artista, mas mesmo assim ele tinha clientes judeus. O autor do relatório citado é Walter C. Langer do OSS (precursora da CIA). O problema é que o relatório Langer nunca foi considerado confiável (ele nunca entrevistou o colega de quarto de Hitler em Viena, August Kubisczek, em primeira pessoa), e a versão do livro diz que a avó de Hitler trabalhou em Viena para os Rothschild - s sobre Graz e os Frankenbergers?

Os erros de Goldberg não terminam aqui. Sua referência seguinte é o canônico "Ascensão e Queda do Terceiro Reich" de William Shirer. Shirer escreve, na página 20 da brochura da edição Bantam, que um judeu húngaro revendedor roupas deu um casaco que parecia um caftan ou seja, um casaco como aqueles usados pelos judeus chassídicos.

O que é realmente surpreendente é que no topo da mesma página em "Ascensão e Queda", Shirer conclui uma seção sobre a alegada carreira artística de Hitler em Viena, escrevendo: "Esta foi a extensão da "realização" artística de Hitler, e ao fim de sua vida ele se considerava um "artista"."

O embuste seguinte é que Hitler empregou uma cozinheira judia, uma tal de Fräulen Kunde, emprestado a ele pelo líder romeno Antonescu durante a guerra. Surpreendentemente, exatamente a mesma história, contada com quase exatamente as mesmas palavras, aparece no livro de Gerald Fleming "Hitler e a Solução Final". Uma das únicas referências à mulher que eu poderia encontrar era em um artigo de 1939 no American Imago, um jornal psicanalítico. Uma fonte compartilhada entre Fleming e Goldberg é The Psychoanalytic Interpretation of History (A interpretação psicanalítica da História) (1971), editado por Benjamin B. Wolman, que é quase seguramente a fonte de que tanto Fleming e Goldberg utilizaram - a menos que Fleming, que publicou uma década depois de Goldberg, usou o livro de Goldberg, que é extremamente duvidoso.

O problema não é só esse, como com o relatório O.S.S., os pontos de vista psicanalíticos de Hitler mostraram ser não confiáveis​​, mas a maioria dos acadêmicos identificam a cozinheira de Hitler não como "Fräulein Kunde", mas como Marlene von Exner, que, de acordo com Martin Gilbert, não era judia, mas, em vez disso, tinha um bisavô judeu. Ao divulgar para Hitler, ela foi demitida (Gilbert, The Second World War: A Complete History [A Segunda Guerra Mundial:. Uma história completa] [2004], pág. 504).

Outra fonte que menciona a cozinheira como Exner e não Kunde é ninguém menos que Brigitte Hamann (pág. 412), cujo livro está ao lado direito na mesa Condit, enquanto ele lê o que parece ser uma fotocópia das páginas do livro de Goldberg. Claramente Condit nunca leu todo o livro de Hamann e simplesmente apontou porções "incriminatórias" de seu "mentor" sombra, a quem ele chama apenas de "Ratisbone."

As revelações sobre o Oficial Superior judeu de Hitler durante a I Guerra Mundial e Dr. Bloch não são nada para quem sabe alguma coisa sobre Hitler. (Com um aparte, eu pessoalmente sou da opinião de que Hitler merecia suas condecorações de guerra, uma das quais foi concedida pelo transporte de uma mensagem entre pelotões sob fogo.)

As alegações de Angela Hitler ter trabalhado para uma organização Mensa judaica. Eu era capaz de rastrear esse assunto em uma publicação Tcheca de 1933. É pobre em fontes na melhor das hipóteses, mas, como Condit admite, não prova nada sobre Hitler ser judeu. Nem tampouco, sobre este assunto, fala da modéstia pessoal de Hitler, citada por Condit enquanto referenciada no livro "Hitler's War" de David Irving. Condit afirma que Hitler não iria permitir que as pessoas, até mesmo médicos, vissem-no nu, porque ele provavelmente era circuncidado, e somente os judeus eram circuncidados antes da Segunda Guerra Mundial na Europa.

Então, lá vamos nós de novo com Hitler sendo um quarto judeu para ter sido submetido a circuncisão ritual, presumivelmente em 1889, ano de seu nascimento. Sério? Devemos supor que a pequena cidade de Braunau tinha um mohel para executar tal circuncisão, não? E sobre a edicação católica dos pais de Hitler?

Sei que esta é uma evidência anedótica, para encará-la com um grão de sal, mas eu mesmo tive um avô judeu. No entanto, o filho do meu avô, meu pai, foi criado como católico, como era minha mãe, e como eu fui.

08. The Rakovsky Interrogation (O Interrogatório de Rakovsky) por um Anônimo. Condit se refere a este livro como uma das "nossas" publicações, então em andamento. Antes que ele entre nisso, no entanto, ele nos mostra um exemplar do jornal que ele usou para publicar todas essas coisas - particularmente um artigo entitulado "A Entrevista de Rakovsky e o começo da Segunda Guerra Mundial". Condit escreveu ele mesmo este artigo. Ele diz que voltaremos para isso também.

Em seguida, ele puxa Sinfonia Vermelha de J. Landowsky, que fazia parte supostamente do interrogatório de Christian G. Rakovsky. O próximo livro é "Hitler e Stalin" de Alan Bullock, e uma referência de Condit da autobiografia de Trotsky sobre o tema sobre Rakovski. Condit chama Rakovsky de "banqueiro cavalheiro" judeu.

A próxima referência de Condit é "Ratisbone" novamente e então puxa "The Rules of Russia" (Os governos da Rússia) do Pe. Denis Fahey, um famoso padre católico antissemita e cismático. Fahey cita Douglas Reed, que a nós é dito que "já trabalhou para o The London Times. Você sabia que muitos dos bolcheviques que derrubaram o governo provisório na Rússia eram judeus de Nova York que não poderiam falar da Rússia?".

Eu posso pensar sobre um norte-americano que foi à Rússia durante a tomada bolchevique - John Reed, autor de "Dez dias que abalaram o mundo". Mas eu passo.

A seguir, Condit fala sobre as tomadas comunistas da Hungria por Bela Kun e da Baviera pelos comunistas, etc, depois da Primeira Guerra Mundial I. Condit referencia a Guerra polaco-soviética, que os poloneses ganharam em agosto de 1920. Condit liga esta derrota Soviética com a queda de Kun e dos comunistas da Baviera. O problema é que tanto Kun como o grupo bávaro foram derrubados antes da Batalha de Varsóvia (a batalha a qual Condit repetidamente se refere), e não estava claro que a Polônia iria ganhar a guerra até esta batalha acabar.

Enquanto ele discute a sucessão de Stalin para o governo da URSS de Lênin, ele menciona que Trotsky foi casado com alguém da família Rothschild. Antes de abordar esta idiotice, Condit conclui sua introdução afirmando que Trotsky era o homem dos banqueiros na Rússia e posto pra fora por Stalin, e os banqueiros e comunistas (que, como todos sabemos, sempre trabalham em equipe), tentaram derrubar Stalin. Ao descobrir isso, Stalin fez prisões em massa e começaram os expurgos dos anos de 1930 - também conhecido como o Grande Terror.

Curiosamente, Condit não menciona o assassinato de Kirov, que é o evento-chave que desencadeou a Grande Terror. Será que ele sabe quem foi Kirov? Será que ele sabe quem o matou e por quê?

Condit também parece não saber (ele nunca menciona isso) que entre a morte de Lênin e a consolidação de poder singular de Stalin (1924-1929), Stalin governou a URSS parte do tempo com dois judeus - Lev Kamenev e Grigori Zinoviev, o primeiro daquele que era cunhado de Trotsky. Por que Stalin não se distanciaria destes homens?

Como no casamento de Trotsky - ou deveríamos dizer, casamentos - ele se casou com Aleksandra Sokolovskaya na Sibéria em 1899. Ele se casou com sua segunda esposa, Aleksandra Sokolovskaia, em Paris, em 1903. Condit não menciona nem a mulher, nem qualquer ligação entre eles e a família Rothschild.

Eventualmente chegamos à alegação muitas vezes repetida do banqueiro judeu de Nova York, Jacob Schiff, que teria financiado os bolcheviques. Ele (em vez de Kaiser Guilherme II, como a história registra) encontrando Lenin em Zurique e lhe enviando para Petrogrado e Schiff, através de Bernard Baruch e seu capacho , Woodrow Wilson, teriam libertado Trotsky da prisão em Terra Nova, onde ele foi de fato pego pelos britânicas na rota de Nova York a Petrogrado, em março de 1917.

O ponto é este: Schiff ajudou a financiar a Revolução de Março na Rússia que colocou um governo provisório democrático no lugar sob Alexander Kerensky. (A maioria dos teóricos da conspiração como Condit parecem não saber que havia duas revoluções em 1917 na Rússia.). No entanto, como ele sentiu que o comunismo era prejudicial ao capitalismo (e foi), ele retirou seu financiamento quando os bolcheviques chegaram ao poder oito meses depois.

Se Schiff tinha financiado Trotski, a propósito, você não acha que Trotsky teria mencionado em sua autobiografia, publicada dez anos depois qye Schiff havia morrido? O que Trotsky teria a perder nesse ponto? Ele havia sido exilado à força da União Soviética e Stalin estava tramando contra sua vida.

Condit chamou Stalin de "gangster meio-judeu", só que Stalin não era judeu. Seu pai e sua mãe eram ambos cristãos ortodoxos georgianos. Jughashvili não significa "filho de judeu."

Isto praticamente encerra o segundo terço do filme de Condit. Vamos fazer a terceira parte finalmente, quando o tempo permitir.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Andrew E. Mathis
Hitler the Jewish Zionist (Part II)
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2007/07/hitler-jewish-zionist-part-ii.html
Tradução: Roberto Lucena

Observação: sem revisão de texto.

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sábado, 16 de março de 2013

Hitler - o judeu sionista (Parte I)

Minha esposa e eu estávamos assistindo o Hitler Channel - ops, quer dizer, o History Channel outra noite, e havia uma biografia de Reinhard Heydrich, a Conferência de Wannsee, os campos nomeados por ele etc Foi um programa principalmente sobre seu assassinato, em Praga, na primavera de 1942, mas tinha algumas informações sobre ele, inclusive o seu próprio medo de que ele tinha uma ascendência parcialmente judaica. Isto é, tanto quanto eu sei (Sergey ou Nick, provavelmente podem me corrigir), isso nunca foi definitivamente provado de um jeito ou de outro. Naturalmente, o auto-ódio como uma fonte de antissemitismo não é um fenômeno novo.

E tudo que sabemos da afirmação de que Hitler tinha uma ascendência parcialmente judaica foi morrendo, particularmente difícil se sustentar por cerca de oitenta anos. Então, imagine minha surpresa quando ouvi uma entrevista de três horas com um "católico tradicional" (ou seja, cismático) Jim Condit, Jr., realizado pelo lunático Christopher Jon Bjerknes e descobri que não apenas Hitler era judeu, mas que ele foi um sionista e, além disso, a maioria da liderança nazista era igualmente judaica.

A maior parte deste lixo é narrado no filme de Condit, The Final Solution to Adolf Hitler (A solução final para Adolf Hitler), que pode ser visto online aqui. Eu vou encarar este vídeo em três partes. Esta aqui é a parte I.

A principal coisa que impressionou tanto Bjerknes em relação a Condit é que Condit supostamente tinha fontes de tudo o que afirmou. Então, eu decidi ver o filme de Condit (a primeira hora mais as duas horas restantes), visando avaliar suas fontes. Vou listá-las numericamente, então aqui estão as fontes de Condit, em ordem numérica.

01. Barbarians Inside the Gates (Bárbaros dentro dos portões) de Donn R. Grand Pre. Condit cita este livro como um dos que ele leu e o levou a se interessar por toda esta teoria da conspiração de que "Hitler era um judeu sionista". Grand Pre aparentemente era o maior traficante de armas na administração Carter - ou um dos que ele afirma (eu sempre achei que esta honraria tinha ido pra Adnan Khashoggi). Eu não posso garantir nada de uma forma ou de outra para este livro, a não ser dizer que foi aí que Condit teve sua "iniciação", e que é muito provavelmente uma porcaria.

02. Hitler's Policy Is a Jewish Policy (A polícia de Hitler é uma política judaica) de P.R. Masson and Borge Jensen. Este livro pretende ser a correspondência entre os autores acima listados e um "publicista judeu" (não citado - obviamente). Eu não pude encontrar muita informação sobre Masson, mas Borge Jensen tem pelo menos dois livros em seu nome: The "Palestine" Plot (O complô "Palestina") e The "World Food Shortage": A Communist-Zionist Plot (A "escassez mundial de alimentos": uma conspiração comunista-sionista). Eu acho que podemos ver que o segundo título é onde as afinidades de Sr. Jensen se encontram. O editor do panfleto citado aqui é a KRP Publications, Ltd., que numa busca no Google revelou que publica principalmente livros sobre bancos e "crédito social", um esquema econômico adotado por uma variedade de pessoas descontentes, principalmente Ezra Pound.

Os pontos-chaves que Condit retira deste panfleto são: (a) as leis raciais de Nuremberg foram apenas a "adequação" da Lei Judaica sobre "raça" em solo alemão, e (b) Otto von Bismarck e o Kaiser Guilherme II foram "cercados" por judeus. No primeiro ponto, deve-se considerar que, embora a Lei judaica permite que qualquer judeu, exceto um homem da linhagem Kohen/Cohen (sacerdotal) se case com um convertido - de fato, o Livro de Ruth em todo padrão das Bíblias é uma história de conversão ao judaísmo - - as Leis de Nuremberg não permitiria tal coisa. Sobre o segundo ponto, considere que Bismarck, uma vez brincou com Benjamin Disraeli, presumivelmente sobre o Sudoeste Africano, que "os alemães acabaram de comprar um novo país na África onde os judeus e os porcos serão tolerados", ao que Disraeli respondeu: "Felizmente ambos estamos aqui na Inglaterra." Quanto ao Kaiser Guilherme, enquanto ele achava que os nazistas seriam bandidos, ele não tinha nenhum "amor" por judeus. Uma citação informativa da Enciclopédia Judaica (The Jewish Encyclopedia) sobre ambos:
Enquanto Bismarck estava no poder o antissemitismo foi verificado, pois, embora fosse um antissemita de nascimento, como ele mesmo confessou, ele nunca permitiu que os elementos turbulentos 'ganhassem' o poder. De fato, após sua aposentadoria, ele disse que os conservadores, em sua tentativa de combater o socialismo com o antissemitismo, "haviam pego o inseticida errado" ("Allg. Zeit. D. Jud." 11 de novembro., 1892). A ascensão do imperador Guilherme II. ao trono (15 de junho de 1888) logo encorajou os antissemitas e seus aliados. Foi feita uma tentativa de induzir o imperador a recusar a sua confirmação da eleição do Prof Julius Bernstein como Reitor Magnífico da Universidade de Halle. Bismarck, evidentemente, aconselhou o Imperador a declinar de agir assim. Foi também a influência de Bismarck que trouxe a aposentadoria de Stöcker como capelão da corte.

Em suma, a alegação de que estes homens eram "rodeados" por judeus é um pouco ridícula em qualquer tempo.

03. American Free Press. Condit cita este artigo. Ele sugere que esta reunião da AIPAC foi "suprimida" pelos meios de comunicação de massa, e ainda o próprio artigo menciona tanto o Chicago Tribune como o Washington Post.

Mas o problema, de novo, é a fonte. A American Free Press é publicada por Willis Carto, um homem que processou o National Review por tê-lo chamado de "neonazista", apenas para ter a que o juiz dissesse se este era "um comentário justo." Sobre qualquer assunto que lide com os judeus, uma publicação de Carto não é confiável (ele fundou o Instituto de Revisão Histórica, IHR).

04. Hitler's Jewish Soldiers (Os soldados judeus de Hitler) de Brian Mark Rigg. Acho que a maioria de nós já ouviu falar deste livro. O que Condit diz apenas uma vez é que esses "soldados judeus" eram Mischlinge, ou seja, tinham apenas uma parcial ascendência judaica. E, se você já leu as Leis de Nuremberg, você sabe que as pessoas com um avô judeu tinha muito poucas restrições, e até mesmo pessoas com dois avós judeus poderiam ser isentos de prioridade no serviço militar.

Em outras palavras, não há grandes revelações neste livro.

05. Here We Go Again (Lá vamos nós novamente) de Doug Collins. Collins é um jornalista falecido canadense, cujo obituário em seu próprio jornal que você pode ler aqui.

06. IBM and the Holocaust (IBM e o Holocausto) de Edwin Black. Eu não sei exatamente qual o ponto de Condit ao citar este livro. Ele parece concordar com a conta de Black que Tom Watson, fundador da IBM (e um homem meu avô conheceu), trabalhou com os nazistas.

07. Open Secrets (Segredos Revelados) de Israel Shahak. Shahak poderia ser uma fonte útil se não fosse um mentiroso condenado em tribunal.

08. Secret Contacts: Zionist-Nazi Relations (Contatos secretos: relações nazi-sionistas), de Klaus Pohlken. Condit usa este artigo do Journal of Palestine Studies para provar, entre outras coisas, que, enquanto Hitler fechou todos os jornais judaicos publicados, ele deixou os jornais sionistas continuarem a operar.

Então, qual a conclusão? Não está claro (e estava ainda mais claro nas Leis de Nuremberg) que Hitler queria que a única voz judaica que poderia ser ouvida era uma que não tinha lealdade com a Alemanha?

O que é engraçado sobre a inclusão desta fonte pelo Condit é que Condit é um anticomunista, mas Pohlken era um alemão oriental, historiador marxista com a plena aprovação de seu governo. Eu pensava que o comunismo era um empreendimento sionista? Então, por que o antissionismo de um escritor comunista?

09. The Transfer Agreement (O Acordo de Transferência) de Edwin Black. Bocejos... Condit disse em sua entrevista com Bjerknes que Black inutilizou esta história. Na verdade, foi "inutilizada" pelo menos desde o início de 1963 por Hannah Arendt em Eichmann in Jerusalem (Eichmann em Jerusalém). Condit afirma que o acordo de transferência (Ha'avara em hebraico) foi um esforço de fazer dinheiro por parte dos sionistas. Na verdade, o que o yishuv conseguiu na Palestina foi o povo, não o dinheiro. Discuto isso no meu artigo sobre a Kristallnacht, que você pode ler aqui.

Condit faz uma grande jogada de que "Hitler nunca reclamou" sobre o acordo de transferência. Por que ele faria? Isso tirou os judeus da Alemanha e fez dinheiro para o Reich. O que há pra reclamar, do ponto de vista de Hitler?

10. Um panfleto do rabino Moshe Shonfeld. Bocejos novamente. Este rabino antissionista "revela" que a polícia judaica ajudou a prender judeus para deportação.

Hilberg não escreveu sobre isso ainda em 1961?

11. Hitler's Youth (A juventude de Hitler) de Franz Jetzinger. Condit nunca diz explicitamente que este livro supostamente faz a revelação, mas ele parece implicar de que o livro no fundo prova a alegada ascendência judaica de Hitler.

12. Bevor Hitler Kam de Dietrich Bronder. Condit não sabe ler alemão, mas ele afirma que este livro também confirma a teoria de que "Hitler era judeu".

13. Hitler's Vienna: A Dictator's Apprenticeship (A Viena de Hitler: Estágio para um ditador) de Brigitte Hamann. Neste Condit cita a "confissão no leito de morte" de Hans Frank, de que Hitler era judeu. Hamann escreve, "O que precisa ser destacado é que a história de Frankenberger [ver abaixo] tem uma única fonte: Hans Frank. Na procura por um motivo para suas insinuações equivocadas ele acaba não suspeitando da fúria antissemita de Frank querendo colocar sua responsabilidade sobre os judeus por causa de um Hitler supostamente judeu, ou pelo menos sacudi-los por meio de boatos "(p. 52). Aliás, apesar das afirmações em outros lugares feitas por Condit, este livro também afirma claramente que William Patrick Hitler, meio-sobrinho de Adolf por parte do meio-irmão Alois Jr. e sua esposa irlandesa, nunca alegou ascendência judaica.

Neste ponto deste filme, somos informados por Condit que, durante o Anschluss, Hitler teve registros etc, em sua cidade natal de Braunau, Áustria, destruídos. E ainda que a casa de seu nascimento ainda estava de pé. Além disso, dado que Hitler nasceu em Braunau, não muito longe de Linz, enquanto seu pai (que foi registrado antes do nascimento de Adolf) nasceu perto de Viena, não faz nenhum sentido destruir registros em Braunau - não teria havido qualquer pai supostamente judeu de Alois.

Darei a última palavra a Ian Kershaw:
A história de Frank ganhou grande circulação na década de 1950. Mas ela simplesmente não se sustenta. Não havia família judia chamada Frankenberger em Graz durante a década de 1830. Na verdade, não havia judeus em toda Styria naquele tempo, uma vez que os judeus não eram permitidos ficar naquela parte da Áustria até 1860. Uma família chamada Frankenreiter viveu lá, mas não era judia. Não há evidências de que Maria Anna estava sempre em Graz, e o deixou só quando foi contratada pelo açougueiro Leopold Frankenreiter. Nenhuma correspondência entre Maria Anna e uma família chamada Frankenberg ou Frankenreiter apareceu. O filho de Leopold Frankenreiter e suposto pai do bebê (de acordo com a história de Frank e aceitando que ele apenas confundiu os nomes) para quem Frankenreiter foi parentemente teria que pagar pensão alimentícia por treze anos tinha dez anos de idade na época do nascimento de Alois. Aliás, em tais tempos difíceis, o pagamento da família Frankenreiter de qualquer apoio a Maria Anna Schicklgruber teria sido inconcebível. Igualmente a falta de credibilidade do comentário de Frank de que Hitler aprendeu com sua avó que não havia nenhuma verdade na história de Graz: sua avó havia morrido há mais de 40 anos na ocasião do nascimento de Hitler. E se de fato Hitler recebeu uma carta de chantagem de seu sobrinho, em 1930, também é duvidosa. Se tal fosse o caso, então, Patrick - que repetidamente fez um incômodo a si mesmo por arrecadar dinheiro de seu tio famoso - teve sorte em sobreviver nos próximos anos que ele passou a maior parte na Alemanha, e de ser capaz de deixar o país por bem em Dezembro de 1938. Suas 'revelações', quando apareceram em um jornal de Paris, em agosto de 1939, não continha nada sobre a história de Graz. Nem uma série de inquéritos diferentes da Gestapo sobre a ascendência da família de Hitler nas décadas de 1930 e 1940 contém qualquer referência à alegada ligação com Graz. Na verdade, eles não descobriram novos esqueletos no armário. As Memórias de Hans Frank, ditada no momento em que ele estava esperando o carrasco e claramente passando por uma crise psicológica, está cheia de imprecisões e tem que ser usada com cautela. No que diz respeito à história da alegada ascendência judaica do avô de Hitler, elas não têm valor. O avô de Hitler, fosse quem fosse, não era um judeu de Graz.
Mais quando eu compilar o resto.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Andrew E. Mathis
Hitler the Jewish Zionist (Part I)
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2007/07/hitler-jewish-zionist-part-i.html
Tradução: Roberto Lucena

Próximo: Hitler - o judeu sionista (Parte II)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Richard Williamson, o bispo negacionista, chamado a tribunal na Alemanha

Bispo lefebvriano chamado a tribunal alemão

O Bispo Williamson, da Sociedade de São Pio X (SSPX), que o ano passado afirmou numa entrevista que apenas 300 mil judeus tinham morrido no holocausto, está a braços com a justiça alemã.

Richard Williamson fez as polémicas declarações numa entrevista concedida a uma televisão sueca, mas que foi gravada na Alemanha, onde a negação do holocausto é um crime.

Por essa razão, e apesar de não residir na Alemanha nem se encontrar lá na altura, o bispo recebeu uma multa sumária no valor de 12 mil euros.

Mas o bispo, que pertence à sociedade fundada pelo Arcebispo Marcel Lefebvre, recorreu da decisão pelo que agora deve comparecer diante de um tribunal para se justificar. Caso não compareça a multa passará a ter força de lei. Não sendo residente, não pode ser obrigado a pagar, mas arriscar-se-á a ser detido caso volte a pisar solo alemão.

O caso Williamson surgiu dias antes de Bento XVI levantar a excomunhão em que ele e outros três bispos da SSPX tinham incorrido automaticamente quando foram ordenados por Lefebvre, sem autorização do Papa. O levantamento da excomunhão pretendia facilitar o diálogo entre a Igreja e a SSPX e não reflectia qualquer aceitação ou apoio das opiniões de Williamson, contudo foram estas que concentraram a atenção mediática, causando embaraço a ambas as instituições e prejudicando as relações entre a Igreja e os judeus.

Tanto a Igreja Católica como a própria SSPX repudiaram a visão de Williamson sobre o holocausto.

Fonte: Renascença(Portugal)
http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=95&did=89235

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

A ficha corrida do "revisionista" francês

Tradução livre, Roberto Lucena:

Sobre Vincent Reynouard, é um engenheiro e um autor "revisionista" francês. Nasceu em 1969. Antigo professor em matemática e engenheiro químico de formação, foi excluído em 1997 da Educação nacional(França)por ter conservado num computador do seu liceu documentos que negam o Holocausto.

Exilado na Bélgica no seguimento dos processos judiciais intentados contra ele por seus trabalhos que contestam a história do massacre de Oradour-sur-Glane, não consegue prosseguir com sua atividade editorial. Vincent Reynouard é muito marcado pelo catolicismo tradicionalista (ele é sedevacantista), que ele tende a associar à sua atividade "revisionista".

Na Bélgica, desde os anos de 1990, tem contato com Hervé Van Laethem. Este último foi dirigente e fundador do grupo neonazista L'Assaut(O Assalto)de 1988 à 1993, fez parte da juventude do Front Nacional Belga(Front national belge - FNB) e por fim em 1999 do Movimento Nação(Mouvement Nation). Vincent Reynouard afirma pra si que faz parte de um movimento nacional-socialista(nazista), "revisionista" e católico tradicionalista. Foi membro do Partido Nacionalista francês e europeu(PNFE).

Em 8 de Outubro de 1992, o Tribunal de Recurso Caen o condenou a um mês de prisão com prorrogação e 5.000 francos de multa por contestação da existência de um ou vários crimes contra a humanidade(acórdão n° 679), Reynouard, de acordo com o Tribunal de cassação, "tem dirigido a vinte e quatro alunos de um liceu, laureados do concurso Resistência e Deportação, cartas anônimas às quais era anexada a fotocópia de escritos que contestam a existência das câmaras de gás na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial".

Por um acórdão de 26 de Maio de 1994(recurso n° 92-85638), o Tribunal de cassação quebrou parcialmente, sem referência, este acórdão, nas suas únicas disposições relativas ao encarceiramento, de que não pode ser indiciado por uma infração que tem um caráter político, os delitos de imprensa assimilados a infrigimentos políticos.

Em Junho de 2004, o Tribunal de Recurso de Limoges condenou-o a vinte e quatro meses de prisão, seis dos quais exploração agrícola, por apologia a crimes de guerra, devido à realização e a divulgação de uma fita de vídeo intitulada "Tragédia de Oradour-sur-Glane: 50 anos de mentiras oficiais"; o Tribunal de cassação quebrou este acórdão, por conta de que os fatos mencionados não constituem uma apologia de crimes de guerras, mas sim a uma contestação de crimes de guerra, o que não é restringido por lei.

Vincent Reynouard foi condenado em 8 de Novembro de 2007 a um ano de prisão e a uma multa de 100.000 euros pelo tribunal correccional de Saverne (Bas-Rhin), por contestação de crimes contra a humanidade. Ele foi acusado nominalmente de difundir uma brochura intitulada "Holocausto?" O que escondem"." A Liga internacional contra o racismo e o anti-semitismo (Licra), teve 3.000 euros de prejuízo com a manufatura de impressão e o seu presidente, onde foi distribuído o documento, 150 euros.

Na foto acima, Vincent Reynouard é o segundo da esquerda para direita.
Referências do artigo da Wikipedia em francês sobre o "revisionista":

« Révisionnisme : Honfleur : professeur révoqué », Le Figaro, 23 avril 1997 ;
« Révisionniste », Sud Ouest, 7 avril 1998.
« Oradour-sur-Glane : condamnation d'un révisionniste », L'Humanité, 11 juin 2004 ;
« Six mois ferme pour le révisionniste », La Nouvelle République du Centre-Ouest, 10 juin 2004 ;
« Oradour : cassation de la condamnation du révisionniste Vincent Reynouard », Agence France-Presse, 13 avril 2005
«Un ex-professeur condamné à un an de prison pour révisionnisme », Reuters, jeudi 8 novembre 2007.

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