quinta-feira, 16 de outubro de 2025

O "drible da vaca" de Trump sobre certas "mídias/canais" no Brasil e sobre a política externa chinesa

Maduro (Venezuela) 
e Trump (EUA)
Como há muita gente na Ásia e outros países (Europa), EUA que acessam esse espaço, caso não entendam o termo, "drible da vaca" é isso aqui:
"Drible da vaca é uma jogada no futebol que ocorre quando o jogador dribla o seu adversário tocando a bola por um lado e passando por ele pelo outro. Assim, o adversário fica sem saber se fica atento à bola que passa por um lado, ou ao adversário, que passa pelo outro." (https://pt.wikipedia.org/wiki/Drible_da_vaca)
O uso do termo foi como "alegoria de linguagem" (https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/alegoria) pra mencionar que quando o Brasil e cia (canais) acreditam que Trump se aproximou do governo brasileiro, na verdade o intento dele é outro, à parte o recuo também pela questão econômica nos EUA.

Mas há outro intento nisso (na Venezuela) que nos diz respeito, porque se a Venezuela tombar, que o governo brasileiro não crie ilusões sobre essa "aproximação trumpista" sobre o Brasil. Mesmo sendo um sujeito boçal, grosseirão, desagradável, ele é perigoso (pelo cargo que ocupa). Já abordei isso aqui Link 1 e Link2. Não querendo "patrulhar", mas... é difícil não notar a "pilha" (tola, idiota) que vários canais vêm fazendo sobre uma "suposta aproximação" de Trump com o governo Lula, títulos como "Camarada Trump" etc, que seria "pilha normal" em "tempos normais" (que não vivemos), a gente se choca com a falta de entendimento dessas pessoas com a gravidade da situação, com a guerra.

Desde que Trump, o "Big Orange" ("Laranjão") de extrema-direita, fez algum gesto de "aproximação", destensionar com o Lula na ONU que essa turma trata a coisa ignorando os fatos ao redor. Na verdade quem pode estar levando certa "turma esperta/marota" na conversa é o "Laranja do Norte" (Trump).

Trump aumentou a ofensiva, a aposta de ataque sobre a Venezuela, com ajuda da "Europa Ocidental" dando prêmio Nobel pra golpista venezuelana ("Prêmio Nobel Adolfo Pérez Esquivel critica premiação de Corina Machado: ‘Não trabalha pela paz’" https://www.brasildefato.com.br/2025/10/10/corina-machado-nao-trabalha-pela-paz-diz-nobel-da-paz-adolfo-perez-esquivel, prêmio belicista de origem, o "Nobel" ainda tem prestígio nas mentes colonizadas do "terceiro mundo" (que agora chamam de "Sul Global", toda década arrumam "nome novo" pra coisa, mas é o antigo "terceiro mundo" da Guerra Fria) que veem de forma "neutra" esse tipo de prêmio/premiação quando se trata de algo político (até o talo), ideológico até a médula.

Notícia que circulou ontem foi essa: "Governo Trump dá carta branca à CIA para agir pela queda de Maduro na Venezuela" (https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2025/10/governo-trump-da-carta-branca-a-cia-para-derrubar-maduro-na-venezuela-diz-new-york-times.shtml).

"Pra bom entendedor meia palavra basta", imagina uma série de "indícios" de ataque e grupos no Brasil levando na "esportiva", na "brincadeira"...

Indo ao ponto, a "aproximação" (aspas) de Trump com o governo brasileiro significa na prática uma "neutralização" do Brasil, e não estou criticando a posição do governo brasileiro, qual a opção a isso?...

O ponto é que esse clima de oba-oba, "brincadeira" nessas mídias dissemina ideias problemáticas sobre o que se passa.

Se a Venezuela for atacada pra valer pelos Estados Unidos atingindo seu território, essa turma dimensiona o impacto disso com o Brasil? Problema de fronteira e cia, fora o impacto político disso?

Se não dimensionam já deveriam estar discutindo isso, mas só um ou outro "cita", "comenta" algo.

O Brasil está sob cerco norte-americano. Atacar um país vizinho mira o país vizinho mas o Brasil principalmente, o alvo fim dos EUA sempre será o Brasil (maior país da América Latina e o segundo maior do continente e um dos maiores do mundo).

E onde entra a China nisso? Eu cliquei esses dias na hashtag "China" em alguma discussão pra mostrar os posts sobre a história da China e cia e apareceram vários posts de Gaza, sobre Palestina e afins. Por que isso apareceu? Porque eu critiquei a posição, postura da política externa chinesa, do BRICS sobre a questão palestina, dos equívocos da omissão. E o "castigo" veio a galope, caso holandês contra a China:

"Holanda toma o controle de fabricante chinesa de semicondutores" (https://www.poder360.com.br/poder-china/holanda-toma-o-controle-de-fabricante-chinesa-de-semicondutores).
"China denuncia intervenção holandesa em empresa de semicondutores: ‘discriminatória’" (https://operamundi.uol.com.br/ciencia-e-tecnologia/china-denuncia-intervencao-holandesa-em-empresa-de-semicondutores-discriminatoria).

Governo holandês confiscou, tomou uma empresa chinesa de ponta, de semicondutores, na Holanda, que a China classificou de "pirataria".

Um colega fez um comentário sobre a política externa chinesa que eu concordo de que o governo chinês acredita que "vai comprar todo mundo" no dito "Ocidente" e cia e não vai, pela dependência econômica que surge desse avanço chinês na manufatura, principalmente com a União Europeia.

Posso me equivocar e a estratégia chinesa nessa linha avançar? Posso, mas até que isso "aconteça" muita pancada pode acontecer...

E não sobrou nada aos Estados Unidos (que está por trás desses ataques, a Europa Ocidental, governos, opera em consórcio com os Estados Unidos desde o fim da segunda guerra mundial) pra confrontar a China senão a "guerra dura", confisco de divisas, fábricas, tecnologia e guerra militar aberta.

Os Estados Unidos não têm como conter a China na questão da ascensão econômica fazendo disputa de empresas, de reindustrialização interna dos EUA (o tarifaço de Trump mirava isso e tem sido um fiasco, porque não há como reindustrilizar país desse porte dessa forma no século XXI).

Então os EUA mirarão os parceiros, aliados da China, as partes mais frágeis pra forçar guinadas de governo, mudança, ou neutralização e diretamente a própria China, com parceiros europeus.

Eu me irrito com a cobertura feita por certos canais/mídias aqui no país pois beiram à adulação em vez de discutir a situação real da coisa, e do Brasil na questão, o que nos afeta como país. E tenho simpatia pela China abertamente, só que isso não vai me tornar um "adulador" que não aponta erros e problemas na política externa de país A ou B, ou dessa "formulação" que circula em alguns meios de que o dito "mundo multipolar" por si só, quando "surgisse", tornaria o mundo em paraíso... a situação real é muito longe disso, o mundo está mais pra conflagração e guerra, que precede qualquer "calmaria", e a menos que alguém prove o contrário, essa turma gosta de destruição, conflito armado?

Porque há gente que ache que por A ou B ter lado, posição, que venere ou ache "lindo" conflito armado, eu não acho, apenas aprendi a avaliar a coisa por influência direta dos assuntos relacionados à segunda guerra e o conflito na Palestina (principalmente, não nessa ordem).

É preocupante o tipo de ideia que predomina, que está sendo disseminado no país, porque o Brasil não conta com uma "mídia hegemônica" que comunique à população o que se passa, da gravidade da coisa porque se consideram "puxadinho", "extensão" dos Estados Unidos dentro do Brasil, quando não são (são só capachos servis, redundante o termo, mas não passam disso, de "capitães do mato" Link1 da população).

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