quinta-feira, 14 de março de 2013

História do Brasil e "revisionismo" (negacionismo) do Holocausto

Pra quem acompanha o que é publicado no blog já deve ter notado que ocasionalmente são colocados textos sobre história do brasil, racismo, outros assuntos da Segunda Guerra etc, como o texto sobre a ideologia do branqueamento no Brasil ou movimentos fascistas/nazistas na América espanhola e Brasil (tag integralismo). Ainda sobre a ideologia do branqueamento, ideologia essa que mesmo sendo a "mãe" do preconceito regional e racismo atuais no Brasil, não é um assunto tratado abertamente nas escolas do país e nem por parte dos governos (federal e estaduais) através de campanhas educativas na TV no combate ao racismo, como se houvesse um tabu ou uma vontade de manter o mito da "democracia racial" brasileira mesmo com os casos recorrentes de racismo no país fruto do passado escravagista colonial do mesmo e dos racismos vindos da Europa.

Qual a razão disso (a importância da história do país no combate ao preconceito e extremismo)? Uma parte considerável das pessoas que repetem as baboseiras "revisionistas"/negacionistas no país são profundamente ignorantes em relação à história do país, isso quando não descambam pra alguma interpretação esdrúxula religiosa ou com misticismo no meio (adeptos de "teorias da conspiração"). Como também pesa o problema dos nichos étnicos em algunas regiões do país que favorecem o surgimento de grupos extremistas calcados em algum sentimento de supremacia étnica ligada aos países que foram parte do eixo (Alemanha, Itália) e as ideologias de extrema-direita (fascismo e nazismo) e um forte sentimento de ódio em serem parte do país que nasceram (manifestando um problema identitário).

Um dos antítodos pra tanta estupidez é a educação ou comentar a história do país de forma apropriada. Tratar do assunto Holocausto ignorando a realidade do país não é algo recomendável embora seja algo bastante recorrente. Por que digo isso? Porque geralmente quando o assunto neonazismo é citado no país sempre dão um jeito (por ignorância ou não) de não falar do contexto social que dá margem a esse tipo de fenômeno se manifestar e ser reproduzido no Brasil.

Particularmente eu não tenho a menor pretensão em fazer parte do grupo de pessoas que, por ignorância ou não (algumas se calam propositalmente, criando um tabu pra não se discutir assuntos como bairrismo e preconceito regional), acabam alimentando esse tipo de ideologia calcada em crenças racistas no país. Portanto a abordagem de assuntos relativos à História do Brasil, ciência, história geral etc, fazem parte do blog e podem ser publicados no mesmo, apesar do assunto temático central dele ser o Holocausto e a negação do Holocausto. No fundo todas esses temas, mesmo não aparentando ter ligação, estão relacionados. Não dá pra falar em genocídio na Europa ignorando que se vive outros contextos históricos e sociais na América espanhola e Brasil.

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