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domingo, 29 de janeiro de 2023

Genocídio indígena do 'governo Bolsonaro'. Havia gente contestando o termo usado na pandemia, agora já possuem um genocídio pra chamar de seu

A quem anda em Marte ou Saturno sem ler as notícias do país, que repercutiram fora também, o título do post é sobre isso aqui:
Tragédia dos Yanomami se configura como genocídio e pode levar Bolsonaro a tribunal internacional (IstoÉ)
PF abre inquérito para apurar crime de genocídio contra Yanomami (site Poder360)

Fala do então deputado Bolsonaro sobre a questão indígena do país, quando era "só" uma figura bizarra no congresso e "sindicalista" de militares:

"‘‘A cavalaria brasileira foi muito incompetente. Competente, sim, foi a cavalaria norte-americana, que dizimou seus índios no passado e hoje em dia não tem esses problemas em seu país.” Este é um trecho de discurso de Jair Bolsonaro, então deputado federal pelo PPB-RJ, na Câmara dos Deputados, em 16 de abril de 1998. Dessa frase, até atos e omissões que fecharam seu mandato de presidente da República em dezembro de 2022, Jair Bolsonaro ofereceu provas contra si próprio. Virou um poço aterrado por acusações, que transbordou com as imagens chocantes, e divulgadas no mundo inteiro, da condição degradante imposta ao povo Yanomami."
Avisando que estou com dificultade pra digitar com uma máquina lenta, fica difícil elaborar um post dessa forma o que torna inviável a escrita de posts, fora a quantidade de bizarrices que ocorre no país de 2018 pra cá (mais de uma por dia), fora todos os anos de 2013 até agora, mas acho que ninguém pode se omitir com o assunto.

Bem como a ofensiva dos apoiadores do ex-presidente miliciano (fantoche de generais, da cúpula podre das forças armadas, um pau mandado bizarro que distrai a população enquanto a horda de corruptos de farda destroçam/destroçavam o país pra forças externas hostis e pela simples pilhagem, reacionarismo e falta de patriotismo, que tanto "falam" e nunca possuíram mesmo fazendo "juramento") atacando Brasília no último dia 08 de janeiro de 2023 destruindo parte da sede Supremo, congresso e Palácios do poder executivo.
Ataques terroristas: entenda o que aconteceu ontem em Brasília em 8 pontos (UOL)
Invasão de bolsonaristas em Brasília: em resumo, os acontecimentos até agora (UOL)
Assista a mais de 40 vídeos das invasões do 8 de Janeiro (site Poder360)
Como foi o domingo de invasão de bolsonaristas radicais aos prédios dos Três Poderes em Brasília (GZH)

Definição de genocídio há no blog (é só procurar pela busca nele ou via Google colocando "holocausto-doc+genocidio" na pesquisa), mas vou digitar de forma resumida com minhas palavras, depois adiciono as fontes aqui (pra turma mais "crítica" ou "cética", entre aspas, não vir espernear dizendo asneira nos comentários):

Genocídio ocorre quando há intento por parte de um grupo ou governo de exterminar a cultura de algum grupo étnico ou/e principalmente, total ou parcialmente, o extermínio físico de um grupo étnico.

Definição precisa de genocídio (por lei):
"According to Article 2 of the 1948 United Nations Convention on the Prevention and Punishment of the Crime of Genocide defines genocide as "any of the following acts committed with intent to destroy, in whole or in part, a national, ethnical, racial or religious group, as such: killing members of the group; causing serious bodily or mental harm to members of the group; deliberately inflicting on the group conditions of life, calculated to bring about its physical destruction in whole or in part; imposing measures intended to prevent births within the group; [and] forcibly transferring children of the group to another group."" [1]
[1] Definição de genocídio (em inglês), verbete do site da Cornell Law School (LII), https://www.law.cornell.edu/wex/genocide

Complemento:
Definição de genocídio, Enciclopédia Britânica (em inglês: https://www.britannica.com/topic/genocide)
"How do you define genocide?" (Artigo da BBC em inglês: https://www.bbc.com/news/world-11108059)
"What is Genocide?" (verbete do USHMM, Museu Memorial do Holocausto, em inglês: https://www.ushmm.org/genocide-prevention/learn-about-genocide-and-other-mass-atrocities/what-is-genocide)

 O que temos no caso dos indígenas Ianomâmis? Exatamente um caso de genocídio, de intento de um governo de patifes de farda, com civis canalhas do mesmo naipe praticando crimes que levariam um grupo específico étnico a seu fim ou a destruição da maioria desse povo indígena do norte do Brasil.

Havia uma turma "histérica" (o Brasil virou o pais da histeria há tempo, contribuição das seitas neopentecas com o moralismo exacerbado de alguns centros), da direita brasileira (como sempre) e da "Cirolândia" encantada, achando extremado o termo genocida pra chamar o miliciano fantoche no cargo de presidente, quando existe o termo "democídio" (aviso: eu não tirei o termo de um livro que circula no país sobre isso, eu conheço há anos por conta do nazismo e li pela primeira vez o termo em inglês mesmo, sem qualquer ligação com publicação brasileira), fora que existe uma discussão sobre a aplicação do termo genocídio num sentido mais amplo, porque muitas vezes se confunde assassinato em massa com genocídio e nem sempre a coisa se encaixa (pra haver genocídio não precisa o extermínio de milhões e sim algo que vise grupo étnico, religioso ou afim).

O termo surgiu na pandemia pela primeira vez pela fala do ministro do Supremo, Gilmar Mendes, e foi questionada pela dita "grande mídia" (que apoiava o miliciano genocida na surdina omitindo os crimes do governo dele bem como os crimes econõmicos de seu ministro neoliberal, Paulo Guedes), mas a questão indígena se essa mesma mídia entrar na via do "negacionismo" (como os negadores do Holocausto fazem com o genocídio da 2aGM), vai "pegar mal" pra mesma... porque o caso tem ampla repercussão internacional.

E conforme a colocação do Stéphano (discussão do outro post), o Biden teria problema em conviver com o rótulo de tolerante de genocidas dentro do território norte-americano?

Em seu governo (Biden) há uma ala dita de "esquerda" (liberais na verdade) que está incomodada com a presença do miliciano em território "ianque", fica difícil de crer que o governo dos EUA e Europa Ocidental de fato se preocupam com a questão indígena (a não ser como chantagem contra o Brasil) não endossando o coro do julgamento internacional e condenação do miliciano Bolsonaro por crimes contra a humanidade, bem como os apoiadores e assessores diretos dele nisso.

Iremos lembrar sempre ao Mr. Biden do problema, até porque foi na administração Obama/Biden que a sorte da maldades contra o Brasil começou, com toda cumplicidade histórica já conhecida de fomento, elaboração e aplicação de golpes de Estado pelos Estados Unidos na América Latina. Muita gente no Brasil e América Latina esquecem da origem da coisa, mas há sempreos que recordarão...

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Complemento do dia 30/01/2023

O Brasil é signatário das leis/convenções sobre crimes de genocídio, "viu", miliciano ex-presidente e demais escória apoiadora, conforme os dois textos que colocarei abaixo, do site do Executivo federal. Tem uma escória política tentando atenuar ou defender o pulha, cuidado pra não serem enquadrados como ajudantes se participaram do crime ao longo desses anos.

Sobre crime de genocídio, decreto de 1952, Presidente Getúlio Vargas (Link1)
Lei de 1956, Presidente Juscelino Kubitschek (Link2)

Eu diria que o miliciano, família e apoiadores, ex-ministros estão bem encrencados com a justiça do país e até com a justiça internacional, se a mesma não for leniente (fizer vista grossa) agindo quando "convém", e o governo dos Estados Unidos não proteger mais um genocida que ajudou a colocar no poder no Brasil. _____________________________________________________________________________
Complemento do dia 03/02/2023

Como citei que genocídio pode ser o extermínio cultural também, segue abaixo o verbete da questão (em inglês, tem tradutor de textos à vontade na internet, não há desculpa de "eu não entendo" pra não ler), que é uma parte controversa da definição de genocídio mas existe:

Cultural genocide (https://en.wikipedia.org/wiki/Cultural_genocide)

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Doações pra Bahia e Norte de Minas - Onde doar

Segue abaixo dois links com lista de locais ou instituições que estão recebendo doações de alimentos etc pra Bahia e Norte de Minas. Como a máquina é lenta, peço desculpas por não dar pra atualizar ou colocar a lista editada no post, pois o blogger alterou o rascunho dos posts e ficou horrível editar post neste novo formato. Mas basta acessar os links que tem informações neles. 

Deixei até de lado a cisma com certas mídias (vide a Folha de SP) pois a questão está acima de querelas, mas não mudei o que penso desses jornais. 

Links: 

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2021/12/campanhas-buscam-doacoes-para-vitimas-das-enchentes-na-bahia-saiba-como-ajudar.shtml 

https://www.brasildefato.com.br/2021/12/28/saiba-como-ajudar-as-mais-de-471-mil-pessoas-afetadas-pelas-enchentes-na-bahia 

Pra quem não entendeu o que se passa, segue o link pra dar uma "pincelada" na tragédia (https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2021/12/28/chuvas-bahia-risco-enchente-alerta-corpo-de-bombeiros.htm), no tamanho. 

Enquanto isso, o palhaço delinquente que "ocupa" indevidamente a cadeira de presidente da República faz de conta que não aconteceu nada na região, na Bahia, e está de "férias" em Santa Catarina, sem ser incomodado. 

Espero que esteja já em clima de contagem regrressiva pra deixar o cargo que jamais deveria ter ocupado, chancelado por uma leva de generais/militares traidores da Pátria, traidores do Brasil, capachos do governo norte-americano.

sábado, 27 de junho de 2020

Um vídeo resume a tragédia do Brasil (56.109 mortes, 27.06.2020, e sobe). Teatro do absurdo do "bolsolavismo" liberal

O post anterior merece considerações, até pra cortar a panaceia de negação do vírus (de negacionismo em negacionismo o Brasil vai se acabando... e o de agora tem consequências diretas), mas é um vídeo tão absurdo que resume o que é a escória apoiada pela elite podre, lacaia do Brasil e as mais de 55 mil mortes pela covid no país (somos párias globais). Vem muita olavete defecar pelos teclados principalmente no post sobre "moeda nazicomunista", não querem defecar (que é o que vocês fazem, o guru de seita de vocês faz também) aqui também não? E não se iludam, quando esse país for retomado (vocês não durarão pra sempre no poder), vocês serão escanteados nesse país de uma forma jamais vista, vão pagar por cada desgraça que submeteram a população e por essa série de humilhações e rapinagem a que submeteram o país.

quinta-feira, 19 de março de 2020

Estatística macabra de mortos pelo coronavírus no Brasil: 2 milhões de mortos. País tem que parar, Bolsonaro politicamente acabou e precisa ser interditado, encostado e depois removido

Leia tudo antes de querer ou vir criticas (críticas imbecis de olavetes não serão publicadas, energúmeno e verme não é digno de qualquer respeito ou consideração). O site TecTudo, bem conhecido (site de tecnologia) publicou matéria longa sobre um cenário extremo, sombrio, catástrofe ao extremo de 2 milhões de mortos pro Brasil pelo coronavírus, segue o link do texto a quem quiser ler:
Quantos podem morrer pelo Coronavírus no Brasil? Cientistas respondem
https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151189-quantos-morrer-coronavirus-brasil-cientistas-respondem.htm

*Antes de tudo peço desculpas ao Daniel por não poder responder antes, não foi possível, só vi as mensagens em fevereiro e o PC teve problemas, fora problemas com gripe e cia (e agora temos que encarar essa porrada).

Voltando ao que discutíamos, obviamente que isso é um quadro extremo, o pior cenário possível, mas... se 25% disso ocorrer o número de mortos no Brasil pode chegar facilmente a 500 mil óbitos (mortes) e é um número altamente possível, com cenário de guerra, de catástrofe, tragédia porque gente em grupos de risco serão deixadas pra morrer e o sistema de saúde do país poderá entrar em colapso, ficar em sobrecarga, com gente que não tenha coronavírus podendo morrer por não ter hospital (privado ou público) pra atender, fora o cenário de tragédia econômica.

"Ah, você está exagerando", primeiro que a matéria do link acima não é minha, e prefiro "errar" por excesso do que pela inércia e comportamento zombeteiro de imbecis neste país (que há milhares, e como podem ver minha tolerância com essa gente será nenhuma, até porque essa "gente" não respeita ninguém então terão o tratamento que merecem daqui pra frente).

Neste blog no começo dessa crise política no país, ainda em 2013, 2014 quando explodiu o "junhismo" inconsequente ("revolução colorida") que jogou o país no abismo, alertava que o cenário que essa gente dantesca berrando na rua jogaria o país seria uma cova profunda. Achava que chegaria a um cenário pior que o fim do governo FHC mas nada parecido com o que acontecerá nas próximas semanas ao país.

Então parem, evitem contato público (distância de 1 metro ou mais das pessoas), não brinquem pra não chorar depois, pois já "brincaram" demais e o momento não tolera mais gente imbecil zombando e brincando com coisa séria.

Espero que os outros poderes da República isolem este sujeito que deixou a cadeira da presidência vacante (em aberto, Bolsonaro virou uma maquiagem macabra de fantoche que a elite entreguista, com sede na FIESP, alinhada aos Estados Unidos colocou no poder pra destruir o país) e até mesmo com esses generais de baixa envergadura política (todos entreguistas) que estão no poder, removam, isolem Bolsonaro até a expulsão definitiva do cargo, ou que consigam forçá-lo a renunciar, nem que se use a força pra isso (guerra é guerra).

O que não dá é esperar a desgraça vir e assistir quieto, as cenas que tenho visto da Itália são desanimadoras, terríveis, e ficou gravado na minha cabeça a cena de cidadãos italianos indo a bares, zombando do vírus e agora estão com 475 cadáveres do vírus num dia, não tendo direito a velório sendo cremados ou enterrados lacrados, sem contato com as famílias e sendo pegos pelo exército italiano. Isso num país que não tem 1/10 da desigualdade social brutal do Brasil, agravada pelo golpe de Estado de 2016 e toda a zona que esses energúmenos inconsequentes aprontam no país desde 2013, lugar de idealista burro devia ser na camisa de força e não discutindo política. Respeito o idealismo mas não tolero burrice e imbecilidade.

Que os governadores do Nordeste não esperem ação do governo federal, "governo federal" virou ficção há muito tempo, principalmente pra região (e contra a região, o governo títere da FIESP anti-Nordeste), entrem em contato com o governo chinês e peçam ajuda, não esperem por ação desse governo imundo capacho da FIESP.

Vou deixar um vídeo abaixo do Átila que esclarece a gravidade do momento e peço pra que passem adiante as informações e levem muito a sério o momento, não liguem pro zombador, daqui a umas semanas esses elementos energúmenos estarão caladinhos como cachorros sarnentos fingindo que não zombaram de nada, em guerra há que ser duro e agir com dureza com esses tipos, pra salvar vidas:



Esta é uma imagem de carros do exército da Itália indo remover cadáveres, porque o sistema de saúde da Itália sobrecarregou (vou usar o termo "colapso") e já decidiram sacrificar quem tem mais de 80 anos ou tem risco, não atenderão e deixarão morrer, este cenário piorado pode acontecer no Brasil, espero que o clima atenue mas esperem pelo pior de verdade, não é momento de passar certas coisas na cara dos inconsequentes mas dá muita raiva, muito ódio da inconsequência desses infelizes, vocês irão pagar muito caro pelo que fizeram ao país, não se iludam:


P.S. 1 Caso alguém queira comentar algo sério e demore pra aprovar comentários, peço desculpas antecipadas mas realmente não tenho o mínimo gosto com este blog com o que houve com o país, nunca vi um surto de tanta gente inconsequente e burra destruindo tudo (começou em 2013), quando o país levantava voo, e continuam até hoje pregando insanidades e desvarios, um radicalismo pueril totalmente descolado da realidade, fantasioso que só uma catástrofe porá fim (infelizmente), cavaram a mesma, o vírus é impossível parar na origem, mas o sistema do país pra proteção foi aniquilado pela estupidez dessas pessoas e a parte do povo que será atingida não deve perdoar quem jogou o país na vala.

P.s. 2 Usem produtos de limpeza caso não encontrem álcool-gel, produtos com cloro funcionam, detergente etc, mas não deixem de higienizar o que puderem, principalmente mãos e nariz.

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Como Bolsonaro chegou ao poder no Brasil... Steve Bannon, "fake news"? Leiam o post até o fim.

Não sei se esse post terá muitos interessados, pois de certa forma é datado, a eleição passou e ele fala de fatos ainda relativos a ela, num cenário de conflito bélico na fronteira do país. Mas houve um aumento de acessos ao blog, mesmo sem atualização, devido às últimas eleições no país em 2018. Redundante repetir isso (acho que já comentei no post anterior), mas não consegui comentar nada referente à questão eleitoral/política, porque o país afundou tanto (num poço sem fundo, aparente), com tanta idiotice, que gerou desgosto de discutir qualquer coisa sobre isso.

E não falo de idiotice só da direita brasileira (eleitorado), quisera eu que fosse, conhecida historicamente por ser provinciana, corrupta, entreguista e submissa, sem projeto de país, mas teve estupidez pra todos os gostos, como a campanha apelativa, xucra do PT (dominado há algum tempo por sua "ala paulistocêntrica") com o slogan vazio "barbárie x civilização" falando de "fascismo"a torto e a direito (banalização) e colocando a culpa pela derrota nos outros em vez de si mesmo, em vez de assumir a fraqueza do candidato que substituiu o Lula (que jamais deveria ter aceitado apoiar o Fernando Haddad, o "menino do Insper"), no Bannon (um mercenário sem vergonha já escanteado nos EUA), em "fake news" (outro termo importado dos EUA que não significa nada, manipulação em comunicação sempre houve, a dita "grande mídia" é a principal difusora de manipulação, mas porque perdeu o monopólio de manipular notícia pra internet começou a demonizar a rede) e em discussões idiotas.

Diversionismo, em vez de se discutir o país a sério, de discutir um projeto nacional pro Brasil ficaram falando em distrações, tolices, bobagens.

O Haddad e o Bolsonaro no segundo turno representam o mesmo espectro de domínio que pariu o golpe (à direita e à esquerda, é um "revival MMDC" da elite paulista), candidatos do "paulistocentrismo" ou da elite de São Paulo (FIESP e cia), que olha pro país como algo atrelado ao umbigo dela, elite bandeirante, que em vez de forjar o desenvolvimento do país num todo, não possuem e nunca possuíram projeto nacional algum exceto o de manter a ferro e fogo o status-quo de centro do poder no país como um capataz de outras potências, no caso os EUA. Não só essa elite como seus puxadinhos país afora (é a elite hegemônica do país, a que detém a maior força e que joga o país no abismo desde a República Velha e a tentativa frustrada deles com o golpe de 1932, onde perderam o conflito pra Getúlio Vargas e se vingaram depois sabotando todo projeto de desenvolvimento nacional pro Brasil, são uma elite anti-nacional, anti-Brasil, por isso é um escárnio usarem a cor da bandeira do país em "protestos" quando significam a subjugação do Brasil perante seus mandatários do Hemisfério Norte).

*Favor não confundir o termo "paulistocentrismo", porque usa um radical toponímico, com "povo", o termo é relativo à elite de São Paulo e um projeto de domínio do país da mesma, e não se reduz somente a esta elite e sim aos grupos alinhados à mesma (vide a Rede Globo, com sede no estado do Rio de Janeiro) e seus capachos. Mas voltando ao post...

Ao pessoal que passou a ler o blog, aos que já liam e ao pessoal de fora do país (tem muita gente fora do Brasil que lê este blog, então acaba virando um ponto de informação sobre o que se passa no Brasil, já que a dita "grande mídia" do país não vai mencionar o que é descrito aqui e em poucos canais pela web), sinto informar, mas crer que Steve Bannon, por mais manipulação que tenha (tem mais fama, é um fanfarrão mercenário atrás de grana, a ideologia do Bannon é o dinheiro, quem tiver mais compra a figura dele), tenha sido responsável pela figura pífia do Fernando Haddad ter perdido eleição no segundo turno (Haddad é o "menino do Insper", pra quem não sabe o que é, já que eu costumo colocar apelidos em figuras, é hábito, o Insper é uma meca neoliberal de São Paulo onde é entupido de tucanos, o Haddad é parte da "tchurma", é o "tucaninho fofo" "vermelho").

O Haddad é e sempre foi fraco, pífio como político, perdeu a reeleição em São Paulo (capital) pra prefeito pruma figura grotesca, deprimente e deplorável chamada João Dória, porque o povo vendo dois políticos de direita preferiu votar no político legítimo da direita em vez da farsa "fofinha" "identitária" que o PT de São Paulo (onde fica a cúpula do partido, o comando que rifou o Lula) quis lançar como "grande aposta", o PT de São Paulo que foi varrido das urnas no próprio estado de São Paulo onde tinha sua maior base. Foi varrido porque endireitou, deixou de representar o povo e as causas populares, vive em estado de negação sobre a questão do Imperialismo e de defesa do país.

A conta pela negligência, da irresponsabilidade, da inconsequência acabou por chegar e uma figura grotesca (mais uma) como Bolsonaro conseguiu se eleger em cima da rejeição ao PT (principalmente nas regiões Sul-Sudeste do país) e da figura pífia do Fernando Haddad, outro equívoco do Lula, como foi o da figura de Dilma Rousseff, dois políticos fracos, que traíram o próprio Lula, principalmente a Dilma e seu "ministro de ferro", o José Eduardo Cardozo (também do PT de São Paulo e do grupo "Mensagem ao Partido", ou seria o "Desmonte do Partido"?). O grupo "Mensagem ao Partido" do PT é uma espécie de "New Labourização" do mesmo, com figuras que hoje se encontram no ostracismo e sem voto, como o derrotado político Tarso Genro no Rio Grande do Sul, o Cardozo e o próprio Haddad, a Dilma é próxima a essas figuras, do PT gaúcho, que virou "puxadinho" predileto do PT de São Paulo, as duas UDNs de macacão.

"Bonita camisa, Fernandinho"
Em suma, se alguém (geralmente mais à esquerda, mas o post é informativo) quer realmente saber porque uma figura grotesca como Bolsonaro, deputado do "baixo clero", que não fez nada em 27 anos no congresso nacional a não ser protagonizar idiotices pra TV, com um séquito de idiotas do mesmo "nível", vai ter que sair do "senso comum" difundido por mídia de banqueiro (como o site 247, do Daniel Dantas) e outras "mídias fofinhas" New Left, pós-modernas, identitárias e ver a última eleição sob o prisma geopolítico, da guerra híbrida que tomou de assalto o país desde 2013 com aquelas famosas "marchas de 2013" (o "junhismo de 2013") que nos jogou no atoleiro atual.

Quando um povo vai à rua "protestar", sem entender o que se passa no mundo, costuma fazer besteira, o curioso é que por eu dizer isso na época (vai fazer 6 anos já) eu passava por "chato" por destoar do "senso comum" do país (à esquerda e à direita, a direita nem conta muito porque o que se rotula como direita no país, eleitorado, é de uma indigência intelectual e mental fora do comum, desculpando a generalização). Quem quiser dar uma lida em posts passados sobre isso, confiram aqui, e toda a sabotagem que rolou contra os eventos Copa do Mundo e Olimpíadas que culminaram no atoleiro atual, e a própria "operação Lava Jato", uma operação Cavalo de Troia, cópia da "Mani pulite" da Itália, forjada nos Estados Unidos (idealizada) pra sabotar países por dentro usando o judiciário e o mote de "combate à corrupção", só povos com profunda baixa auto-estima caem nesse "conto do vigário", parabéns aos envolvidos. E não isento o PT de culpa nessa zona toda que se abateu sobre o país, só que o povo precisa entender o que está em jogo e quem é quem nesse lamaçal sem precedentes.

Com o conflito escancarado e aberto pelo petróleo da Venezuela, protagonizado pelos Estados Unidos da América, eu acho que a posição da turma que nega a ação dos EUA sobre a América do Sul ficará cada vez mais difícil de se "manter de pé" (o negacionismo do imperialismo), porque não é só gente de direita que nega isso, tem toda uma ala "liberalizada" que se proclama de esquerda que vive negando a ação dos Estados Unidos contra os países da América Latina, e meu recado a essa gente é "chega", mas chega mesmo de mentira e negação. A postura pueril de vocês jogou o país nesse abismo, parem de agir como inconsequentes e tenham mais responsabilidade sobre o que se passa, procurem entender primeiro pra tomar posição.

Isto é um resumo, porque a gente acaba se perdendo com tanta informação acumulada, e tinha até um post que eu gostaria de fazer sobre a traição de Dilma (é isso mesmo que leram, peço às pessoas boas que defenderam o governo dela que parem de defender essa figura) contra Lula, ela e seu super-ministro, o Cardozo. Se há uma coisa que ninguém deve tolerar são traidores, se o campo popular quiser retomar algum protagonismo no país terá que se libertar dessas figuras nefastas, capitulacionistas e se distanciar desse "identitarismo" neoliberal que essa ala direitista do PT quer impor junto com o puxadinho deles no Rio de Janeiro e Porto Alegre, o partido do "Solzinho" (o PSOL), querendo copiar o Partido Democrata dos EUA num país com desigualdade monstruosa vivendo sob um golpe de estado desde 2013 praticamente, ano que começa toda essa guerra híbrida, todo esse caos sobre o país. Povo emocional demais costuma pagar caro pelos danos, sejam mais frios e usem a cabeça pra raciocinar, não pra agir de "impulso".

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

"Ninguém verdadeiramente perseguiu os nazis após a guerra". Livro sobre Mengele

Josef Mengele devorou-se a si próprio

La disparition de Josef Mengele é um brilhante mergulho na intimidade de um monstro nazi, nos seus anos de fuga na América do Sul. Ao entrar no quotidiano, inicialmente ostensivo depois sórdido, do “médico” de Auschwitz, o autor explica como ele escapou à justiça dos homens durante 40 anos mas como foi castigado: devorando-se.

Jan Le Bris de Kerne. 2 de Dezembro de 2017, 16:40

O crânio de Josef Mengele mostrado aos jornalista em 1985 em Embu, Brasil
Robert Nickelsberg/Liaison
O Anjo da Morte, como lhe chamam, exerceu um fascínio perturbante. Em Auschwitz, mais tarde quando conseguiu fugir e desaparecer e depois da sua morte, quando o mundo descobriu a ignomínia das suas actividades. O doutor Mengele, médico sinistro que inflingiu sem piedade os maiores sofrimentos a milhares de deportados nos campos da morte, em nome da experiência médica e do apuramento da raça ariana, era afinal um miserável e obscuro capitão das SS proveniente da burguesia bávara, cobarde, frio e obsessivo, e que se conseguiu esconder na América do Sul durante tantos anos depois do final da II Guerrra graças à acção conjunta do dinheiro da sua família, das cumplicidades locais, tanto na Baviera como nos países de acolhimento, da solidariedade dos exilados nazis e da complacência de governos como o de Perón na Argentina, mas também do Paraguai ou Brasil. Isso permitiu ao “médico” de Auschwitz viver alguns belos anos nas melhores condições, com estreias de ópera, jantares elegantes e soirées de deboche nos bordéis chiques de Buenos Aires.

O nome “Anjo da Morte”, o seu desaparecimento quase sobrenatural, as numerosas lendas que o rodeiam, hipnotizaram as pessoas e anestesiaram percepções. É elevado a encarnação maléfica demoníaca. Ou não. Olivier Guez recusa de forma vibrante esta transfiguração de Mengele, que segundo o autor é um homem como os outros, mais normal do que quereríamos que fosse, tragicamente humano, na verdade, que obedecia às ordens, que construía a sua pequena carreira, vaidoso e indiferente ao sofrimento que o rodeava. Até ao fim viu-se como executor de ordens, obediente e ao serviço da grandeza alemã.

PÚBLICO - Foto. Olivier Guez, 43 anos,
nascido em Estrasburgo, é escritor,
jornalista, ensaísta JF
O grande interesse do romance de Olivier Guez (porque é um romance de não ficção, ou seja, muito fiel à realidade e abundantemente documentado) é que relata com precisão os protagonistas e os fatos da fuga do criminoso de guerra como uma câmara de espionagem: o autor infiltra-se o mais possível perto de Mengele. Este vai meter-se, de forma inexorável, num longo caminho da cruz feito de solidão, de terror, de raiva e paranoia. Uma lenta queda começa nas várias quintas que o aceitaram esconder a troco de somas exorbitantes.

Doente e insone, afunda-se. A sua decadência mental e física, o isolamento e abandono, o seu fim longe do seu país, entregue aos seus demônios em condições materiais sórdidas: tudo isto foi o castigo terrestre, aquele que a justiça dos homens não soube dar-lhe. Mengele acabou por se devorar a si próprio.

Na altura em que o mundo ocidental assiste ao ressurgimento dos populismos e à dissolução dos ensinamentos da paz forjados sobre as cinzas de milhões de vítimas da barbárie, Olivier Guez conclui assim a sua obra: “A cada duas ou três gerações, quando a memória se esvai e quando as últimas testemunhas dos massacres precedentes desaparecem, a razão eclipsa-se e os homens recomeçam a espalhar o mal”.

Olivier Guez, 43 anos, nascido em Estrasburgo, é escritor, jornalista, ensaísta. Co-escreveu o filme “Fritz Bauer, un héros allemand” sobre o procurador que encontrou os traços Adolf Eichmann, o cérebro do Holocausto. Fascinado pelos períodos dos pós-guerras, expõe nesta conversa o seu método, a sua intenção literária. Este livro, de uma atmosfera cirúrgica e que soa como uma premonição, vinda do passado, acaba de receber o Prix Renaudot.

Como é que organizou o seu trabalho?

Há dez anos que trabalho sobre os pós-guerras, quer seja na Europa, na Alemanha ou na América do Sul, portanto não descobria todas estas questões trabalhando sobre Mengele. Tinha escrito “L’Impossible Retour, une histoire des juifs depuis 1945» [O Regresso Impossível, a história dos judeus desde 1945], onde contava a história dos judeus na Alemanha depois da guerra e, sempre em espelho, a relação dos alemães com o seu passado, seja a nível político ou simbólico, mas também de ponto de vista judicial. De seguida escrevi [com Lars Kraume] o argumento do filme “Fritz Bauer, un héros allemand” [Fritz Bauer, um herói alemão], onde se contava como esse grande procurador tinha colaborado com a Mossad, pois é ele que lhes dá a informação da presença de Eichmann na Argentina. E ao trabalhar na preparação do filme, li muito sobre a Argentina dos anos 50 e nesse momento “cruzei-me” várias vezes com Mengele. Disse a mim próprio que ainda havia alguma coisa para fazer relativamente aos nazis na Argentina. Toda a gente sabe que muitos nazis partiram para a América do Sul, mas não se sabe grande coisa, é pouco nítido. Nem tudo tinha ainda sido dito. Existe uma grande bibliografia, mas aqui não conhecemos muito bem o contexto sul-americano. Pensei que havia uma história para contar. Mengele não foi preso, não foi julgado, e morreu velho em 1979. Então existe este mistério: por que razão nunca foi ele preso? Depois há também todas as histórias que se contava sobre ele (por exemplo, as aldeias de gêmeos que teria criado), tudo isso é uma treta. Faltava-me separar o verdadeiro do falso. E depois há a questão mais filosófica: é verdade que ele não foi julgado, mas terá ele sido castigado em algum momento? O que é que a vida lhe reservou? Quem é o “Mengele após Mengele”?

Que tom quis dar ao texto? Como classifica o ambiente estilístico do livro?

Queria qualquer coisa seca, áspera, tensa, não era necessário que o livro fosse uma zona de conforto para o leitor. Nenhum desvio, nenhuma grande demanda onde o autor se coloque em cena, nada de metáforas, nada de grandes descrições. Realmente qualquer coisa muito seca, como a dissecação de Josef Mengele na América do Sul.

PÚBLICO - Foto. Josef Mengele, à esquerda, seguido de Rudolf Hoss,
comandante de Auschwitz, de Josef Kramer, comandante de Belsen,
e de um oficial alemão não identificado Universal History Archive/Getty Images
A cada duas ou três gerações, quando a memória se esvai e quando as últimas testemunhas dos massacres precedentes desaparecem, a razão eclipsa-se e os homens recomeçam a espalhar o mal
Olivier Guez

Encontrou, na bibliografia e nos relatórios de entrevistas, matéria suficiente para reconstituir com precisão as conversas, os estados de espírito, os acontecimentos do dia-a-dia? Ou teve que entrar no campo da ficção?
Não existe diálogo no livro, ou somente discurso indirecto. Não coloquei as personagens a dialogar. Não tinha vontade de as fazer viver dessa maneira. É talvez a minha paixão por Thomas Bernhard [dramaturgo austríaco] que me levou a ter vontade de usar esse tipo de narração. Depois, na bibliografia encontra-se mesmo assim muita coisa. Vou dar-lhe um exemplo. A ligação entre Mengele e Gita Stammer [mulher do casal húngaro que durante vários anos o albergou na sua fazenda no Brasil]. Pelo que pude ler, tiveram uma relação. Onde, quando, como, durante quanto tempo, em que condições, ninguém jamais o saberá. Pelo que a partir do momento em que tenho 95 por cento de certeza que existiu uma ligação confirmada por diversas fontes, aí o romancista apodera-se da matéria e vai “inventar”, entre aspas, as condições dessa ligação.

Ou seja, teve mesmo que entrar na ficção…

Sim, claro, porque a vida de Mengele na América do Sul é totalmente de romance, a sua comitiva é de romance, a sua família é incrivelmente de romance, e consegui recolher muitas informações. Depois há também uma formatação que é ainda romanesca.

Existia já uma quantidade de obras e de estudos “sobre a pista de Mengele”. O que acha que trouxe de novo? A forma de romance permite tapar lacunas ou abrir novas vias?

O meu modelo foi “A Sangue-Frio” de Truman Capote, onde, após ter acumulado enorme quantidade de informações, ele escreveu um objeto literário sublime que ninguém contesta que seja literatura. É um romance verídico ou um romance de não-ficção. Foi o que tentei fazer. Um romancista tem mais liberdade do que um historiador ou um ensaísta. Um historiador necessita de uma carta ou um arquivo que confirme cada uma das suas frases. Eu tenho a minha própria objetividade, depois de ter lido imenso, após ter passado tanto tempo com Mengele, tinha a minha própria opinião sobre o seu perfil psicológico, mas tudo isso suportado por fatos concretos. A partir do momento em que coloquei Mengele no título, tinha uma responsabilidade direta com os leitores. Senão teria que criar uma personagem de ficção completa ou contar uma outra história. Aí está a vantagem do romancista para desenhar o retrato do criminoso em fuga. Durante toda a segunda parte brasileira Mengele já não é de todo um ator da história, ele esconde-se, e isso fornece um cenário fechado que é uma matéria literária formidável.

Você recorre frequentemente ao facto histórico como trama ou objeto dos seus livros. Por quê?

Sou obcecado pelos pós-guerras. No plural: 1914-1945 forma um período completo que é o suicídio da Europa. Há 85 milhões de mortos na Europa nesse período. É alucinante. E creio que ainda hoje vivemos nesse após. Estamos talvez na fase 2 ou na fase 3, mas penso que a Europa não consegue recuperar rapidamente de um tal trauma. Basta ver a quantidade de produção literária, cinematográfica, audiovisual, etc., sobre a guerra e o que se seguiu a ela. Assim, considerando que estamos sempre aí dentro, a fronteira entre a História e o presente é extremamente ténue. E vê-se bem na história de Mengele que ele entra na nossa modernidade. Por exemplo, enquanto ele escuta as suas peças de música clássica no gira-discos no seu terraço – aí está o velho nazi que escuta a sua música clássica –, quando vira as costas e vai embora, os adolescentes vão para lá ouvir Beatles. Eis o encontro com a nossa época. Mengele morreu em 1979, os seus restos mortais são descobertos em 1986, quando estamos já no tempo presente. À escala da História é apenas um grão de areia. Sim, interesso-me pela História, mas não escrevo sobre a Idade Média. Creio que a nossa Europa contemporânea é em larga medida constituída pelo que se passou entre 1914 e 1945.

PÚBLICO - Foto. Wolfgang Gerhard, alegadamente Josef Mengele,
ao centro, entre amigos numa fotografia tirada em data desconhecida
nos anos 70 Bettmann
Um romancista tem mais liberdade do que um historiador ou um ensaísta. Um historiador necessita de uma carta ou um arquivo que confirme cada uma das suas frases. Eu tenho a minha própria objectividade, depois de ter lido imenso, após ter passado tanto tempo com Mengele
Olivier Guez

Por que razão pode Mengele ser uma personagem de romance? O tema é delicado. Não se corre o risco de se dissolver o Mengele histórico naquele do romance, de fornecer contornos da verdade tão frágil e cruel, mais nebulosa, menos tangível, tornando-a ficção no tempo de um livro?

Desde já, não ficciono o Mengele de Auschwitz. Depois, conto a sua vida na América do Sul à minha maneira mas não atraiçoo a verdade histórica. Em terceiro lugar, invento bastante menos do que tudo aquilo que foi escrito sobre Mengele durante muito tempo. Não é por ter a palavra “romance” por baixo que se transforma numa ficção completa. É uma técnica literária [o romance de não-ficção] para contar uma história verdadeira.

Será que os contornos do Mengele de romance são mais fluidos? Não tenho essa ideia, o retrato que faço do homem e da sua cobardia é importante: eu queria mostrar que Mengele era um homem. Detesto quando se apresenta os nazis como marcianos, ou monstros, “o Anjo da Morte”, essas expressões – isso é bastante mais fácil e não é olhar de frente a verdade. E Mengele é um excelente exemplo da mediocridade do mal, que vai ainda mais longe que a banalidade do mal. Era muito importante mostrar quem se escondia por trás dessa personagem do mítico “Anjo da Morte”. Não tenho a impressão de que os seus traços sejam muito mais fluidos, na medida em que respeito a verdade histórica, não faço dele um herói, não há a menor empatia com a personagem, não estou dentro da sua cabeça, ponho-me antes ao lado dele e persigo-o como um detetive para mostrar a sua ruína.

Diz-se que o «Anjo da Morte» exercia, e talvez ainda exerça, um fascínio sobre o público. Será que o escritor e também investigador que você é também se sentiu fascinado por ele? De que forma o mal pode fascinar o escritor? E o público?

Há um mistério Mengele: por que é que ele não foi apanhado e onde é que ele se escondeu durante todos esses anos? O livro responde a isso, existem outros livros, evidentemente, e não tenho a certeza de que muita gente tenha lido as biografias de Mengele publicadas nos anos 80, que são as melhores; digamos então que Mengele se tornou o símbolo da barbárie nazi. Apesar de não ser mais do que um médico entre centenas de médicos, é um simples capitão das SS, não é, por exemplo, um Heydrich [Reinhard Heydrich, conselheiro próximo de Hitler e um dos planificadores do Holocausto]. O que ele fez em Auschwitz enquanto médico é uma traição quádrupla: há as experiências, há a triagem no cais de chegada [dos comboios de prisioneiros], há a falência absoluta das elites alemãs, o horror do que foi feito em nome da Alemanha, e depois há a sua fuga, donde o mito que foi mantido por, entre outros, Simon Wiesenthal [“caçador de nazis”]. Pessoalmente não tenho nenhum fascínio por ele, pelo que não utilizo a expressão “Anjo da Morte” no livro, excepto quando há outras personagens que a usam. Recuso esse fascínio.

Trabalhar longas semanas neste contexto pesado teve influência no seu estado mental, e isso alterou-o? Ou, pelo contrário, você trabalhou com o mesmo distanciamento de um cientista (ia dizer de um médico…)?

Isso pesou no início, quando ataquei verdadeiramente a sua biografia e o médico nazi nos campos de concentração. A partir do momento em que compreendi como iria contar esta história, a sua derrota, e como este homem era tão pequenino, e talvez o facto de nunca ter sentido a menor empatia com ele, isso permitiu-me sentir-me como um marionetista. O nome de Mengele causa um sentimento de pavor, como uma aranha, ou qualquer coisa infecta nesse nome, naquilo que ele evoca. Mas a sua ruína, e a partir do momento em que compreendi quais eram os seus traços, permitiu-me tornar-me este marionetista.

PÚBLICO -Foto. Josef Mengele no Brasil na década de 70, o segundo à esquerda,
entre amigos não identificados e Elsa Gulpian de Oliveira, a empregada com
quem teve um romance Robert Nickelsberg/The LIFE Images Collection/Getty Images
Primeiro: que é evidente que o nazismo não morreu em 1945. Segundo: que sem dinheiro ele não teria ido muito longe. Terceiro: que, no fundo, ninguém verdadeiramente perseguiu os nazis após a guerra (Olivier Guez)
Qual é a sua opinião pessoal, na medida do conhecimento que tem sobre o assunto, sobre o que se descobriu graças a si: a família, o círculo mais íntimo, os amigos, os cúmplices de todo o gênero, a Argentina, etc.? A inacreditável facilidade com que todos aceitaram, anulando toda a empatia e toda a compaixão pelas vítimas de Mengele?

Primeiro: que é evidente que o nazismo não morreu em 1945. Segundo: que sem dinheiro ele não teria ido muito longe. Terceiro: que, no fundo, ninguém verdadeiramente perseguiu os nazis após a guerra.

O que iria fazer sofrer mais Mengele no fim da sua vida – e o cúmulo da ironia para quem trabalhava sobre genética, filiação, raça – é o seu próprio filho. E também o facto de ter tido como últimas companhias mulheres não-arianas (uma húngara e uma brasileira, ainda por cima ambas pouco submissas). E o facto de ter sido privado do seu trabalho. Acha que Mengele recebeu na América do Sul um castigo pelos seus crimes? Que de alguma forma pagou, como numa roda de karma, pelo mal que infligiu?

Estou convencido de que se tivesse sido preso e julgado pelos alemães ele safar-se-ia. Já tinha escapado à incerteza que o roía durante 20 anos. Com os meios da sua família ele teria tido os melhores advogados da Alemanha. Depois, teria adotado a linha de defesa de Eichmann, “uma ordem é uma ordem, e para além disso eu salvei vidas” (com efeito, ele não enviava diretamente toda a gente para as câmaras de gás), e que não passava de um simples capitão. A sua família poderia vê-lo, a sua segunda mulher... Penso que ele se teria safado muito melhor se tivesse sido preso pelos alemães. Ele não teria tido que viver com essa paranoia, essa angústia que o engolia todos os dias.

Já com os israelitas teria sido diferente. Muito diferente. Eles ter-lhe-iam feito pagar caro, muito caro, num processo como o de Eichmann. Teria certamente sido condenado à morte.

Em parte, sim, ele foi castigado. Mengele autodevorou-se. Talvez seja esse o tema do livro. Como Mengele se autodevorou. Corroeu-se, corroeu-se. Sozinho. Porque no final ele era muito pouco procurado. Ele só foi verdadeiramente procurado durante três ou quatro anos. Em 30 anos isso não é nada. Mas nos anos 50 ele persuadiu-se de que por trás de cada palmeira da savana brasileira se escondia um agente da Mossad. E isso constitui uma matéria literária fascinante.

O seja?... Os ataques de paranóia, de demência? Do monstro que se volta contra si próprio?

O espaço fechado. A loucura. É preciso compreender que Mengele não é um aventureiro, é o filho de grande burguês e depois da guerra ambicionava ser professor na universidade. Fui a todo o lado. Descobri uma das fazendas no Brasil, onde ele passou dez anos. A não ser para uma estadia em viagem, você percebe o inferno que isso é para um burguês europeu. É um inferno: a humidade, o calor, os bichos, os mosquitos, as cobras…

Fonte: Público (Portugal)
https://www.publico.pt/2017/12/02/culturaipsilon/entrevista/josef-mengele-devorouse-a-si-proprio-1794028

domingo, 22 de janeiro de 2017

Sobre a vitória de Trump nos EUA e o "jornalismo de torcida" histérico da Globo (e mídia nativa golpista). Análise sobre a crise interna nos EUA por James Petras (no link)

Acho que muita gente tem visto e se espantado com a "cobertura" raivosa, enviesada e histérica (terrorismo psicológico) feita pela Rede Globo (destaco essa sempre porque o resto da mídia no país sempre foi um "traço" seguindo a "agenda" que geralmente essa impõe) sobre as eleições nos EUA e mais sobre o pós-eleição naquele país, além da posse de Trump.

*A quem quiser ler logo a análise do Petras, este é o link (colocarei este link de novo, mais abaixo, dentro do contexto do post pois pode ser que mão queiram ler o post então leem a análise, que é bem relevante):
Pela primeira vez, Estados Unidos experimentam o golpismo ao estilo latino-americano

Só um adendo pertinente: mão temos mídia no Brasil, encare isso como algo sério e não retórico. Em um cenário desses os blogs (dependendo da qualidade, há centenas, milhares deles) prestam um serviço à população, mesmo que não haja reconhecimento de muitos disso, e inclusive "estrelismo" e "vista grossa" até de outros sites e blogs com alguns blogs de política e/ou história. O que temos de "mídia" razoável são lampejos na internet de sites que contrapõem essa "grande mídia", a "grande mídia" que só defende interesses econômicos dos setores mais ricos do país ou às vezes nem isso, pois a mesma faz uma defesa de entrega do patrimônio do país (entreguismo) a corporações privadas estrangeiras ou mesmo estatais estrangeiras, ataque a direitos trabalhistas (do povo) e todo tipo de patifaria contra a maior parte da população.

Aos que acham (ou achavam, tem muita gente que tinha "muitas certezas" nesses últimos anos e cada uma dessas "certezas" está vindo abaixo à medida que o governo golpista destrói de fato o país... se meter em briga política graúda sem entender o que se passa, dá nisso... da próxima, tenham mais cautela...) que o maior problema do país é a corrupção, tudo isso que relatei acima sobre a mídia e defesa de interesses de corporações ricas é a "mãe da corrupção" e dos grupos históricos corruptos do país, por isso que sempre fui cético e me manifestei contra àquelas manifestações falsas com camisas da CBF "em defesa do país" (entre aspas, não houve defesa alguma e sim entrega do controle do país ao que há de pior nele: a gangue do PSDB e a parte neoliberal do PMDB, braços políticos da Globo no congresso nacional). Não é exagero o que vou dizer: quem manda neste país desde a redemocratização (em 1985) é a Rede Globo, com um lampejo (uma "pausa" breve em que o carisma político de uma liderança abafava esse domínio televisivo da Globo) nos dois governos Lula, e para por aí.

Voltando ao tema inicial, a Rede Globo de Televisão (o grupo como um todo, pois abrange rádios, jornais, TV a cabo etc) sempre foi ideologicamente alinhada ao Partido Democrata dos EUA, pelo menos de forma mais destacada desde o golpe de 1964, o golpe que instaurou uma ditadura no país de 21 anos. Caso Time-Life/Globo [PDF] [Matéria].

Governo norte-americano participa do golpe militar no Brasil (EBC, Brasil)
Democracia Interrompida (EBC, Brasil)
Pouco antes de seu assassinato, Kennedy discutiu ação militar para tirar Jango da Presidência (Arquivos da ditadura, Brasil)
Filme revela como EUA deram o Golpe de 1964 (Conversa Afiada/IG, Brasil)
31 de Março de 1964: deflagrada a ‘Operação Brother Sam’ (Jornal GGN, Brasil)
O encontro entre o embaixador Lincoln Gordon e Roberto Marinho em 1965 (Jornal GGN, Brasil)

Entrevista exclusiva de Hillary Clinton a esta emissora
em seus estúdios em São Paulo (Brasil)
O golpe de 2016 no Brasil foi dado também em um governo Democrata nos EUA, e começa (pra valer) em 2013 com aqueles "levantes/marchas" malfadadas de 2013, que gerou e propagou essa instabilidade no país, colocando literalmente o país abaixo e no estado de "coma" atual. Estragou e eclipsou os dois eventos no país (a Copa e as Olimpíadas), depôs presidente democraticamente eleita, arrasou o PIB do país comprometendo-o por pelo menos 10 ou 20 anos e por aí segue o estrago.

Se você acha que não será atingido por esse desmonte do Estado, é questão de tempo chegar até a você, mas o estrago chegará. Nem se iluda de que sairá "ileso" de toda essa "lambança", quer por participação ou omissão.

A Globo é a cabeça principal do golpe de Estado civil de 2016, sem ela os outros grupos golpistas sequer teriam visibilidade ou força. A Operação Lava Jato (ou seria Vaza a Jato?) que sempre livrou a cara de tucanos (protegendo-os) só tem a força que tem graças a esta emissora blindando o "juiz principal" da mesma. Operação "Cavalo de Troia", que usa o "combate à corrupção" pra destruir empresas nacionais e milhares de empregos pra abrir mercado pra multinacionais estrangeiras, que praticarão corrupção igual ou pior, sendo que o dinheiro conseguido por essas empresas não ficará no país, o grosso será enviado pro país sede delas (gerando riqueza pra outros países, não pro povo brasileiro).

A Globo tinha crença absoluta que Hillary Clinton, ligada às forças mais belicistas e financistas dos EUA (o grupo neocon que fez a guerra no Iraque com W. Bush a apoiou na última eleição), venceria fácil as eleições nos EUA.

A Globo chegou a repetir na véspera da eleição dos EUA que "pesquisas davam como certa vitória de Clinton com 99%" (em seu canal fechado, GloboNews, que eu chamo "carinhosamente" de GolpeNews). Que é o que chamo ironicamente de "jornalismo de torcida", pois isso não é "jornalismo" e sim "torcida de futebol" (claque) distorcendo fatos pro lado que "torce" (levantando bandeira), não narrando os fatos de forma adequada mostrando os dois lados (ou quantos lados houver).

Pois bem: quem venceu a eleição? Donald Trump (risos).

Querem ver o descontrole (ou rever)? Isto aqui foi durante a campanha dos EUA, repórter da Globo com raiva de Trump se descontrola e solta um "put* que pariu" (é o novo "padrão Globo de qualidade", hahahaha).



A "cobertura" feita pela GloboNews (GolpeNews) sobre os EUA, desde então, tem sido disso pra baixo, torcida mesmo e ressentimento pela vitória do candidato republicano. Mas por quê tanto desespero com uma eleição em outro país? Abaixo você entenderá.

O que provoca mais confusão na questão é também a estupidez da direita nativa de internet (ou senso comum) chamando a Globo de "esquerda" por não apoiar Trump, sem entender a divisão política dos EUA e a do Brasil, sem entender o confronto ideológico de grupos antagônicos até mesmo dentro de um mesmo espectro político. Existe uma direita real, partidária, empresarial no país, e uma direita "trololó" caricata e raivosa (muito idiotizada, despolitizada, com discurso vazio e entreguista, com viés anti-nacional) composta por gente de classe média, com slogans moralistas e simplistas. Embora também haja grupos com esta mesma mentalidade e com poder, vide a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

A vitória de Trump provocou um surto de histeria na malta golpista (estou destacando a Globo, mas não foi a única, mas é mais surtada desde então, o panfleto da Editora golpista Abril, a Veja, também está descontrolada) que não conformada com o resultado passou a atacar o candidato republicano de todas as formas possíveis, achando que tem "poder" (pausa pro riso de novo, hahahaha) de interferir no cenário interno dos EUA com essa postura, deixando mais perplexa ainda a já tosca e confusa direita "trololó" UDN de classe média que apoiou o golpe no país como "manada" desta emissora.

Por que este descontrole/histeria ocorre na Globo?

Provavelmente porque a articulação do golpe de Estado de 2016 é/era totalmente ligada ao governo Obama, e pode ter sido desmontada ou está em vias de ser. Além do Brasil e América do Sul não serem prioridade ou não interessarem ao atual governo eleito dos EUA.

Sem alguma articulação externa (apoio, suporte) é difícil um golpe desse tipo vingar em um país de dimensões continentais (ou em qualquer país). Essa elite entreguista e bananeira do Brasil sempre foi ridícula e anti-nacional demais (a questão nacional na América do Sul difere da Europa) pra fazer algo dessa monta por "conta própria", posso estar sendo duro mas os acho estúpidos demais até pra executar um negócio desses por "conta própria", sem apoio externo, e o envolvimento dos Estados Unidos na política interna dos países da América Latina é conhecido e remonta até antes da segunda guerra.

Não existe golpe desse tipo sem apoio externo, sem isso a malta que deu o golpe fica totalmente à deriva.

Entenderam o descontrole da mídia e do governo golpista depois da eleição de Trump? Vem dessas questões.

O que relato acima não se trata de uma defesa de Trump, mas ele foi eleito de forma legítima, e não posso concordar com essa agenda golpista, antidemocrática, enganosa dessa emissora que sempre tentou pôr abaixo a soberania do país com ajuda ou cumplicidade de outros grupos fortes no país (e de fora). Como também é uma agenda não só dessa emissora como de grupos "controvertidos" que dizem "representar" minorias fora, mas que já vimos o filme por aqui no que deu (desde 2013, o saldo de desgraça ao redor do mundo, vide também as tais "Primaveras árabes").

Na posse de Trump apareceram finalmente os "Black Blocs" nos EUA, com o mesmo quebra-quebra que fizeram no Brasil, Egito e outros países. Parece que o mesmo núcleo do golpe está agora ocupado tentando implodir o governo dele nos EUA, de certa forma é algo inédito (é disso que trata um link que deixarei abaixo).

Gente como esse cidadão (George Soros), que à parte os devaneios de "grupos de teoria da conspiração", não vale absolutamente nada mesmo, andou dando declarações terríveis. Uma declaração dessas é coisa típica de quem não tem apreço algum à democracia ou países e só a interesses privados:
Soros. Donald Trump “é um aspirante a ditador” e “vai cair” (Observador, Portugal)
Soros: Trump “é um aspirante a ditador” e “vai cair” (Jornal Económico, Portugal)
George Soros: Theresa May won't last and Trump is 'would-be dictator' (The Guardian, Reino Unido)
George Soros: Donald Trump 'will fail' and Theresa May's Brexit could 'last three days' (The Independent, Reino Unido)

Se quer entender um pouco mais da "fúria" dele com a vitória de Trump, dê uma lida:
Soros perdeu quase US$ 1 bilhão após eleição de Donald Trump

Quer saber das ligações de Soros com o Brasil e o narco-partido (PSDB)? Dê uma lida pra recobrar a memória (brasileiro é ruim de 'memória', por isso que sempre é enrolado):
Armínio Fraga: 'guru anticrise' ou 'vassalo dos mercados'? (BBC Brasil)
Armínio planejou ataques especulativos para Soros (Carta Maior)
Como Arminio Fraga explodiu a economia em 2002 (Jornal GGN)

Assistiu a grande mídia do país noticiar essas coisas?

Penso que não viu (e nem verá). Pode ser que com essas críticas eles resolvam noticiar essas coisas (estou chutando, sendo "benevolente"), mas até o momento não saiu nada (e nem espere muito, o noticiário é manipulado).

A vitória de Trump "parece" simples de analisar, mas não é, e você não encontrará nada de relevo assistindo essa mídia "vendida" do país, que deu o golpe contra o próprio país (e contra a maior parte da população, que também tem culpa no que se passa por não ter se levantado e se posicionado contra), alinhada ao grupo derrotado nos EUA.

O discurso vitimista "politicamente correto" também sofreu sérios danos. Em relação a qualquer claque que venha me acusar (e a outros) de sermos "parte" desse tipo de grupo, eu nunca nutri qualquer simpatia a partidos como PSOL, PSTU alinhados com essa baboseira ideológica importada dos Democratas (liberais dos EUA), que a meu ver é o ápice do discurso de domínio neoliberal no mundo, carcomeu até partidos de esquerda históricos pelo mundo com essa retórica aparentemente "bondosa" mas que nunca resolveu problema de preconceito algum (e nem vai resolver), e só fez confundir e pregar autoritarismo.

Combate a preconceito se faz com o livre debate mesmo. Eu fui um dos últimos a aderir à questão que o Roberto Muehlenkamp e a turma do Holocaust Controversies colocava sobre a questão do livre debate e os negacionistas (meu ponto de vista era só restrito à questão da negação do Holocausto, revi até esse ponto), mas posso dizer que eles estavam certos sobre a questão, somente a discussão com argumentos, sem censura, livre, combate certos discursos.

Sem mais delongas, deixo aqui uma análise/entrevista do sociólogo norte-americano James Petras sobre a divisão interna dos EUA com a eleição de Trump, mostrando a briga interna dos EUA. Não vou cravar que é algo inédito (a disputa interna intensa nos EUA, embora a forma atual seja), os anos 60 e 70 foram turbulentos e já teve mais disputa de poder pesado com morte de presidentes (e candidatos) por lá (pros que pensam que a Democracia dos EUA é "perfeita", é só aparência, mexeu com o poder da elite 'hardcore', o "pau come", literalmente), entrevista que sai do lugar comum e detalha realmente o que se passa naquele país.

Pentágono x CIA

"Pela primeira vez, Estados Unidos experimentam o golpismo ao estilo latino-americano"
http://cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FInternacional%2FPela-primeira-vez-Estados-Unidos-experimentam-o-golpismo-ao-estilo-latino-americano%2F6%2F37488
"A CIA, que está se metendo na política doméstica, participa de uma conspiração para negar a decisão constitucional da eleição de Donald Trump."

James Petras
Não localizei o site original, mas a entrevista foi dada pra Rádio Centenário do Uruguai (consta na matéria a informação). Saiu em dezembro passado, mas não foi possível colocar no blog antes.

Entrevistas como essa dificilmente serão mostradas pela Globo (em todos os seus veículos de mídia) e pela "grande mídia" do país (refiro-me ao resto que disputa o "traço" de audiência). O interesse desses grupos é outro, no momento acham que demonizando Trump mudarão algo internamente no Brasil. São uma piada grosseira. Mas não é só eles a fazer isso, a mídia europeia dita "progressista" em geral tem feito a mesma coisa, jornais como o The Guardian chegam ao ridículo com a questão, o "El País" (Espanha) é outra piada de mau gosto. Haja alinhamento e dinheiro liberal com essa mídia, cada vez mais desacreditada pela ausência de jornalismo e muito "jornalismo de torcida" pra manipular resultados.

E mais uma vez faço um apelo pra discussão em um nível mais apurado em vez da discussão "de piti" protagonizada por aqueles grupos de olavetes/coxinhas (essa direita tosca entreguista liberal de internet) e essa turma "pós-moderna" psolista que só fazem encher a paciência, no fundo são farinha do mesmo saco. Política graúda não tem lugar pra "paixões" pueris de grupos toscos. O Brasil definitivamente não é pra "amadores", para as duas partes toscas da briga, parem de querer se meter em briga graúda sem entender o que de fato se passa, sem entender a geopolítica por detrás desses episódios, todo "voluntarismo" costuma ser punido de forma pesada pelo "rolo compressor da História", essa ideia de vocês (e de boa parte da população) de que brigas em países (grandes como o Brasil) são só "assunto interno" é de um provincianismo ridículo (patético, ingênuo), e tudo isso tem implicações bem sérias na vida de milhões, poderemos pagar (ou provavelmente pagaremos) caro por décadas por toda essa lambança que começaram em 2013.

P.S. depois colocarei os links (e informações adicionais) de alguns trechos com citações pois vou ter que procurar as matérias (resolvi publicar o post assim mesmo)

P.S. 2 assistam o vídeo pois não garanto que fique no ar pra "sempre", a Globo sempre tenta tirá-los do ar (rs)

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Paul Preston publica "A destruição da democracia na Espanha" (1978)

Entrevista com o historiador britânico (jornal El País)
Juan Cruz; 9 JUN 1978

Paul Preston, historiador britânico especializado em questões espanholas, apresenta hoje no hotel Princesa Plaza, de Madrid, sua última obra, "A destruição da democracia na Espanha" (La destrucción de la democracia en España), que será comentada no citado ato pelo líder socialista Felipe González. O livro, subintitulado como "Reacción, reforma y revolución en la Segunda República" (Reação, reforma e revolução na Segunda República), foi traduzido por Jerónimo Gonzalo e editado por Turner.

Na atualidade, o professor Preston ensina na Queen Mary College, da Universidade de Londres. Estudou sua especialidade - História Moderna - na Universidade de Oxford e agora prepara um amplo estudo sobre a resistência da esquerda espanhola ao franquismo. A destruição da democracia na Espanha, diz Paul Presto, foi para mim a obra mais importante entra as que escrevi. Nasce na realidade da tese doutoral que apresentei em Oxford sobre as conspirações monárquicas contra a República espanhola. Depois de muito trabalho, dei-me conta de que o assalto direitista contra a República não provinha somente dos grupos violentos. Havia dois assaltos direitistas. Um era violento, na realidade, e tinha como fim o estabelecimento por armas de um Estado corporativista autoritário".

"A outra ofensiva direitista contra a República seguiu uma tática legalista para destruir o regime democrático imperante. Ao terminar minha investigação me dediquei a analisar os grupos legalistas de direita, desde a CEDA aos radicais do sul da Espanha. Estudadas as atividades desses grupos, observei o impacto que tais atividades tinham na esquerda de então".

O livro serviu a Paul Preston para concretar as causas determinantes da guerra civil e para fazer um exame amplo da oligarquia espanhola. Esta investigação, além disso, resultou-lhe especialmente útil para seus trabalhos sobre o franquismo. Prova disto é que o livro "Spain in crisis" (Espanha em crise), cuja preparação ele dirigiu e que foi publicada na Inglaterra há dois anos. A edição espanhola está próxima. Na Itália ele já foi publicado.

"Da preparação da minha tese e de minha simpatia pela causa republicana nasceu também meu estudo sobre a esquerda espanhola e sua resistência ao franquismo. Neste volume, que agora preparo, faz-se especial fincar pé no papel que teve o Partido Comunista nessa atitude de resistência".

Paul Preston, que viveu a época republicana só como historiador - agora tem algo mais de trinta anos -, estima que "há implicações claras neste livro para a atualidade", ainda que matiza seu critério.

"A Espanha dos anos trinta - diz o professor Preston - era um país fundamentalmente agrário. Ante essas estruturas, o Partido Socialista e o de Esquerda Democrática tentaram fazer reformas básicas, humanitárias, para melhorar a situação cotidiana dos mais frágeis. Esses intentos reformistas repercutiram logo numa direita latifundiária agressiva e selvagem, que provocou reações muito violentas. Agora a situação econômica mudou de modo radical. Ainda assim, segue havendo uma esquerda - o Partido Comunista e o Partido Socialista - que volta a se plantar a tarefa de fazer reformas básicas, depois do estabelecimento da democracia burguesa, que para a esquerda é o contexto mais adequado para chegar a outras formas de sociedade, também democráticas, mas socialistas".

"Se os intentos reformistas se produziram agora", diz o professor Preston, "quando existe uma profunda crise econômica, poderiam provocar reações fascistas ou autoritárias, similares àquelas que produziria um revolucionarismo aberto. Essa é a situação que devem ter em conta o socialismo e o eurocomunismo na circunstância espanhola".

* Este artigo apareceu na edição impressa de Sexta-Feira, 9 de junho de 1978

Fonte: versão original (castelhana) do El País (até o momento este texto não saiu na "versão" brasileira deste jornal, por isso tomei a liberdade de traduzir)
http://elpais.com/diario/1978/06/09/cultura/266191209_850215.html
Título original: Paul Preston publica "La destrucción de la democracia en España"
Tradução: Roberto Lucena
_____________________________________________

Observação 1: este texto estava arquivado há algum tempo (é um texto originalmente de 1978), e infelizmente tem muita coisa em comum com o que se passa no Brasil atualmente. Aos que acham que este golpe branco pode acabar em pouco tempo, a ditadura de Franco durou décadas com um legado de atraso (retrocesso) pesado pra Espanha, só superado (em parte) por uma coincidência conjuntural de terem entrado pra futura União Europeia.
Tem muito "idealista" tosco no Brasil, que acredita em qualquer asneira de "mudança pela mudança" (sem base real pra isso), principalmente na extrema-esquerda (tem uma extrema-esquerda ligada ao PSOL e cia que são incrivelmente ridículos e débeis, liberais mal assumidos) e que vai mudar subestimando as forças políticas fortes e retrógradas do Estado brasileiro. Por conta destas cretinices (a principal delas, mas não a única, aquelas marchas de 2013) o país se vê mergulhado numa encruzilhada política (eu iria comentar isso em outro post mas como este texto tem muito a ver com o presente do país, antecipei algo aqui).

"Ah, mas o golpe não vai sobrar pra mim"... rs, vai sim, tolinho (a), rs. Ninguém brinca de "revolucionário de araque" num país com uma direita arcaica, primitiva, vendepátria e truculenta como esta e sai impune disso. Julgam-se espertos? Pode sempre haver um (uns) mais que vocês, guardem isso como "lição política". Da próxima, quando forem brincar de "política", levem a coisa mais a sério e façam menos "cirandas" (o adjetivo "cirandeiro", de quem dança ciranda, é associado ao PSOL e seus espetáculos públicos ridículos, ou a uma esquerda dita "pós-moderna" com agenda política totalmente vazia e que adora espetacularizar tudo, só que pra tudo há limite, até pra espetáculos/performances teatrais pueris). Os caras ainda conseguiram avacalhar uma dança típico do meu estado com essa associação "macabra".

Observação 2: à turma "crítica" (entre aspas) ao blog (tem aparecido uns chiando nos textos críticos à doutrinação mofada e datada da guerra fria das tais olavetes golpistas apoiadoras de Temer e cia, com a falta de educação habitual, "cheios de si"), não adianta espernear comigo, eu não sigo essa postura "tanga frouxa" do PT ou de uma certa "esquerda cagona" do país ("cagão/cagona" é o mesmo que "frouxo/frouxa", neste sentido, principalmente a de alguns estados do país, ressalto isso pois muita gente de fora do Brasil lê este blog e pode não estar familiarizados com essas expressões do país), nem tenho medo de cara feia (como dizem na minha terra, "cara feia é fome"), se for discutir, discutam a sério, se quiserem brincar, eu também brinco (aponto os erros das bobagens que comentam) e não tenho obrigação de ser "educado" com gente mal educada, tampouco tenho paciência com gente "assim". A "tolerância" pós-golpe com essa "direita excêntrica liberal autoritária" do país, que já não era boa, ficou muito pior. Parece que não adianta avisar uma vez ou duas, sempre esse pessoal quer encher o saco e acaba tomando uma "entrada de sola" (gíria de futebol). O problema é que é estupidez "bater boca" com gente estúpida demais, e isso enche o saco, daí o aviso. Não creio que há mais espaço pra esse comportamento infantil demais desses grupos abobalhados que avacalharam o país por ignorância política aguda.

Caso alguém se incomode com o pessoal do blog ter posicionamento político, não posso fazer absolutamente nada em relação a isso (e nem quero). Todo mundo tem direito de ter o seu, mesmo que este governo ilegítimo - colocado de forma ilegítima no poder por um bando de imbecis e uma emissora golpista e mentirosa - queiram tentar silenciar quem discorde deles, não irão conseguir calar todo mundo, nunca.

Cansei de discutir com gente enviesada (politicamente) até o talo (muitos de direita, que adoravam posar de "moderados" sem ser) achando que os outros não têm direito de ter suas posições, foro o arsenal de idiotices que comentavam. Por muito tempo evitei colocar posicionamentos mais ligados ao presente (exceto o do cenário da extrema-direita de cunho fascista, literalmente), mas uma vez que o radicalismo só aumentou no país (principalmente pelo lado da direita neoliberal e entreguista), não vejo motivo algum com esse "excesso de respeito" com quem apoia isto, até porque há que frisar o seguinte: esta direita neoliberal do país sempre foi autoritária, arcaica e entreguista (contra o país) e não conseguirão impor um regime neoliberal no país sem provocar um conflito civil de graves proporções. Não venham até mim dizer como pensar, eu nunca disse a ninguém como agir e isso é uma via de mão-dupla.

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Chauvinismo e extrema direita (Crítica aos herdeiros do sigma) - Jefferson Barbosa

Para divulgação, deixo aqui o link e a sinopse do livro "Chauvinismo e extrema-direita", de Jefferson Barbosa, que deixou a informação e o link do livro nos comentários do blog. Quem quiser baixar o livro tem que se inscrever no site da editora (Unesp).

Pra quem quiser entender o fenômeno da extrema-direita, de caráter fascista, no Brasil (ou mais precisamente o Integralismo), é uma boa indicação. A parte de estudos sobre integralismo no país é muito boa.

Chauvinismo e extrema direita (Crítica aos herdeiros do sigma)
Jefferson Rodrigues Barbosa

Nesta obra, Jefferson Rodrigues Barbosa investiga as ramificações na sociedade brasileira do integralismo, movimento de extrema direita surgido no início do século XX e que teve em Plínio Salgado seu principal líder. O objetivo da pesquisa aqui coligida é compreender a configuração ideológica da militância integralista, relacionando suas concepções e seus valores com o ideário que originou tal perspectiva política.

Para tanto, foram identificados, analisados e arquivados durante cinco anos, entre 2007 e início de 2012, os conteúdos de publicações impressas e digitais, assim como reportagens jornalísticas, vídeos e documentários das organizações chauvinistas nacionais e internacionais. O resultado é um quadro diverso e complexo sobre como atua o integralismo hoje em dia, bem como quais são suas estratégias para divulgar seu pensamento.

Assunto: Política. Ano: 2015; Editora: Unesp
Páginas: 385; Edição: 1; ISBN: 9788568334683

Link do livro, formato ebook:
http://editoraunesp.com.br/catalogo/9788568334683,chauvinismo-e-extrema-direita

quinta-feira, 10 de março de 2016

Um dos ídolos políticos dos "revisionistas" brasileiros, o Bolsonaro, e sua "política externa" pró-Israel

Deixarei aqui um link que foi compartilhado/espalhado no Facebook, de um vídeo de alguma reunião do Jair Bolsonaro (deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro) e sua fala sobre sua "política externa" (se eleito "presidente"). Ao leitor de fora do Brasil, ele pretende sair candidato à presidência em 2018 na onda de populismo de direita que se espalhou em setores da classe média do país.

O blog é muito lido, na ordem (farei post sobre isso com uma lista melhor): nos Estados Unidos, Portugal, China e Alemanha. Inclusive o número de leitores com origem na Alemanha está próximo aos de leitores de Portugal, o dos EUA já passou os de Portugal.

Mas como dizia, e interpretando seu discurso, e sendo curto e grosso: ele, Bolsonaro, defende uma política externa 'submissa' aos Estados Unidos e Israel. E também comenta sobre sua viagem a Israel (rs) e a recusa da indicação de embaixador de Israel pro Brasil pelo governo brasileiro.

A quem não entendeu a ironia do post (pois tem sempre alguém que não "entende", e pretendo evitar explicar ironia duas vezes), o link e o post são uma "homenagem" aos "revisionistas" (negacionistas), pois o Bolsonaro era (ou é, ou deixará de ser após este post, hahaha) um dos ídolos políticos desse pessoal.

Tinha até "revi" no Orkut que dizia que era eleitor dele (pausa pro riso, rs). Tinha até uma "tchurma" em São Paulo de pretensos adoradores do "nacional-socialismo" (nazismo) fãs dele, rs. Matéria aqui:
Neonazistas ajudam a convocar "ato cívico" pró-Bolsonaro em São Paulo

Se alguém quiser chiar com o título acima, reclame pro site que distribuiu a matéria (risos).

Mas como me lembro dos vídeos desse "ato", eram hooligans pró-Bolsonaro (não existe "neonazi" propriamente no Brasil, num post falarei sobre isso, o que há no Brasil é um "hooliganismo" macaqueando o neonazismo europeu). Havia um que circulava no Orkut (e apareceu num dos vídeos) que parecia mais um sobrevivente de campo de concentração, rs (mas deixa pra lá, o comentário foi pra provocar mesmo, rs). E vamos parar com "excesso de frescura", que não é sensibilidade, em não se poder mais fazer uso de ironia pra criticar algo (havia gente no Orkut que a gente não podia fazer uso da ironia que vinha com essa censura emocional), não vou me submeter a essa mordaça do "politicamente correto" liberaloide defendido por partidos de extrema-esquerda como PSOL e PSTU.

Alguém entendeu essa zona ideológica? Isso é o fundo do poço que abriram em 2013 naquelas marchas malfadas daquele ano, a "revolução colorida" mal sucedida ainda em andamento (ainda farei um post sobre isso).

Não preciso acrescentar o quanto os "revis" (abreviação pra "revisionistas") "amam" Israel e tudo o que for ligado a Israel etc (rs). Por isso quero ver como eles irão "defender" o Bolsonaro daqui pra frente (hahahaha).

Isso é pra mostrar o "nível" de estupidez da extrema-direita brasileira ou a esculhambação da mesma.

A mixórdia ideológica da mesma (eu diria que a direita brasileira sempre foi um trambolho, um Frankenstein, cópia caricata do que há de pior na direita liberal dos Estados Unidos), onde a vertente liberal-autoritária é majoritária, mas sempre contou com aval tácito da parte que se diz "nacionalista", que posa de "nacionalista" mas faz "urro" com essa direita submissa ao Império.

De acordo com o Bolsonaro, "temos que reconhecer nosso local" (deixa eu traduzir: "temos que conhecer nosso lugar"). Deixa eu traduzir de novo o que isso significa: capataz do Império (EUA) e o Brasil o seu quintal. Soberania e autonomia do país? Danem-se. Deixa eu adiantar o vídeo com esta imagem (print):


Como ele alçou essa popularidade atual? Contribuição da lavagem cerebral que a mídia do país faz diariamente, com ódio a torto e a direito e manipulação de informação, com destaque total pra atuação golpista da Rede Globo ou "Organizações Globo", e o uso político do PSDB (o apêndice político da Globo na política brasileira) desses extremistas de direita.

Depois quando comento que essa gente não passa de um bando de iludidos, estúpidos, idealistas (da pior espécie) e tolos (trouxas), além de ignorantes (em sua maioria), há quem ache ruim, simplesmente porque não toleram opinião divergente da deles e porque não conseguem discutir, dizer porque discordam dessa opinião/visão política.

Nesse ponto sou até forçado a admitir que alguns "revis" sabiam discutir melhor que essa dita direita liberal-autoritária-olavética. Esqueci de citar acima, a grande influência dessa "malta liberal" é um astrólogo alçado à condição de "guru de seita" desse monte de gente tosca que dá sentido ao termo "olavético". É vergonha alheia atrás de vergonha alheia, um povo tosco que em vez de sentir vergonha de serem ridículos, são tão boçais e cretinos que ficam afrontando todo mundo, porque o povo não disse "basta!" a eles. Essa gente fanatizada só para quando o povo diz "basta!", no caso, é só falarem firme dizendo que não querem saber mais desse tipo de entulho extremista de ódio, uma hora se cansam, a "moda" passa.

O mais curioso é ser chamado de "alienado" por esse tipo de bitolado político de direita, que diz "não ser de direita nem de esquerda" (pausa para o riso de novo, rs).

Pra não alongar mais, vou transcrever parte da fala do vídeo, mas quem quiser ver tudo, pode clicar no link abaixo para assistir o vídeo, se não o removerem (nunca se sabe, rs):
Link do vídeo

- Política externa.- Centro de Lançamento de Alcântara.- Estados Unidos / Europa / Israel.
Publicado por Jair Messias Bolsonaro em Domingo, 28 de fevereiro de 2016
"Temos que reconhecer o nosso local. Pode ter certeza, uma política externa, meus grandes parceiros serão, além da Europa, obviamente, em primeiro lugar, Estados Unidos e Israel" (Aplausos).

"Estou com uma viagem marcada pra Israel, não é pra turismo não. Eu quero ver como israelense cria robalo (peixe) no deserto. Eu quero ver, como lá não tem água potável, eles a exportam pra Jordânia. Eu quero ver o que é o Orvalho de deus, eles só têm areia e têm uma agricultura, agora em andares, desculpe aqui, em alguns locais mais produtiva do que a nossa. E eles não se furtam a dividir isso."

"Agora, o que é que a Dilma fez? Negou as credenciais do embaixador israelense indicado por eles. Bateu no peitinho e falou "esse eu não quero" - peitinho ou peitão? Eu não sei (risadas na plateia). "Esse eu não quero"."
Como desgraça pouca é bobagem (pros "revis"), o "Bolsa" (ou "Bolsomito" como chamam os "idólatras" dele, idolatria é "pecado", viu? rs) também é chegado na maçonaria? Foto abaixo, de outra entidade que os "revisionistas" "amam de coração" (hahaha):

Atualização:
(08.03.2017) Como o vídeo acima foi removido, o mesmo se encontra no Youtube (até quando, eu não sei). Pra que fique como registro, pois a remoção do vídeo indica que a repercussão não foi das melhores (como previsto)

Entreguismo liberal de Bolsonaro, Base de Alcântara



Ah, a maçonaria (ou parte dela) andou fazendo showzinho em Brasília pedindo a cabeça do governo também, é parte do golpismo. Nunca apareceu de forma tão escancarada na política como de 2013 pra cá. O vice-presidente, que andou flertando com o golpe também, é maçom. Se alguém fosse fazer novela ou texto de ficção, a "realidade" que emergiu do país a partir de 2013, com aquelas marchas insensatas, dá de dez em qualquer texto do tipo.

Como há um golpismo branco em marcha no país protagonizado (fomentado) pela Rede Globo, é bom dar nome aos bois e dizer que colabora politicamente com o espetáculo pirotécnico dela transmitindo isso dia de domingo direto da Avenida Paulista (São Paulo), porque o resto do país não aderiu ao golpismo, mas a Globo insiste em "forçar a barra" dizendo que a "Av. Paulista é nacional" (risos). "Meu país é a Paulista" (hahahaha).

Eu nunca vi golpe, mesmo branco, vingar em um só Estado e numa avenida, por mais peso que tenha. De qualquer forma, o intento dessa emissora fazendo isso é crime contra o Estado, uma conspiração contra o Estado brasileiro e a democracia. A emissora deveria ser enquadrada pelo Estado e ter sua concessão cassada pelo governo federal. Dilma, pare de cerimônia e hesitação, também corte as verbas publicitárias estatais para este tipo de emissora que fomenta golpe contra o país. É legítimo o Estado se defender de quem fomenta golpe contra a democracia:
Colunista da Globo já pede explicitamente Golpe Militar e com ação violenta

A quem quiser se chocar com esse comentário, porque tem sempre algum hipócrita que por covardia tolera esse tipo de agressão inaceitável contra o Estado de direito e a democracia do país por sectarismo político e "comportamento de manada", meus sinceros lamentos mas é o que penso mesmo. A Globo atravessou o sinal vermelho e ninguém tem que tolerar isso. Não se trata mais de pregação política contra rivais e sim de tentativa de controle do Estado via golpe, como eu disse acima: isso é crime.

Não se deve tolerar intentos desse tipo de uma emissora que participou de outro golpe de estado (em 1964) e depois tirou o corpo fora só jogando a culpa pros militares, como se ela não tivesse feito nada durante 21 anos de ditadura e desde o fim da mesma tentando controlar culturalmente e politicamente o país.

Recentemente essa emissora andou "flertando" com censura a blogs políticos conhecidos, a quem não viu, leiam a matéria:
Hoje, às 19h, ato contra censura da Globo; transmissão ao vivo

Uma afronta à democracia e liberdade de expressão do país. Por essa razão esse tipo de TV não pode reclamar se pedirem, com razão, o fim de sua concessão de transmissão, que é pública (pertence ao Estado, não é dela).

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