Título autoexplicativo, porque a RT russa e outras mídias foram banidas dessas plataformas de Big Techs dos EUA quando começou o conflito Ucrânia x Rússia (fevereiro de 2022) que perdura até hoje (julho de 2025, indo pro quarto ano).
O Google (dono do Youtube) foi acionado de novo pela máquina de guerra norte-americana a "operar" censura na própria plataforma. A quem não ficou sabendo, segue a matéria do banimento de canais "pró-Rússia" e "pró-China" da plataforma:
"YouTube remove quase 11 mil canais ligados à propaganda da China e da Rússia"
(Jornal Público de Portugal https://www.publico.pt/2025/07/22/enter/noticia/youtube-remove-quase-11-mil-canais-ligados-propaganda-china-russia-2141279?ref=tecnologia).
Soube da notícia ontem, e me chamou atenção ao fato de que o assunto censura por Big Techs já foi tratado aqui outras vezes nos "posts perdidos" sobre a situação de Gaza (a quem quiser verificar um a um, são 22 partes, e mais duas partes "avulsas" listadas), acho que comentei sobre isso em 2024 e esse ano ainda, porque sempre surge uma discussão "bizantina", nonsense de alguns (cada um tem direito de opinar, e a gente tem direito de emitir nossa opinião também, mesmo discordante), que é como eu vejo, de quererem reduzir a coisa a uma discussão de "liberdade de expressão" aos moldes da Constituição dos EUA (que não é a Constituição brasileira...), deixando de lado a questão de que as Big Techs, corporações privadas é quem "regulam" a censura e a tal "liberdade de expressão" nessas redes, e é uma ilusão achar que essas corporações privadas, porretes do Império norte-americano, irão respeitar "liberdade", ilusão ou pura ingenuidade ou falta de uma visão melhor da questão.
A gente já sofreu shadowban aqui (https://holocausto-doc.blogspot.com/2025/06/ja-ouviu-falar-em-shadowban-o-grande-irmao-google-e-a-ilusao-de-alguns-grupos-com-liberdade-de-expressao-via-big-techs-dos-eua.html), recentemente, por conta do conteúdo sobre Gaza... a média de visualizações por post antes do conflito era sete vezes maior que as atuais... e isso que já havia restrição porque o Google censura posts sobre a Rússia mesmo sem qualquer apoio à Rússia, Kremlin etc, só porque se criticou os neonazistas da Ucrânia.
Como a gente sabe que houve interferência da empresa (Google)? Porque a frequência de visitação ao site é aleatória, se não tiver interferência de programação ou censura, se a coisa despenca pra números exatos de visualizações, sempre num patamar baixo, restrito, isso é a "censura branca" da plataforma (blogger, mas pode rolar no Youtube, o Google tem mecanismo pra isso) agindo. Pra não rolar o caso extremo de banimento. Canais de Youtube são mais visados nessa questão.
São formas de censura. O pessoal mais "analógico" (que ainda tá com a cabeça na era pré-internet, lá pra trás, anos 90, 80 do século passado) ainda delira em um mundo que não existe mais (o mundo analógico), ignorando as novas formas de poder, domínio exercidos por essas Big Techs dos Estados Unidos e corporações privadas em geral daquele país. Em vez de discutir a redução de dependência do Brasil sobre os EUA nisso (em como fazer) e propor algo ao governo, ficam discutindo "bizantinices" sobre uma suposta "liberdade de expressão a moda ianque"
Baniram 11 mil canais "ligados" à "propaganda da China e Rússia": 1. quem definiu o que é propaganda? 2. Cadê a transparência nisso? A RT, Sputnik foram banidos de várias redes estadunidenses. 3. a dita "mídia alternativa" brasileira discute, dialoga sobre o que fazer se seus canais forem banidos do Youtube? Essa turma acha que os Estados Unidos irá "respeitar liberdade de imprensa" e cia numa guerra ampla? Se creem nisso, são mais loucos do que se possa pensar, ou "ingênuos"... porque boa parte desses canais pode ser enquadrada (perfeitamente) na premissa do que a matéria divulgou.
E se a China se achava ilesa da coisa, que só iriam alvejar, atacar a Rússia, a política anti-China trumpista ampliou a ofensiva. A política de "neutralidade" chinesa (omissão deplorável sobre a questão palestina) começa a fazer água, a vazar o dique...
A política externa chinesa acredita mesmo que vai divulgar o país, ter meios de comunicação usando plataformas dos Estados Unidos? Que os EUA não irão partir pruma guerra?... Preocupante. Preocupante o nível de ingenuidade, displicência dos países do BRICS num confronto mais aberto com os Estados Unidos (os EUA colocam a coisa como confronto).
O assunto comunicação, internet, dependência tecnológica dos EUA (em informática, comunicação) é tão ou mais urgente que construção de portos, ferrovias e cia.
O Brasil não pode depender dessas plataformas pra fazer comunicação e operações de todo tipo dentro do país. Nem o Brasil e nem os países alvos no BRICS dos ataques norte-americanos.
Apesar de cretino, Trump não deve ser subestimado. Vi muita manifestação infantilizada com bravata "peitando norte-americanos" (gente que antes vinha nos chamar de "radicais" etc, agora ficam com bravata pueril querendo peitar Império de peito aberto, atitude estúpida) sem cobrar ações concretas do governo federal sobre essas questões.
Trump não deverá ficar só no ataque de tarifas de 50%, o ataque dele é contra o BRICS, a soberania dos países (o ataque dos Estados Unidos). Bolsonaro e cia só são um pretexto, uma desculpa, se não servirem mais o próprio Trump descarta essa gente mas vai continuar atacando (os EUA continuarão a cercar o Brasil).
O curioso é que quando a gente comentava sobre o assunto, devia ter gente na surdina achando absurdo, "exagerado", "nonsense" etc o que se dizia, agora estão entendendo o tamanho do problema? Acham que não estamos em guerra? Acordem...
Teve gente pormenorizando dizendo que isso era desespero da extrema-direita etc (sobre questões como o GPS), essa turma parece levar na brincadeira a questão ou não têm dimensão do potencial de estrago com a dependência do país dessas Big Techs, de sistemas operacionais como o Windows e outras ferramentas da indústria de informática dos EUA (computadores pessoais, tabletes, smartphones etc).
O Brasil pode contornar isso? Pode (e deve), só que com menos bravata e mais ações concretas sobre essas coisas.
Acho impressionante como as ditas "mídias alternativas", "mídias progressistas" dormem sem medo de ter os canais apagados, riscados do dia pra noite na guerra dos EUA contra o BRICS...
Mas depois os "malucos" somos nós... eu comentei sobre essas coisas no último post (22) de Gaza, tá até melhor escrito lá. A gente aponta problemas sobre prisma histórico (não são chutes), usando lógica, não são "profecias", "adivinhações" como virou mania de uma parte na plataforma do Google (Youtube) ficar soltando essas pérolas, como se fossem "adivinhos" ou coisas do tipo (as Mães Dinah fazendo "adivinhação"), e tem mais acertos que erros (bem mais acertos). Mas os "loucos" somos nós, não a turma que leva todo tipo de assunto sério na brincadeira, na leviandade, fechados em seus guetinhos, em patotinhas. Força.
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