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domingo, 28 de setembro de 2025

A Cidade Proibida (China) e outros monumentos (Muralha etc), sugestão de vídeos de canal

Dando sequência a esse post sobre o ´"Ultimo imperador" da China e a sugestão do filme "O Último Imperador" do Bertolucci (comentários no próprio post):
"O último Imperador da China (Puyi)" (https://holocausto-doc.blogspot.com/2025/09/o-ultimo-imperador-da-china-puyi.html)

eu disse que faria um post extra pra sugerir vídeos de um canal, pois ficaria muita informação pra um post só.

Colocarei aqui a sugestão então pra que assistam os vídeos do canal "2aMais na China" (do Dieter e da Deyse, pessoal muito simpático, o canal tirou o "da China" do nome mas se chamava assim antes), casal que teve uma experiência de 4 a 5 anos na China, de 2015 a 2019 (vieram pouco antes da explosão da Covid, fim de 2019, mas tem vídeo em 2020 ainda), e continuo achando um dos melhores relatos (ou melhor) documentado em vídeo da China no período (e continua bem atual os vídeos), edição, texto, as observações do casal (que saíram do Brasil com visões não tão positivas sobre a China e mudaram a percepção com o tempo, fato bem relevante pro registro dos vídeos).

Descobri o canal em agosto de 2020 (citando de memória), ou redescobri porque já havia visto alguma coisa antes e não havia dado "atenção" (a gente acaba criando certa animosidade com vídeo de canal de brasileiros fora porque tem muita tranqueira no Youtube), fiquei bem doente no período (coisa rápida mas foi pesada, algum mal estar, infecção intestinal, não foi diagnosticado, foram 4 a 5 dias pesados ou 1 semana, nem lembro direito mais, em plena pandemia) e os vídeos do canal ajudaram muito na melhora de ânimo no período. Sou grato à dupla por isso e pelo registro em vídeo que fizeram e compartilharem essa experiência, já deixei meu agradecimento em algum vídeo do casal, ou mais de um).

No vídeo sobre Natal mostram as igrejas cristãs na China (há outros vídeos de religião na China, templos de Taoismo, budista, se for o caso depois eu coloco um desses aqui), a arquitetura da igreja católica da China (arquitetura interessante, puxa pra arquitetura do local).

Eu sugeriria que quem pudesse ou tiver curiosidade que "maratone" todos os vídeos do canal do casal, mas só vou colocar aqui quatro vídeos: da "Cidade Proibida" (onde os imperadores da China viviam, e onde se passa parte do filme de "O último Imperador", da vida dele, há outro vídeo também da "Cidade Proibida", vasculhem o canal), da "Muralha da China" (há mais de um vídeo sobre a Grande Muralha da China, escolhi obviamente só um praqui), do "Templo do Céu" (construção que é mais antiga que o Brasil...) e um vídeo de Natal na China (tem outro vídeo no canal sobre o Natal na China, mais antigo, mas vou colocar só um deles aqui).

Há vídeos fora de série no canal, de verdade, vale muito a pena assistir (vídeos de Hong Kong, Pequim/Beijing e cia). Pena que a dupla tenha parado com os registros filmados, até os do Brasil, mas fizeram uma obra sensacional (minha opinião e a de muita gente) registrando a vida na China de 2015 a 2019 e a transformação naquele país no período. Vídeos em português (áudio), pra quem não entende português/espanhol, ative as legendas em inglês e de outros idiomas no Youtube.

domingo, 21 de setembro de 2025

O último Imperador da China (Puyi)

Só lembrando, texto integral abaixo sobre o último imperador da China feito pela BBC, mas... como a BBC (mídia pública britânica) "dá uma no cravo e dez na ferradura" (a expressão é outra Link1, fiz a adaptação porque a "ferradura" da BBC é vir com dez notícias enviesadas atacando o que não agrada à "agenda" dela, e no meio delas solta alguma matéria razoável ou boa, que é o caso da matéria em questão), e eu ia fazer uma adaptação pra sugerir o filme "O último Imperador", ficará pra outro post.

Fazer resumo daquilo (do filme) seria complicado (e "spoiler") e desnecessário depois de ler a matéria que será transcrita abaixo. Ainda é um filme espetacular (venceu 9 Oscar), super produção, e serve pra conhecer um pouco ou algo da China e também do período que vivemos, por isso veio forte à lembrança do filme nas últimas semanas ou meses vendo os links sobre a invasão japonesa da China etc, se procurarem os posts passados irão achar matérias sobre filmes da invasão japonesa à China (pensei nesse post, e no próximo que farei, há semanas, só que é impossível transpor tudo praqui). Pro pessoal que gosta de primeira guerra e segunda guerra mundial, filme sensacional (vai muito além do contexto desses conflitos embora se passe neles também).

"Mas a matéria abaixo não é "spoiler"? "Sim" e não... depende de como assistirem o filme (de como interpretam)... o filme sobre a figura do Puyi (nome do imperador) e sobre a China não detalha tudo do período (não tem como), tem partes "meio" datadas (o estilo) ou que eu tiraria do filme (soam caricaturas, o excesso de danças etc mas entendo porque colocaram), revendo o filme dá pra compreender melhor o filme hoje do que quando se viu da primeira vez, se você assistiu isso há mais de uma década e muita gente não assistiu (engraçado uma parte "falar tanto" de China no Youtube e eu nunca ter visto sugestão desse tipo de filme)... é um filme de 1987, do contexto da Guerra Fria ainda.

Mas deixa eu colocar o trailer do filme do Bertolucci aqui, haverá outro post sobre isso aqui, de forma curta, como complemento.

Trailers do filme "O último Imperador" (Bernardo Bertolucci):

Título da matéria (BBC):

"Como o último imperador da China terminou a vida como um simples jardineiro"
Autor, Redação
Role, BBC News Mundo; 11 setembro 2021

Sua história seria extraordinária de qualquer maneira, pois ele estava destinado a ser o governante absoluto de quase um quarto da população mundial. Mas ele acabou sendo único porque, diferentemente de seus ancestrais, chegou ao século 20 e sofreu as consequências das transformações sociais, políticas e econômicas da época.

Aisin-Gioro Puyi nasceu em fevereiro de 1906 em Pequim, quando seu tio Guangxu era o imperador da China. Este, no entanto, estava em prisão domiciliar havia 8 anos, por ordem de sua tia, Imperatriz Viúva Cixi, a mesma que o havia escolhido para ocupar o trono do Dragão e que permanecera como regente - e de fato governava o país - sob o título de "Santa Mãe, Imperatriz Viúva".

Ela própria determinou, em 13 de novembro de 1908, que a residência oficial dos imperadores e sua corte, bem como o centro cerimonial e político do governo chinês, fossem transferidos para a Cidade Proibida, no centro de Pequim.

O escolhido como sucessor do moribundo governante Guangxu foi Puyi, que apesar da pouca idade, se lembra do encontro com a formidável Cixi, cujo "rosto abatido e aterrorizante" viu através de uma cortina cinzenta.

"Dizem que comecei a gritar alto quando a vi e comecei a tremer incontrolavelmente. Cixi mandou alguém me dar alguns doces, mas eu os joguei no chão e gritei 'Quero minha babá, quero minha babá!', para grande desgosto dela", recordaria ele anos depois.

Guangxu morreu em 14 de novembro, e no dia seguinte, foi a vez de Cixi.

Em 2 de dezembro, dois meses após seu terceiro aniversário, Puyi foi chamado de "Sua Majestade o Imperador", "O Senhor dos Dez Mil Anos", "O Filho do Céu" depois da realização da "Grande Cerimônia de Entronização".

"Uma cerimônia que estraguei com minhas lágrimas", escreveria ele tempos depois em sua autobiografia, que também serviria de fonte para o filme O Último Imperador (1987), do cineasta italiano Bernardo Bertolucci.

Puyi se tornou o décimo-segundo imperador da dinastia Qing e o mais jovem na longa história imperial chinesa.

Sua dinastia

Puyi era descendente das tribos Manchu que venceram os Ming e fundaram a dinastia Qing em 1644, sob a qual a China dobrou de tamanho, ao incluir Xinjiang no extremo oeste, assim como a Mongólia e o Tibete, criando praticamente o formato territorial que a China tem até hoje. Um selo imperial do período Kangxi da dinastia Qing

Crédito, Getty Images
"Um selo imperial do período Kangxi da dinastia Qing"

A nova dinastia tolerou uma diversidade de povos e religiões e criou grandes empreendimentos culturais.

No século 18, a China era indiscutivelmente a maior economia do mundo, um país próspero com uma cultura rica. Seus imperadores viviam no coração de sua opulenta capital, Pequim, cercados por guardas imperiais e famílias nobres manchus.

Mas no século 19 a dinastia Qing começou a enfraquecer, incapaz de defender a China de agressões militares de forças britânicas, americanas, francesas, alemãs e japonesas.

Em 1850, um chinês cristão convertido, Hong Xiuquan, proclamou-se líder de uma nova dinastia, o Reino Celestial Taiping, e marchou com seus seguidores contra Qing, ganhando amplo apoio à medida que avançava.

A guerra civil que se seguiu durou 14 anos, e cerca de 20 milhões de pessoas perderam a vida em um conflito que acabou envolvendo soldados europeus.

Crédito, Getty Images
"Rebelião de Taiping, uma obra de meados do século 19"

A Rebelião de Taiping foi um dos eventos mais importantes na China no século 19, assim como o "Levante dos Boxers", também conhecido como "Levante de Yihétuan", uma rebelião de aldeões das províncias do Norte que estavam desesperados e famintos e passaram a responsabilizar estrangeiros por sua situação, expulsando mercadores e missionários.

O movimento teve início em 1898, cercou Pequim no verão de 1900, mas acabou sendo derrotado de forma brutal em setembro de 1901.

Era esta China que o pequeno Puyi governaria. Seus representantes, que regiam em seu nome, eram o pai de Puyi, príncipe Chun, e depois, a tia, Imperatriz Viúva Longyu.

O mundo lá fora

Em outras épocas, a fraqueza da dinastia Qing teria levado ao surgimento de outra, mas o século 20 ampliou o leque de possibilidades.

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"1909: Príncipe Chun, regente e controlador da nação, com seu filho mais novo ajoelhado e Puyi (1906-1967), Imperador da China, ao seu lado"

Enquanto Puyi era formado para o seu papel de governante e rodeado de privilégios que incluíam até ser dono de outras pessoas, como os eunucos que cuidavam dele e tinham que obedecer a cada um de seus caprichos, uma revolução estava sendo forjada contra o poder de sua dinastia. Para muitos chineses, esses governantes tinham perdido o mandato divino.

Em 1911, estourou a Revolução Xinhai ou Revolução Hsinhai, que acabaria pondo um fim ao Império e inaugurando a República da China. Em 12 de fevereiro de 1912, a Imperatriz Viúva Longyu, tia de Puyi, selou o "Édito Imperial de Abdicação do Imperador".

"A imperatriz viúva estava sentada em uma sala ao lado do palácio, enxugando os olhos com um lenço enquanto um velho gordo (o primeiro-ministro Yuan Shikai) se ajoelhava diante dela em uma almofada vermelha, com lágrimas rolando em seu rosto. Eu estava sentado à direita da viúva e me perguntava por que os dois adultos choravam", relata Puyi em suas Memórias.

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"As viúvas imperatrizes Longyu (primeira à direita) e Cixi (Tzu-hsi, 1835-1908, centro) com damas da corte em 1904"

Eles choravam porque acabava, formalmente, seu governo e os 267 anos de poder da dinastia Qing.

Mas ele, aos 6 anos, estava alheio a essas realidades.

E assim permaneceu, pois com o avanço da revolução, todos estavam em território desconhecido: com o fim de 2 mil anos de sistema imperial, ninguém sabia exatamente o que fazer com a casa imperial deposta.

Enviá-los para a Manchúria ou deixá-los em Pequim?

No fim, decidiram tratá-lo como faziam com reis estrangeiros, permitindo-lhe viver na Cidade Proibida, desfrutando do luxo de seu palácio imperial e seus jardins.

Por isso, para Puyi, pouca coisa mudou: ele nem mesmo foi informado por um tempo de que não era mais imperador e continuou a gozar de privilégios hoje difíceis de imaginar.

"Na época em que a China passou a ser uma república, e a humanidade avançou para o século 20, eu ainda vivia como um imperador, respirando a poeira do século 19", escreveu ele.

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"Cidade Proibida, considerada foi sua primeira prisão"
Em 1917, ele chegou a ser renomeado como imperador pelo general pró-monárquico Zhang Xun, que deu um golpe e assumiu o posto de "regente do Império". Mas isso durou apenas duas semanas, e Puyi e sua corte não foram responsabilizados pelo ocorrido.


Prisioneiro cruel

Puyi cresceria naquele ambiente estranho, isolado do mundo exterior, separado de sua família, sem nenhuma outra referência exceto a babá, Wang.

Mas ele continuou a ser tratado como uma divindade, a quem ninguém poderia perturbar, mesmo quando ele se comportava, segundo seu próprio relato mais tarde, de maneira nefasta.

"Chicotear os eunucos fazia parte da minha rotina diária. Minha crueldade e amor ao poder já eram fortes demais para que a persuasão surtisse algum efeito."

Em 1919, no entanto, Reginald Johnston, um acadêmico britânico contratado pela corte Qing para ser tutor de Puyi, o descreveu assim às autoridades britânicas: "Um menino muito 'humano', com vivacidade, inteligência e senso de humor. Além disso, tem excelentes modos e é totalmente isento de arrogância".

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"O imperador, aos 11 anos"

"Ainda que o imperador não pareça ser malcriado, pelas bobagens e futilidades que o cercam, temo que não haja esperança de que ele saia ileso dos perigos morais nos próximos anos de sua vida. (...) A menos que ele possa ser mantido longe da influência das hordas de eunucos e outros funcionários inúteis que atualmente são quase seus únicos companheiros", escreveu Johnston.

Assim, Puyi gradualmente se tornou um adolescente cujos atos de rebeldia consistiam em caminhar fora da Cidade Proibida, usar óculos e cortar sua tradicional trança Manchu. No entanto, ele ainda era obrigado a obedecer tradições, como por exemplo a das "grandes núpcias" do imperador.

"Casei-me com um total de quatro esposas ou, usando os termos usados na época, uma imperatriz, uma consorte secundária e duas consortes menores. Mas, na verdade, elas não eram esposas reais e estavam ali apenas para decoração", escreveu Puyi.

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"Procissão de presentes de casamento de Puyi, Imperador Xuantong da China (1906-1967), para sua noiva Lady Gobulo, Imperatriz Xiaokemin (1906-1946)"

Do lado de fora, o país ainda procurava respostas para as convulsões do fim do sistema imperial.

Em 1924, o comandante militar Feng Yuxiang chegou ao poder e expulsou Puyi e sua comitiva da Cidade Proibida.

Imperador de novo

Aos 19 anos, refugiou-se com os japoneses, que, ao invadirem a Manchúria em 1931, o proclamaram imperador de Manchukuo, um estado fantoche criado a partir das três históricas províncias da Manchúria (nordeste da China).

À época, a propaganda japonesa descreveu o nascimento de Manchukuo como um triunfo pan-asiático, reunindo as "cinco raças" de japoneses, chineses, coreanos, manchus e mongóis.

Isso, segundo eles, marcaria nada menos do que o nascimento de uma nova civilização e um ponto de inflexão na história mundial, como explica Edward Behr em seu livro O Último Imperador (1987).

Assim como o Estado, Puyi também era uma marionete, já que Manchukuo era rigidamente controlado por Tóquio, que o utilizava como base de expansão na Ásia.

Ali, a vida de Puyi se transformou em um pesadelo.

Obcecado pelo fato de que a grande maioria de seus súditos o detestava, já que Manchukuo era "um dos países mais brutalmente governados do mundo", de acordo com Behr, ele vivia como um prisioneiro virtual em seu palácio, com pouco mais a fazer do que assinar decretos aprovados pelos japoneses.

Sua tendência para a crueldade foi exacerbada e ele atormentava seus servos, não apenas com as usuais chicotadas, mas também cortando a quantidade de comida.

Além disso, ele se tornou budista, místico e vegetariano.

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), ele permaneceu firme com seus amos japoneses. Como ele mesmo admitiu, fez tantas declarações pró-Japão que nenhum aliado o aceitaria se fugisse de Manchukuo.

Mas foi isso que ele acabou forçado a fazer em 11 de agosto de 1945, quando finalmente percebeu que o Japão não estava ganhando a guerra e embarcou em um trem com sua corte e os tesouros da dinastia Qing.

Em 16 de agosto, um dia após a rendição do Japão, ele abdicou como imperador de Manchukuo e declarou, em seu último decreto, que o estado era parte da China.

Puyi acabou preso pelo Exército Vermelho soviético quando tentava voar para o Japão.
Imperador Manchukuo Puyi (à direita) sendo questionado pelo general russo Pritoul (à esquerda) após sua prisão

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Legenda da foto, Imperador Manchukuo Puyi (à direita) sendo questionado pelo general russo Pritoul (à esquerda) após sua prisão

Os soviéticos, que inicialmente não o reconheceram, levaram-no para a cidade de Chita, na Sibéria. Foi mantido preso, mas com conforto e mais privilégios do que os outros prisioneiros, algo pelo qual ele era grato ao mandatário Joseph Stálin.

Ali, receberia como todos os outros uma formação comunista.

A casa

Enquanto isso, a China ainda estava faminta por ideias e poderia ter tomado muitas direções diferentes.

Depois de décadas de conflitos internos, invasão japonesa e guerra civil, o Partido Comunista, com sua então estreita afiliação com a União Soviética de Stálin, conseguiu prevalecer.

Em 1949, Mao Tsé-Tung proclamou a Nova República na Praça Tiananmen (ou Praça do Portão da Paz Celestial), cujo nome vem do portão sul da Cidade Proibida, morada dos imperadores, aquela de onde apareciam as procissões quando o imperador deixava seu trono para realizar rituais para agradar os deuses. Ali os comunistas penduraram retratos de seus heróis.

Depois de quase 40 anos de guerra e instabilidade, a China estava em paz.

E para Puyi, que fora um daqueles imperadores cuja função era manter as relações diplomáticas entre os humanos e o mundo celestial, chegara a hora de voltar para casa, mesmo que não quisesse.

Ele temia o destino que o esperava no império do proletariado, mas Mao Tsé-Tung nada mais fez do que enviá-lo a um campo de reeducação.

Ele passaria 10 anos lá, onde pela primeira vez teve que fazer, sem ajuda, coisas como escovar os dentes e se vestir, além de trabalhar e aprender sobre o comunismo. Puyi, em seus últimos anos

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Legenda da foto, Puyi, em seus últimos anos

Durante séculos, o Estado chinês girou em torno do imperador, a personificação do poder no coração do estado, o ser semidivino destinado a proteger as pessoas de colheitas ruins e inundações devastadoras.

Em 1960, Mao Tsé-Tung, uma nova versão desses seres poderosos, concedeu ao último imperador da China um indulto especial: cidadania e liberdade.

A partir de 1964, o homem que já governou o país mais populoso do mundo passou a trabalhar como assistente de jardinagem no Jardim Botânico de Pequim e, depois, como editor no departamento de literatura da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês.

E ele também escreveu uma autobiografia, De Imperador a Cidadão, que foi endossada por altos funcionários do Partido Comunista Chinês.

Puyi indicou ter aprendido lições da Educação Socialista Gratuita, a julgar por declarações em seu livro e outras que deu em ocasiões como no casamento com Li Shuxian, uma enfermeira de hospital, em 1962, quando proclamou: "Vamos nos lembrar deste dia e continuar a aprender com a classe trabalhadora por todos os nossos futuros dias juntos. (...) Eu odeio a primeira metade da minha vida, porque foi uma experiência humilhante ser um explorador e um parasita."

Fonte: BBC em português (Brasil)
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-58531866

Continuação do post, sugestão de canal sobre a China:
"A Cidade Proibida (China) e outros monumentos (Muralha etc), sugestão de vídeos de canal"
https://holocausto-doc.blogspot.com/2025/09/a-cidade-proibida-china-e-outros-monumentos-historicos-muralha-etc-sugestao-de-videos-de-canal.html

domingo, 14 de setembro de 2025

"Por trás da Unidade 731: a carnificina contra a humanidade pela guerra e o militarismo"

Eu havia salvo o link desse vídeo abaixo da CGTN (TV estatal chinesa, em inglês) pra colocar depois em post separado sobre o post desse filme ("731 Biochemical Revelations" ("731 Revelações Bioquímicas"). Próximo filme chinês com temática de guerra atrai a atenção da mídia japonesa"), pra não ficar com excesso de informação em um post único, só que não estava conseguindo localizar o link...

O Google (dono do Blogger, dessa plataforma de blog) não mostra o resultado na busca pelo "link"... e o mecanismo de busca do Google é bem "preciso" (quando querem...), como essas coisas não acontecem aleatoriamente, o "esforço de guerra" norte-americano contra a China pelo visto tá bem forte... apesar de deixarem essa TV estatal chinesa operar no Youtube (até quando? Os EUA baniram a RT junto com a União Europeia, a RT russa).

Por isso que acho frágil demais a China usar uma plataforma norte-americana de vídeos (Youtube/Google), em pleno atrito com os Estados Unidos (a potência em declínio), pra difundir esses conteúdos ou se comunicar com o mundo, o BRICS precisa ter uma plataforma própria de comunicação à parte dos entulhos (Big Techs) dos EUA, que manipulam resultados, omitem, censuram... nesses dias o "shadowban" do blog foi "cortado" (aliviado...) e houve mais de 6 mil acessos em 2 ou 3 dias... algo que era normal no passado virou algo "excepcional" com o controle feito por essas plataformas do Google. Quer dizer, a maioria desses acessos maiores não veio do Google... (o Google informa as estatísticas de acesso internamente no blog, é assim que a gente sabe os países que acessam, proporção, interesses etc).

"Ah, mas os acessos são pequenos em relação ao Youtube"... de fato, em relação a um canal "grande", seria, só que tem mais views que muito canal de "informação" daquela plataforma (Youtube)... (e mesmo assim, tem um pessoal que fica em um pedestal sem citar etc), sem ajuda de terceiros, de divulgação por terceiros, exceto colegas ou quem acessa e gosta, no "boca a boca" (como tem gente da China que lê esse espaço, não queiram saber das picuinhas e hostilidades dessas "mídias brasileiras" com mídias com menor "visibilidade", ou que desagradam certa "agenda" deles... ou mesmo vaidades, mesmo na questão palestina, de Gaza, que eu achava que essa coisa atenuaria, apaziguaria, continua do mesmo jeito... senão pior), e o site/blog é um espaço de leitura, de fixação de conteúdo (de estudo e cia).

Youtube opera mais na lógica do "entretenimento", tirando vídeos de documentário, noticiário etc, sites escritos não necessariamente (principalmente os de política e história)... por isso que acho engraçado editoras e cia tentarem divulgar livros por Youtube quando público 'leitor' (que compra livros, de fato) acessa conteúdos escritos, em sua grande maioria, de nichos etc... (é tão óbvia a coisa que chega a ser ridículo ressaltar isso).

Só um pequeno adendo, sobre esse tema "segunda guerra na China", no Pacífico, eu já tentei contato pedindo conteúdo (produzido pela China) sobre segunda guerra na China, meses atrás, por gente da China que apareceu em certas mídias aqui do país e nada... estou externando a coisa agora depois de meses, da próxima eu tentarei contato com gente direto da China, assim se corta esse comportamento ridículo (hostil). Se não leram mensagem, peço desculpas antecipadas, mas acho que leram (fora a dificuldade em contactar).

Mas prosseguindo, em todo caso, eu havia guardado esse link da CGTN (e tem outro vídeo resumo no post do filme sobre "Unidade 731") porque foi a melhor explicação resumida da guerra bacteriológica do Japão na China na segunda guerra mundial.

A quem quiser assistir (sem mais delongas), o vídeo ficará aberto (obviamente) só que tem legendas em inglês. Você pode tentar colocar em português ou outro idioma nas configurações do vídeo no Youtube:

Watch: Behind Unit 731 – The butchery of humanity by war and militarism


Tem mais vídeos que eu localizei da CGTN sobre o tema, vou listar abaixo como venho fazendo (em tabelas) com os vídeos de canais alternativos de fora sobre o genocídio de Gaza. Ou seja, terá atualização no post (gradual ou não).

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Trump, o "pacifista" e "bufão" segundo alguns, também é parte do projeto de destruição da União Europeia (UE) pela elite norte-americana (estadunidense). Alguém lembra do Brexit?...

Usei esse termo "pacifista" no título porque tem uma turma no Brasil que cria ou criava ilusões com Trump sobre a Rússia e "paz"... que Trump teria afinidades políticas dele com o Kremlin e cia (admiração ele nutre por algumas figuras), e essa situação esdrúxula fomentou o surgimento de uma "direita pró-russa" no Brasil (meio "marginal", porque o grosso da direita brasileira é e sempre foi filo-norteamericana) que repete essas "tonterías" (como diriam os espanhóis, "tonterías = besteiras")...

Turma de "memória fraca"... esqueceram do caso Cambridge Analytica?

Pa refrescar a memória fraca de alguns, e comento a razão do caso mais abaixo, o caso da Cambridge Analytica está ligado ao Brexit, que foi o movimento de retirada do Reino Unido (que pra uns no Brasil só soa como "Inglaterra") da União Europeia para destroçar a UE como bloco.

Sobre os métodos da Cambridge Analytica:
"A Cambridge Analytica é uma empresa de análise de dados que trabalhou com o time responsável para campanha do republicano Donald Trump nas eleições de 2016, nos Estados Unidos. Na Europa a empresa foi contratada pelo grupo que promovia o Brexit (a saída do Reino Unido da União Europeia).

A empresa é propriedade do bilionário do mercado financeiro Robert Mercer e era presidida, à época, por Steve Bannon, então principal assessor de Trump.

A Cambridge Analytica teria comprado acesso a informações pessoais de usuários do Facebook e usado esses dados para criar um sistema que permitiu predizer e influenciar as escolhas dos eleitores nas urnas, segundo a investigação dos jornais The Guardian e The New York Times.

Na noite de segunda, a rede de TV britânica Channel 4 veiculou uma reportagem em que o diretor-executivo da Cambridge Analytica, Alexander Nix, foi filmado conversando sobre uso de suborno, ex-espiões e prostitutas para encurralar políticos."

Link da matéria completa: (https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/entenda-o-escandalo-de-uso-politico-de-dados-que-derrubou-valor-do-facebook-e-o-colocou-na-mira-de-autoridades.ghtml). Viram os métodos mafiosos usados que lembram alguém?... Caso Epstein... manipulação de Big Techs...

Sobre o caso Epstein.. (o uso de prostituição de menores pra armar arapuca a políticos com "gostos curiosos"...), espionagem, prostituição... ("Secret service prostitute says secret information was easily accessible" Link1 "Ghislaine Maxwell and Jeffrey Epstein were spies who used underage sex to blackmail politicians, ‘ex-handler’ claims" https://www.thesun.co.uk/news/10414087/ghislaine-maxwell-epstein-mossad-agents-politicians-sex-blackmail).

Por sinal, foi difícil achar matéria sobre Epstein e Mossad... teve que calhar a do "The Sun", que é tabloide britânico, mas as infos não estão erradas nessa matéria por porque o assunto está com aparente censura pelo Google.

As Big Techs se reuniram com Trump pra adular o tirano norte-americano esses dias... (https://www.poder360.com.br/poder-tech/saiba-quem-foi-ao-jantar-de-trump-com-big-techs-na-casa-branca), pros que acreditam em "liberdade de informação/expressão" no Google, Facebook e cia, "tolinhos"... existe liberdade sim nas Big Techs, de "manipulação" e censura por elas, a gente mesmo sofre censura, restrições: https://holocausto-doc.blogspot.com/2025/06/ja-ouviu-falar-em-shadowban-o-grande-irmao-google-e-a-ilusao-de-alguns-grupos-com-liberdade-de-expressao-via-big-techs-dos-eua.html

Mas tentando voltar ao começo, ao assunto de fato... Trump é vendido só como um "bufão", coisa fanfarrônica, folclórica por certa "turma ilustrada" que circulam nessas "mídias progressistas" do Brasil (estão fazendo "bom jornalismo" sobre esses temas?... toda vez tenho que recorrer a links da "grande mídia"...), por uma postura pedante, pernóstica e boçal (os comportamentos quase sempre andam juntos).

Uma presunção de "superioridade intelectual e moral" (em vários casos há controvérsias nisso...) em relação a esses bandos porque os mesmos usam métodos ridículos de disuasão. A massa dessa extrema-direita olavética é realmente estúpida, manipulável, e de gente ruim (com péssimo caráter, valores, é isso o "conservadorismo" brasileiro?...), mas que não deixam de ser perigosos por manifestarem essa "estética pitoresca ridícula". Essa gente não deve ser levados na gozação, como "pilhéria"... foi por essa postura pernóstica da "esquerda ilustrada" que essa turma chegou ao poder sem combate, o Olavo de Carvalho, um "astrólogo" engoliu os meios universitários do país (que supostamente deveriam representar uma resistência a isso e nada...). Certa "esquerdinha pernóstica" de bolha de internet (de classe média) pilhando o Olavo de Carvalho e cia estimularam o sujeito a sair do anonimato, ainda no Orkut e parte desses bandos, testemunhei isso, pena o Google ter ocultado os arquivos do Orkut, quem quiser entender a ascensão dessa turma vai ter que pesquisar (conseguir acesso) àquele site.

Mas voltando a Trump, Trump deu continuidade ao projeto de destruição da União Europeia, começado com o Euromaidan (levante) em Kiev/Ucrânia (2014) derrubando governo pró-Rússia por lá pra futura guerra... isso ocorre ainda no governo Obama/Biden (vice), calma que chegaremos à UE de novo...

Trump se elege depois e começa o projeto "Cambrydge Analytica" pra remover o Reino Unido da União Europeia pra enfraquecer, fragmentar o bloco e dar respaldo a figuras de extrema-direita pela Europa como o Salvini (italiano), Farage (britânico, cabeça do barulho sobre o Brexit) e figuras do tipo...

O motivo? A UE era um bloco concorrente dos Estados Unidos em PIB, comércio, moeda e cia... confiram o gráfico (não achei melhor mas quebra o galho, link https://www.reddit.com/r/economy/comments/1j0vyrc/gdp_growth_of_the_usa_versus_the_eu_from_2008_to), pros que ficam alegando que a "Europa acabou"... os caras falam como se fosse um bloco político/econômico do tamanho da Bolívia... com todo respeito à Bolívia... como se não tivesse tecnologia, força, protagonizou duas guerras mundiais e encabeçaram o mundo desde a expansão ibérica (Portugal/Espanha) nas Américas e cia, lá pelo século XVI, até ascensão do Império holandês, francês, britânico...

Entendo que o termo "acabar" pode ser aplicado a "bem-estar social", se for faz sentido... mas de forma genérica é uma expressão problemática, porque o "acabar" é só o "recomeçar" de outra era (ou antiga... https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2025/03/05/alemanha-prepara-rearmamento-historico-apos-distanciamento-dos-eua.htm), Alemanha e armamento nunca foi uma mistura muito "boa"... se é que me "entendem"... como o blog é de 2aGM, comentários como esse tem sentido irônico mesmo.

Os Estados Unidos elaboraram uma estratégia de longo prazo (as elites ianques, o aparato de Estado) de uma guerra envolvendo Europa Ocidental (e a do leste, como bucha de canhão) contra a Rússia... que é o que estamos vendo em curso...

"Mas Trump é só um bufão" e bla bla bla... tomem cuidade com a turma que trata o sujeito e essaa questão assim aqui no país... sei que rola desabafo, irritação e vontade de chamar o sujeito de imbecil e cia (e em parte é), mas mesmo sendo imbecil é um sujeito perigoso, principalmente por seu entorno e por ser Presidente dos Estados Unidos... ele tem burocratas de Estado (uma máquina burocrática junto dele), maquinário de Estado ao lado dele pra cometer atrocidades, maldades e estragos... mesmo que não deem certo a médio/longo prazo no plano econômico.

Trump também foi responsável pela morte de quase 1 milhão de norte-americanos por Covid (número sem revisão ainda), como sua filial no Brasil, os Bolsonaro e os militares no governo, responsáveis pela morte de 700 mil brasileiros por Covid também no Brasil, fora o estrago econômico, social, familiar causado por essa questão.

E mais sobre Trump ser "bufão"... quem inaugurou essa "guerra de decepar" (como andam rotulando) que Israel anda usando e cia, pelo menos em período recente, foi o "Bufão laranja", pros que não lembram do ataque, 2020, governo Trump trama uma emboscada no Iraque, similar a essa conferência sobre "cessar-fogo" que líderes do Hamas foram ao Qatar, e manda bombardear o local pra matar o líder da Guarda Revolucionária do Irã (idealizador da estratégia do "Eixo da Resistência" e cia): "Bombardeio ordenado por Trump mata principal general iraniano" (https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/01/02/ataque-aereo-mata-major-general-iraniano-diz-agencia-milicia-culpa-eua-e-israel.ghtml). É "bufão" mas mata...

Muita cautela e cuidado ao tratar Trump como "mero bufão", isso é uma postura imprudente, imatura e irresponsável... mesmo sendo um cretino, ele é um cretino no poder da maior máquina de guerra do mundo ou uma das (a da China é equivalente), e essa turma dos Estados Unidos ao se dar conta que não podem conter a China mais diretamente, podem querer destroçar o mundo inteiro para que os chineses, BRICS e cia não usufruam de prosperidade, desenvolvimento por décadas... fora as ameaças de conflito armado e as não-ameaças como Gaza e conflito na Ucrânia, fora outros conflitos se espalhando pelo mundo.

Essa baboseira, ladainha, de separar Trump, republicanos e democratas como "coisas muito diferentes", pode funcionar em "DCE" de internet (por sinal, tem um usando uma expressão bem particular que eu usava... vou fazer post sobre isso porque achei ridículo), mas na prática isso é uma discussão rebaixada, ridícula.

Só lembrando, o blog é acessado em sua maioria por brasileiros e estrangeiros fora do Brasil e nessas semanas a coisa se superou, os acessos do Brasil se encontram na sétima colocação...

Singapura e Hong Kong (China) no topo, Rússia, Alemanha, Reino Unido e cia... o povo saberá se reproduzirem assunto dos textos em outros cantos sem os créditos. Nunca foi proibida a reprodução, está na descrição do site e sim a "ausência dos créditos", nada além disso. Tanto que o site tem uma lista de PDFs sobre nazismo e cia com mais de 120 arquivos... (na parte de Páginas), fora o livro elaborado pelo pessoal do Holocaust Controversies que se encontra em destaque no canto esquerdo sobre a Aktion T4 e alguns campos de concentração, em inglês (não foi possível, ainda, traduzir pro português). O download é livre, mas se reproduzirem, lerem, deem os créditos ao esforço feito, é o mínimo requerido.
O link direto do PDF do livro: https://holocausto-doc.blogspot.com/2012/01/belzec-sobibor-treblinka-holocausto.html

Programa Aktion T4 da Alemanha nazista (eugenia e eutanásia), a Olga Benário, conhecida no Brasil, foi morta em centro da Aktion T4 (a imagem dela aparece no link em português e esclareço a razão): Aktion T4 verbete (https://pt.wikipedia.org/wiki/Aktion_T4). Se alguém colocar algo pela IA do Google, a IA vai dizer que não há "ligação"... pra contornar o erro "burrice" da "inteligência artificial"... matéria antiga da Folha de SP ("Olga Benário foi morta em clínica" https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft28019816.htm). A Aktion T4 era sobre eugenia e cia, no começo, mas os centros também foram usados pra matar prisioneiros do nazismo, a Olga Benário foi vítima.

domingo, 7 de setembro de 2025

Como se classifica isso além de genocídio? - Parte 03

Estou colocando vídeos da mídia alternativa (ou convencional, depende do caso) de fora do Brasil cobrindo o genocídio pra mostrar ao público sem acesso a isso (do Brasil, em geral, apesar de que o público que mais acessa o blog é de fora do Brasil, brasileiros fora do país e/ou estrangeiros) pra mostrar como é feita a cobertura do genocídio e conflito no Oriente Médio mundo afora em vídeo, e o clima político nos países... já que tem uma turma aqui no país que vive alheia a tudo que se passa, achando que está uma calmaria o clima político na Europa Ocidental, EUA e cia... principalmente em torno da questão palestina, já que a dita "mídia hegemônica" do Brasil (Globo, SBT, Record e "jornalões") se omite (de forma criminosa, proposital, intencional) diante do genocídio pra não "desagradar" Israel e o governo norte-americano, pra dizer o mínimo (cumplicidade política).

Se for possível, à medida que eu for localizando mais vídeos, eu vou listando como fiz na Parte 02 (link da parte 02 tá abaixo), tem um monte listado no fim.

A quem não viu as outras partes: Parte 01, Parte 02.

As cenas da Alemanha do vídeo abaixo (as primeiras) são de começo de agosto (da repressão policial, do Estado a mando do governo alemão), mas a pancadaria prossegue como em caso recente de protesto pró-palestina reprimido com violência em Berlim (na última semana), as imagens da própria DW (mídia pública alemã):



Esse protesto foi agora há pouco, com rechaço da Irlanda em relação à Alemanha:

Para ver mais imagens e o contexto, o link:
https://www.facebook.com/dw.espanol/posts/pfbid02giE8LBC72NR1Zn58o1kR28uZgNpfaGu6fkyJ4JL9Xqz6hmvt2bQyF3oJvzdUXWfl (DW Español).

As imagens em vídeo:

Vídeos:
200 mil pessoas em protesto pró-Palestina na Bélgica ("200,000 rally against genocide in Belgium’s largest Palestine protest")

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Derrubando mitos... já estamos na Terceira guerra global (mundial), bem como a Segunda guerra mundial começou em 1931 (o "eurocentrismo" "escolhe" certas datas e "termos")

Capa de jornal da época, 2008
Muita gente fica "batendo cabeça" pra ver quem "fala mais alto" com o vulto que virou o Youtube e a "briga de narrativas" de canais querendo adquirir "protagonismo" sobre o discurso dos fatos atuais, globais e nacionais... mas já comentei aqui antes que estaríamos na terceira guerra mundial, ou global.

Porque o termo "mundial" usado pras duas grandes guerras têm fundo eurocêntrico ou euro-estadunidense, e eurocêntrico do Norte porque excluiu a Espanha/Península Ibérica da questão (por preconceito dos países do Norte da Europa e Estados Unidos), que só rotula como "mundial", "global" guerras entre eles ou com forte impacto nesses países, em que pese o impacto de fato global dessas guerras, mas várias guerras ao longo da história mundial poderiam ter o mesmo rótulo, pelo impacto que tiveram.

Fora que o começo da Segunda guerra é sempre empurrado pro ano de 1939 (quando a Alemanha, III Reich) invade a Polônia e passam por cima até da Guerra civil espanhola (1936) que seria o marco do início da segunda guerra no teatro europeu, e passam por cima do teatro asiático quando o Japão invade a China em 1931, que seria o começo de fato desse conflito, e pra situar, tem duas divisões dessa invasão, a de 1931 na Manchúria (Japanese invasion of Manchuria), e depois em 1937 com a invasão generalizada (https://en.wikipedia.org/wiki/Second_Sino-Japanese_War). Ou de forma resumida, o início da Segunda guerra mundial se deu entre 1931 e 1936-1937 com esses episódios que citei.

Por que as pessoas têm dificuldade em rotular o período atual como terceira guerra? Porque não estão considerando (ainda) a ascensão trumpista (em 2016) como começo do caos, ou se quiserem voltar pra trás, 11 de setembro de 2001 (ataque ao World Trade Center), ou derretimento do neoliberalismo (ainda nos anos 90, Coreia do Sul 1997 e México 1994-95) e a grande crise financeira de 2007-2008 (estamos ainda vivendo em cima do cadáver dessa crise...), e consequentemente a guerra da Ucrânia-Rússia ou invasão da Rússia à Ucrânia (fevereiro de 2022), conflito de Gaza, Oriente Médio (2023), retorno de Trump ao poder etc.

Ou caso queiram usar outro nome pra coisa, também "está valendo" ("está Ok."), mas estamos dentro de uma grande crise global, persistente do sistema capitalista global, onde o ator central da crise e desse sistema capitalista global, os EUA (e a Europa Ocidental), estão em profunda crise sistêmica: crise social, econômica, de perda de espaço pra China, pro BRICS e cia.

Se você chegou até aqui e acha que estamos em um período "anormal" (de conflitos generalizados etc), você não está equivocado na percepção... ressalto isso porque no Brasil parte desses canais que discutem "política", "geopolítica" e cia costumam não tratar a questão atual por esse prisma histórico, de "linha de tempo", e não se assustem, caso você leia aqui, que dificilmente algum irá citar esse post, mesmo que leiam (vivem lendo), mas fica o registro (já comentei parte dessas questões, tirando a invasão do Japão, na parte dos comentários da crise/genocídio de Gaza, pros que tiverem paciência de ler, são 22 posts e mais 2 ou 3 anteriores).

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Como se classifica isso além de genocídio? Chamar de animalesco é até ofensa aos animais... Genocídio por fome, bombas, apoio armado dos EUA e governos europeus (OTAN) - Parte 02

Esta é a "Parte 02" do "mondo cane" promovido por Israel em Gaza, a quem não viu a "Parte 01", este é o link de acesso direto, embora possam ver o post descendo o blog mais pra baixo (é um post recente). Eu iria colocar um post sobre Unidade 731 e cia, fica pra depois.

Sem falar na questão dos jornalistas da Al Jazeera assassinados em Gaza por forças israelenses (ontem ou anteontem) (270 jornalistas mortos por Israel, 400 jornalistas feridos e 40 jornalistas igualmente por Israel, crimes de guerra, crimes contra a humanidade), outro crime contra a humanidade praticado por Israel, ressaltando esse caso (mais um de milhares de crimes contra a humanidade praticados por Israel) para os que retratavam o exército israelense (anos atrás usavam a expressão) de "o exército mais ético do mundo"... eu não queria conhecer o "menos ético" pelo prisma desse pessoal.

A quem quiser ler mais: ("RSF apresenta denúncia perante o Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra cometidos contra jornalistas na Palestina e em Israel" https://rsf.org/pt-br/rsf-apresenta-den%C3%BAncia-perante-o-tribunal-penal-internacional-por-crimes-de-guerra-cometidos-contra).

As ditas "emissoras" do Ocidente como CNN, Globo e afins não condenaram a matança de jornalistas, nem por uma "ação corporativa" de classe ou pra manter as aparências desses canais que acobertam o genocídio (https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/ataque-de-israel-mata-jornalistas-em-gaza-segundo-hospital-e-canal). Israel está mentindo ao acusar os jornalistas de serem "parte do Hamas", virou o "mantra oficial" pra justificar carnificina em Gaza pelo governo genocida de Israel, e que ninguém minimamente coerente leva a coisa as "falas" do gabinete genocida de Israel a sério quando justificam os crimes.

É tanto vídeo com desgraça, carnificina (crimes contra a humanidade), que se eu fosse colocar todos abertos em um post, sequer rodaria em celulares (Smartphones) por conta do "peso", fora o risco de mais "shadowban" (https://holocausto-doc.blogspot.com/2025/06/ja-ouviu-falar-em-shadowban-o-grande-irmao-google-e-a-ilusao-de-alguns-grupos-com-liberdade-de-expressao-via-big-techs-dos-eua.html).

Conhecem a história de Tony Aguilar, veterano/boina verde do Exército dos EUA que foi fazer parte da tal "Fundação Humanitária de Gaza" e saiu chocado com as coisas macabras que presenciou por parte desse pessoal contra civis palestinos (crianças, mulheres, doentes): fome, tiros em esfomeados atrás de comida. Tem mais de um vídeo com o Tony Aguilar, inclusive um em que ele memoriza uma criança palestina que "sumiu" (tomou tiros...) por conta das forças israelenses... há imagens do garoto pegando farelo (o povo está sendo suprido com "ração", literalmente, a conta gotas), e o "mundo colorido enfeitado" da classe média brasileira continua cínico fingindo que não vê a coisa sem rechaçar a presença de apoiadores de Israel em podcasts e na TV aberta hegemônica do país (Globo, SBT, Record).

Atenção que haverá julgamento por crimes contra a humanidade contra o governo delinquente genocida de Israel, e os cúmplices do genocídio sempre serão lembrados... como os naistas alemães lembrados por décadas por crimes dessa natureza (não se trata de questão de guerra e sim genocídio, intento deliberado de extermínio de povo e/ou limpeza étnica).

Vou mostrar o "clima político" (é ruim de traduzir essa expressão) na mídia britânica e norte-americana com a turma que "apoia Israel"... só pra terem ideia do que comentei acima. Dois vídeos com os relatos de Tony Aguilar (Boina verde), um vídeo de ativista no Reino Unido "higienizando" um quadro de "Lorde Balfour" (o responsável britânico no papel pela matança na Palestina, a formação colonial de Israel), no Brasil a ativista seria chamada de "vândala" pela justiça histórica praticada contra o quadro de um vilão/escremento, graças ao "senso de justiça" deturpado desse "conservadorismo brasileiro", refratário à justiça, à soberania do Brasil, com falta de empatia e solidariedade com os povos alvejados pelo colonialismo no mundo.

Mas um dos vídeos que mais gosto é de uma jornalista norte-americana escrachando uma senadora pelo Michigan (estado dos EUA), nome da senadora Elissa Slotkin (100% "pró-lacre" mas dedo no chumbo pró-Israel contra os palestinos em Gaza) que apoia o genocídio israelense em Gaza contra os palestinos, pra mostrar a temperatura política fora (EUA, Reino Unido e vários países) em relação ao apoio dado por políticos à matança praticada por Israel, patrocinada pelos Estados Unidos e também por governos europeus, onde alguns (finalmente) cortaram o fornecimento de armas a Israel. O vídeo ao lado é do Piers Morgan, jornalista britânico, entrevistando uma ministra israelense e escrachando a mesma pro Reino Unido inteiro assistir. Alguém imagina parecido na Rede Globo brasileira, SBT e Record?... Quando o povo souber do que se passa fora do Brasil, nesses centros de poder político, começarão a ter uma noção mais clara do quanto o "sionismo" (sionismo é ideologia, como fascismo, dos nacionalismos extremados racistas europeus do século XIX, a que guia o Estado israelense, supremacismo, colonialismo) é rechaçado mundo afora.

Estou repassando esses vídeos aqui porque sei da cobertura "manca" do conflito aqui no país, e principalmente pra mostrar ao povo, às pessoas (em outros países também onde a mídia está limitando a cobertura) a quanto anda o clima no eixo anglo-americano e Europa, como a cobertura da mídia alternativa e até mainstream está ocorrendo (no mainstream apesar da pressão do lobby israelense, principalmente a cobertura no Reino Unido).

Vou colocar alguns vídeos abertos e o resto seguirá em lista (com os títulos), à medida que eu for localizando mais vídeo, os que eu achar mais relevantes (resumidos etc) eu vou atualizando a lista, ou coloco em outros posts futuros.





Vídeos (lista), e um aviso: alguns vídeos poderão ter imagens pesadas, violentas, a quem for mais sensível, leia o enunciado dos vídeos e se certifique se quer ir adiante:

01. "Israel mata o proeminente jornalista palestino, Anas Al-Sharif" (https://www.youtube.com/shorts/5mge9Gsrv6w)
02. "Activists hold signs to protest the killing of journalist Anas Al-Sharif" (https://www.youtube.com/shorts/5fARiIYTF9g)
03. "Testemunha diz que Israel enterrou crianças palestinas vivas. Norte-americanos espancados até a morte por colonos" (Katie Halper programa, EUA https://www.youtube.com/watch?v=DOzE966AlfY)
04. "An injured Palestinian man crawls around the streets of Gaza as he searches for food" ("Um palestino ferido rasteja pelas ruas de Gaza em busca de comida", o povo se encontra desnutrido, boa parte, uma parte ferida, debilitados, sobrevivem com "ração" arremessada quando não são alvejados pela "ONG humanitária" de Israel em Gaza atirando em gente esfomeada https://www.youtube.com/shorts/RbQYavPYsT4)
05. "Menina palestina de oito anos é encontrada dormindo do lado de fora de hospital em Gaza após não conseguir encontrar comida". "Latifa Mohammad, uma menina palestina de oito anos, foi encontrada dormindo do lado de fora do Hospital Al-Shifa, Latifa tentava encontrar sua família, pois seu pai estava ferido e não conseguia se virar sozinho, quando sucumbiu à exaustão e adormeceu do lado de fora do hospital (https://www.youtube.com/shorts/Vi3R4ImD2yM)
06. Vídeo de fome em Gaza, pessoas amontoadas atrás de "farinha" e a "ração" que a entidade genocida israelense deixa entrar em Gaza (por pressão externa), pais, crianças, mulheres (https://www.youtube.com/shorts/tAuScZEJYC0) 07. " Pro-Palestine activist puts locks on the gates of the UAE embassy in Belgium" (Ativista pró-palestinos coloca um cadeado nos portões da embaixada dos Emirados Árabes Unidos na Bélgica". Emirados coopera com Israel no Oriente Médio, não move uma palha sobre o genocídio de Gaza, fora a normalização de relações com Israel apesar de ser um país de maioria árabe) (https://www.youtube.com/shorts/sIleSS6hJ7s)
08. Criança em Gaza sofre de distúrbios neurológicos devido à desnutrição grave. Faiz Nasser, um menino palestino de Gaza é visto no chão sofrendo de desnutrição grave que afetou diretamente seu desenvolvimento físico e mental, causando distúrbios neurológicos e disfunção cerebral, de acordo com depoimentos de sua família (https://www.youtube.com/shorts/h0a_SfRuA7M) 09. "18.500 crianças mortas pelo exército israelense em Gaza. Os Estados Unidos forneceram mais de 22 bilhões de dólares para a guerra. Os EUA pagaram por 70% do gasto da guerra em Gaza"", B. Sanders, senador dos EUA (https://www.youtube.com/shorts/uQ_wPcl77WE)
10. Ex-presidentes dos EUA, Jimmy Carter e Richard Nixon (de partidos diferentes) falam sobre o impacto e a pressão do lobby israelense nos Estados Unidos (https://www.youtube.com/shorts/LRS9nP84zDA)
11. "Dando nome aos melhores entre nós. Os jornalistas que Israel matou em Gaza" (https://www.youtube.com/watch?v=2OeqfqxmWWc)

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

"731 Biochemical Revelations" ("731 Revelações Bioquímicas"). Próximo filme chinês com temática de guerra atrai a atenção da mídia japonesa

Cartaz do filme
Diversos veículos de mídia japoneses noticiaram na tarde de domingo logo após o anúncio de "731 Revelações Bioquímicas" ("731 Biochemical Revelations"), um filme chinês com temática de guerra, com lançamento previsto para 18 de setembro – no 94º aniversário da invasão japonesa da China, que prenunciou a Segunda Guerra Mundial na Ásia e que tornou a China a primeira a resistir ao fascismo.

Uma série de filmes está programada para estrear nos cinemas nos próximos dois meses, incluindo o "Montanhas e Rios como testemunhas" ("Mountains and Rivers Bearing Witnesses") em 15 de agosto, "731 Revelações Bioquímicas" em 18 de setembro e "Contra Todas as Probabilidades" ("Against All Odds") em 3 de setembro, de acordo com o "China Film News" no domingo.

Entre esses filmes, o "731 Revelações Bioquímicas" tem como pano de fundo os experimentos bacterianos conduzidos pela "Unidade 731" do exército japonês invasor no nordeste da China. Ele expõe os crimes da Unidade 731 através do destino tortuoso de uma pessoa comum.

Após o anúncio, pelo menos 3,84 milhões de chineses disseram que gostariam de assistir ao filme, de acordo com dados da plataforma de ingressos chinesa "Maoyan", ocupando o primeiro lugar na lista de desejos de filmes que você quer assistir. Um comentário no "Sina Weibo" dizia: "A decisão de lançar o filme em 18 de setembro tem um significado profundo – um lembrete solene das atrocidades cometidas pelos invasores japoneses e um chamado para nunca esquecermos nossa humilhação nacional". Outro internauta disse: "Estou planejando levar meu amigo japonês para assistirmos juntos".

O "Kyodo New"s noticiou o ocorrido logo no domingo. A reportagem informou que o filme "731 Revelações Bioquímicas", que retrata o "Departamento de Prevenção de Epidemias e Purificação de Água do Exército Imperial Japonês" (IJA) do "Exército de Kwantung" (Unidade 731), está programado para ser lançado em 18 de setembro. O "Kyodo News" descreveu 18 de setembro como o aniversário do que chamou de "Incidente de Liutiaohu de 1931". No entanto, de acordo com a Agência de Notícias Xinhua, o chamado "Incidente de Liutiaohu", ao qual o lado japonês se refere, é o Incidente de 18 de setembro. Em 18 de setembro de 1931, tropas japonesas explodiram um trecho da ferrovia sob seu controle perto de Shenyang e acusaram as tropas chinesas de sabotagem usando como pretexto para o ataque. Mais tarde naquela noite, bombardearam quartéis perto de Shenyang, marcando o início da invasão japonesa à China que durou 14 anos.

A "Jiji Press" noticiou o lançamento de "731 Revelações Bioquímicas" em 18 de setembro. O veículo de comunicação japonês afirmou que o filme poderia "levantar preocupações sobre o aumento do sentimento antijaponês".

Vários outros veículos de comunicação japoneses, incluindo o "Iwate Daily" e o "Nikkan Sports", republicaram a reportagem da Kyodo News.

O ativista pela paz japonês Nobuharu Goi, que concedeu uma entrevista exclusiva ao "Global Times" em maio, expressou seu forte interesse pelo filme em um e-mail enviado ao "Global Times" em junho.

Em seu e-mail, Goi afirmou que deseja obter o endereço de e-mail ou outras informações de contato do diretor do filme, Zhao Linshan, após não terem convidado o diretor para o Japão em 2018.

Goi, também presidente do "Comitê de Yokohama para a Exposição sobre a Guerra Química do Exército Japonês", realizou uma exposição em Yokohama, no Japão, focada no uso de armas químicas pelo Exército Imperial Japonês e nos perigos representados por munições químicas abandonadas durante a Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa, em uma tentativa de trazer à tona esses "materiais históricos adormecidos".

Goi disse ao "Global Times" em maio que o governo japonês está tentando apagar a memória pública da guerra.

Apesar de que oito décadas tenham se passado, novas provas continuam a surgir, expondo as atrocidades cometidas pelo Exército Imperial Japonês (IJA) durante sua invasão à China – e muitas dessas provas estão ocultas dentro do próprio Japão.

Por exemplo, em março, Taku Yamazoe, membro do Partido Comunista Japonês e membro da Câmara dos Conselheiros, apresentou publicamente documentos históricos na Dieta (Poder legislativo do Japão), comprovando que a notória Unidade 731 havia conduziu experimentos com humanos na China. Esses registros estavam há muito tempo ocultos no Instituto Nacional de Estudos de Defesa, subordinado ao Ministério da Defesa do Japão. Esta é a primeira vez que um legislador em exercício no Japão expõe tais arquivos no parlamento, condenando o encobrimento sistemático de crimes de guerra cometidos na China por Tóquio, que durou décadas.

"Por ocasião do 80º aniversário, o Japão está cada vez mais engajado homenageando Hiroshima e Nagasaki – concentrando-se apenas na vitimização. Tanto os políticos quanto a mídia ainda rejeitam uma avaliação honesta dos atos perpetrados em tempos de guerra. Por isso, levantei essas questões durante as sessões da Dieta televisionadas pela NHK precisamente para despertar a consciência pública", disse Yamazoe em entrevista exclusiva ao "Global Times" em Tóquio.

"As atrocidades cometidas pela Unidade 731 violaram o direito internacional. Embora o governo japonês reconheça a existência da unidade, afirma repetidamente 'não ter conhecimento detalhado de suas atividades'. Com a maioria das testemunhas já falecidas, a verificação tornou-se cada vez mais difícil. Considero essa postura do governo profundamente desonesta", disse Yamazoe.

O filme "731 Revelações Bioquímicas" tem estreia prevista para 18 de setembro na China
Por Xu Keyue
Publicado: 03 de agosto de 2025, 20h18

Fonte: Global Times em inglês (China)
https://www.globaltimes.cn/page/202508/1339985.shtml
Revisão/TR (português): Roberto Lucena
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Trailer e imagens com comentário

A quem quiser ler mais sobre "Unidade 731", acessar a tag (https://holocausto-doc.blogspot.com/search/label/Unidade%20731).

Não tem muita coisa sobre a Unidade 731 (e ainda tornaram privado os vídeos do Youtube que constam em um post), mas tem mais filme sobre crimes do Japão na segunda guerra mundial. Eu havia lido essa matéria no Global Times no dia 3 ou 4 último e não deu pra publicar antes.

E o tema dos julgamentos em Tóquio é interessante (pra comparar aos de Nuremberg e julgamentos a posteriori na Alemanha Ocidental sobre crimes da segunda guerra, parte pouco conhecida, tem filme e documentário sobre isso, eu separei uma vez mas acabei não colocando). Sobre os julgamentos de Tóquio no pós-2aGM, a quem quiser ler (em inglês): "What the Tokyo Trial Reveals About Empire, Memory, and Judgment" (https://www.newyorker.com/magazine/2023/10/23/judgment-at-tokyo-world-war-ii-on-trial-and-the-making-of-modern-asia-gary-j-bass-book-review).

É pouco conhecido no dito "Ocidente", mas os Estados Unidos repetiram a "dose" de Nuremberg no Japão depois, mas muita gente saiu impune... a Guerra Fria havia começado e o inimigo a "preocupar" já era outro... a União Soviética e o bloco socialista e não mais os Fascistas japoneses e europeus.

Tag sobre julgamento de Nuremberg (https://holocausto-doc.blogspot.com/search/label/Julgamento%20de%20Nuremberg). Sobre os julgamentos de Frankfurt sobre Auschwitz e cia:

"Frankfurt Auschwitz trials" (https://en.m.wikipedia.org/wiki/Frankfurt_Auschwitz_trials)
"Há 50 anos chegava ao fim o julgamento de Auschwitz" (https://www.dw.com/pt-br/h%C3%A1-50-anos-chegava-ao-fim-o-julgamento-de-auschwitz/a-18656578)
"1963: Começa o "Julgamento de Auschwitz"" (https://www.dw.com/pt-br/1963-come%C3%A7a-o-julgamento-de-auschwitz/a-708064).

E em breve haverá mais países no banco dos réus sobre crimes de genocídio (novamente)... pra não passar em branco.

Localizei um dos filmes, mas sei que há documentário, verifiquei isso há muito tempo (há anos... 2014 ou antes), "Labirinto de mentiras", review ("'Labirinto de mentiras' narra a origem dos julgamentos de Auschwitz" https://oglobo.globo.com/cultura/filmes/labirinto-de-mentiras-narra-origem-dos-julgamentos-de-auschwitz-18321280), tanto que eu achava que havia publicação/post disso, porque deve estar perdido em algum "rascunho" (foi em período turbulento do Brasil, quando a gente perde certo gosto com o país e o comportamento de "manada" de parte da população).

A quem quiser ver o filme, sugestão de blog, blog muito antigo de segunda guerra, que sempre constou como adicionado ao blog: "Segunda guerra Filmes" (https://filmessegundaguerra.blogspot.com/2017/03/labyrinth-of-lies-labirinto-de-mentiras.html), a gente "passa mal" com a quantidade de títulos que a pessoa disponibiliza, catálogo considerável.
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Matéria especial recente da CGTN (TV estatal chinesa) sobre o episódio da Unidade 731 e a exposição sobre o evento, livros aparecem em destaque no começo do vídeo:
1. Andrew N. Buchanan. World War II in Global Perspective, 1931-1953: A Short History (Review link)
2. Blood and Ruins. The Last Imperial War, 1931–1945. Richard Overy, Viking, New York, 2022, 1040 pages (Review link)

terça-feira, 29 de julho de 2025

Como se classifica isso além de genocídio? Chamar de animalesco é até ofensa aos animais... Genocídio por fome, bombas, apoio armado dos EUA e governos europeus (OTAN)

E ainda deixam tudo documentado pra futuras condenações. Milhares de provas em vídeos, gravações, jornais, de crimes contra a humanidade, crimes de guerra, genocódio etc.

"Em 6 de agosto de 2024, o Ministro das Finanças de Israel disse que matar de fome 2 milhões de palestinos em Gaza "pode ser justo e moral", mas "ninguém no mundo nos permitiria". Então, como a fome está se desenrolando sob cerco total, com a ajuda bloqueada e ministros pedindo mais? A fome não é um efeito colateral. É a estratégia."


Pros governos europeus que querem parar com a cumplicidade no genocídio, parem de enviar armamento pra Israel e cortem relações comerciais até pararem o genocídio.

Vale o mesmo pros Estados Unidos, além de só falar que está "ajudando" com "ração" jogada por avião no local.

A postura dos governos da República Popular da China e da Rússia têm sido desastrosa, omissa e covarde. Se é esse o "cartão de visitas" que querem dar ao mundo com uma "nova ordem global" baseada em "prosperidade", estão fracassando de forma miserável, fora que os Estados Unidos já travou a China no Oriente Médio pela inação da mesma. A política chinesa de achar que "compra tudo" ou "apoio" apenas com "dinheiro" (sem defender a integridade dos países e de seus interesses fora da China e arredores) vai mostrando suas limitações (há bastante tempo). Tem muito canal aqui no Brasil que não toca no assunto ou não "comenta" pra ficar de oba-oba só com "adulação" e adesismo acrítico, isso não acontecerá aqui. E tenho respeito pela China e admiração de seu crescimento mas não vou endossar essa postura covarde de assistir um genocídio sem fazer nada.

Porque o que se passa no Oriente Médio, pralém das questões históricas, é fruto da disputa pela hegemonia da região por EUA/OTAN/Israel x China/Rússia principalmente, e o Irã (que é parte da região, ator regional, que também já foi alvejado com certa inação de Rússia e China, todos membros do BRICS).

Alguém creditar essa postura a ser "sabedoria chinesa" é querer distorcer ou subverter por completo a realidade, ou se submeter a um discurso que já se esgotou.

E não é necessário a China se envoler em conflito direto, basta pressionar Israel, cortar relações comerciais com esse 'país' e tensionar a coisa com os EUA.

Papel da Rússia no Oriente Médio vai de mal a deplorável. Quem quiser adular isso, fique à vontade, e não estou seguindo "sugestão" de canal do Youtube, respeitem a 'cabeça' dos outros, não tem criança seguindo (acriticamente) "opinião" de A ou B aqui no país, pelo menos não por essas bandas.

Imponham um cessarfogo "debaixo pra cima" (pelas potências), os países que fornecem munição a Israel parem com isso (se queriam alvejar China e Rússia, conseguiram, não precisam infligir mais sofrimento ao povo palestino pela disputa de vocês), e os demais endossem um cessarfogo unilateral imposto a Israel e a tutela militar/por segurança de forças da ONU no local, e posterior reconstrução de Gaza e resolução do Estado palestino na região.

"Ah, mas não farão", eu não estou dizendo que farão, estou dizendo que isso deve ser feito, ou isso ou que os envolvidos arquem com os danos e ônus de um genocídio televisionado por fome que o mundo inteiro está assistindo apreensivo.

sexta-feira, 25 de julho de 2025

A guerra dos EUA contra a China e o BRICS se aprofunda, o Youtube (Google) "entrou de vez" (de novo) no conflito... (censurando)

Título autoexplicativo, porque a RT russa e outras mídias foram banidas dessas plataformas de Big Techs dos EUA quando começou o conflito Ucrânia x Rússia (fevereiro de 2022) que perdura até hoje (julho de 2025, indo pro quarto ano).

O Google (dono do Youtube) foi acionado de novo pela máquina de guerra norte-americana a "operar" censura na própria plataforma. A quem não ficou sabendo, segue a matéria do banimento de canais "pró-Rússia" e "pró-China" da plataforma:
"YouTube remove quase 11 mil canais ligados à propaganda da China e da Rússia"
(Jornal Público de Portugal https://www.publico.pt/2025/07/22/enter/noticia/youtube-remove-quase-11-mil-canais-ligados-propaganda-china-russia-2141279?ref=tecnologia).

Soube da notícia ontem, e me chamou atenção ao fato de que o assunto censura por Big Techs já foi tratado aqui outras vezes nos "posts perdidos" sobre a situação de Gaza (a quem quiser verificar um a um, são 22 partes, e mais duas partes "avulsas" listadas), acho que comentei sobre isso em 2024 e esse ano ainda, porque sempre surge uma discussão "bizantina", nonsense de alguns (cada um tem direito de opinar, e a gente tem direito de emitir nossa opinião também, mesmo discordante), que é como eu vejo, de quererem reduzir a coisa a uma discussão de "liberdade de expressão" aos moldes da Constituição dos EUA (que não é a Constituição brasileira...), deixando de lado a questão de que as Big Techs, corporações privadas é quem "regulam" a censura e a tal "liberdade de expressão" nessas redes, e é uma ilusão achar que essas corporações privadas, porretes do Império norte-americano, irão respeitar "liberdade", ilusão ou pura ingenuidade ou falta de uma visão melhor da questão.

A gente já sofreu shadowban aqui (https://holocausto-doc.blogspot.com/2025/06/ja-ouviu-falar-em-shadowban-o-grande-irmao-google-e-a-ilusao-de-alguns-grupos-com-liberdade-de-expressao-via-big-techs-dos-eua.html), recentemente, por conta do conteúdo sobre Gaza... a média de visualizações por post antes do conflito era sete vezes maior que as atuais... e isso que já havia restrição porque o Google censura posts sobre a Rússia mesmo sem qualquer apoio à Rússia, Kremlin etc, só porque se criticou os neonazistas da Ucrânia.

Como a gente sabe que houve interferência da empresa (Google)? Porque a frequência de visitação ao site é aleatória, se não tiver interferência de programação ou censura, se a coisa despenca pra números exatos de visualizações, sempre num patamar baixo, restrito, isso é a "censura branca" da plataforma (blogger, mas pode rolar no Youtube, o Google tem mecanismo pra isso) agindo. Pra não rolar o caso extremo de banimento. Canais de Youtube são mais visados nessa questão.

São formas de censura. O pessoal mais "analógico" (que ainda tá com a cabeça na era pré-internet, lá pra trás, anos 90, 80 do século passado) ainda delira em um mundo que não existe mais (o mundo analógico), ignorando as novas formas de poder, domínio exercidos por essas Big Techs dos Estados Unidos e corporações privadas em geral daquele país. Em vez de discutir a redução de dependência do Brasil sobre os EUA nisso (em como fazer) e propor algo ao governo, ficam discutindo "bizantinices" sobre uma suposta "liberdade de expressão a moda ianque"

Baniram 11 mil canais "ligados" à "propaganda da China e Rússia": 1. quem definiu o que é propaganda? 2. Cadê a transparência nisso? A RT, Sputnik foram banidos de várias redes estadunidenses. 3. a dita "mídia alternativa" brasileira discute, dialoga sobre o que fazer se seus canais forem banidos do Youtube? Essa turma acha que os Estados Unidos irá "respeitar liberdade de imprensa" e cia numa guerra ampla? Se creem nisso, são mais loucos do que se possa pensar, ou "ingênuos"... porque boa parte desses canais pode ser enquadrada (perfeitamente) na premissa do que a matéria divulgou.

E se a China se achava ilesa da coisa, que só iriam alvejar, atacar a Rússia, a política anti-China trumpista ampliou a ofensiva. A política de "neutralidade" chinesa (omissão deplorável sobre a questão palestina) começa a fazer água, a vazar o dique...

A política externa chinesa acredita mesmo que vai divulgar o país, ter meios de comunicação usando plataformas dos Estados Unidos? Que os EUA não irão partir pruma guerra?... Preocupante. Preocupante o nível de ingenuidade, displicência dos países do BRICS num confronto mais aberto com os Estados Unidos (os EUA colocam a coisa como confronto).

O assunto comunicação, internet, dependência tecnológica dos EUA (em informática, comunicação) é tão ou mais urgente que construção de portos, ferrovias e cia.

O Brasil não pode depender dessas plataformas pra fazer comunicação e operações de todo tipo dentro do país. Nem o Brasil e nem os países alvos no BRICS dos ataques norte-americanos.

Apesar de cretino, Trump não deve ser subestimado. Vi muita manifestação infantilizada com bravata "peitando norte-americanos" (gente que antes vinha nos chamar de "radicais" etc, agora ficam com bravata pueril querendo peitar Império de peito aberto, atitude estúpida) sem cobrar ações concretas do governo federal sobre essas questões.

Trump não deverá ficar só no ataque de tarifas de 50%, o ataque dele é contra o BRICS, a soberania dos países (o ataque dos Estados Unidos). Bolsonaro e cia só são um pretexto, uma desculpa, se não servirem mais o próprio Trump descarta essa gente mas vai continuar atacando (os EUA continuarão a cercar o Brasil).

O curioso é que quando a gente comentava sobre o assunto, devia ter gente na surdina achando absurdo, "exagerado", "nonsense" etc o que se dizia, agora estão entendendo o tamanho do problema? Acham que não estamos em guerra? Acordem...

Teve gente pormenorizando dizendo que isso era desespero da extrema-direita etc (sobre questões como o GPS), essa turma parece levar na brincadeira a questão ou não têm dimensão do potencial de estrago com a dependência do país dessas Big Techs, de sistemas operacionais como o Windows e outras ferramentas da indústria de informática dos EUA (computadores pessoais, tabletes, smartphones etc).

O Brasil pode contornar isso? Pode (e deve), só que com menos bravata e mais ações concretas sobre essas coisas.

Acho impressionante como as ditas "mídias alternativas", "mídias progressistas" dormem sem medo de ter os canais apagados, riscados do dia pra noite na guerra dos EUA contra o BRICS...

Mas depois os "malucos" somos nós... eu comentei sobre essas coisas no último post (22) de Gaza, tá até melhor escrito lá. A gente aponta problemas sobre prisma histórico (não são chutes), usando lógica, não são "profecias", "adivinhações" como virou mania de uma parte na plataforma do Google (Youtube) ficar soltando essas pérolas, como se fossem "adivinhos" ou coisas do tipo (as Mães Dinah fazendo "adivinhação"), e tem mais acertos que erros (bem mais acertos). Mas os "loucos" somos nós, não a turma que leva todo tipo de assunto sério na brincadeira, na leviandade, fechados em seus guetinhos, em patotinhas. Força.

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