sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Zyklon-B - a toxidade do HCN (ácido cianídrico)

Zyklon-B ou ácido cianídrico(HCN) foi o gás usado nas câmaras de gás nazistas, altamente letal, para envenenar e matar as pessoas em larga escala nas câmaras de gás por asfixia.

Abaixo segue um resumo das propriedades químicas, físicas, riscos, medidas de prevenção, formas como o ácido cianídrico penetra nas pessoas, cuidados médicos, feito pela Departamento de Engenharia Química da Universidade de Coimbra(Portugal)sobre o ácido cianídrico conhecido também nas câmaras de gás nazis como Zyklon-B, para demonstrar o quão tóxico e letal é este tipo de gás.

O estudo e resumo abaixo está sendo publicado devido ao fato de que freqüentemente "revisionistas"(negadores do Holocausto)costumam afirmar coisas a respeito do gás usando fontes obscuras(não idôneas), não provenientes de meios acadêmicos sérios ou laboratórios(que é quem possui capacidade técnica de elaborar um estudo sério das propriedades químicas de um gás ou composto químico)tentando "demonstrar" "cientificamente" que o gás citado não teria as propriedades descritas no resumo abaixo. Em outras palavras, de que não seria possível o uso do Zyklon-B para se matar pessoas em câmaras de gás, ato este realizado com freqüência pelo regime nazista.

Introdução:

Tomando a liberdade pra postar algo sobre o ácido cianídrico, ou ácido prússico, ou HCN, ou simplesmente Zyklon B(gás usado nas câmaras de gás nazistas), segue abaixo este texto da Faculdade de Ciência e Tecnologia - Universidade de Coimbra(Portugal), para demonstrar como o "mata piolhos" que alguns "revisionistas" citam "não seria" letal, como eles tanto afirma. Obviamente as aspas estão sendo usadas pra enfatizar ironicamente que os "revisionistas"(negadores do Holocausto)mentem e distorcem informacções a respeito do Zyklon-B, segue o texto.

Propriedades Físicas
O ácido cianídrico, no estado puro, apresenta-se sob a forma de um líquido ou de um gás incolor, muito volátil, exalando um odor característico de amêndoas amargas, habitualmente detectável a uma concentração de 1 p.p.m.
Muito solúvel na água, utiliza-se geralmente sob a forma de soluções aquosas, sendo miscível com o álcool etílico e o éter sulfúrico.

Propriedades Químicas
O ácido cianídrico, rigorosamente puro, seria um produto estável; contrariamente as soluções comerciais não estabilizadas, polimerizam dando origem a um depósito castanho-escuro.

A presença da água e de certos produtos de reacção alcalina acelera o processo. Este é exotérmico, autocatalítico e pode desenvolver-se com violência (explosão).
É por isso que, na maioria dos casos, se estabiliza o ácido cianídrico adicionando-lhe 0,05 a 1%, em peso, de ácido fosfórico; podem igualmente utilizar-se os ácidos fórmico ou acético à razão de 1 a 5%.

O ácido cianídrico incendeia-se no ar, dando anidrido carbónico e azoto. Por oxidação controlada obtém-se ácido ciânico. Algumas categorias de plásticos, borrachas e de revestimentos podem ser atacados pelo ácido cianídrico.

*Observação(omentário meu): agora vem a 'melhor parte' e fica o recado aos "revisionistas" de que, olhem só que "mata piolhos" eficiente:

Aplicações
O ácido cianídrico utiliza-se no fabrico de numerosos produtos:
- insecticidas
- acrilonitrilo e derivados acrílicos
- cianetos metálicos, ferrocianetos
- derivados de adicção diversos, etc...

Vias de Penetração
- Inalação
- Ingestão
- Cutânea

Riscos
- Dado que o ácido cianídrico é um composto extremamente inflamável, pode formar misturas explosivas com o ar nos limites de 6 a 41% em volume. Recomenda-se, assim, que esta substância e os vapores que podem libertar-se, se mantenham afastada de qualquer fonte de inflamação. Os incêndios que provoca são extremamente perigosos devido ao risco de intoxicação.

- Nas formas mais ou menos agudas de intoxicação por inalação de ácido cianídrico, os sintomas podem ir da sensação de fadiga e de vertigens até ao estado de embriaguez, brutal perda de conhecimento, bem como a convulsões, podendo sobrevir a morte, precedida de coma profundo.

A ausência de sinais de gravidade não significa que deva subestimar-se o perigo, isto é, deverá proceder-se do mesmo modo à evacuação dos locais de trabalho e a uma verificação dos teores atmosféricos.

- De modo geral, pensa-se que taxas atmosféricas superiores a 50 p.p.m. respiradas durante mais de meia hora representam um risco importante e que 200 a 400 p.p.m. ou mais, durante alguns minutos, constituem concentrações susceptíveis de provocar imediatamente a morte.

*Observação minha(mais um comentário): 50 p.p.m.(50 mg por 1 litro de água apenas), e de 200 miligramas a 400 miligramas por litro d'água, resultado a ser obtido: morte instantânea por asfixia decorrente da inalação do gás pelas vias respiratórias ou pela absorção da pele(via cultânea), ou seja, se uma pessoa entrasse numa câmara fechada com esse gás com essa pequena concentração misturada em água apenas, morte na certa.

Quanto à exposição crónica aos vapores de ácido cianídrico parece que no meio profissional pode dar origem a perturbações de ordem geral, digestiva e oculares. O contacto da pele com soluções líquidas pode provocar dermatoses.

O Ministério Francês do Trabalho fixou para o ácido cianídrico o valor limite de exposição média que podem ser admitidos na atmosfera dos locais de trabalho, respectivamente 10 p.p.m. e 2 p.p.m.

Medidas de Prevenção
Devido à toxicidade e à inflamibilidade do ácido cianídrico impõem-se severas medidas de prevenção e de protecção, aquando do armazenamento e da manipulação. Assim quanto ao armazenamento:

- Velar-se-á para que se efectue ao abrigo de qualquer fonte de ignição, em locais separados, construídos com materiais resistentes ao fogo que não permitam a subida anormal da temperatura interior durante as estações quentes;

- Providenciar-se-á no sentido de que os locais de armazenamento, para além de boa ventilação natural, disponham a ventilação artificial de grande débito, de modo a poder diluir com rapidez o ácido cianídrico acidentalmente derramado; os gases serão lançados na atmosfera a uma altura tal que não possam constituir perigo para a vizinhança, devendo obviamente evitar-se quaisquer acidentes, como sejam rupturas de recipientes, escoamento directo de soluções para os esgotos ou meio ambiente;

- Será proibido fumar no decurso das diversas operações;

- Distribuir-se-ão aparelhos respiratórios autónomos ao pessoal encarregado da manutenção que não poderá entrar nos locais de armazenamento senão sob vigilância do encarregado de tais depósitos.

Relativamente aos locais de manipulação, são aplicáveis as regras de segurança apontadas para os locais de armazenamento. E ainda as seguintes:

- Advertir o pessoal sobre os riscos do produto e sobre as medidas a tomar em caso de acidente;

- Guardar nas oficinas somente pequenas quantidades;

- Prever instalações que não permitam qualquer emanação de vapores tóxicos;

- Proceder a frequente controlo da atmosfera;

- Pôr à disposição dos trabalhadores equipamento de protecção individual: luvas, aparelhos de protecção respiratória autónomos, Tc... que deverão manter-se sempre em perfeito estado de limpeza;

- Não fumar, beber ou comer, observando uma rigorosa higiene pessoal;

- Antes que sejam destruídos, conservar os resíduos contaminados por ácido cianídrico em recipientes especiais, fechados e estanques;

- Em caso de fuga, passar o ácido cianídrico por um recipiente contendo uma solução de soda cáustica. A solução assim formada não deve eliminar-se sem que previamente tenha sido sujeita a um tratamento de desintoxicação;

- Manipular e utilizar as garrafas de gás comprimido, seguindo escrupulosamente as indicações do fabricante;

- Observar rigorosamente as medidas de prevenção, previstas na legislação em vigor, aquando dos trabalhos de manutenção, reparação e de transformação nos reservatórios e nas cubas.

Cuidados Médicos
Aquando da admissão e dos exames médicos periódicos ter presente que os riscos da intoxicação cianídrica são maiores para as pessoas com afecções cutâneas e respiratórias.

Caso se suspeite de que tenha havido intoxicação cianídrica, alertar imediatamente o médico do trabalho.

Fonte: http://www.eq.uc.pt/~mena3/cianidrico.html
Departamento de Engenharia Química - FCTUC(Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade de Coimbra - Portugal)
http://www.eq.uc.pt/

*os asteriscos remetem a comentários feitos por quem publicou o tópico que comenta o assunto na comunidade 'O Holocausto'
http://www.orkut.com.br/CommMsgs.aspx?cmm=295037&tid=9380129

Comentário adicional de Aureliano, feito no mesmo tópico:

No caso do HCN, a toxidez não provem dele e sim do ânion cianeto CN- que forma-se quando ele se dissocia em agua:

HCN <=> H+ + CN-

O anion cianeto liga-se ao sitio da hemoglobina que é usado para transportar o oxigênio formando um composto mais estável que o composto com oxigênio tornando as hemácias incapazes de transportar este último. Esse é mesmo mecanismo responsável pela toxidez do monóxido de carbono, o CO, que volta e meia é usado por suicidas que se trancam em garagens e ligam o motor do carro. Em ambos os casos, a vítima morre por asfixia.

Alguns ácidos sao beneficos para nos, a Vitamina C é o mais conhecido deles.

As concentrações que o Roberto listou são em relação ao ar, 400 p.p.m em relação ao ar para matar e 6% em relação ao ar para formar uma mistura explosiva. Reparem a diferença brutal de concentrações e comparem com o discurso dos "revis" sobre as chances de explosões e sobre ventilação necessária para remover o HCN das câmaras.

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Como os leitores do blog poderão deduzir por conta própria, são estes um dos vários ou muitos motivos que se pode apontar acerca da "credibilidade" dos ditos "estudos" pseudo-científicos dos negadores do Holocausto, vulgarmente conhecidos também como "revisionistas" do Holocausto.

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