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domingo, 8 de agosto de 2010

Zyklon-B e o Holocausto

Duas firmas alemãs, Tesch/Stabenow e Degesch, produziram o gás Zyklon B depois de elas terem adquirido a patente da Farben. Tesch fornecia duas toneladas por mês, e
Degesch três quartos de uma tonelada. As firmas que produziam o gás já tinham experiência extensiva em fumigação.
"Em suma, esta indústria usava gases muito potentes para exterminar roedores e insetos em espaços fechados; que ela agor devesse ter se envolvido em uma operação
para matar os judeus às centenas de milhares não é um mero acidente." (Hilberg, Commandant, 567)
Depois da guerra, os diretores das firmas insistiram que eles vendiam seus produtos para propósitos de fumigação e não sabiam que eles eram usados em humanos. Mas os promotores encontraram cartas da Tesch não apenas oferecendo suprimento de cristais de gás, mas também aconselhando como usar a ventilação e equipamento de aquecimento. Hoess testemunhou que os diretores da Tesch não podiam ajudar mas sabiam do uso de seu produto porque eles lhe vendiam o suficiente para aniquilar dois milhões de pessoas. Dois sócios da Tesch foram sentenciados à morte em 1946 e enforcados. O diretor da Degesch recebeu cinco anos de prisão." (Feig) (Veja também Breitman, 203-204, para uma discussão do envolvimento precoce de Heerdt-Lingler).

Da declaração de Hans Stark, que registrava novos desembarques, em Auschwitz (Klee, 255):
Em um outro gaseamento posterior - também no outono de 1941 - Grabner ordenou que eu despejasse Zyklon-B dentro da abertura porque somente um médico havia aparecido. Durante um gaseamento, Zyklon-B tinha que ser despejado através de ambas as aberturas da sala da câmara de gás ao mesmo tempo. Este gaseamento era também um transporte de 200-250 judeus, mais uma vez homens, mulheres e crianças. Uma vez que o Zyklon-B - como já mencionado - estava em forma granular, ele caía sobre as pessoas enquanto era despejado.

Elas então começavam a chorar terrivelmente porque agora sabiam o que estava acontecendo com elas. Eu não olhava através da abertura porque ela tinha que ser fechada assim que o Zyklon-B havia sido despejado. Depois de alguns minutos havia silêncio. Depois de passado algum tempo, pode ter sido dez a quinze minutos, a câmara de gás era aberta. Os mortos jaziam desordenados por todo o lugar. Era uma visão horrível.

* Maximillian Grabner, Chefe do Departamento Político, Auschwitz
Zyklon-B é um inseticida poderoso que serve como transporte para o gás ácido hidrociânico, ou HCN. Normalmente vem na forma de pequenas esferas ou discos. (Veja Breitman, 203, para mais detalhes sobre o uso precoce de gás em Auschwitz) HCN é a causa de morte após a aplicação de Zyklon-B. Ao interagir com ferro e concreto, cria compostos hidrociânicos, os quais Leuchter admitiu terem sido descobertos nas ruínas das câmaras de gás no Crematório II. Seus achados foram confirmados por achados do governo polonês.

HCN é extremamente venenoso para humanos. É usado em câmaras de execução por gás nos Estados Unidos; a primeira foi construída no Arizona em 1920.
- O negacionismo do Holocausto freqüentemente alega que a Alemanha nos anos 40 não podia lidar com as "dificuldades técnicas" inerentes ao uso de HCN para execução.
Como notado acima, essas "dificuldades" foram facilmente resolvidas em 1920. Além disso, os alemães tinham muita experiência com HCN, já que era usado extensivamente para despiolhamento.

Havia dois tipos de câmaras de gás em Auschwitz: aquelas usadas para despiolhar roupas ("câmaras de gás para despiolhamento") e aquelas usadas para matar pessoas em larga escala ("câmaras de gás de extermínio"). As cãmaras de gás de despiolhamento eram uma característica padrão, e foram deixadas intactas pela SS (as câmaras de gás de extermínio foram dinamitadas num esforço para esconder vestígios criminosos).
- O negacionismo do Holocausto afirma que, por que mais compostos hidrociânicos foram achados nas câmaras de despiolhamento de Auschwitz que nas ruínas das câmaras de gás de extermínio, os assassinatos em massa usando gás não podiam ter ocorrido ali, porque o inverso seria verdadeiro.
O HCN é muito mais eficiente em animais de sangue quente, incluindo humanos, que em insetos. O tempo de exposição (ao HCN) é muito maior em operações de despiolhamento que em gaseamentos de humanos. Isso significa que uma concentração muito menor é necessária para matar pessoas que para acabar com piolhos, etc. Em despiolhamento, concentrações de até 16.000 ppm (partes por milhão) são às vezes usadas, e o tempo de exposição pode ser de até 72 horas; enquanto 300 ppm matarão pessoas em quinze minutos.

Portanto, o HCN nas câmaras de extermínio dificilmente tinha tempo de formar compostos nas paredes. Enquanto alguns alegam que o gás precisaria de muito tempo para matar, porque ter-se-ia espalhado por toda a câmara, isso simplesmente não é verdade; as câmaras de gás não eram tão grandes (aquelas nos Crematórios II e III tinham cerca de 210 metros quadrados), e o Zyklon-B era jogado em quatro aberturas (ainda visíveis nas ruínas das câmaras de gás). Uma vez que a concentração usada era maior que a letal, a morte era bem rápida.

Além disso, as câmaras de despiolhamento estão intactas, enquanto as câmaras de extermínio foram dinamitadas (uma foto .GIF da câmara do Krema II está disponível). Portanto, suas paredes têm estado expostas aos elementos pelos últimos 50 anos. As ruínas das câmaras de gás do Krema II são cobertas com cerca de 3 pés de água durante certos períodos do ano; os compostos de HCN facilmente dissolvem nesses ambientes. Não obstante, ocorreram tantos gaseamentos que alguns dos compostos ficaram.

Resumindo, as paredes das câmaras de gás estavam em contato com HCN por um período muito mais curto que aquelas das câmaras de gás, e pelos últimos 45 anos estavam expostas a um ambiente que dissolve os compostos, enquanto as salas de despiolhamento não. Portanto é óbvio que menos traços dos compostos restariam neles.

Este fato - que todos os compostos, ou a maioria, se extinguiriam durante 45 de exposição - é claramente afirmado no relatório escrito pelos peritos do Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia. (Veja também The Leuchter FAQ).
- Os negacionistas do Holocausto uma vez alegaram que a câmara de gás no Krema I foi deixada intacta, e que portanto suas paredes não foram expostas aos elementos.
Mas - como eles mesmos admitem - a câmara de gás do Krema I foi usada somente por um curto períoso, e então alterada para abrigo anti-aéreo. Isto, e o fato de que "somente" cerca de 10.000 pessoas foram mortas lá dentro (comparado com 350.000 e 400.000 nos Kremas II e III) explica por que resta relativamente pouca quantidade de compostos de cianeto. Quanto aos Kremas IV e V, eles foram completamente destruídos pela SS antes de os soviéticos liberarem o campo.

Finalmente, compostos de cianeto foram encontrados nas grelhas de ventilação das câmaras de extermínio, provando acima de qualquer dúvida que gaseamentos aconteceram dentro delas.
- A alegação de que teria sido impossível o uso de câmaras de gás para matar, porque elas estavam muito perto dos fornos, e que o gás iria explodir, é encontrada com freqüência na literatura do negacionismo do Holocausto, e é uma das asserções do Relatório Leuchter.
A concentração de HCN necessária para causar morte é cerca de 200 vezer mais baixa que a que causa explosão. Embora os SS usassem uma concentração maior que a letal, ela era bem menor que aquela que causava explosão.

Como referência, pode-se olhar o "The Merck Index" e o "Manual CRC de Química e Física", ou consultar qualquer manual que trata da toxicidade e inflamabilidade de produtos químicos. Para o HCN, uma concentração de 300 ppm (partes por milhão) mata (partes por milhão) mata seres humanos dentro de alguns minutos, enquanto a concentração mínima que pode resultar em uma explosão é 56.000 ppm.
- Uma outra alegação comum é que leva 20 horas para ventilar uma sala que foi desinfetada com Zyklon-B, e que portanto os depoimentos de testemunhas oculares dando um tempo de 20-30 minutos de quando o gaseamento iniciava até quando os corpos eram removidos é impossível, porque as pessoas que removiam os corpos iriam morrer.
Se um prédio de uso comercial comum é desinfetado, não se dever entrar nele dentro de 20 horas. Tal número, entretanto, não tem sentido com relação às câmaras de extermínio, porque elas são forçadamente ventiladas. Quinze minutos são suficientes para trocar o ar. Quando a ventilação não era usada, o Sonderkommando (prisioneiros usados em trabalho forçado) que tiravam os corpos usavam máscaras.

Os alemães tinham plena experiência com gás, principalmente HCN, que era usado largamente para despiolhamento. Eles sabiam como trabalhar como ele sem se machucar. É absurdo usar o total de 20 horas neste contexto, que não considera ventilação forçada e leva em consideração um fator de enorme segurança. A SS não se preocupava muito com a segurança dos Sonderkommando que tinham que entrar nas câmaras de gás para remover os cadáveres. Além disso, o que torna a ventilação difícil e demorada é a presença de tapetes, móveis, cortinas, etc. Desnecessário dizer, estes não estavam presentes nas câmaras de gás - havia apenas concreto nu, tornando a ventilação rápida e eficiente. Se o "período de ventilação de 20 horas" acima fosse verdadeiro, isto significaria que os corpos das pessoas usando cianeto nas câmaras de gás nos Estados Unidos ficariam amarradas à cadeira até 20 horas depois de elas terem sido mortas...
- Outra alegação comum é que as "alegadas" câmaras de extermínio são na verdade necrotérios, e que o Zyklon-B era usado nelas como desinfetante.
Esta alegação parte do fato de que compostos hidrociânicos foram encontrados nas grelhas de ventilação das câmaras de gás nos crematórios II e III (a análise química efetuada pelo Dr. Jan Robel do Instituto Forense de Cracóvia em 1945, e foi parte da evidência no julgamento do comandante de Auschwitz Hoess). Isto prova que ocorreu gaseamento naquela câmara. O Zyklon-B não consegue matar bactérias anaeróbicas - ele mata somente organismos aeróbicos. Isso significa que seria inútil para desinfetar cadáveres.

Finalizando, considere o testemunho do soldado SS Hoeblinger: (Langbein)
Foi detalhado ao serviço de transporte e eu dirigi o Sanka [abreviação de Sanitatskraftwagen/caminhão médico] que tinha que carregar os prisioneiros...

Então nós dirigimos até as câmaras de gás. Os médicos subiram uma escada, tinham máscaras para gás lá em cima, e esvaziaram as latas. Eu consegui observar os prisioneiros enquanto eles estavam se despindo. Sempre procedia calmamente e sem que eles suspeitassem de qualquer coisa. Acontecia muito rápido.
Perceba a menção do soldado Hoeblinger sobre máscaras de gás - alguns negadores do Holocausto insistem que os homens SS que despejavam o gás seriam mortos por ele, o que leva a se especular sobre sua capacidade de leitura. Finalmente, a evidência inegável de que a SS ordenou que a Degesch removesse o odor indicativo, obrigatório sob a lei alemã, que fora adicionado ao Zyklon-B a fim de avisar seres humanos que a substância letal estava presente. Eu acredito que isso demonstrava clara intenção criminosa - a SS dificilmente teria removido o odor indicativo se eles tivessem pretendido, como o negacionismo insiste, usar o gás somente em insetos e cadáveres...(Veja farben.001. para mais informação sobre esta ordem da SS. Borkin, 123)

Leitura recomendada:

- Barrington,J.H., ed. The Zyklon B Trial: Trial of Bruno Tesch and Two Others. London, 1948, and Borkin (see Work Cited).
- Harmon, Brian. Technical Aspects of the Holocaust: Cyanide, Zyklon-B, and Mass Murder. (Ver camps/auschwitz cyanide.001), 1994
- United Nations War Crimes Commission. Law Reports of Trials of War Criminals. Vol. 1, London, 1947. See pp. 93-104

Fonte: Nizkor
http://www.nizkor.org/faqs/auschwitz/auschwitz-faq-06.html
Tradução: Marcelo Oliveira
Fonte da tradução: Lista holocausto-doc
http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/4564

Ver mais:
Zyklon-B - a toxidade do HCN(ácido cianídrico)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Relatório sobre Zyklon-B, Auschwitz-Birkenau - parte 2

Relatório começa aqui: parte 1

Continuação abaixo
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TABELA II. CONCENTRAÇÃO DE IONS DE CIANETO EM AMOSTRAS TIRADAS NOS PORÕES NOS QUAIS OS PRIMEIROS GASEAMENTOS DO CAMPO DE PRISIONEIROS FORAM FEITOS EM 3 DE NOVEMBRO DE 1941






Nota: o conteúdo de CN- numa amostra de terra diatomácea - um componente de Zyklon-B (material do museu, amostra No 24) - foi de 1360 ug/kg, 1320 ug/kg e 1400 ug/kg.

Relatório sobre Zyklon-B, Auschwitz-Birkenau - parte 1

Relatório polonês sobre compostos de cianeto, Auschwitz-Birkenau

Relatorio sobre compostos de cianeto, Auschwitz-Birkenau
De: The Nizkor Project
Resumo: O relatório de 1994 do Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia
Pesquisa sobre a análise química dos compostos de cianeto em Auschwitz-Birkenau

UM ESTUDO ATUAL DOS COMPOSTOS DE CIANETO NAS PAREDES DAS CÂMARAS DE GÁS NO EX-CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO AUSCHWITZ E BIRKENAU

JAN MARKIEWICZ, WOJCIECH GUBALA, JERZY LABEDZ
Instituto de Pesquisa Forense, Cracóvia

RESUMO: Numa campanha muito difundida para negar a existência de campos de extermínio com câmaras de gás os "revisionistas" recentemente começaram a usar os resultados de exames de fragmentos de ruínas dos ex-crematórios. Esses resultados (Leuchter, Rudolf) alegadamente provam que materiais sob examinação não tinha estado em contato com cianeto, diferentemente de fragmentos da parede dos locais de despiolhamento nos quais os revisionistas descobriram consideráveis porções de compostos de cianeto. Pesquisa sistemática, envolvendo os melhores métodos analíticos sensíveis, empreendido pelo Instituto confirmaram a presença dos compostos de cianeto em todos os tipos de ruínas de câmaras de gás, até mesmo no porão do Bloco 11 em Auschwitz, onde primeiramente, gaseamentos experimentais de vítimas por meios de Zyklon-B teriam sido realizados. A análise de controle de amostra, tiradas de outros lugares (especialmente de alojamentos) renderam de modo inequívoco resultados negativos. Por causa da interpretação vários experimentos em laboratório foram feitos.

PALAVRAS-CHAVES: Câmaras de gás; Auschwitz; Compostos de cianeto; "Revisionismo".

Z Zagadnien Sqdowych, z. XXX, 1994, 17-27
Recebido em 8 de março de 1994; aceito em 30 de maio de 1994

Como tão cedo já nos primeiros anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial publicações singulares começaram a aparecer nas quais os autores tentavam "camuflar" o regime hitlerista e pôr várias evidências de suas crueldades em cheque.

Mas esta não era até os anos 1950s a tendência que se originou e poderia ser definida como "revisionismo histórico" a começar a se desenvolver; seus apoiadores alegam que a história da Segunda Guerra Mundial tem sido fabricada para propósitos de propaganda anti-alemã. De acordo com suas declarações não houve nenhum Holocausto, i. e. nenhum extermínio em massa de judeus e que no caso do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau não poderia ter sido um campo de extermínio - este era apenas um campo de trabalhos forçados "comum" e nenhuma câmara de gás teria existido nele.

Revisionismo histórico é agora formulado por membros de várias nações, que já possuem seus próprios círculos científicos, publicações próprias e também usam a mídia de massa para seus propósitos. Mais adiante de 1988 os "revisionistas''<1> muito frequentemente manipulavam fontes históricas ou simplesmente negavam os fatos. Então, depois da aparição do assim chamado Relatório Leuchter (2), suas táticas mudaram distintamente. O relatório acima mencionado, resultou na base de um estudo das ruínas e sobras dos crematórios e câmaras de gás em Auschwitz-Birkenau, e é tido como importante para eles por ser uma evidência específica para o suporte de suas afirmações e evidência de validade judicial disso, até que fosse encarregado por uma corte em Toronto (Canadá). F. Leuchter, vivendo em Boston, trabalhou com projetos e construção de câmaras de gás ainda no uso para execução da pena de morte em alguns estados dos EUA. Isto é considerado para dar a ele autoridade para encenar o papel de especialista respeitável na questão sobre câmaras de gás. Nesta conexão Leuchter veio à Polônia em 25 de fevereiro de 1988 e ficou aí por 5 dias, visitando os campos em Auschwitz-Birkenau e em Majdanek.

Em seu relatório baseado nesta inspeção ele declara que "não encontrou nenhuma evidência de que quaisquer das instalações que usualmente alegam terem sido câmaras de gás as mesmas tenham sido usadas de fato como tal". Além disso, ele afirma que essas instalações "não podiam ser usadas como câmaras de gás para assassinar pessoas" (Item 4000 do Relatório).

Leuchter tentou confirmar suas conclusões com a ajuda de análise química. Para esse propósito ele pegou amostras de fragmentos de material das ruínas das câmaras para passá-las por uma análise do ácido cianídrico, o componente essencial do Zyklon-B usado, levando em conta os depoimentos de testemunhas - para gasear as vítimas. Ele tomou 30 amostras do total de todas as cinco estruturas usadas outrora como câmaras de gás. No laboratório as análises feitas nos EUA, a presença de ions de cianeto foi de concentrações de 1.1 a 7.9 mg/kg no material examinado que fora investigado das 14 amostras. Ele também pegou uma amostra da câmara de despiolhamento em Birkenau, que ele tratou como uma "amostra de controle", e na qual cianetos foram encontrados e estavam presentes numa concentração de 1060 mg kg do material. Os resultados positivos das análises das amostras das ex-câmaras de gás são explicados por Leuchter pelo fato de que todas as instalações do campo eram sujeitas à fumigação com ácido cianídrico em virtude de uma epidemia de tifo que realmente invadiu o campo em 1942.

Numa investigação posterior, conduzida por G. Rudolf (4), confirmou-se as altas concentrações de compostos cianogênicos nas instalações para desinfecção de roupas. Isso pode servir posteriormente, não havendo danificação, de que essas instalações não foram expostas à ação de condições de tempo, especialmente à pancadas de chuva.

Além disso, é sabido que a duração da desinfecção era relativamente longa, cerca de 24 horas para cada lote de roupas (provavelmente até mais demorado), enquanto que a execução com Zyklon-B feita nas câmaras de gás, de acordo com o depoimento do Comandante do campo de Auschwitz Rudolf Hoess (7) e dos dados apresentados por Sehn (6), era de apenas 20 minutos. Isso também deveria ser enfatizado, o fato de que as ruínas dessas câmaras eram constantemente expostas à ação de precipitação, e isso pode ser estimado na base dos registros climatológicos desses 45 anos ou então se eles preferirem que enxaguem isso inteiramente por uma coluna de água de pelo menos 35 m de altura (!).

Na nossa correspondência com a Direção do Museu de Auschwitz em 1989, não sabendo ainda do Relatório Leuchter, expressamos nossa angústia sobre as chances de detecção de compostos cianogênicos nas ruínas das câmaras; porém, oferecemo-nos para conduzir um estudo apropriado. No início de 1990 dois funcionários do Instituto de Pesquisa Forense chegaram no terreno do campo de Auschwitz-Birkenau e coletaram amostras para análise de classificação: 10 amostras de emboço da câmara de despiolhamento (Bloco No 3 em Auschwitz), 10 amostras das ruínas da câmara de gás e, em adição, 2 amostras de controle das edificações que, como os alojamentos, não tinham estado em contato com ácido cianídrico. De todas 10 amostras da câmara de despiolhamento, sete continham compostos cianogênicos em concentração de 9 a 147 ug em transformação para o cianeto de potássio (que era usado para montar a Curva de Calibração) e 100 g de material. Tão distante quanto as ruínas estão relacionadas, a presença de cianeto era demonstrável apenas na amostra das ruínas da câmara do Crematório No II em Birkenau. Nenhuma das amostras de controle continha cianetos.

Quando a disputa sobre o Relatório Leuchter surgiu, nós empreendemos um estudo mais próximo do problema, avaliando por conta própria, entre outras publicações, o trabalho compreensivo de J. C. Pressac (5). Em consequência, decidimos dar início consideravelmente a pesquisas mais extensivas e meticulosamente planejado. Para conduzi-las, a Direção do Museu de Auschwitz indicou seus funcionários capacitados, Dr. F. Piper (custodian) e o Sr. W. Smrek (engenheiro) para participar da comissão, na qual eles co-trabalhariam com os outros autores do atual relatório, representando o Instituto de Pesquisa Forense. Com essa colaboração os funcionários do Museu estavam nos fornecendo no ponto uma exaustiva informação sobre às instalações a serem examinadas e - com relação às ruínas - uma detalhada topografia das câmaras de gás que estávamos preocupados. Então eles fizeram o possível para que pegássemos amostras adequadas para análise. Tentamos coletar amostras - tanto quanto possível - dos lugares melhores abrigados e menos expostos à chuva, incluindo também tanto quanto o possível - fragmentos das partes superiores das câmaras (ácido cianídrico é mais claro que o ar) e também dos chãos de concreto, no qual o gás Zyklon-B despejado veio a contrair-se em bem altas concentrações.

Amostras, de cerca de 1-2 g de peso, foram coletadas de desprendimento de lascas de tijolos e concreto ou detritos, particularmente no caso do emboço e também da argamassa. Os materiais coletados foram guardados em recepientes plásticos marcados com números de série. Todas essas atividades foram registradas e documentadas com fotografias. O trabalho junto com isso levou dois dias para a comissão. A análise de laboratório do material coletado foram conduzidas - para garantir completa objetividade - por outro grupo de funcionários do Instituto.

Eles começaram com o trabalho preliminar: as amostras foram esmiuçadas por trituração delas a mão numa argamassa ágata, seu pH foi determinado entre 6 a 7 em quase todas as amostras. Em seguida as amostras foram submetidas à análise preliminar espectrofotométrica na região infravermelha, usando-se um Digilab FTS-16 espectrofotometro. Foi encontrado que as bandas de grupos cianeto ocorreram na região de 2000-2200 cm-1 nos espectros de uma dúzia de amostras ou mais. Entretanto, o método não provou ser sensível o suficiente e foram abandonadas as determinações quantitativas. Foi determinado, usando-se o método espectrográfico, que os elementos principais que constituíam as amostras eram: cálcio, silício, magnésio, alumínio e ferro. Além disso, titâneo foi encontrado presente em muitas amostras. Dentre outros metais em algumas amostras havia também bário, zinco, sódio, manganês e de não-metais de boro.

O empreendimento da análise química tinha que ser precedida por uma consideração cuidadosa. Os "revisionistas" focaram sua atenção quase que exclusivamente no Azul da Prússia, que possui intensa coloração azul-escura e caracterizada por excepcional solidez. Este colorido ocorre, especialmente na forma de manchas, no exterior dos tijolos das paredes da ex-câmara de despiolhamento na área do campo de Birkenau. É duro imaginar as reações químicas e os processos físico-químicos que poderiam ter levado à formação do Azul da Prússia naquele local. O tijolo, ao contrário dos outros materiais da edificação, de forma muito fraca absorve ácido cianídrico, e isso às vezes nem mesmo absorve tudo. Além disso, o ferro indo para o seu terceiro estado de oxidação, ao passo que bivalentes íons de ferro são indispensáveis para a formação do íon [Fe(Cn)6]-4, que é o precursor do Azul da Prússia. Esse íon é, além disso, sensível à luz do sol.

J. Bailer (1) escreve no trabalho coletivo "Amoklauf gegen die Wirklichkeit" que a formação do Azul da Prússia em tijolos é simplesmente improvável; entretanto, ele leva para dentro da consideração a possibilidade de que as paredes dos espaços de despiolhamento foram coated com esse colorido como uma pintura. Deveria ser adicionado que essa coloração azul não aparece nas paredes de todos os espaços de despiolhamento.

Decidimos therefore determinar os íons de cianeto usando um método que não induz ao colapso da composição de complexo de ferro-cianeto (isso é o Azul em discussão) e que o fato de nós termos testado antes sobre uma amostra padrão apropriada. Para isolar compostos de cianeto dos materiais examinados na forma de ácido cianídrico, usaremos as técnicas de microdifusão em especial as câmaras de Conway. A amostra em examinação foi passada para uma parte interna da câmara e depois acidificada com uma solução de 10% de ácido sulfúrico e deixada a permanecer em temperatura ambiente (a cerca de 20oC) por 24 horas. O ácido cianídrico separado foi submetido a uma quantitativa absorsão pela solução de soda cáustica presente na parte externa da câmara. Quando a difusão foi conduzida para um fim, uma amostra de solução de soda cáustica foi coletada e - a reação pelo método piridina-pirazolona conduzida pelo método Epstein (3). A intensidade do corante polimeteno obtido foi medido espectrofotometricamente num comprimento de onda igual a 630 nm. A Curva de Calibração foi construída previamente e padronizada com um conhecido conteúdo de CN- que foi introduzido dentro de cada série de determinações para checar a curva e o curso de determinação. Cada amostra de materiais examinados foi analisado três vezes. Se o resultado obtido era positivo, isto era verificado por repetição da análise.

Tendo aplicado este método por muitos anos, nós temos oportunidades de encontrar sua alta sensibilidade, especificidade e precisão. Sob as presentes circunstâncias nós estabelemos o limite mais baixo de determinação de íons de cianeto em um nível de 3-4, ug CN- em 1 kg da amostra.

Os resultados das análises são apresentados nas Tabelas I-IV. Eles inequivocadamente mostram que os compostos de cianeto ocorrerem em todas as instalações que, de acordo com a fonte da data, estiverem em contato com elas. Paralelo a isso, eles não ocorrem em acomadações dos alojamentos, que eram mostrados por meio de amostras de controle. As concentrações de compostos de cianeto nas amostras coletadas de uma e da mesma câmara ou edificação mostraram grandes diferenças. Isto indica que as condições que favoreceram a formação de compostos estáveis como um resultado da reação de ácido cianídrico com os componentes das paredes, e ocorreram localmente. Nesta conexão isto leva a considerável e largo número de amostras de uma dada instalação a nos dar a chance de deparar-se com esta espécie do local de acumulação dos compostos de cianeto.

Para completar esta pesquisa sobre o conteúdo de compostos de cianeto em várias instalações do campo, decidimos conduzir vários experimentos-pilotos. A renovação do prédio do Instituto, já em progresso, forneceu-nos materiais para esta investigação. Nós dividimos particular componentes destes materiais (tijolos, cimento, argamassa e emboço) dentro de vários pedaços de 3-4 gramas e os repassamos para as câmaras de vidro, nas quais geraram ácido cianídrico por reação ao cianeto de potássio e ácido sulfúrico. Usamos altas concentrações deste gás (cerca de 2%) e algumas das amostras molhadas com água. A fumigação levou 48 horas, a uma temperatura de cerca de 20oC (Tabela V). Outras séries de amostras foram tratadas com ácido cianídrico igualmente, mas agora na presença de dióxido de carbono.

De acordo com os cálculos, nas câmaras nas quais as pessoas haviam sido gaseadas o conteúdo de dióxido de carbono produzido no processo de respiração das vítimas era bem alto e em relação ao ácido cianídrico deve ter sido tão alto quanto a taxa de 10:1. No nosso experimento nós aplicamos esses dois gases (CO2 e HCN) numa taxa de 5:1. Tendo sido submetidas ao gaseamento, as amostras foram arejadas a uma temperatura de cerca de 10-15oC. A primeira análise foi conduzida 48 horas depois do início do arejamento.

Este série de testes permite a afirmação de que argamassas absorvem e/ou retém melhor o ácido cianídrico e também de que materiais molhados mostram uma tendência notável para acumular ácido cianídrico ao passo de que tijolos, especialmente tijolos velhos, pobremente absorvem e/ou retém esse composto.

TABELA I. CONCENTRAÇÃO DE ÍONS DE CIANETO EM AMOSTRAS DE CONTROLE COLETADAS DOS ALOJAMENTOS DO CAMPO, QUE FORAM PROVAVELMENTE FUMIGADAS COM ZYKLON-B UMA VEZ APENAS (EM CONEXÃO COM A EPIDEMIA DE TIFO DE 1942)











Nota: nos testes de classificação de 1990, duas amostras de controle também produziram resultado 0.
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O relatório foi dividido em duas partes, no blog, por conta do tamanho.
Continuação do Relatório - parte 2:
http://holocausto-doc.blogspot.com/2009/02/relatorio-sobre-zyklon-b-auschwitz_6724.html

Fonte: Nizkor/The Holocaust History Project
Texto(inglês): Cópia do Relatório do Instituto de Pesquisa Forense de Cracóvia(Polônia), usado sob permissão(texto em inglês)
Prefácio do Dr. Richard Green:
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/chemistry/iffr/
Link direto do relatório
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/chemistry/iffr/report.shtml
http://www.nizkor.org/ftp.cgi/orgs/polish/institute-for-forensic-research/post-leuchter.report
Tradução(português): Roberto Lucena

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Relatório de Cracóvia sobre Zyklon-B, breve comentário

Tentando voltar a 'programação normal' do blog mas valeria um breve comentário já que houve pelo menos uns quatro posts sobre outra questão recente. Volto a reafirmar que é lamentável(pra não dizer inaceitável) a conduta da Polícia Suíça no caso recente do possível ataque de neonazis a uma mulher naquele país, pois há uma questão séria a ser tratada, em qualquer hipótese(a levantada pela polícia ou a da versão da pessoa, em confirmando uma ou outra não retirá a atuação inicial da política sobre isto), a polícia intimidou a vítima com ameaça de processos quando o fato recentemente havia ocorrido, houve uma afronta à Consul brasileira na Suíça, afronta esta que resultou em queixa sobre o tratamento da polícia.

Quanto a isso o governo brasileiro já se pronunciou(quem quiser ver é só checar os posts anteriores). No mais é aguardar o desenrolar do caso, mas algumas coisas já são de conhecimento público: indiferença de partidos políticos na Suíça com neonazistas, tentou o tempo todo diminuir a questão e acusar e ameaçar com processo a moça sem relatório definitivo ou investigação concluída fora o espetáculo que a polícia suíça deu pra TV daquele país, o partido em questão de extrema-direita faz propaganda xenofóbica explícita naquele país(propaganda racista), fora o que foi postado numa tradução de uma matéria do San Francisco Chronicle sobre o livre trânsito de extremistas islâmicos em contato direto com neonazistas naquele país.

Essas últimas considerações sobre xenofobia, partidos de extrema-direita xenofóbicos, afronta a uma autoridade diplomática brasileira e sem querer alongar a discussão pra questão da retenção de dinheiro de vítimas do Holocausto em bancos daquele país por décadas, não são especulações, são fatos. Esses fatos ocorreram(o do dinheiro retido de vítimas do Holocausto)e outros continuam a ocorrer, não só na Suíça como em vários países da Europa, independentemente deste caso. Portanto, "posar" de "santo" com um histórico desses ou achar que há "instituições" humanas "acima de quaisquer suspeitas" "porque são de um país europeu", não cola, pros que querem ofender a moça arrumem outra 'crença' pra se arragarem porque essa é frágil, principalmente quando a própria polícia dá indícios pra se desconfiar da postura dela mesma.
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Deixando isso(a "polêmica") de lado de vez e tentando voltar propriamente à temática do blog(embora o neonazismo deve ser denunciado e atacado), sobre o Relatório feito pelo Instituto Forense de Cracóvia(Polônia) pra detectar a presença de Zyklon-B em Auschwitz nas instalações nos locais de gaseamento em massa, serão feitos abaixo alguns comentários antes de postá-lo inteiro(é bem longo e é necessário ainda ajustar as tabelas pro formato do blog)com indicações de alguns links sobre ele que remetem a estudos do Dr. Richard Green.

No site Orkut foi aberto um tópico sobre o "revisionista" e farsante Fred Leuchter(o mesmo alegou que tinha formação em engenharia sem ter)em que se discutiu o fraudulento Relatório Leuchter(no blog há vários textos do Richard Green, PhD em Química, sobre as picaretagens desse documento). Vou repassar um comentário que o Roberto(Muehlenkamp)fez complementando com um comentário sobre uma "crítica" do Rudolf("revi")e de uma resposta do próprio Richard Green ao "revi".

O Relatório se encontra(a cópia)em inglês no site The Holocaust History Project no link(pra quem quiser checá-lo em inglês, pode ir direto ao link):
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/chemistry/iffr/

Com um prefácio do Dr. Richard Green. Este relatório de Instituto de Cracóvia, como dito acima(comentários do Roberto, palavras dele, estou ajustando esta parte ao post)foi objeto de árduas "críticas" por parte de Germar Rudolf, que são rebatidas pelo Dr. Green no seu artigo "Chemistry is not the Science":
http://www.holocaust-history.org/auschwitz/chemistry/not-the-science/

E no relatório de peritagem que foi apresentado pelo Dr. Green ao tribunal de apelação no litígio Irving contra Lipstadt:
http://www.holocaust-history.org/irving-david/rudolf/

Pra quem não sabe(pequena observação já que foi citado o caso), a historiadora do Holocausto Deborah Lipstadt foi processada pelo negador do Holocausto, o britânico David Irving, por difamação(ou calúnia) por conta de seu livro "Denying the Holocaust" onde ela mostra do que se trata a negaçãodo Holocausto detalhadamente e de que grupos estão por trás da negação e quais os interesses deles com a "causa"(há textos neste blog com tradução de algumas partes desses textos, é só procurarem pelo título 'direita radical', pleonasmo pra fascistas, neonazistas e congêneres).

Trecho da revista Morashá sobre o caso(pra quiser consultar diretamente a historiadora, eis o blog dela):
Iniciou um processo, dizendo-se vítima de calúnia, contra a historiadora americana Deborah Lipstadt, autora do livro "Denying the Holocaust - the growing assault on truth and memory"" (Negando o Holocausto - o crescente ataque à verdade e à memória). Lipstadt, em livro publicado no já quase longínquo 1993, enumera, entre outras coisas, atividades de um militante que certa feita se definiu como o responsável pela "Intifada de um homem só contra a história oficial do Holocausto".

Lipstadt prefere desenhar outra definição para Irving. Qualifica-o de "um dos mais perigosos porta-vozes do revisionismo histórico" e, sabiamente, evita entrar em polêmicas diretas com esses pseudo-historiadores. A professora da Universidade de Emory, em Atlanta, afirma não querer conceder-lhes um "reconhecimento intelectual"ao aceitá-los como interlocutores.
Matéria completa - Os vendedores de mentiras e os holofotes

Enfim, concluindo, o Relatório do Instituto Forense de Cracóvia sobre as quantidades de Zyklon-B presentes em Auschwitz será postado em breve no blog, acho que na íntegra(num post só), apesar do tamanho do texto. Se o texto de fato ficar muito extenso pra leitura num único post, ele será dividido em duas partes.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Relatório Forense de Cracóvia de 1945 - A prova do Zyklon-B

Comissão Principal para Investigação dos Crimes Alemães na Polônia
Secção Regional de Cracóvia
Cracóvia, 4 de Junho de 1945
Ao Instituto de Perícia Forense de Cracóvia

No anexo nós enviamos ao Instituto, cabelo que vem de cadáveres de mulheres e que foram retirados destes depois do gaseamento e antes da incineração nos formos crematórios em Brzezinka. O material está abarrotando uma sacola, no qual de acordo com a etiqueta, contém 22.5 kg de cabelo. Requisitamos que vocês pesquisem o conteúdo [da sacola] e examine-os num procedimento correspondente ao Artigo 254 do Código de Procedimento Criminal como também a conexão com os Artigos 123, 138 do Código de Procedimento Criminal, para estabelecer se e qual veneno está contido (no cabelo).

Da mesma maneira e para o mesmo propósito pedimos para a examinação das chapas de lâmina de metal das aberturas de ventilação das câmaras de gás (Porão de Cadáver No. 1 do Crematório no. II em Brzezinka), que foram encontradas durante a visita de inspeção no crematório, e da argamassa que foi tirada do lado da parede desta câmara. Estes objetos (4 chapas de vedação completas das aberturas de ventilação foram feitas de lâmina de metal e 2 danificadas daquelas chapas de vedação, como também do pedaço de argamassa) foram repassadas para o Instituto para seguirem em 05.12.1945.

Membros da Comissão
Carimbo da Corte de Examinação de Cracóvia
Procurador Público Juiz de Examinação
Assinatura ilegível Assinatura ilegível
(Edward Pachalski) (Jahn Sehn)

Relatório do Instituto de Perícia Forense de Cracóvia, Dezembro de 1945

Po. Nr. 171/45 Cracóvia, 15. Dezembro 1945
À Comissão Principal para Investigação dos Crimes Alemães na Polônia
Secção Regional de Cracóvia

Avaliação Toxicológica
preparada a pedido da Comissão em 4 de Junho de 1945 com conexão com as investigações a respeito do crematório de Brzezinka (Birkenau).

OBJETO DE EXAMINAÇÃO

Em 12 de Maio de 1945, 4 chapas de vedação inteiras e 2 danificadas, das aberturas de ventilação, foram entregues para examinação. Estas foram encontradas durante a visita de inspeção no Crematório No. II em Brzezinka e saíram das aberturas de ventilação da câmara de gás (Porão de Cadáveres No. 1) do mesmo crematório.

Em 4 de Junho uma sacola foi entregue para examinação, que de acordo com a etiqueta continha 25.5 kg de cabelo, que foram retirados de cadáveres de mulheres depois do gaseamento e antes da incineração nos fornos crematórios em Brzezinka.

I. EXAMINAÇÃO DAS CHAPAS DE VEDAÇÃO DAS ABERTURAS DE VENTILAÇÃO

As chapas de vedação tinham a forma usual e uma armação de caixas retangulares para o equipamento de abertura da ventilação. Elas eram feitas de lâmina de zinco. As superfícies de todas as partes eram revestidas de branco, com forro fortemente aderente.

A examinação foi preparada pela raspagem da superfície de um ventilador em cima do espaço de metal, que foi feito pelo lado interior inteiro da chapa e da parte da grade virada em relação à câmara de gás. 7.2 gramas [de material de examinação] foram obtidas.

O equipamento de examinação consistiu de um pequeno bulbo de vidro com um funil de separação e uma equipamento de absorção de gás com três frascos de absorção de gás. Dentro de cada um destes frascos cerca de 4 ml de 10% de solução de hidróxido de potássio foi lançada.

O forro raspado foi misturado com água no bulbo, e depois o bulbo foi ligado ao recepiente de absorção, ácido sulfúrico concentrado foi adicionado em gotas com o funil de separação e então o gás desenvolveu-se uniformemente mas não tempestuosamente.

A reação foi contínua, sob um ligeiro aquecimento ao final, até completar a dissolução dos conteúdos do bulbo. Os frascos de absorção foram esvaziados e seus conteúdos submetidos às seguintes examinações:

a) 4 ml do líquido foram fortemente resfriados e cuidadosamente neutralizados com ácido sulfúrico diluído, alcalinizados com umas poucas gotas de carbonato de sódio - bicarbonato de sódio com pH 8.0, misturado com uma pequena quantidade de sulfato de ferro(II), deixado em repouso por 30 minutos sob ocasional remexida e então cuidadosamente acidificado com ácido sulfúrico. Nele se desenvolveu uma clara coloração verde-azul produzida por Azul da Prússia.

b) 4 ml do líquido foram misturados com algumas gotas de solução de Polisulfeto de amônio e mantida em levemente esquentada for 5 minutos. A mistura resfriada foi precipitada com um excesso de nitrato de cádmio e filtrada. A filtração foi acidificada com ácido hidroclorídico e misturada com uma solução de sulfato de ferro. O resultado foi uma coloração laranja-claro produzida a partir da Rodanase(do ácido cianídrico).

Ambos experimentos descritos acima provam que o exame do material contém conexões com o ácido prússico.

II. EXAMINAÇÃO DO CABELO

A sacola, feita de duas capas de papel grosso, tinha sido fechada dobrando-se a parte superior várias vezes. Depois de aberta, foram encontrados na sacola cheia, cabelo em feixes e tranças.

Os conteúdos da sacola foram submetidos às seguintes examinações:

[i ]1. Examinação da destilação do Cabelo
imediatamente depois da abertura da sacola com 150 gramas de cabelo, tranças foram tiradas de uma parte da metade de seu conteúdo, rapidamente cortadas, coberta com água num bulbo de destilação, ligeiramente acidificado com ácido sulfúrico e destilado com água em estado de vapor. A destilação foi coletada num bulbo resfriado com gelo. Esta destilação foi examinada como descrito em I a) e b).

A reação do Azul da Prússia ficou com um colorido muito ligeiramente verde-azul, e o teste da Rodanase numa coloração ligeiramente amarelo-laranja.

2. A Segunda Examinação
estava em sua primeira parte cumpriu-se como descrito em 1., mais 500 gramas de tranças foram usados para examinação, que foram retirados de meia parte do saco. 200 ml de destilado foi coletado, que sob imediata examinação mostrou visivelmente apenas o Azul da Prússia e reações da Rodanase.

Esta destilação foi uma destilação fracionada numa Coluna de Vigreux. 15 ml de distilado foi coletado num bulbo de vidro resfriado com gelo, que continha uma pequena amostra de uma solução fortemente diluída de hidróxido de sódio. A análise do destilado foi cumprida como descrita acima. A reação do Azul da Prússia mostrou uma coloração azul-claro, o teste da Rodanase uma coloração laranja-vermelho claro.

3. Examinação do Estrato aquoso do Cabelo
5 kg de tranças e cabelo comprimidos juntos foram misturados com cerca de 2 a 2.5 litros de água que então foram recobertos com o líquido e extraídos em temperatura ambiente por 16 horas. O estrato de aquaso, que reagiu neutramente contra o Tornassol, foi decantado, ligeiramente acidificado com ácido sulfúrico e examinado como descrito em 2. A reação de Azul da Prússia ficou com uma coloração ligeiramente azul, o teste da Rodanase ficou com uma coloração ligeiramente laranja.

E foi assim desse modo comprovado que o cabelo tinha emitido ácido prússico dentro de uma solução aquosa em temperatura ambiente.

III. EXAMINAÇÃO DAS PARTES DE METAL ENCONTRADOS NO CABELO

Depois da conclusão da análise para o ácido prússico os conteúdos do saco foram minuciosamente examinados e os objetos de metal encontrados entre o cabelo e nas tranças foram removidos e organizados. Os seguintes objetos encontrados foram:

a) Um pegador de metal, fortemente dourado com ouro de pelo menos 14 quilates,
b) Clipes de cabelo feitos de zinco
c) Clipes de cabelo e broches feitos de latão.

Os objetos acima mencionados foram submetidos à examinação em seperado em virtude, como é mostrado pela experiência e também teoricamente justificável, de conter metais envolvidos com cianeto de hidrogênio especialmente pegados.

1. Examinação dos clipes de cabelo feitos de zinco
175 g de material de teste foi examinado como descrito em I. acima. A reação de Azul da Prússia ficou com uma ligeira coloração verde-azul, o teste da Rodanase com uma coloração ligeiramente laranja.

2. Examinação dos clipes do cabelo e Broches feitos de latão
20,7 g de material de teste foi examinado como descrito em I. acima. A reação de Azul da Prússia adquiriu uma coloração de azul-claro, o teste Rodanase uma coloração laranja-claro.

3. Examinação do pegador
O pegador, com um peso total de 3.23 gramas, foi coberto com água dentro de um bulbo acidificado com ácido sulfúrico, com helianthin sendo usado como um indicador. Thereafter destilação com uma Coluna de Vigreux foi realizada e a destilação coletada numa água resfriada com gelo; 10 ml de destilado foi obtido. A reação de Azul da Prússia, realizou-se com 4 ml de destilado, tornou-se pálida, mas com coloração completamente azul claro. O teste da Rodanase, também se realizou com 4 ml de destilado, tornou-se brilhante, mas com coloração laranja claro.
Com isto as examinações foram concluídas.

Todos os reagentes e equipamentos usados durante os experimentos acima mencionados foram previamente examinados para assegurar sua clareza e precisão.

AVALIAÇÃO

I) Nas chapas de vedação das aberturas de ventilação feitas de lâminas de zinco, que saíram das aberturas de ventilação da câmara de gás (Porão de Cadáveres No. 1) do Crematório II de Brzezinka, a presença de conexões de ácido prússico foi comprovada.

II) No cabelo retirado de cadáveres de mulheres depois do gaseamento, a presença de ácido prússico foi comprovada.

Objetos de metal foram encontrados no cabelo, como clipes, borches de cabelo e um spectacle holder dourado, ainda continham relativamente consideráveis quantidades de conexões de ácido prússico.

O Diretor do Instituto
(Dr. Jan Z. Robel)

Tradução(polonês/Alemão/Inglês): Roberto Muehlenkamp à partir do livro:
Brigitte Bailer-Galanda, Wolfgang Benz, Wolfgang Neugebauer (editors), Die Auschwitzleugner, 1996 Elefanten-Press, Berlin, S. 109 114
Tradução(português): Roberto Lucena

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Zyklon-B - a toxidade do HCN (ácido cianídrico)

Zyklon-B ou ácido cianídrico(HCN) foi o gás usado nas câmaras de gás nazistas, altamente letal, para envenenar e matar as pessoas em larga escala nas câmaras de gás por asfixia.

Abaixo segue um resumo das propriedades químicas, físicas, riscos, medidas de prevenção, formas como o ácido cianídrico penetra nas pessoas, cuidados médicos, feito pela Departamento de Engenharia Química da Universidade de Coimbra(Portugal)sobre o ácido cianídrico conhecido também nas câmaras de gás nazis como Zyklon-B, para demonstrar o quão tóxico e letal é este tipo de gás.

O estudo e resumo abaixo está sendo publicado devido ao fato de que freqüentemente "revisionistas"(negadores do Holocausto)costumam afirmar coisas a respeito do gás usando fontes obscuras(não idôneas), não provenientes de meios acadêmicos sérios ou laboratórios(que é quem possui capacidade técnica de elaborar um estudo sério das propriedades químicas de um gás ou composto químico)tentando "demonstrar" "cientificamente" que o gás citado não teria as propriedades descritas no resumo abaixo. Em outras palavras, de que não seria possível o uso do Zyklon-B para se matar pessoas em câmaras de gás, ato este realizado com freqüência pelo regime nazista.

Introdução:

Tomando a liberdade pra postar algo sobre o ácido cianídrico, ou ácido prússico, ou HCN, ou simplesmente Zyklon B(gás usado nas câmaras de gás nazistas), segue abaixo este texto da Faculdade de Ciência e Tecnologia - Universidade de Coimbra(Portugal), para demonstrar como o "mata piolhos" que alguns "revisionistas" citam "não seria" letal, como eles tanto afirma. Obviamente as aspas estão sendo usadas pra enfatizar ironicamente que os "revisionistas"(negadores do Holocausto)mentem e distorcem informacções a respeito do Zyklon-B, segue o texto.

Propriedades Físicas
O ácido cianídrico, no estado puro, apresenta-se sob a forma de um líquido ou de um gás incolor, muito volátil, exalando um odor característico de amêndoas amargas, habitualmente detectável a uma concentração de 1 p.p.m.
Muito solúvel na água, utiliza-se geralmente sob a forma de soluções aquosas, sendo miscível com o álcool etílico e o éter sulfúrico.

Propriedades Químicas
O ácido cianídrico, rigorosamente puro, seria um produto estável; contrariamente as soluções comerciais não estabilizadas, polimerizam dando origem a um depósito castanho-escuro.

A presença da água e de certos produtos de reacção alcalina acelera o processo. Este é exotérmico, autocatalítico e pode desenvolver-se com violência (explosão).
É por isso que, na maioria dos casos, se estabiliza o ácido cianídrico adicionando-lhe 0,05 a 1%, em peso, de ácido fosfórico; podem igualmente utilizar-se os ácidos fórmico ou acético à razão de 1 a 5%.

O ácido cianídrico incendeia-se no ar, dando anidrido carbónico e azoto. Por oxidação controlada obtém-se ácido ciânico. Algumas categorias de plásticos, borrachas e de revestimentos podem ser atacados pelo ácido cianídrico.

*Observação(omentário meu): agora vem a 'melhor parte' e fica o recado aos "revisionistas" de que, olhem só que "mata piolhos" eficiente:

Aplicações
O ácido cianídrico utiliza-se no fabrico de numerosos produtos:
- insecticidas
- acrilonitrilo e derivados acrílicos
- cianetos metálicos, ferrocianetos
- derivados de adicção diversos, etc...

Vias de Penetração
- Inalação
- Ingestão
- Cutânea

Riscos
- Dado que o ácido cianídrico é um composto extremamente inflamável, pode formar misturas explosivas com o ar nos limites de 6 a 41% em volume. Recomenda-se, assim, que esta substância e os vapores que podem libertar-se, se mantenham afastada de qualquer fonte de inflamação. Os incêndios que provoca são extremamente perigosos devido ao risco de intoxicação.

- Nas formas mais ou menos agudas de intoxicação por inalação de ácido cianídrico, os sintomas podem ir da sensação de fadiga e de vertigens até ao estado de embriaguez, brutal perda de conhecimento, bem como a convulsões, podendo sobrevir a morte, precedida de coma profundo.

A ausência de sinais de gravidade não significa que deva subestimar-se o perigo, isto é, deverá proceder-se do mesmo modo à evacuação dos locais de trabalho e a uma verificação dos teores atmosféricos.

- De modo geral, pensa-se que taxas atmosféricas superiores a 50 p.p.m. respiradas durante mais de meia hora representam um risco importante e que 200 a 400 p.p.m. ou mais, durante alguns minutos, constituem concentrações susceptíveis de provocar imediatamente a morte.

*Observação minha(mais um comentário): 50 p.p.m.(50 mg por 1 litro de água apenas), e de 200 miligramas a 400 miligramas por litro d'água, resultado a ser obtido: morte instantânea por asfixia decorrente da inalação do gás pelas vias respiratórias ou pela absorção da pele(via cultânea), ou seja, se uma pessoa entrasse numa câmara fechada com esse gás com essa pequena concentração misturada em água apenas, morte na certa.

Quanto à exposição crónica aos vapores de ácido cianídrico parece que no meio profissional pode dar origem a perturbações de ordem geral, digestiva e oculares. O contacto da pele com soluções líquidas pode provocar dermatoses.

O Ministério Francês do Trabalho fixou para o ácido cianídrico o valor limite de exposição média que podem ser admitidos na atmosfera dos locais de trabalho, respectivamente 10 p.p.m. e 2 p.p.m.

Medidas de Prevenção
Devido à toxicidade e à inflamibilidade do ácido cianídrico impõem-se severas medidas de prevenção e de protecção, aquando do armazenamento e da manipulação. Assim quanto ao armazenamento:

- Velar-se-á para que se efectue ao abrigo de qualquer fonte de ignição, em locais separados, construídos com materiais resistentes ao fogo que não permitam a subida anormal da temperatura interior durante as estações quentes;

- Providenciar-se-á no sentido de que os locais de armazenamento, para além de boa ventilação natural, disponham a ventilação artificial de grande débito, de modo a poder diluir com rapidez o ácido cianídrico acidentalmente derramado; os gases serão lançados na atmosfera a uma altura tal que não possam constituir perigo para a vizinhança, devendo obviamente evitar-se quaisquer acidentes, como sejam rupturas de recipientes, escoamento directo de soluções para os esgotos ou meio ambiente;

- Será proibido fumar no decurso das diversas operações;

- Distribuir-se-ão aparelhos respiratórios autónomos ao pessoal encarregado da manutenção que não poderá entrar nos locais de armazenamento senão sob vigilância do encarregado de tais depósitos.

Relativamente aos locais de manipulação, são aplicáveis as regras de segurança apontadas para os locais de armazenamento. E ainda as seguintes:

- Advertir o pessoal sobre os riscos do produto e sobre as medidas a tomar em caso de acidente;

- Guardar nas oficinas somente pequenas quantidades;

- Prever instalações que não permitam qualquer emanação de vapores tóxicos;

- Proceder a frequente controlo da atmosfera;

- Pôr à disposição dos trabalhadores equipamento de protecção individual: luvas, aparelhos de protecção respiratória autónomos, Tc... que deverão manter-se sempre em perfeito estado de limpeza;

- Não fumar, beber ou comer, observando uma rigorosa higiene pessoal;

- Antes que sejam destruídos, conservar os resíduos contaminados por ácido cianídrico em recipientes especiais, fechados e estanques;

- Em caso de fuga, passar o ácido cianídrico por um recipiente contendo uma solução de soda cáustica. A solução assim formada não deve eliminar-se sem que previamente tenha sido sujeita a um tratamento de desintoxicação;

- Manipular e utilizar as garrafas de gás comprimido, seguindo escrupulosamente as indicações do fabricante;

- Observar rigorosamente as medidas de prevenção, previstas na legislação em vigor, aquando dos trabalhos de manutenção, reparação e de transformação nos reservatórios e nas cubas.

Cuidados Médicos
Aquando da admissão e dos exames médicos periódicos ter presente que os riscos da intoxicação cianídrica são maiores para as pessoas com afecções cutâneas e respiratórias.

Caso se suspeite de que tenha havido intoxicação cianídrica, alertar imediatamente o médico do trabalho.

Fonte: http://www.eq.uc.pt/~mena3/cianidrico.html
Departamento de Engenharia Química - FCTUC(Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade de Coimbra - Portugal)
http://www.eq.uc.pt/

*os asteriscos remetem a comentários feitos por quem publicou o tópico que comenta o assunto na comunidade 'O Holocausto'
http://www.orkut.com.br/CommMsgs.aspx?cmm=295037&tid=9380129

Comentário adicional de Aureliano, feito no mesmo tópico:

No caso do HCN, a toxidez não provem dele e sim do ânion cianeto CN- que forma-se quando ele se dissocia em agua:

HCN <=> H+ + CN-

O anion cianeto liga-se ao sitio da hemoglobina que é usado para transportar o oxigênio formando um composto mais estável que o composto com oxigênio tornando as hemácias incapazes de transportar este último. Esse é mesmo mecanismo responsável pela toxidez do monóxido de carbono, o CO, que volta e meia é usado por suicidas que se trancam em garagens e ligam o motor do carro. Em ambos os casos, a vítima morre por asfixia.

Alguns ácidos sao beneficos para nos, a Vitamina C é o mais conhecido deles.

As concentrações que o Roberto listou são em relação ao ar, 400 p.p.m em relação ao ar para matar e 6% em relação ao ar para formar uma mistura explosiva. Reparem a diferença brutal de concentrações e comparem com o discurso dos "revis" sobre as chances de explosões e sobre ventilação necessária para remover o HCN das câmaras.

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Como os leitores do blog poderão deduzir por conta própria, são estes um dos vários ou muitos motivos que se pode apontar acerca da "credibilidade" dos ditos "estudos" pseudo-científicos dos negadores do Holocausto, vulgarmente conhecidos também como "revisionistas" do Holocausto.

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