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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Ciganos lembram início de seu Holocausto há 70 anos

EFE – ter, 26 de fev de 2013. Nacho Temiño.

Varsóvia, 26 fev (EFE).- Grupos ciganos lembram nesta terça-feira o aniversário da sua chegada, há 70 anos, ao campo de extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau, no sul da Polônia, dos primeiros deportados dessa etnia, cuja maioria das 23 mil pessoas morreu ou foi assassinada.

Em dezembro de 1942, as autoridades nazistas decidiram pela prisão de todos os ciganos do Reich e dos territórios ocupados e, dias depois, ordenou o seu confinamento em campos de concentração, começando oficialmente o extermínio dos ciganos europeus.

Algumas semanas depois, a primeira "carga" dos sinti e dos roma - os dois grandes grupos de ciganos da Europa central - chegaram até Auschwitz-Birkenau, localizado na cidade polonesa de Oswiecim, onde ciganos de 14 nações diferentes sofreram a barbárie nazista até a libertação do campo.

Estima-se que mais de um milhão de pessoas perderam a vida em Auschwitz, a maioria judeus, mas também eslavos, insurgentes poloneses, sacerdotes católicos e homossexuais, assim como ciganos, dos quais se calculam que 21 mil morreram.

O certo é que o povo cigano esteve no centro dos olhares do Terceiro Reich desde a chegada dos nazistas ao poder, com um grande número de regras que inicialmente os obrigava a se registrarem e limitava o direito de ir e vir de uma minoria tradicionalmente nômade, e que acabou em confinamentos, assassinatos maciços e deportações.

Na Polônia, milhares de ciganos foram enviados aos campos de concentração, apesar de muitos terem sido mortos entre os muros de guetos como o da cidade polonesa de Lódz (centro do país), onde chegaram a ficar até 5 mil romas.

Desde o dia 26 de fevereiro de 1943 até 21 de julho 1944, chegaram a Auschwitz-Birkenau cerca de 21 mil ciganos, entre eles muitas mulheres e crianças. Este número não inclui os mais de 1.700 vindos de Bialystok (leste da Polônia), que não ficaram no campo, pois foram imediatamente transferidos às câmaras de gás devido a suspeita de um surto de tifo.

A maioria dos ciganos morreu por consequência das doenças, como o próprio tifo e outras provocadas pela fome extrema e pela falta de higiene, especialmente as crianças. Outros sofreram com os experimentos médicos nazistas, como aqueles para comprovar os efeitos da ingestão de água salgada em organismos debilitados.

O extermínio final da população cigana estava previsto para meados de maio de 1944, embora uma rebelião de prisioneiros na noite do dia 16 de maio tenha atrasado a "solução final" até o dia 3 de agosto daquele ano.

Por ordem de Heinrich Himmler, o chefe da temida SS nazista, o acampamento cigano foi liquidado, e dezenas de caminhões carregados com presos realizaram o trajeto mortal rumo às câmaras de gás. Milhares de corpos seriam queimados e enterrados em valas comuns nesse dia obscuro.

Acredita-se que 21 mil ciganos morreram entre os alambrados de Auschwitz-Birkenau, milhares de nomes esquecidos que se somam ao de milhões de vítimas daquele que foi o campo de concentração nazista mais mortal.

No dia 27 janeiro de 1945 o exército soviético chegou ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, onde, após a fuga, os nazistas deixaram pouco mais de sete mil prisioneiros em um estado moribundo, tremendo de frio, que presenciaram como os soldados de Stalin traziam, paradoxalmente, a liberdade.

Apesar de comumente só se falar do Holocausto em referência aos judeus na Europa, o certo é que cerca de metade da população cigana da Alemanha e do resto das regiões ocupadas morreu por causa da Segunda Guerra Mundial e da perseguição do Terceiro Reich. EFE

Fonte: EFE
http://br.noticias.yahoo.com/ciganos-lembram-in%C3%ADcio-holocausto-h%C3%A1-70-anos-090620691.html

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Câmaras de gás nos campos da Aktion Reinhard (Belzec, Sobibor, Treblinka). A cor dos cadáveres

Belzec, Sobibor, Treblinka. Negação do Holocausto e Operação Reinhard.
Capítulo 5: Câmaras de gás nos campos da Aktion Reinhard (6). Coloração dos cadáveres.

A cor dos cadáveres

Outras críticas de MGK (sigla pra Mattogno, Graf e Kues) às testemunhas da Aktion Reinhard envolve a cor dos cadáveres gaseados. [246] Para eles, pode ser tomado como uma "verdade" [247] o fato de que as vítimas do gaseamento deveriam exibir claras manchas vermelho-cereja, e como nenhuma testemunha se refere a coloração das vítimas, MGK estão "certos de que algo está errado com os testemunhos das câmara de gás". [248] Este tipo de argumentação é dúbia em sua origem, pois pressupõe um conhecimento exato de várias coisas: as circunstâncias dos assassinatos dentro das câmaras de gás, os fatores que provocam o aparecimento de uma cor "vermelho-cereja brilhante" nas vítimas de monóxido de carbono, que as vítimas gaseamento teriam que necessariamente exibir a cor vermelho-cereja, e que esta descoloração é facilmente aparente para o inexperiente olho humano.

Para sustentar tal afirmação, MGK tem que confiar na literatura médica e toxicológica sobre o envenenamento por monóxido de carbono, no entanto, para nosso conhecimento, nenhum dos quatro negacionistas (incluindo Friedrich Berg) que usa esta argumentação tem qualquer tipo de perícia médica a partir da qual julgariam ou interpretariam tal relato médico. Em sua análise superficial sobre um tema tão complicado, eles são rápidos ao tirar conclusões precipitadas seletivas sem uma apreciação plena das explicações feitas na literatura e sua aplicabilidade aos campos da Reinhard Aktion.

Um exemplo clássico dessa abordagem seletiva e defeituosa pode ser encontrada no manuseio feito por Thomas Kues de relatórios escritos por médicos judeus sobre as condições corporais dentro do gueto de Varsóvia entre 1940 e 1942. Em seu relato das circunstâncias de dentro do gueto, os médicos fornecem dados clínicos sobre os moradores que em breve seriam enviados para Treblinka, e o efeito das condições de desnutrição e fome em sua saúde física, algo que denominaram como "doença da fome". [249] Os médicos referiam-se às "hemodiluição" e de uma diminuição substancial na quantidade de hemoglobina no sangue dos judeus do gueto de Varsóvia.

Kues desonestamente apresenta o trabalho dos médicos de Varsóvia. Em seu artigo, Kues cita uma carta colocada junta como uma revisão dos resultados da autópsia das mortes por doença estritamente causadas por fome. Kues inclui a estatística de que a anemia foi encontrada em apenas 5,5% dos casos das autópsias como sendo "uma indicação de que mesmo entre os casos fatais de desnutrição, a anemia estava longe de estar sempre presente." No entanto, Kues deixa de fora uma importante declaração feita pelos médicos relacionada com a ausência da anemia nas autópsias:
Devemos enfatizar que apenas 5,5% dos casos apresentaram anemia avançada. Quantidades bastante grandes de hemossiderina são encontrados em fígados e baços, e é certo que em doenças relacionadas à fome RBCs são destruídas, mas, por outro lado, como resultado da diminuição do tamanho dos órgãos e tecidos, a quantidade de sangue deixada é suficiente para evitar os sintomas de anemia avançada. [250]
Assim, a anemia a qual Kues se refere é a anemia avançada, que foi menos presente do que formas mais leves. Kues deve perceber isso, pois ele cita relatórios dos médicos que examinam os pacientes com doença de fome abertamente afirmando que "a anemia era algo predominante."

Os pontos que os moradores do gueto sofreram com anemia e hemodiluição são muito notáveis, como eles minariam qualquer expectativa de que as vítimas da Aktion Reinhard deveriam exibir uma aparência vermelho-cereja. Uma fonte deixa este ponto explicitamente sobre as vítimas de monóxido de carbono:
Quando a vítima é anêmica a coloração ('rosa-cereja "clássica) pode ser fraca ou mesmo ausente, porque a hemoglobina presente é insuficiente para exibir a cor. Em vítimas racialmente pigmentadas a cor pode, obviamente, ser mascarada, embora ainda possa ser vista na face interna dos lábios, das unhas, língua e palmas das mãos e nas solas dos pés e mãos. Ela também é vista dentro das pálpebras, mas raramente na esclera. [251] (grifo nosso)
Assim, num artigo médico descrevendo uma circunstância que era aplicável às vítimas do gueto (com hemoglobina insuficiente), o aparecimento da coloração vermelho-cereja dificilmente era esperado para ser perceptível ("fraco ou mesmo ausente"). Entre outros pontos, os relatórios detalham o estado horrendo dos "sistemas circulatório e respiratório" dos judeus [252] A sua pobre saúd a esse respeito foi certamente ligada às condições de fome do gueto, como a literatura médica confirma:
A desnutrição tem um impacto enorme sobre as funções respiratórias. Ela afeta o desempenho muscular respiratório, a estrutura do pulmão, mecanismos de defesa e controle de ventilação e predispõe a pesoa à insuficiência respiratória e ventilação mecânica prolongada. [253]
Moradores do gueto tinham uma produção média cardíaca (volume de sangue que circula do coração para o corpo), que era de 50% da produção normal de um ser humano. [254] Este é um fato importante como Risser et al acreditam que os baixos níveis de carboxihemoglobina nas vítimas de monóxido de carbono (que eles acreditam que é fortemente correlacionada com a ausência da coloração vermelho-cereja) podem ser explicados devido a uma "capacidade comprometida para oxigenar". [255] Esta pobre capacidade para oxigenar adequadamente é bem relatado para as futuras vítimas de Treblinka pelos médicos judeus, mas certamente se aplica também aos judeus que viveram em outros guetos em todo o Governo Geral (Polônia), onde as condições de fome semelhantes abundavam.

Quando esses corpos mal oxigenados eram bem acondicionados em uma câmara de gás fechada por um período de tempo, a privação do oxigênio também certamente desempenhou um papel na morte das vítimas, o que explicaria as referências de testemunhas para as características azuis dos corpos gaseados. Num comunicado pós-guerra que Mattogno desonestamente deixou de fora, Pfannenstiel observou especificamente a causa da asfixia em um depoimento sobre sua viagem a Belzec como a causa das "faces azuladas" em algumas das vítimas das câmaras de gás. [256] Mattogno é ciente desta declaração , como ele cita a localização exata do documento de interrogatório, mas ele seletivamente deixa de fora a associação de Pfannenstiel dos rostos azuis por asfixia (não o envenenamento por monóxido de carbono) feita no período imediatamente após a sua citação; em vez disso, Mattogno desonestamente critica Pfannenstiel por alegar que as vítimas de monóxido de carbono deveriam ter ficado com coloração vermelho-cereja, apesar da clara declaração de Pfannenstiel de que as faces azuis não eram o resultado de monóxido de carbono. [257] Além disso, entre os testemunhos que citam as características azuis nos cadáveres (Pfannenstiel, Schluch, e Gerstein), Schluch e Pfannenstiel restringiram a coloração azulada às características faciais das vítimas. [258]

Kues também é incorreto ao supor que a cor vermelho-cereja das vítimas de monóxido de carbono estava presente "em pelo menos 95% de todos os casos fatais" desse envenenamento. [259] Em uma publicação de setembro de 2008 a respeito de uma crítica sobre os dez anos de quantidade de carbono monóxido de vítimas em Louisville, Kentucky, os autores observaram:
A intoxicação fatal de CO tem sido descrito em indivíduos que não apresentam a lividez cutânea clássica vermelho-cereja (27-29). Embora a presença de lividez vermelho-cereja nessas vítimas de Aids ao postular uma causa potencial de morte, nem sempre é uma característica confiável. Vinte e oito casos em nossa coleta de estudo, o que representa c. 30% do total de casos (n = 94) revisto, não conseguiu mostrar a aparência vermelho-cereja clássica na autópsia. Nas vítimas, que exibiram nem mudanças de decomposição, nem aparência vermelho-cereja (n = 13), o COHbg (carboxihemoglobina) variou de 29% a 71,5%. A clássica aparência vermelho-cereja estave ausente em casos secundários decompostos a um literal arco-íris de descoloração putrefata cutânea. A partir dos dados obtidos no nosso estudo conjunto, conclui-se que a intoxicação por CO ocorre frequentemente sem a lividez vermelho-cereja, em parte a partir das alterações de cor da decomposição manifestadas na autópsia. [260]
Assim, um estudo mais recente do que qualquer daqueles citados por Kues reduz a expectativa de uma aparência vermelho-cereja em cadáveres a 70%. Na verdade, ainda não está claro quando os cadáveres devem exibir alguma descoloração. No artigo de Kues sobre o assunto, depois de citar várias fontes de literatura médica, descontando a aparência com cor vermelho-cereja em casos não fatais como um indicador confiável de intoxicação por CO devido à sua raridade entre os doentes [261], Kues encontra um exemplo suficiente para declarar que tal aparência não é "altamente excepcional". [262] Apesar do registro de muitos mais casos fatais de envenenamento por CO que não apresentam a coloração vermelho-cereja, Kues escreve que a descoloração ocorre assim que o veneno seja absorvido no sangue. A visibilidade dessa descoloração antes do livor mortis (a parada do sangue após a morte), no entanto, não é um fenômeno freqüentemente observado como as fontes de Kues "mostrar". [263] Além disso, a pressão física sobre um cadáver ou impede ou limita severamente a aparência de cor durante o livor mortis; como mencionado no início deste capítulo, as câmaras de gás, embora nem sempre cheias a níveis extremos, tinham muitas pessoas por metro quadrado, o que faria pressão sob os cadáveres [264].

Quando estes fatos são combinados com a possibilidade pouco provável de que judeus desnutridos da Polônia ficaram na cor vermelho-cereja após o gaseamento (devido aos vários problemas de saúde descritos acima), as variáveis ​​que determinam a aparência e visibilidade de tal descoloração [265], e as presunções desonestas do argumento dos negacionistas 'para este fim, podemos descartar a sua cor vermelho-cereja no cadáver reivindicada como um fundamento. [266]

Também deve ser salientado que MGK têm falsamente atacado a descrição de Wiernik sobre a cor dos cadávares gaseados em sua experiência no campo de extermínio de Treblinka. Na tradução do Inglês deste relato, o texto afirma que todas as vítimas ficaram "amareladas do gás". [267] Kues então maliciosamente observou que o amarelo era a cor mais "dificilmente confundida com vermelho-cereja". [268] Para Mattogno e Graf, essa observação de Wiernik deveria mostrar algo "além da dúvida" de que a "história do motor de escape das câmaras de gás carece de qualquer tipo de base na realidade", mas é simplesmente uma propaganda. [269]

MGK sempre citou a edição em Inglês do texto de Wiernik, aparentemente sem se preocupar em verificar o texto original em polonês. O problema que se coloca aqui é que Wiernik, na versão original polonesa de 1944, usa uma expressão vernacular: os gaseados foram "żółci-zatruci". [270] "Zatruci" significa "envenenado", - "żółci" aqui vem de "żółć", que significa "fel", uma substância frequentemente associada a "veneno" (por exemplo, o alemão" Gift und Galle speien", não vem de" zolty ", que significa" amarelo "). Na literatura polonesa, muitas vezes encontraremos "żółć" associado a "cierpienie", "sofrimento". Então Wiernik, que está usando uma linguagem poética neste caso, quer nos relatar que as vítimas estavam "mortinhas da silva" (ou algo nesse sentido). [271] Então quer dizer que MGK haviam criticado Wiernik com base em uma tradução mal feita. Alguém poderia pensar que, desde MGK foram os únicos a se concentrar nas descrições de cor de cadáveres, que eles realmente verificaram a descrição original de Wiernik. Os padrões acadêmicos "revisionistas" não devem ser lá muito rigorosos. Recentemente, entretanto, muitos anos depois de fazer a alegação e só depois de ser informado do problema da tradução, Kues retira sua crítica sobre a declaração de Wiernik, descartando-o como não tendo "nada de concreto a dizer sobre as aparências dos cadáveres". [272]

Notas:

[246] O ponto que teve origem (brevemente) com apresentação de Berg de 1983 sobre a toxicidade dos gases de escape a diesel, e então, posteriormente, havendo uma contribuição de Berg em 2003 a "Dissecting the Holocaust" de Rudolf. Em "Treblinka and Bełżec", Mattogno and Graf aceitam o argumento en passant, enquanto Kues expandiu isso num artigo, ‘Skin Discoloration Caused by Carbon Monoxide Poisoning’ (Manchas causadas pela intoxicação de monóxido de carbono), http://www.codoh.com/newrevoices/nrtkco.html.

[247] M&G, Treblinka, pág. 73.

[248] Thomas Kues, ‘Skin Discoloration Caused by Carbon Monoxide Poisoning,’ Inconvenient History blog, http://www.revblog.codoh.com/2011/06/skin-discoloration/.

[249] Myron Winick, ed., Hunger Disease: Studies by the Jewish Physicians in the Warsaw Ghetto, trans. Martha Osnos. New York: Wiley, 1979.

[250] Ibid., p.226.

[251] Bernard Knight, Forensic Pathology (New York: Oxford University, 1991), p.507; See Charles Provan, ‘The Blue Color of the Jewish Victims at Belzec Death Camp,’ The Revisionist 2/2, 2004, pp.159-164.

[252] Winick, Hunger Disease, pp.134-137.

[253] Marco Ghignone and Luc Quintin, ‘Malnutrition and Respiratory Function,’ International Anesthesiology Clinics 42/1, Spring 1986, pp.65-74.

[254] Winick, Hunger Disease, pp.134-135.

[255] Daniele Risser, Anneliese Boensch, and Barbara Schneider, ‘Should Coroners Be Able to Recognize Unintentional Carbon Monoxide-Related Deaths Immediately at the Death Scene?’ Journal of Forensic Sciences, 40/4, July 1995, p.597.

[256] Wilhelm Pfannenstiel, 6.6.1950, BAL 162/208 AR-Z 252/59, Bd. 1, p.44.

[257] Mattogno, Bełżec, p.56.

[258] Pfannenstiel afirmou que algumas vítimas apresentavam um “inchaço azulado sobre o rosto,” enquanto Schluch afirmou que o azul só aparecia nos "lábios e pontas dos narizes" de alguns cadáveres. Portanto, é provável que a referência de Gerstein a "corpos azulados" se deveu a algum exagero, algo que Gerstein estava inclicando a fazer em seus relatos.

[259] In ‘Skin Discoloration Caused by Carbon Monoxide,’ Kues cites two studies, one of which clearly states that it found such a characteristic in 91% of the CO cases it surveyed.

[260] Sean M. Griffen, Michael K. Ward, Andrea R. Terrell, and Donna Stewart, ‘Diesel Fumes Do Kill: A Case of Fatal Carbon Monoxide Poisoning Directly Attributed to Diesel Fuel Exhaust with a 10-year Retrospective Case and Literature Review,’ Journal of Forensic Science, 53/5, September 2008, p.1208.

[261] i.e., Bruno Simini, ‘Cherry-red discolouration in carbon monoxide poisoning,’ The Lancet, Vol. 352 (October 1998), p. 1154; Kent R. Olson, MD, ‘Carbon Monoxide Poisoning: Mechanisms, Presentation, and Controversies in Management,’ The Journal of Emergency Medicine, Vol. 1, 1984, p. 236.

[262] See Kues’ second bullet point in the section ‘Summary of the medical evidence’.

[263] See in Kues’ article Item 2, item 3, Item 4, Item 5, Item 6, Item 7, and Item 8. All fatalities presented through his selected sources had progressed into stages of livor mortis, including those of the “fresh corpses” that Kues discusses in Risser et al (“fresh corpses…are said to show a typically cherry-pink coloring of livor mortis.”)

[264] Jason Payne-James, Anthony Busuttil, William S. Smock (editors), Forensic Medicine: Clinical and Pathological Aspects, London: Greenwich Medical Media, 2003, p.98, Table 9.5.

[265] G.H. Findlay, ‘Carbon Monoxide Poisoning: Optics and Histology of Skin and Blood,’ British Journal of Dermatology, 1988, pp.45-51.

[266] It should be kept in mind that testimony regarding the gas van experiment at Sachsenhausen reported the cherry-pink color (see pX). We doubt that such a detail will change MGK’s denial of homicidal gassings.

[267] Wiernik, ‘A Year in Treblinka,’ p.158.

[268] Original version of Kues, ‘Skin Discoloration Caused by Carbon Monoxide,’ available at http://www.codoh.com/newrevoices/nrtkco.html.

[269] M&G, Treblinka, p.73.

[270] Wiernik, Rok w Treblince, p.7.

[271] Perhaps another example would be the statement, “I am feeling blue today.” This is not connected to the actual color blue.

[272] Kues, ‘Skin Discoloration Caused by Carbon Monoxide’, Revised version, n. 40.


Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2011/12/belzec-sobibor-treblinka-holocaust_6507.html
Tradução: Roberto Lucena

Observação: esta é uma tradução do resumo de parte do livro (mais especificamente o resumo de uma parte do capítulo 5) disponibilizado no blog Holocaust Controversies e elaborado pela equipe do blog (o nome dos autores constam no PDF do ebook). Quem quiser baixar o livro completo segue o link - EBOOK.

sábado, 3 de novembro de 2012

Morreu Wilhelm Brasse, fotógrafo dos horrores de Auschwitz

Varsóvia - Morreu Wilhelm Brasse, fotógrafo dos horrores de Auschwitz
por Lusa, texto publicado por Paula Mourato

Wilhelm Brasse, ex-prisioneiro do campo de extermínio nazi de Auschwitz-Birkenau, que por ordem das autoridades fotografou dezenas de milhares de companheiros, morreu ontem aos 95 anos em Zywiec, Polónia, disse um porta-voz do museu do holocausto.

Brasse forneceu igualmente documentos sobre as experiências pseudo-clínicas dos médicos Josef Mengele e Eduard Wirths, este médico chefe das SS (força de elite do regime nazi) em Auschwitz-Birkenau.

Nascido em 1917, Brasse trabalhou na sua juventude como fotógrafo no sul da Polónia. Após o início da II Guerra Mundial, recusou, apesar das suas origens austríacas, assinar a "Volksliste", que significava adesão ao ocupante alemão, e inscreveu-se no exército polaco.

Preso pelos alemães durante uma tentativa de passagem da fronteira húngara em 1940, foi enviado para o campo de Auschwitz-Birkenau, recebendo o número de prisioneiro 3.444.

Em janeiro de 1941, sob ordem de Rudolf Höss, comandante do campo de Auschwitz, onde foram exterminados cerca de 1,1 milhões de pessoas, das quais um milhão de judeus, foi criada uma célula de identificação dos prisioneiros, a Erkennungsdienst.

No mês seguinte, Brasse e outros sete detidos ficaram nessa célula, sendo que o seu trabalho consistia, sobretudo, em fotografar os novos prisioneiros, "salvo os que eram enviados diretamente para as câmaras de gás", como explicou à agência AFP em 2009.

Fonte: AFP/Diário de Notícias (Portugal)
http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=2843571

domingo, 1 de janeiro de 2012

(EBOOK) Belzec, Sobibor, Treblinka. Negação do Holocausto e Operação Reinhard. Uma crítica às falsificações de Mattogno, Graf e Kues

Segue abaixo o Ebook e texto elaborado pelos membros do Holocaust Controversies(blog) principalmente sobre os campos de Belzec, Sobibor e Treblinka e a Operação Reinhard. É possível baixar o ebook em arquivo PDF. Observação: o texto está em inglês.

Livro: Belzec, Sobibor, Treblinka (Negação do Holocausto e Operação Reinhard). Uma crítica às falsificações de Mattogno, Graf e Kues.

Um documento de Holocaust Controversies, 1ª edição, dezembro de 2011: http://holocaustcontroversies.blogspot.com

© 2011 Jonathan Harrison, Roberto Muehlenkamp, Jason Myers, Sergey Romanov, Nicholas Terry

Nota: Este trabalho pode ser distribuído eletronicamente de forma gratuita como PDF ou reproduzido em websites, mas os direitos dos autores são reservados. Por favor, dê os créditos do texto ao ‘Holocaust Controversies’. Reprodução para fins comerciais é proibida.

Dedicado a Harry Mazal (1937-2011)

NOTA: a versão definitiva desta crítica está em formato PDF. O ebook pode ser baixado em:  
Google Docs  |  Rapidshare  | Archive.org
A versão do blog deve ser considerada como uma versão preliminar.
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sábado, 29 de outubro de 2011

A "técnica" do negacionista Faurisson de "revisar" a História do Holocausto - parte 2

Em mais um texto ridículo, o 'guru' "revisionista" francês Robert Faurisson, tentando aliviar a barra do fascista Le Pen, seu compatriota, e suas declarações negacionistas na França sobre o Holocausto anos atrás, demonstra como elabora seu "método" de "revisar" a História: ele cata 'supostos' furos em livros e acusa que a não citação de câmaras de gás no Holocausto ou mesmo do próprio genocídio, por uma personalidade, equivale a uma 'admissão' de que as mesmas não existiram.

Sobre o historiador francês René Rémond, a alegação de Faurisson (ver aqui):
No terceiro volume de sua Introdução à história de nossos tempos (Introduction à l'histoire de notre temps), René Rémond, que foi então presidente da comissão sobre história da deportação dentro do Comitê de História da Segunda Guerra Mundial (Comité d'histoire de la Deuxième Guerre mondiale), não fez qualquer tipo de menção a estas câmaras de gás (Le XXe siècle de 1914 à nos jours ["The 20th Century from 1914 to the Present"], Le Seuil, 1974). Catorze anos depois, quando ele havia tornado presidente do Instituto de História Contemporânea (Institut d'histoire du temps présent), uma vez mais ele não fez nenhuma menção delas em um trabalho de 1013 páginas entitulado Notre Siècle de 1916 à 1988 ("Nosso século de 1916 a 1988"*," Paris: Fayard, 1988).[1]
Pois bem, que tal o próprio citado(o historiador René Rémond) falando sobre as declarações de Le Pen sobre câmaras de gás, em vídeo, numa entrevista dada a um jornal?

Link do vídeo: ina.fr René Rémond

Resumo do vídeo: Plateau René Rémond (15/09/1987 - 03min20s)
Convidado do jornal, o historiador René Rémond, fala sobre as palavras de Jean-Marie Le Pen no "Grande Júri RTL-Le Monde", considerando as câmaras de gás como um "detalhe técnico". René Rémond considera, por sua vez, que as palavras de Le Pen e dos próprios fascistas banalizam o que aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial: "Negar a verdade do genocídio. O que é chocante é que para ele (JM Le Pen) é apenas um detalhe." René Rémond diz que no campo revisionista não há historiadores, mas sim polemistas. "Le Pen se encaixa no campo dos revisionistas." Respondendo à "gafe" de Le Pen: "Le Pen tenta tranquilizá-los. Acho que é um relaxamento de sua vigilância, lapso, gafe." René Rémond explica o impacto sobre o primeiro turno das eleições presidenciais e seu impacto entre o primeiro e segundo turno.[2]

O "método Faurisson" de "revisar" História (que é um método comum e praticado por todos os "revisionistas") é tão bisonho que chega a ser constrangedor saber que há gente que dá crédito às cretinices de sites de extrema-direita na internet que negam o genocídio da segunda guerra com distorções e manipulações.

*Observação: no texto original no site do IHR consta no título em francês "Notre Siècle de 1918 à 1988", só que na tradução para o inglês o título aparece assim "Our Century from 1916 to 1988". Um pequeno erro de digitação, que não mereceria nem sequer uma observação exceto que por pura implicância mesmo já que os "revisionistas" adoram se "amarrar" em "erros" deste tipo.

Notas

[1] Texto "The Detail", Robert Faurisson. Texto alojado no site do IHR sobre o historiador René Rémond.
[2] Entrevista de René Remond a um telejornal francês. Vídeo alojado no site ina.fr datado de 1987.

Pra quem não viu a parte 1, confiram-na no link.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

"Revisionismo"(negação do Holocausto): Não ignorar, e sim esclarecer!

Não ignorar, e sim esclarecer!

O impacto causado pelos revisionistas é difícil de se avaliar e certamente não pode ser medido. Entretanto, uma coisa fica clara quando nos ocupamos mais de perto desses autores. Seus objetivos não são genuinamente histórico-científícos, como querer saber e averiguar o que realmente ocorreu. Seus objetivos são políticos, porque eles querem provar que não foi assim.

Através do questionamento, da negação, da colocação em dúvida, eles querem reabilitar Hitler e o nacional-socialismo. Ou seja, o que eles querem é a volta do totalitarismo. Porque se Auschwitz não foi assim como acreditamos que foi, o que restaria então da condenação do nazismo, da culpa da Alemanha, da autocompreensão da democracia depois da guerra? Tudo isto teria sido construído sobre areia e a História teria que ser fundamentalmente rescrita e revisada. Por isso, eles se chamam, coerentemente, de revisionistas. O que eles querem é causar insegurança e - é o que supomos - é o que eles fazem.

As alegações dos revisionistas também não podem ser recusadas apressadamente, porque se desconsiderarmos, por um momento, o conteúdo do que eles defendem, veremos que eles utilizam uma certa metodologia e o grau com que eles o fazem deve ser examinado com rigor. Pode-se dizer que tais métodos, cuja aplicação é preciso analisar caso a caso obviamente, possuem níveis de eficácia, à primeira vista. Isto porque o questionamento, a dúvida, a objeção racional, a exigência de documentações inequívocas de fatos e de testemunhos parecem depor em seu favor. Qual é o cientista que, em princípio, não gosta de ouvir este tipo de linguagem?

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Os revisionistas também se fazem passar por perseguidos pelos meios de comunicação cooptados e manipulados pelos "políticos". Eles gostam de referir-se a si próprios como pessoas cuja voz estaria sendo silenciada, como mártires da verdade e do direito, paladinos do preceito jurídico que diz "que seja ouvida também a outra parte". Provavelmente o impacto causado por esses autores é considerável. Assim, é preciso fazer frente a eles e isto deve ser feito com argumentos. O que ocorre é que não se pode fazer frente às pessoas que negam a existência de câmaras de gás e do extermínio em massa, ignorando-os ou simplesmente manifestando indignação.

Faz-se necessário um esclarecimento dos fatos ocorridos nos campos de extermínio. Em muitos casos, coisas que já foram há muito tempo esclarecidas, devem ser mais uma vez tornadas acessíveis à opinião pública. Na conclusão de Denying the Holocaust, Deborah Lipstadt afirma:

Antigamente eu era uma defensora declarada da atitude de ignorar. Quando comecei a trabalhar neste livro, o que me perseguiu foi antes o temor de que eu iria consolidar a credibilidade dos revisionistas, se eu me ocupasse com as fantasias que eles produzem. Entretanto, depois de ter me aprofundado nas maquinações dessas pessoas, estou convicta de que a mera desconsideração não representa uma alternativa. A época na qual se poderia esperar que eles se dissipariam por si mesmos como poeira já passou. Muitos de meus alunos já me dirigiram as seguintes perguntas: de onde nós sabemos que houve realmente câmaras de gás? Os diários de Anne Frank são uma invenção? Existem documentos dos quais se pode concluir que os nazistas planejaram o extermínio dos judeus? Alguns desses alunos sabem que perguntas deste tipo são colocadas em circulação pelas pessoas que negam o Holocausto. Outros, porém, não estão conscientes disto. Eles ouviram tais objeções em algum lugar e se sentem inseguros. (Lipstadt, 1994: 453)
Dificilmente teremos condições de discutir com os próprios defensores da negação, dado o ponto ao qual eles chegaram, enterrando a si próprios numa atitude de isolamento e encapsulamento. Tendo em vista essa atitude, pouco temos a dizer aos revisionistas; e, certamente, pelas razões que já expus, pouco ou quase nada eles têm a dizer-nos, pesquisadores do tema do Holocausto e do nacional-socialismo.

Entretanto, visto que a dúvida e a insegurança são disseminadas pelas perguntas que eles formulam, mesmo que tais perguntas não sejam reconhecidas, faz-se necessário, no contexto da formação política e histórica, acionar uma argumentação clara em contraposição a esses defensores da negação.

É perfeitamente concebível que, no futuro, os neonazistas venham a escolher outros campos para o seu trabalho de agitação. As sentenças emitidas pelos tribunais por causa da negação de Auschwitz, têm-lhes infringido penas de prisão consideráveis. Por isso, é de se esperar que, num futuro breve, o fantasma da mentira da culpa pela guerra, segundo o qual a II Guerra Mundial teria sido imposta ao Reich alemão pelos aliados ou por Stalin, venha a ser reabilitado. Publicações que apontam nessa direção já estão disponíveis no mercado. (19)

Embora essa tese seja, a partir das fontes, aparentemente mais simples de ser defendida, também nesse caso, temos a obrigação de refutar tal tolice, caso a mesma venha a obter alguma repercussão junto ao público; e devemos fazê-lo, sempre com base em argumentos.

Texto destacado e selecionado por Leo Gott (25/06/07)

Fonte: Neonazismo, negacionismo e extremismo político (Livro)
(Coord. Luis Milman e Paulo Fagundes Vizentini)
http://www.derechos.org/nizkor/brazil/libros/neonazis/cap8.html
Texto completo de: Díetfrid Krause-Vilmar
Universidade de Kassel, Alemanha

sábado, 26 de março de 2011

O problema Wiesel e os "revisionistas" - parte 1

O problema sobre o livro do Wiesel A Noite, veio à tona numa discussão com "revis", só que colocarei só o link do IHR, que é de onde eles copiam o texto pra blogs e depois traduzem sem dar o devido "crédito" aos gurus do movimento. É incrível como eles conseguem inclusive passar a perna nos gurus do bando.

De fato, o livro do Wiesel é problemático, e chamar de "problemático" é pra pegar leve nos adjetivos, pois a expressão correta seria: o livro é muito ruim. Esse livro é literalmente "alegria" pra "revisionistas".

Por isso que chega a ser impressionante que, mesmo com um livro ruim em mãos, os "revis" conseguem a proeza de distorcer em cima do que consta no livro quando seria fácil demonstrar o quanto o livro é ruim e tendo trechos escritos em uma linguagem metafórica que em nada ajuda no rigor histórico de uma narrativa.

Numa das alegações que eles fazem, ou mais precisamente o Robert Faurisson ("revi" francês e um dos gurus proeminentes do bando) faz neste texto do IHR, é mencionar que o Wiesel não citou nada sobre câmaras de gás ou gaseamentos no livro "A Noite". Trecho:
Elie Wiesel passes for one of the most celebrated eyewitnesses to the alleged Holocaust. Yet in his supposedly autobiographical book Night, he makes no mention of gas chambers. He claims instead to have witnessed Jews being burned alive, a story now dismissed by all historians. Wiesel gives credence to the most absurd stories of other "eyewitnesses."[1]
Tradução:
Elie Wiesel passa por uma das mais celebradas testemunhas oculares do alegado Holocausto. Entretanto, em seu livro supostamente autobiográfico "A Noite", ele não faz nenhuma menção a câmaras de gás. Ele afirma que ao invés disso, ele testemunhou que judeus foram queimados vivos, uma história agora rejeitada por todos historiadores. Wiesel dá credibilidade às mais absurdas histórias de outras "testemunhas".
Vistoriando o livro A Noite, ao contrário do que o Faurisson alegou, encontra-se um trecho em que o Wiesel cita gaseamentos, num "diálogo em voz alta" de Wiesel questionando Deus(um trecho pra ser entendido como uma forma de questionamento a uma entidade divina onde envolvem questionamentos de ordem espiritual dele, Wiesel):

The melody choked in his throat. And I, mystic that I bad been, I thought: Yes, man is very strong, greater than God. When You were deceived by Adam and Eve, You drove them out of Paradise. When Noah's generation displeased You, You Brought down the Flood. When Sodom no longer found favor in Your eyes, You made the sky rain down fire and sulfur. But these men here, whom You have betrayed, whom You have allowed to be tortured, butchered, gassed, burned, what do they do? They pray before You! [2]
Tradução:

A melodia sufocada em sua garganta. E eu, místico que mal havia sido, pensei: Sim, o homem é muito forte, maior que Deus. Quando você foi enganado por Adão e Eva, Você os expulsou do Paraíso. Quando a geração de Noé desagradou Você, Você trouxe o Dilúvio. Quando Sodoma não agradou mais seus olhos, Você fez o céu chover fogo e enxofre. Mas estes homens aqui, a quem Você traiu, os quais Você permitiu que fossem torturados, gaseados, queimados, o que eles faziram? Eles oram antes para Você!
O Wiesel na queixa que faz a Deus sobre as desgraças do campo de concentração, cita que pessoas estão sendo "torturadas, gaseadas, queimadas".

Ou seja, pra citar que pessoas estavam sendo gaseadas, ao contrário do que o Faurisson alega no texto porco que escreveu e que as groupies do movimento revinazi repetem, o Wiesel ouviu sim falar em gaseamentos. E sendo redundante novamente, as pessoas eram gaseadas em câmaras de gás.

O livro foi reeditado em 2006, a edição usada acima é a nova, mas eu verifiquei em uma versão anterior do livro o trecho acima pra ver se houve alguma alteração e se encontra igual.

Esta é a primeira parte da série, aguardem que vem mais.

Notas

[1] "A Prominent False Witness: Elie Wiesel", texto do "revisionista" francês Robert Faurisson no site do IHR.
[2] "Night", Elie Wiesel, edição de 2006, versão digital, página 68, em inglês.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Bispo negacionista será defendido por advogado ligado a neonazistas

Mulher segura laptop com vídeo de
bispo Richard Williamson no
tribunal de Regensburg, sudeste
da Alemanha, em abril
BERLIM — O bispo negacionista Richard Williamson, condenado por "incitação ao ódio racial", será defendido numa corte de apelação por advogado próximo a grupos neonazistas, informou nesta segunda-feira o tribunal de Regensburgo (sul da Alemanha) - fato que poderá valer sua expulsão da comunidade religiosa.

O movimento fundamentalista Fraternidade São Pio X, do qual Williamson é membro, ameaçou exclui-lo se não renunciar aos serviços do profissional, relacionado ao movimento neonazista alemão.

A justiça de Regensburgo confirmou que Wolfram Nahrath defenderá o bispo na próxima segunda-feira.

Se mudar de advogado, o processo poderá ser adiado para fevereiro ou março de 2011, disse à AFP um porta-voz do tribunal.

Wolfram Nahrath é membro del partido de extrema-direita NPD. Fez parte de associações como Heimattreue Deutsche Jugend (a juventude patriótica alemã), proibida em março de 2009.

A Fraternidade manifestou descontentamento com o bispo em comunicado publicado no site de sua seção alemã.

O superior general Bernard Fellay "pediu com insistência" ao bispo Richard Williamson que não mantivesse "um advogado com um tal passado", para não "se deixar instrumentalizar por teses políticas".

Caso contrário, "se exporá à exclusão da Fraternidade de São Pio X", conclui o comunicado.

O prelado britânico, de 70 anos, destacou em entrevista realizada na Alemanha e divulgada pela televisão sueca em janeiro de 2009 que "entre 200.000 e 300.000 judeus morreram nos campos de concentração, mas nenhum em câmaras de gás" - negando a morte de seis milhões de judeus pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Williamson rejeitou pagar multa de 12.000 euros, proposta pelo tribunal de Regensburgo para evitar o processo.

Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5gOH-M4vdoHYbMuUv7Xy7ROAqvgEQ?docId=CNG.20932c33839fe30f97fbd6c4c8ac83dd.a71

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Relato do SS Kurt Gerstein - Campo de extermínio de Belzec

Kurt Gerstein, oficial alemão** da SS da seção de 'serviço sanitário', escreveu estas linhas em seu diário, sobre o campo de extermínio de Belzec, antes de seu suicídio em 1945:
"Logo a seguir começa a marcha. À frente uma mocinha muito bonita; Caminham ao longo da avenida, completamente nus, os homens, as mulheres, as crianças. Estou junto do capitão Wirth, responsável pela organização do extermínio na escada exterior de um só lance que há entre as câmaras.

As mães - que apertam nos braços seus bebês - sobem, hesitam, entram nas câmaras da morte. À esquina um corpulento SS, com voz sonora e afável, diz àqueles desgraçados 'nada vai acontecer de mau! Basta respirar fundo nas câmaras; Isto fortalece os pulmões e é um meio preventivo contra as doenças e epidemias'.

Aos que indagam sobre o destino que os espera, responde: 'Evidentemente os homens terão de trabalhar, construir casas e ruas. As mulheres tratarão da casa e da cozinha'. Isto representava a última esperança, capaz de os fazer caminhar sem resistência até as câmaras da morte. A maioria porém conhece a sua sorte, pois o cheiro dominante é bastante eloquente. Sobem uma pequena escada e abrangem tudo num último olhar: As mães com seus filhos apertados contra o peito, crianças de tenra idade, velhos, homens, mulheres, totalmente nus; Vacilam, mas entram empurrados pelos que vêm atrás, ou pelas vergastadas dos SS, a maioria sem dizer uma palavra. Uma judia com cerca de 40 anos, de olhos ardentes, amaldiçoa os assassinos: 'Que o nosso sangue caia sobre vocês!' E, tendo recebido 5 ou 6 chicotadas no rosto, dadas pelo próprio capitão Wirth, desaparece na câmara de gás.

Muitos rezam, e eu rezo com eles. Vou para um recanto e oro ao meu Deus que é também o Deus deles. Queria entrar ao seu lado nas câmaras de gás. Quanto teria gostado de morrer da mesma morte! Se houvessem encontrado então nas câmaras de gás um oficial SS de uniforme, julgariam tratar-se de um acidente não voltariam a falar no caso. Mas não devo fazê-lo. Primeiro tenho que denunciar o que vi aqui. As câmaras lotam. 'Encher bem!', ordenara Wirth. As pessoas estão de tal modo apertadas que pisam os pés uma das outras. Há 700, 800 pessoas em 25m² e 45 m². Os SS os colocam como numa prensa, tal como folhas de um livro. As portas são fechadas. Enquanto isso, os outros estão do lado de fora à espera, completamente nus, no inverno ou no verão. 'Estão aqui para morrer', diz um SS.

Compreendo então a inscrição que vi na entrada: 'Fundação Heckenholt'. Heckenholt é o encarregado do Diesel, um dos 3 ou 4 técnicos encarregados que construíram a instalação. São os gases de escape do diesel que matam aqueles infelizes. O diesel põe-se em movimento e até estes instantes todos permaneciam vivos: 4 vezes 750 homens em 4 vezes 45 m³. Decorreram mais 25 minutos. Agora muitos já morreram. Pode-se ver pela vigia: Uma lâmpada elétrica ilumina por momentos o interior da câmara. Passados 28 minutos, poucos restam com vida. 32 minutos: todos morreram.

Do lado de fora os homens do Kommando de trabalhadores abrem as portas de madeira. Como colunas de basalto, os homens ainda estão de pé nas câmaras, sem o menor espaço para cair ou dobrarem-se sobre si próprios.

A morte não separou os que pertencem às mesmas famílias, pois estão de mãos dadas. Custa muito a separá-los quando as câmaras são esvaziadas para o próximo carregamento. Despejam-se os corpos úmidos de suor e urina, as pernas cobertas de fezes. Atiram-se pelo ar os cadáveres das crianças. Não há tempo a perder. Duas dezenas de dentistas revistam as bocas com ganchos. Ouro à esquerda; não há ouro, à direita. Outros dentistas, com a ajuda de pinças e martelos, arrancam as peças de ouro e as coroas.

Entre eles, vai e vêm o capitão Wirth. Está no seu elemento. Procura-se nos cadáveres o ouro, os diamantes e as joias. Wirth chama: 'Veja o peso desta lata cheia de dentes de ouro. São os despojos de ontem e anteontem'. Numa linguagem incrivelmente cínica, diz-me: 'Não pode imaginar a quantidade de ouro, diamante e dólares que encontramos todos os dias! Vá ver com seus próprios olhos!' Wirth é capitão do exército imperial austríaco, cavaleiro da cruz de ferro, e tem agora a seu cargo o campo de kommandos dos trabalhadores judeus.

Nem em Belzec nem em Treblinka pessoa alguma se incomodou em contar ou em fazer o registro dos mortos. Os números eram calculados por aproximação, segundo o conteúdo dos vagões. O capitão Wirth rogou-me que não propusesse em Berlim, nenhuma modificação nas instalações que dirigia visto haverem provado sua eficácia.

No dia seguinte, 19/08/1942, partimos no carro do capitão Wirth para Treblinka, a 120 km de Varsóvia. As instalações eram mais ou menos as mesmas, porém muito maior que em Belzec. 8 câmaras de gás e montanhas de malas e roupas.

Ofereceram um banquete em nossa honra, ao velho estilo alemão, tão típico de Himmler. A comida foi simples, mas abundante. Himmler ordenara que se entregasse aos homens do kommando todas as bebidas alcoólicas, a carne e a manteiga que desejassem."
Mais sobre Christian Wirth:
"Ele era um homem alto de ombros largos, quarentão com uma face vulgar. Ele nasceu um criminoso, a besta extrema". Rudolf Reder - sobrevivente de Belzec.

"Wirth era mais que brutal. Em minha opinião, sua brutalidade era baseada mais em sua natureza humana do que em sua mentalidade política. Ele gritou, ofendeu e nos destratou, e bateu em membros da guarnição alemã no rosto. Não havia ninguém em Belzec que não tivesse medo de Wirth". Werner Dubois - Guarda SS em Belzec
**No texto postado na comunidade consta que o oficial era holandês, sendo que ele era alemão. O texto no blog já foi reproduzido com as correções feitas.

Fonte: Grande Crônica da Segunda Guerra Mundial - 3 volumes(Subtítulo: De Munique a Pearl Harbor, Stalingrado e Hiroxima); Editores: Claude Steban, Anka Muhlstein; Seleções do Reader's Digest
Título: "O Testamento de um SS"; Autor: Kurt Gerstein
Créditos: Antonio Freire
Obs: Trecho do relato reproduzido na comunidade Holocausto x "Revisionismo" em 2006.

Ver também:
Kurt Gerstein - Parte 1 - Um alemão como tanto outros: O peso de uma tradição (Blog avidanofront)

sábado, 29 de agosto de 2009

Shlomo Venezia relembra as memórias de prisioneiro no Holocausto no livro "Sonderkommando"

Shlomo Venezia relembra as memórias de prisioneiro no Holocausto no livro "Sonderkommando"

"Na luta contra o esquecimento, o judeu Shlomo Venezia - hoje com 84 anos - lembra-se dos comboios da morte, das regras dos campos de concentração, mas sobretudo, dos trabalhos nas câmaras de gás. Recentemente esteve em Portugal para apresentar o livro "Sonderkommando", que significa Comando Especial. O jornalista José Manuel Rosendo, esteve à conversa com o autor sobre esta obra que retrata um episódio negro da História."



Escutar o áudio da entrevista abaixo, narrador comenta em português, Shlomo Venezia comenta em espanhol.



Pra quem quiser acessar diretamente na página: site da RTP

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Respostas Técnicas e Históricas às declarações do Bispo Richard Williamson a Respeito do Holocausto - Parte 3

Bispo Williamson: Porque o gás cianeto é muito perigoso...se você...vamos supor que você colocou gás em uma câmara de gás lotada com 300 pessoas, e que eles, eles estão todos vestindo roupas, por exemplo, se eles estão vestidos com roupas é muito perigoso ir para retirar os corpos, porque um pouco de gás está preso na roupa e isso irá matar a pessoa. Ele é extremamente perigoso. Para...uma vez que você gaseou pessoas você tem que se livrar de...para evacuar o gás para poder entrar na câmara e usá-la.

Análise: É uma surpresa que um graduado pela Universidade de Cambridge na Grã-Bretanha seja tão desinformado sobre a Lei dos Gases. Para entrarem nesta prestigiada universidade, os alunos precisam ter uma pontuação elevada Nível-A nos exames. Este lugar tem uma grande importância sobre, entre outras coisas, os conhecimentos de química, física, matemática e história. Presumivelmente o Bispo Williamson tem pelo menos um nível-O de conhecimento nestes assuntos.

Embora seja verdade que o cianeto de hidrogênio (HCN) é um gás altamente venenoso. Também é verdade que segue todas as leis da física relativas aos gases. Cianeto de hidrogênio tem um peso molecular muito baixo (27.02), uma elevada pressão de vapor de 630mm Hg a 20o C, e uma baixa densidade de .90 (ou seja, mais leve que o ar). De acordo com a leis dos gases, ele dispersa quase que instantaneamente quando liberado em local fechado. A concentração será uniforme em todos os sentidos de qualquer espaço onde ele é liberado dentro de segundos. Roupas são porosas ao gás. Segundo a Lei de Difusão de Graham (ou efusão):

Gases sem nenhuma mudança de pressão, tanto em difusão quanto em todas as direções à partir de uma concentração inicial, espalham-se através de pequenos orifícios circulares em mistura a uma taxa que é inversamente proporcional à raiz quadrada da fórmula de peso das partículas de gás.


Foi simplesmente citado que a concentração de HCN seria exatamente a mesma, no espaço vazio ou espaço fechado, como seria nas roupas (se é que foram vestindo roupas) dos pobres coitados que estavam dentro daquele espaço. Os pequenos orifícios no tecido (espaços entre o material dos tecidos) asseguram que a concentração dentro ou fora dos tecidos seja exatamente a mesma. Isso significa que se o nível de gás nas câmaras de gás foi suficientemente seguro para as pessoas que entravam para remover os corpos, qualquer que seja “o gás que estivesse preso nas roupas”, também seria suficiente seguro. No caso dos crematórios 2 e 3, as câmaras de gás eram equipadas com poderosos sistemas de ventilação a fim de reduzir a concentração de gás no interior da câmara (e nas roupas) para garantir um nível seguro dentro de meia hora. Os crematórios 4 e 5 estavam acima do solo. Bastava abrir as portas das câmaras de gás para permitir que o gás dispersasse na atmosfera a uma taxa muito alta:

Em suas memórias Hoess disse que as portas das câmaras de gás, presumivelmente para os industrialmente eficazes Kremas II a V de Birkenau, poderiam ser abertas cerca de meia hora depois que o processo de ventilação tinha terminado. Um artigo de Richard Green e Jamie McCarthy apresenta um modelo matemático de dissipação do gás depois da ventilação, sendo consistente com as declarações de Hoess.

http://www.holocaust-history.org/auschwitz/chemistry/not-the-science/

Tudo acima é discutível, naturalmente, uma vez que todas as descrições do processo de assassinato em Auschwitz-Birkenau (e em outros centros de assassinato empregando gás venenoso) descrevem que as roupas das vítimas eram removidas antes delas entrarem nas câmaras de gás, algo que o “especialista” Leuchter parece não ter encontrado.

Bispo Williamson: Para evacuar o gás é necessário uma grande chaminé, se a chaminé é muito baixa, o gás vai para o passeio e mata quem estiver caminhando por ele. Você precisa de uma chaminé grande. Eu esqueci quão alto ele diz que deve ser. Se você...se existiu uma chaminé alta, então a sombra...na maior parte do dia...a sombra iria direcionar ao chão e os fotógrafos aéreos aliados que sobrevoarm ao longo dos campos teriam pego a sombra desta chaminé. Nunca teve qualquer sombra dessas. Nunca teve tal chaminé; que, de acordo com o testemunho de Fred Leuchter, não poderia ter tido câmaras de gás.

Análise: Não era necessário qualquer chaminé, alta ou baixa, para dissipar HCN à partir da câmara de gás. Conforme a Lei dos Gases mencionada acima, qualquer gás tipo HCN liberado na atmosfera iria dissipar imediatamente e de maneira uniforme, tornando parte da atmosfera terrestre. Essa qualidade intríseca do gás explica que a cada vez que tem uma lufada de ar fresco, é respirada uma minúscula porção a cada respiração, isso para qualquer pessoa (ou animal) que já foi vivo. E, de fato, o mesmo ocorre com qualquer outro gás foi uniformemente disseminado na atmosfera desde a criação da Terra.

Se isso fosse verdade – o que decididamente não é – quando o HCN é liberado para a atmosfera “o gás vai para o passeio e mata quem estiver caminhando por ele”, então o mesmo seria válido para quase todos os gases venenosos. Homens, mulheres e crianças (incluindo o Bispo) iriam cair como moscas simplesmente por caminhar ao lado de uma estrada com veículos automotores que produzem abundantes quantidades do gás monóxido de carbono. Não há relatos na literatura científica mostrando que o monóxido de carbono foi “para o passeio e matou qualquer um que estava andando”, e nem que qualquer veículo do mundo tenha “altas chaminés” ligadas aos canos de descarga. Ainda, a gasolina utilizada nos motores dos veículos produz monóxido de carbono aos montes, e coincidentemente tem muitas características semelhantes às do HCN. Produção de gás mortal ocorre a toda hora e em qualquer parte da Terra.

Monóxido de carbono (CO), tem peso molecular de 28.01, HCN de 27.03; ambos os gases são mais leves que o ar: CO=0,976; HCN=0,90; ambos os gases são extremamente tóxicos para os seres humanos. Como que qualquer gás flutua até o passeio e mata “qualquer pessoa (que) passeia por ele”, o Bispo Williamson (e naturalmente o Sr.Leuchter) fariam muito bem em ler um simples tutorial sobre o comportamento dos gases.

Talvez Leuchter e o Bispo Williamson estão confundindo as características físicas do HCN com os de um produto conhecido como “gás mostarda”. Para que conste, o gás mostarda não é na realidade um gás, mas um líquido denso e oleoso:

Gás mostarda é um líquido oleoso de cor âmbar claro, com um ligeiro odor de mostarda/alho. Não é propriamente combustível. Seus vapores são mais pesados que o ar, são muito tóxicos, e podem ser absorvidos através da pele. Os efeitos da exposição ao material incluem cegueira que pode ser demorada. A exposição prolongada do recipiente ao fogo ou calor intenso pode causar uma violenta ruptura e explodir. Gás mostarda também é conhecido como dichlorodiethyl sulfide
[ou iperita].

National Oceanic and Atmospheric Administration


Embora o gás mostarda possa parecer um “gás” ele não é regido pelas Leis dos Gases. In use it is a finely dispersed heavier-than-air liquid. Como todos os aerossóis é afetado pela gravidade (que não é gás) e tende a cair lentamente na terra. Evapora a 215,5o C, e é dispersado como um nevoeiro. J. Bebie, Manual of Explosives, Military Pyrotechnics and Chemical Warfare Agents (Boulder, CO: Paladin Press, 1942)

HCN foi de cerca de 1870 até o advento do DDT e Warfarin, a forma mais eficaz e barata para fumigar e matar insetos nocivos, ratos e outras pragas. HCN foi – e continua a ser – usado em armazéns, porões de navio, pomares, casas e etc, nenhum destes com altas chaminés para se livrar do gás. Algumas precauções simples, que ainda serão discutidas neste trabalho, asseguram que os operadores desse processo não ficavam em risco. http://www.chemtutor.com/gases.htm

Bispo Williamson: Ele olha para a porta e diz: “A porta tem que ser absolutamente hermética”, senão o gás escapa e mata as pessoas que estão lá fora. As portas de câmara de gás que são mostradas aos turistas em Auschwitz não absolutamente herméticas. Absolutamente.

Análise: “Absolutamente”? O Bispo está se referindo à câmara de gás do campo principal de Auschwitz. Esta construção é conhecida como Crematório I (Krema I), que foi adaptado pelo exército polonês como bunker. O primeiro grande gaseamento de judeus com Zyklon-B – um nome comercial para o HCN – aconteceu neste bunker. Quando as instalações de gaseamento e cremação ficaram disponíveis em Birkenau, a câmara de gás e o crematório foram desmantelados, juntamente com uma grande chaminé usada como escapamento de gases em combustão, não HCN, que era anexa ao crematório. Os buracos, que eram introduzidos os grânulos de Zyklon-B contendo o gás venenoso foram fechados, e a construção foi convertida em uma espécie de abrigo anti-bomba. Uma nova porta de entrada à prova de gás foi colocada na parede da câmara de gás. O teto da ex-câmara de gás foi utilizado pelos SS para atividades sociais, como bailes e jantares. A decisão de mudar as atividades homicidas de Birkenau foi em parte porque a câmara de gás original estava localizada no campo principal de Auschwitz, e poderia ser facilmente observada pelos detentos do campo.

O exército soviético libertou Auschwitz em Janeiro de 1945 e mostraram como a câmara de gás era utilizada. Alguns anos mais tarde, quando as autoridades decidiram transformar Auschwitz e Birkenau em memorial aos mortos, realizaram a reconstrução da câmara de gás de Auschwitz, os fornos crematórios e a grande chaminé. Na reconstrução da câmara de gás a porta da ex-câmara de gás abria para o exterior (referido anteriormente) foi mantida para permitir aos visitantes entrar e sair. É esta a porta que o Bispo Williamson e Leuchter estão se referindo. Agora foi incorporado à porta uma vidraça, permitindo que a luz entre na câmara de gás e para que as pessoas não se chocassem ao entrar e sair. A questão da vedação da porta da câmara de gás que para ele tem que ser “absolutamente hermética” é uma frívola peça de ficção promovida por Leuchter. Embora essas portas que foram construídas possam ser encontradas em Birkenau, métodos muito mais simples foram empregados em Birkenau e até mesmo em impermeabilização de edifícios, porões de navio, casas particulares, pomares onde o HCN foi utilizado como fumigante. Uma vez que o HCN é um gás excepcionalmente venenoso, possa aparecer a surpresa de que ele tenha sido usado livremente por profissionais e donas de casa muito antes, e na verdade, na Segunda Guerra Mundial, com a finalidade de destruir insetos, roedores e outros animais nocivos. Alguns exemplos abaixo:

De: Fumigation Methods, Willis G. Johnson, Orange Judd Company, 1902, P.8

Em 1898 eu fui o primeiro a sugerir a utilização do gás HCN como remédio para a destruição de insetos em moinhos, elevadores e armazéns. O sistema tem sido aperfeiçoado sob a minha direção, e está agora em uso geral, neste e em outros países. Em 1900 eu demonstrei que o gás poderia ser usado em edifícios com perfeito sucesso e segurança, mesmo em distritos densamente povoados de uma cidade, quando adequadamente tratado, para a destruição de certas pragas, incluindo ratos e camundongos. A fumigação de ruas e ferrovias para destruir percevejos e outros animais nocivos é normalmente praticada em muitos lugares.O gás também é empregado para livras casas de pragas indesejáveis, mas em tais casos, deve ser manuseado com muito cuidado.


De Henley’s Formulas for Home and Workshop (PP.419-420): Originalmente publicado como Henley’s Twentieth Century Formulas, Recipes and Process © 1907

O uso de Cianeto de Hidrogênio para Exterminar Insetos Domésticos. As recentes bem sucedidas aplicações de HCN para o extermínio de insetos que infectavam estufas de plantas têm sugerido a utilização do mesmo remédio para pragas domésticas. Hoje é fato estabelecido que 1 ½ grão de 98% de cianeto de potássio puro em espaço de um pé cúbico, se permitido permanecer por um período não inferior a 3 horas, mata todas as baratas e insetos similares.

[...]

Os materiais utilizados e o método de procedimento são os seguintes... uma vasilha de vidro ou vaso de cerâmica (não metálicos) de 2 a 4 galões de capacidade, para cada 5.000 metros cúbicos de espaço a ser fumigado.[...] Distribua os potes de acordo com o espaço, e amarre cada ponta do pote com uma corda para um ponto comum perto da saída da porta...apoiar o cabo acima do pote através da parte de trás de uma cadeira...em tal posição que, quando a carga de cianeto de potássio for segura, irá pendurar diretamente sobre o centro do pote...Próxima consideração...cerca de 17 onças de 98% de cianeto de potássio puro...enrolar e colocar em uma sacola de papel até o final do cabo sobre o pote...coloque um pouco mais de ¼ de água [no pote] e...adicione 1 ½ quartilho de ácido sulfúrico...Feche todas as aberturas por fora...de modo que possa usar pela força...para alcançar os insetos. Ver se todas as entradas estão fechadas ou protegidas para evitar a entrada de pessoas...sair do local segurando os cabos. O gás sairá em poucos minutos, e deve permanecer no local por pelo menos 3 horas.

[...]

Ao final do tempo necessário para a fumigação, as janelas e portas devem ser abertas à partir do exterior para permitir que o gás saia do local antes da entrada de alguém.

[...]

Este método será muito bem aplicado na limpeza de edifícios antigos e de navios.


Tendas usadas para a fumigação de edificações fechadas, como segue:

De: Fumigation of Citrus Trees, Farmer’s Bulletin 923, Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, Março de 1918

Em fevereiro de 1906, uma série de experimentos de fumigação foi iniciado para testar a difusão de HCN em casas, com o objetivo de determinar a rapidez com que este gás se difunde, tanto em casas vazias como em caixas...

A capa foi dobrada até o final e foi aberta usando uma corda e uma roldana no outro extremo. Foram fechadas com tiras de feltro...The Ohio Naturalist [Vol, VII, No. 5]




A fumigação de edificações com HCN para a destruição de pragas é uma das mais importantes no campo de controle de insetos. Nenhum outro gás conhecido destrói tão rapidamente a vida de insetos, ao mesmo tempo, tem uma vasta gama de utilidade. O seu primeiro uso como inseticida foi em 1886 pelo falecido D.W. Coquillett, um agente deste departamento, para controlar certos insetos em árvores cítricas na Califórnia.



Material para as tendas devem ser de fios dos mais apertados quanto possível, comparativamente leves, e de resistência suficiente para prevenir de chuva quando as árvores estiverem sendo molhadas. Tendas de corpos pesados não são apenas difíceis de se manipular mas elas quebram os compartimentos, amassam frutas, e, além disso, não se encaixarão tão perto do chão ao redor das árvores, e assim permitirão a escapada rápida do gás. Os materiais agora de uso mais comum para barracas de lona são os de 6-onças e 7-onças de perfuração especial, de 8-onças com dupla-haste, e 7-onças e 8-onças de haste especial de tenda militar. Uma especial, próxima de tecido (entrelaçado), de 8-onças do Exército dos EUA é recomendada como superior para qualquer outra de lona para tendas de fumigação, tanto porque é forte e durável e retém o gás muito melhor que as outras cobertas com pano.

Fumigation of Citrus Trees, Farmer’s Bulletin 923,
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, Março de 1918.


Abaixo alguns excertos de:

FUMIGATION METHODS
Willis G. Johnson
©1902
Orange Judd Company, New York


Notar um bom e simples gerador de HCN, no local onde a fumigação por HCN foi realizada, e os métodos utilizados para selas as fendas e aberturas externas. Apesar destes projetos primitivos, não foi documentado nenhum incidente em que trabalhadores perderam suas vidas enquanto fumigavam porões de navio, casa particulares, quartéis, silos, carros ferroviários, estufas e etc.


(pág.115)



A sacola com cianeto é colocada na estante e o gerador em A, ao final da tábua de deslizamento, B. Esta tábua é empurrada para baixo inclinando, C, e quando a tábua exterior é puxada para baixo e mantido no mesmo local por uma porta deslizante. A estante sobre a qual está o cianeto é colocado em um pivô, como mostrado na figura. 69 em D. Projetando para cima da haste, E, formando uma armadilha. Quando a caixa for jogada por sobre a capa até à estante é que o cianeto é virado e despejado no gerador. Este dispositivo é simples e barato.


Preparações necessárias: em fumigação de moinho, elevador, depósito ou outro recinto contendo grãos armazenados ou produtos manufaturados, várias outras coisas devem ser levadas em consideração.


[...]

A edificação deve estar praticamente vedada, fechando todas as fendas e aberturas externas. Isto pode ser feito melhor colando tiras de papel comum sob as
fissuras. Atenção especial deve ser dada às janelas e portas, e elas devem ser cuidadosamente fechadas antes do gás ser produzido.

(páginas 164//)



p.164


“Os parafusos-olho devem estar firmemente fixados e somente os de boa qualidade devem ser usados. Os sacos com cianeto deve estar completamente fechados e suspensos nos potes antes do ácido e a água serem colocados neles. Um pequeno gancho para o fio, conforme mostrado na figura, pode ser usado, mas uma corda amarrada firmemente ao redor do pescoço do jarro gera menos problemas e é mais seguro. A cada saco de cianeto de três libras usar a medida de 4 ½ libras de ácido sulfúrico líquido e 6 ¾ libras de água.

Carros e navios – Não raramente carros ferroviários, automóveis e navios são infestados com vermes de vários tipos. Esses recintos podem ser facilmente fumigados com HCN, seguindo as instruções dadas agora. Na África do Sul, algumas empresas ferroviárias acharam oportuno fumigar seus vagões de passageiros para mantê-los livres de percevejos e outras pragas. Muitas vezes, navios são infestados de baratas, pulgas, percevejos e etc. O gás pode ser utilizado em tais lugares com perfeito sucesso na destruição das pragas. De qualquer forma, no recinto a ser fumigado as mesmas precauções e métodos utilizados para a manipulação e geração do gás deverão ser observadas.

Habitações e armazéns – Este gás também pode ser utilizado com perfeita segurança nas mãos de um especialista em habitações ou armazéns infestados em estas pragas comuns em domicílios. Nesses casos, porém, muito cuidado deve ser tomado no manuseio do material, e ninguém deve permanecer dentro da casa durante o período de fumigação.”

[...]



Nenhum dos exemplos citados anteriormente relata o uso de altas chaminés, portas herméticas, olho-mágico, nem nenhuma precaução extraordinária e excessivamente dramática são tomadas quando se utilizam HCN para executar criminosos. Trabalhadores que empregaram este gás venenoso nos exemplos acima são vistos de pé ao lado de tendas semi-permeáveis feitas de pano, onde a concentração do gás venenoso teve um considerável excesso do que seria sido para matar seres humanos. O gás venenoso passava constantemente através do tecido. Não há provas, nem é fisicamente possível, que o HCN teria “ido ao passeio” (ou, neste caso o solo), em vez de dispersar instantaneamente na atmosfero, que é o que os gases fazem. Isso sugere que o HCN, embora altamente venenoso, poderia ter sido facilmente, e foi utilizado com um mínimo de garantias para exterminar seres humanos, mesmo em construções muito primitivas, como aliás acontece em Birkenau.

Além do mais:

As vedações das portas das câmaras de despiolhamento originais de Birkenau, onde altíssimas concentrações de HCN foram empregadas para desinfestar roupas, eram nada mais do que simples vedações feitas de feltro comum:



As portas fechadas com tiras de feltro vedando as câmaras eram suficientes para garantir que os operadores das instalações que estavam andando e trabalhando de imediato fora destas portas não fossem prejudicados, e muito menos, mortos.

Pergunta: O que você está dizendo agora, é que o Holocausto nunca ocorreu, não da forma como os historiadores dizem...

Bispo Williamson: Eu estou dizendo...estou dizendo aquilo que julgo ser a prova histórica de acordo com pessoas que observaram e analisaram a prova, eu acredito no que eles concluíram. Eles podem mudar a sua conclusão; me sinto prazeroso em seguir as suas conclusões, porque eu penso que eles julgaram pelas evidências. Eu acho que de 200 mil a 300 mil judeus pereceram em campos de concentração nazistas, mas nenhum, nenhum deles por câmara de gás.

Análise: O Bispo Williamson está aparentemente disposto a aceitar apenas as “evidências históricas” que foram produzidas pelos negadores do Holocausto. O seu aval aos propagadores da negação não é novo. Quando o Bispo Williamson foi o reitor da Sociedade de São Pio X no seminário de São Thomás de Aquino em Winona, Minnesota ele deu uma palestra em 1989 na Igreja de Notre-Dame-de-Lourdes em Sherbrooke no Canadá, quando passeava por Quebec. Entre outras coisas ele disse o seguinte:

"Nenhum judeu foi morto em câmaras de gás. Isso é uma mentira...os judeus inventaram o Holocausto para que ajoelhássemos diante deles e aceitar o seu Estado de Israel...os governos não tocam nos judeus, mas eles perseguem Zündel que luta pela verdade”.[8] O próprio Bispo foi apologista, afirmando que “A igreja está passando momentos ruins por causa dos protestantes, dos maçons, dos comunistas, dos meios de comunicação e dos judeus...Eu não acredito que 6 milhões de judeus foram mortos (no Holocausto), é uma impossibilidade física."[9]

[8] “La GRC NE porte pás d’accusation contre l’eveque Richard Williamson,” por Linda Baril, La Presse 15 abril 1989
[9]Ibid.Um ano mais tarde, na ordenação de treze novos sacerdotes Lefebvristas em Econe, Williamson elogiou o que chamou de “bonito racismo” de Lefebvre, que estava fazendo para “criar uma nova raça de sacerdotes”. (Agência France-Press, 30 de junho de 1990)


Quando uma queixa foi apresentada contra ele sob as leis canadenses de ódio, o RCMP constatou que não havia base legal para indiciar Williamson, pois ele “não estava incitando a violência”. Ele é mesmo um apologista.

Infelizmente, o Bispo Williamson parece ter um forte ressentimento contra os judeus. Ele promoveu a negação do Holocausto hà 20 anos. Ele ofereceu amizade ao negador David Irving e defendeu Ernst Zündel, um condenado por promover ódio, comprovadamente um distorcedor da verdade e renomado negador do Holocausto. Isso sugere que o Bispo está praticando uma agenda antissemita.

Pergunta: Se isso não é antissemitismo, o que é antissemitismo?

Bispo Williamson: Antissemitismo. Se antissemitismo é ruim, é contra a verdade; se algo é verdadeiro não é ruim. Eu não estou interessado na palavra antissemitismo, a palavra é muito perigosa...

Pergunta: O Bispo chamou você de Antissemi...

Bispo Williamson: O Bispo pode me chamar de dinossauro, ele pode me chamar de idiota, ele pode me chamar do que quiser. A questão não é me apelidar. Esta é uma questão de verdade histórica. A verdade histórica passa por provas e não pela emoção.

Análise: A verdade histórica é de fato ir “por evidências e não pela emoção”. O Bispo Williamson, no entanto, não fez qualquer tentativa para analisar as evidências históricas publicadas por centenas de sérios historiadores acadêmicos ( e nem o mínimo, o mesmo é Presidente do Departamento de História de sua alma mater; testemunhas do processo de extermínio; relatórios e diários de perpetradores; evidências fotográficas; evidência física dos campos; fotografias atuais e etc. Ele dependia exclusivamente das “provas” produzidas pelos desacreditados negadores do Holocausto, cujo único objetivo comum é o de humilhar os judeus.

Enquanto ele está pesquisando fontes legitimas sobre o Holocausto, Vossa Excelência também poderia querer ler a Nostra Aetate do Concílio do Vaticano II.

Bispo Williamson: Existe certamente uma enorme exploração. A Alemanha tem pago bilhões e bilhões de Marcos Alemães e agora Euros, porque os alemães têm um complexo sobre a sua culpabilidade, que gasearam seis milhões de judeus, mas eu não acho que seis milhões de judeus foram gaseados.

Análise: Mais uma vez o Bispo Williamson emprega o literário Cavalo de Tróia para incorporar mentiras dentro de uma verdade. Ninguém nunca afirmou que seis milhões de judeus foram gaseados. Seis milhões de judeus foram mortos, muitos por gás, muitos por esquadrões da morte, muitos por enforcamento, muito por fome deliberada, muitos por doenças, mas tudo isso porque a política nazista considerava os judeus sub-humanos e dispensáveis.

Parece que nem os negadores do Holocausto ou o Bispo Williamson se incomodam que todos os judeus sob o regime nazista foram despojados de seus direitos como cidadãos; despojados de suas propriedades e dinheiro; sem cerimônias; brutalmente e sem julgamento, primeiro presos em guetos e finalmente em campos de concentração; foram submetidos a trabalho escravo; espancados; morreram de fome; tiro; gaseados; incinerados e seus ossos calcinados usados para propósitos industriais. Será que o Bispo nega que aqueles que foram roubados e vitimados pelos nazistas têm direito de exigir e receber uma justa retribuição? Ou será que ele acredita que os nazistas tinha o direito de roubar cada posse que pertencia legitimamente a milhões de pessoas e matá-los simplesmente porque eram judeus?

Se for esse o caso, o Bispo Williamson não deve falar muito de seu cristianismo.

Bispo Williamson: Agora cuidado, eu te imploro. Isto é contra a lei na Alemanha. Se houvesse um alemão aqui, alguém que é do Estado alemão, poderia ter me colocado em uma prisão, antes de ter deixado a Alemanha. Espero que esta não seja a sua intenção.

Análise: Ninguém deve negar ao Bispo Williamson o direito de se expressar livremente. O seu não é um caso normal, entretando, ele é responsável perante uma Alta Corte.



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sábado, 11 de abril de 2009

Porta da câmara de gás de Majdanek

Esta peça era parte da porta de uma câmara de gás do campo de extermínio de Majdanek, perto de Lublin, Polônia. Majdanek era tanto um campo de concentração, quanto de trabalho forçado e de extermínio. Cada câmara de gás de Majdanek era equipada com uma porta de metal, que fechava hermeticamente antes do gás ser injetado dentro da câmara. Os guardas das SS podiam observar o processo de extermínio através do olho mágico instalado na metade superior da porta. O Museu Estadunidense Memorial do Holocausto a mantém em exposição e é responsável por ela.

— Landesbildstelle Berlin

Para assistir o vídeo, entrar no link do site do museu.

Fonte: USHMM
http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/media_da.php?MediaId=100

Para ler mais, artigo completo(em inglês).

quinta-feira, 26 de março de 2009

Negacionista Le Pen impedido de presidir sessão inaugural do Parlamento Europeu

Acordo no Parlamento Europeu para impedir Le Pen de presidir a sessão inaugural
25.03.2009 - 16h07 PÚBLICO, Agências

Se for reeleito em Junho, Le Pen será o mais velho eurodeputado em funções

Actualização - líder da extrema-direita francesa diz que câmaras de gás foram um "detalhe"

As duas maiores forças políticas do Parlamento Europeu (PE) chegaram a acordo para impedir que Jean-Marie Le Pen possa presidir à próxima sessão inaugural, depois de o líder da extrema-direita francesa ter dito hoje no hemiciclo que as câmaras de gás foram “um detalhe” na história da II Guerra Mundial.

Joseph Daul, presidente do Partido Popular Europeu (PPE), a maior família política europeia anunciou que vai apoiar a proposta dos socialistas e dos Verdes no sentido de “adoptar todas as medidas que se impõem” para impedir que Le Pen, enquanto eurodeputado mais velho em funções, possa presidir à primeira sessão após as eleições europeias de Junho. Ontem, as duas formações de esquerda tinham proposto mudar os regulamentos do PE para evitar esta possibilidade, inevitável à luz das actuais regras caso o líder da extrema-direita francesa seja reeleito.

Irritado com o anúncio, o presidente da Frente Nacional tomou hoje a palavra no hemiciclo para dizer que foi vítima de “acusações difamatórias”. Segundo ele, o autor das calúnias é Martin Schulz, presidente dos socialistas europeus, que na véspera o teria apelidado de “velho fascista” e “negacionista do Holocausto”.

“Eu limitei-me a dizer que as câmaras de gás foram um detalhe da história da II Guerra Mundial, o que é um facto”, reagiu Le Pen. De imediato ouviram-se fortes apupos da maioria esmagadora do hemiciclo, relata a AFP.

A imprensa francesa recorda que foi em 1987, numa entrevista à RTL, que o líder da FN se referiu pela primeira vez às câmaras de gás dos campos de concentração nazi como um “detalhe” no desenrolar da II Guerra Mundial. Pelas declarações foi condenado ao pagamento de uma multa de 1,2 milhões de francos (183 mil euros), ao abrigo da lei francesa que pune actos ou afirmações que ponham em causa o Holocausto nazi.

Em Abril do ano passado, repetiu a afirmação, numa entrevista à revista “Bretons”, mas acabou por pedir à publicação para não divulgar o artigo.

Fonte: Público(Portugal)
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1370866&idCanal=11

quarta-feira, 25 de março de 2009

Carta de David Cole sobre Faurisson e Roques - Parte 1 - Introdução

Introdução por Jamie McCarthy


(grifos do tradutor)


David Cole, o único conhecido “revisionista” judeu, recentemente respondeu às críticas de seus “colegas”, especificamente Robert Faurisson e Henri Roques, em uma carta de dezesseis páginas. Ele descreve uma enxurrada de críticas a Robert Faurisson e o auxílio e a cumplicidade deste com outros “revisionistas” como Bradley Smith e Mark Weber. Como o Sr.Cole descreve, ele tem respondido em privado por muitos anos, mas agora sente que é a hora de jogar ao ar suas frustrações com o movimento “revisionista”, e em particular com Faurisson, publicamente.

As primeiras sete páginas da carta são dedicadas a atacar os pontos que Faurisson fez no passado. Nas próximas seis páginas depois de Cole defender sua reputação contra os encargos de Faurisson e a confecção de roubo – um pouco confusa porque eu não tinha visto a história do roubo, e Cole argumenta sobre pormenores que não significam nada pra mim. De qualquer maneira, em toda a carta, particularmente do início ao fim, o Sr.Cole cria um Faurisson bastante desonesto. Estou contente por ver que ele de repente decidiu revelar as dúvidas que ele tinha de todos esses anos, embora eu não entenda porque ele esperou tanto tempo. Dirijo-me a ele uma carta resposta de oito páginas, que vai seguir em um artigo separado.

Para despertar a sua curiosidade, aqui estão alguns trechos da carta de Cole:

...muitos dos pontos que Faurisson fez sobre o Krema I são perigosamente fraudulentos.

...eu tinha acreditado, após uma meticulosa investigação das alegações de Faurisson, que as “garantias” de Faurisson não devem ser aceitas sem críticas, mas imediatamente bastante suspeitas.

“Revisionistas” querem os dois lados, eles querem: A) alegação que o Krema I no seu estado atual é uma criação pós-guerra e B) utilização do Krema I no seu estado atual como prova de que gaseamentos não poderiam ter ocorrido no mesmo.

Faurisson ALTEROU seu fax e MUDOU a história...substituindo a palavra “forno” por “câmara de gás”.

...como já demonstrado, Faurisson não está por cima, alterando seus próprios textos se a situação exige...

(Historiadores vêm dizendo isso acima hà anos).

Para ouvir Fritz [Berg]["revisionista"] dizer que, Faurisson foi duro com ele em manter seus artigos fora das publicações revisionistas. E o crime de Fritz? Ele se atreveu a apontar alguns erros factuais de Faurisson.

O vídeo de minha viagem de 92 nunca foi vendido, apenas dei livremente para os simpatizantes mais próximos de Bradley [Smith].

(Dan Gannon ["revisionista"]disse em outubro de 1994 que vendeu por US$ 50,00)

Cada vez que eu salientei minha oposição ao racismo e nazismo, cada vez que eu salientei que minhas visões revisionistas eram produto da curiosidade intelectual e não pró-fascistas, eu fui abraçado ainda mais pela extrema-direita, porque, afinal, quem melhor ter como aliado do que alguém do campo oposto?

...pessoas que à meses anteriores davam-me o ridículo elogio como “grande homem” estão agora a dar-me igualmente o ridículo desprezo por ser um “vira-casaca” agora que eu ousava sair do padrão do dogma.

(“Dogma”? O impulso motivador do “revisionismo” do Holocausto é a suposição de ser anti-dogma!)

Eu estou realmente perplexo pela surpresa que alguns de vocês [negadores do Holocausto] estão demonstrando sobre as minhas declarações sobre Struthof. Parem de agir com se estivessem trombando, rapazes. Um dia me deixaram claro que sou esquerdista, mestiço, judeu ateu que não tem lealdade a nenhum dogma e que iria concordar com prazer que haviam câmaras de gás, se a prova pudesse ser encontrada. Não é culpa minha se alguns de vocês pensaram que eu estava dizendo essas coisas só para enganar o público e privadamente eu era “um de vocês”.

Faurisson está...citando uma passagem, e em seguida DIZENDO-NOS aquilo que acabou de ler, na esperança de que nós não iremos notar qualquer incongruência entre a passagem e a explanação dele. Faurisson está citando uma passagem que fala em parte de extermínio – PELO MENOS em parte, e então ele nos DIZ que temos de fato, NÃO TEMOS que ler o que nós lemos...

Acho que existe uma probabilidade muito elevada com base no meu próprio e rigoroso padrão de provas documentais, que a câmara de gás de Struthof foi realmente utilizada para matar judeus...

Em uma carta para mim, Sr.Cole também atacou o seu antigo colega de trabalho, Bradley Smith, por defender Faurisson à partir de sua crítica. Mark Weber, Robert Countess e o próprio Faurisson também são atacados por Cole. Aparentemente, todos eles pensam que as críticas à Faurisson deveriam ser poupadas devido ao seu sofrimento às mãos do governo francês e assim por diante.

Estranho. Contrasta isto com a sidebar de março de 1995, item do “Relatório Smith”, em que o Sr.Smith escreve:

Aqueles que protestam que é mais importante ser “sensível” para com os “sobreviventes”[do Holocausto] do que ser verdadeiros com os registros históricos representam uma visão do mundo que é estrangeiro para uma sociedade livre.

Mas quem pensa que é mais importante ser sensível ao sofrimento de negadores do Holocausto do que verdadeiros...isso é perfeitamente correto, aparentemente, de acordo com o Sr.Smith.

Na sua carta, o Sr.Cole justamente salienta que os sobreviventes do Holocausto sofreram muito pior sofrimento do que Faurisson já conheceu.

Gostaria de postar a carta na Usenet, mas estou aguardando autorização do Sr.Cole (novamente, ver minha carta resposta). Gostaria também de incluir toda a questão do “Relatório Smith” de março aqui, o que inclui a curta nota de Faurisson assim como a longa resposta de Cole, que precedeu a disputa Cole-Faurisson que transparece abaixo. A taxa de revelação-por-palavra é inferior à carta de 16 páginas de Cole, porém, não posso por-me a escrevê-la por agora. Talvez quando eu tiver mais tempo.

Favor notarem que a publicação de minha carta aqui, sem apreciação e comentários, não é certamente pelo endosso da posição do Sr. Cole. Minha falta de comentário é devido à falta de tempo, e não à falta de parecer. Isso leva o dobro de tempo para a longa discussão da “teoria da conspiração do roubo de Cole” das páginas 8 a 13, que considero absolutamente absurdas e indignas de mencionar – mas aqui eu gostaria de apresentar a carta de Cole na sua totalidade, além do mais, isto é aparentemente o assunto que levou o Sr. Cole a escrever esta carta a todos.

Todas as observações entre colchetes (números de página e “sic”s) são meus. Quaisquer erros não assinalados com “[sic]” são meus. Dois erros assinalados com “(sic)”, são de Cole e “sic” para erros de Faurisson. E agora, a carta em si:



**Comentários: A carta está sendo traduzida e será publicada em breve, antes eu gostaria de saber o que os "revisionistas" têm a dizer sobre a carta, e também a repercussão da mesma.

Fonte: The Nizkor Project

Arquivo: http://www.nizkor.org/ftp.cgi/people/c/cole.david/cole-vs-faurisson-struthof

Tradução: Leo Gott

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