Berlim - O americano James von Brunn, responsável pelo tiroteio no Museu do Holocausto de Washington no qual morreu um segurança e que nega a existência da Solução Final do ditador Adolf Hitler, mantinha contatos com neonazistas alemães.
Um dos extremistas contatados pelo idoso de 88 anos era o líder e ex-advogado do Partido Nacional Democrático Alemão (NPD) Horst Mahler.
Brunn e Mahler trocaram várias mensagens por e-mail, através de fóruns internos de sites neonazistas alemães, afirma em sua última edição a revista alemã "Der Spiegel".
Em um deles, o americano contava a seu colega alemão que sentia a necessidade de viver o "ódio" como algo "natural e necessário".
Mahler, por sua vez, contestou o colega e argumentou que não se deve se "deixar cegar pelo ódio", pois isso inutiliza a visão para "destruir o inimigo".
Além dos contatos com Mahler, Brunn tinha se comprometido com ações da extrema-direita alemã em favor de Ernst Zündel, que também nega o Holocausto e para o qual o americano tinha reivindicado que fosse libertado, alegando que era "um grande homem".
Mahler é uma das figuras mais obstinadas da extrema-direita alemã, com uma longa lista de processos por incitação à violência e negação do Holocausto nas costas.
Na quarta-feira, Brunn entrou no Museu do Holocausto de Washington armado com uma espingarda e disparou contra o segurança negro Stephen T. Johns, de 39 anos, que morreu em decorrência dos tiros.
O atirador também ficou gravemente ferido, após ser baleado pelos guardas do museu, um dos mais visitados da capital americana.
Fonte: EFE/Último Segundo
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/06/13/atirador+de+museu+em+washington+trocou+e+mails+com+neonazistas+alemaes+6711935.html
Sobre Baader-Meinhof:
http://www.baader-meinhof.com/who/terrorists/BMMeinhof.html
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