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sábado, 7 de julho de 2012

U-507: O submarino que afundou o Brasil na Segunda Guerra

Livro-reportagem detalha episódio que jogou o Brasil na Segunda Guerra

A entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial completa 70 anos em agosto próximo. A decisão foi tomada pelo então presidente Getúlio Vargas depois que o submarino alemão U-507 torpedeou cinco navios nacionais, no litoral de Sergipe e da Bahia, entre os dias 15 e 17 de agosto de1942, causando a morte de 607 brasileiros. Uma semana depois, Vargas decretou estado de beligerância à Alemanha e à Itália e, no dia 31 de agosto, declarou guerra.

O episódio, ainda pouco conhecido dos brasileiros, é o tema do livro-reportagem “U-507 – O submarino que afundou o Brasil na Segunda Guerra”, que marca a estréia no mercado editorial do jornalista gaúcho Marcelo Monteiro, pela Editora Schoba, com prefácio de Luis Fernando Verissimo. A obra, que será lançada oficialmente em 20 de junho, às 19h30, na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, em Brasília, é resultado de três anos e meio de pesquisas e entrevistas. Com cerca de 350 páginas, o livro-reportagem revela em detalhes os afundamentos dos mercantes Baependy, Araraquara, Aníbal Benévolo, Itagiba e Arará, mostrando o sofrimento das vítimas da carnificina nazista. A narrativa conta o drama de náufragos devorados por tubarões, de sobreviventes vagando por mais de dois dias sem água ou comida e da menininha que sobreviveu ao afundamento do Itagiba boiando por horas dentro de uma caixa de madeira vazia.

Até então, o Brasil procurava manter-se neutro no conflito. Mas, depois de romper relações diplomáticas com o Eixo – em função do ataque à base americana de Pearl Harbor, em dezembro anterior –, o País colaborava com o esforço de guerra ianque, exportando borracha e outros itens essenciais à indústria bélica dos Estados Unidos. Após o ataque aos navios brasileiros e diante da revolta da população, que saiu às ruas em protesto, depredando estabelecimentos comerciais pertencentes a imigrantes alemães, italianos e japoneses, Vargas viu-se obrigado a abandonar a condição de não beligerante.

Além de entrevistar sobreviventes dos naufrágios, Monteiro teve acesso ao diário de bordo de Harro Schacht, comandante do submarino alemão. Assim, além da rotina nos navios afundados, o livro também detalha, com base nos documentos nazistas, o cotidiano do próprio submersível, corrigindo alguns equívocos históricos, como o de que todos os vapores brasileiros teriam sido afundados com dois torpedos (somente o Baependy recebeu dois disparos) e trazendo uma nova – e talvez definitiva – versão para o episódio.

História viva

Entre os personagens localizados pelo autor está a alagoana Walderez Cavalcante, de 74 anos. Em 1942, com apenas quatro anos de idade, ela foi resgatada do naufrágio do Itagiba depois de permanecer cerca de quatro horas boiando dentro de uma caixa de transporte de Leite Moça. “O pessoal da baleeira me botou numa caixa de leite condensado da Nestlé, vazia, e me disse: ‘segure, não solte’”, lembra a psicóloga aposentada.

Outra náufraga entrevistada para o livro é Vera Beatriz do Canto, hoje com 74 anos, filha do capitão do Exército José Tito do Canto. Dias antes do ataque do U-507,a mãe de Vera, Noêmia, tivera um pesadelo: vira um navio preto, com centenas de pessoas vestindo preto e com um número 13 estampado no casco. No dia 13 de agosto de 1942, às 13 horas, o Itagiba partiu do armazém 13 do cais do porto do Rio de Janeiro em direção a Salvador. Essa seria a sua última viagem. No dia17, duas horas antes da chegada a Salvador, o vapor foi alvejado pelo submarino nazista, próximo ao Morro de São Paulo.

O soldado Dálvaro José de Oliveira era um dos soldados da tropa comandada pelo pai de Vera, que estava sendo transferida do Rio para Olinda (PE), onde seria formado o 7º Grupo de Artilharia de Dorso. Outro contingente de soldados do mesmo pelotão seguia no Baependy, que partira dois dias antes do Itagiba. No dia 15, o Baependy foi torpedeado. O Itagiba teria o mesmo destino no dia 17.Centenas de militares perderam a vida nos dois ataques alemães.

Às margens do Rio Una, em Valença, cidade para onde foram levados os náufragos e feridos dos naufrágios de Itagiba e Arará, o soldado Oliveira e seus colegas sobreviventes juraram vingança. Assim, em 1944, Oliveira embarcou para a Itália, onde ajudou a eliminar o nazifascismo. “Nossa vitória na guerra foi uma homenagem àqueles que morreram, inocentemente, nos navios mercantes brasileiros”,diz Oliveira, hoje com 92 anos, que até 2011 ocupava a presidência da Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira (ANVFEB).

Fonte: Portal FEB
http://www.portalfeb.com.br/u-507-o-submarino-que-afundou-o-brasil-na-segunda-guerra/

Ver mais:
Livro-reportagem relata como o Brasil participou da Segunda Guerra Mundial

terça-feira, 3 de abril de 2012

Negacionistas de Hoax: John Ball e Richard Krege

Uma minoria no CODOH[1] começou a afirmar que o citado trabalho de Krege[2] sobre Treblinka é um hoax (fraude), não simplesmente porque não foi publicado mas devido a afirmação de ausência de remoção no solo. Como pode ser visto neste post e neste outro, os tipos de panfletagem ligeiramente menos estúpidas, de Kollerstrom e Kingfisher, estão cientes de que haveria algum tipo de perturbação no solo se os mortos nos transportes e por doença tivessem sido enterrados lá.

O mesmo critério pode ser usado para descartar o texto de John Ball[3]: onde Ball afirma aqui que o solo em todos os três campos da Operação Reinhard estava intacto. Até hoje o site de Ball ainda afirma que "Belsec [sic] era na verdade um campo de logging camp onde tocos de árvores e o solo fino teriam impedido o enterro dos corpos." Além disso, em 2004, ninguém menos que Graf estava aderindo a tese da "ausência de perturbações" na linha aqui: "há ausência de todos os traços similares a remexidas de solo em Treblinka e Belzec." O Graf de 2004 portanto objeta o MGK[4] de 2010. Tal é o grande recepiente vazio que só restam as velas de restos de apologética pró-nazi. [Nota de rodapé: obrigado a Jason Myers por me apontar na direção de Ball].

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2012/01/denier-hoaxes-ball-and-krege.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

Notas:

[1] Codoh: ler sobre Cesspit.

[2] (Richard) Krege: negacionista do Holocausto australiano conhecido por um "relatório" sobre Treblinka. Para saber mais sobre a picaretagem de Krege, ler o texto do HDOT (em inglês), http://www.hdot.org/en/learning/myth-fact/graves1.

[3] John Ball: negacionista do Holocausto (vulgo "revisionista", entre aspas) refutado pelo prof. John C. Zimmerman da Universidade de Nevada (Las Vegas). Podem conferir os textos traduzidos diretamente no blog na tag John Ball.

[4] MGK: sigla dos sobrenomes de três negacionistas do Holocausto, Mattogno (Itália, tag1, tag2), Jürgen Graf (Suíça, tag1, tag2) e Thomas Kues (EUA, tag).

sábado, 26 de março de 2011

O problema Wiesel e os "revisionistas" - parte 1

O problema sobre o livro do Wiesel A Noite, veio à tona numa discussão com "revis", só que colocarei só o link do IHR, que é de onde eles copiam o texto pra blogs e depois traduzem sem dar o devido "crédito" aos gurus do movimento. É incrível como eles conseguem inclusive passar a perna nos gurus do bando.

De fato, o livro do Wiesel é problemático, e chamar de "problemático" é pra pegar leve nos adjetivos, pois a expressão correta seria: o livro é muito ruim. Esse livro é literalmente "alegria" pra "revisionistas".

Por isso que chega a ser impressionante que, mesmo com um livro ruim em mãos, os "revis" conseguem a proeza de distorcer em cima do que consta no livro quando seria fácil demonstrar o quanto o livro é ruim e tendo trechos escritos em uma linguagem metafórica que em nada ajuda no rigor histórico de uma narrativa.

Numa das alegações que eles fazem, ou mais precisamente o Robert Faurisson ("revi" francês e um dos gurus proeminentes do bando) faz neste texto do IHR, é mencionar que o Wiesel não citou nada sobre câmaras de gás ou gaseamentos no livro "A Noite". Trecho:
Elie Wiesel passes for one of the most celebrated eyewitnesses to the alleged Holocaust. Yet in his supposedly autobiographical book Night, he makes no mention of gas chambers. He claims instead to have witnessed Jews being burned alive, a story now dismissed by all historians. Wiesel gives credence to the most absurd stories of other "eyewitnesses."[1]
Tradução:
Elie Wiesel passa por uma das mais celebradas testemunhas oculares do alegado Holocausto. Entretanto, em seu livro supostamente autobiográfico "A Noite", ele não faz nenhuma menção a câmaras de gás. Ele afirma que ao invés disso, ele testemunhou que judeus foram queimados vivos, uma história agora rejeitada por todos historiadores. Wiesel dá credibilidade às mais absurdas histórias de outras "testemunhas".
Vistoriando o livro A Noite, ao contrário do que o Faurisson alegou, encontra-se um trecho em que o Wiesel cita gaseamentos, num "diálogo em voz alta" de Wiesel questionando Deus(um trecho pra ser entendido como uma forma de questionamento a uma entidade divina onde envolvem questionamentos de ordem espiritual dele, Wiesel):

The melody choked in his throat. And I, mystic that I bad been, I thought: Yes, man is very strong, greater than God. When You were deceived by Adam and Eve, You drove them out of Paradise. When Noah's generation displeased You, You Brought down the Flood. When Sodom no longer found favor in Your eyes, You made the sky rain down fire and sulfur. But these men here, whom You have betrayed, whom You have allowed to be tortured, butchered, gassed, burned, what do they do? They pray before You! [2]
Tradução:

A melodia sufocada em sua garganta. E eu, místico que mal havia sido, pensei: Sim, o homem é muito forte, maior que Deus. Quando você foi enganado por Adão e Eva, Você os expulsou do Paraíso. Quando a geração de Noé desagradou Você, Você trouxe o Dilúvio. Quando Sodoma não agradou mais seus olhos, Você fez o céu chover fogo e enxofre. Mas estes homens aqui, a quem Você traiu, os quais Você permitiu que fossem torturados, gaseados, queimados, o que eles faziram? Eles oram antes para Você!
O Wiesel na queixa que faz a Deus sobre as desgraças do campo de concentração, cita que pessoas estão sendo "torturadas, gaseadas, queimadas".

Ou seja, pra citar que pessoas estavam sendo gaseadas, ao contrário do que o Faurisson alega no texto porco que escreveu e que as groupies do movimento revinazi repetem, o Wiesel ouviu sim falar em gaseamentos. E sendo redundante novamente, as pessoas eram gaseadas em câmaras de gás.

O livro foi reeditado em 2006, a edição usada acima é a nova, mas eu verifiquei em uma versão anterior do livro o trecho acima pra ver se houve alguma alteração e se encontra igual.

Esta é a primeira parte da série, aguardem que vem mais.

Notas

[1] "A Prominent False Witness: Elie Wiesel", texto do "revisionista" francês Robert Faurisson no site do IHR.
[2] "Night", Elie Wiesel, edição de 2006, versão digital, página 68, em inglês.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Morre "revisionista" S.E. Castan

Sem sair notícia em nenhum site de jornal pra confirmar, a notícia da morte de S.E. Castan, primeiro "revisionista" no Brasil e criador da Editora Revisão que distribuia esse literatura antissemita e negacionista, a notícia foi dada em sites "revisionistas"(negacionistas) do Holocausto ou na rede social do Google apinhada deles de nome Orkut, entre os dias 3 e 4 de outubro.

Sobre Castan, ver S.E. Castan e a Guerra de Inverno na Finlândia, Livro alerta sobre negacionismo do Holocausto e Castan, atentado em Sarajevo, Gravilo Princip e as velhas distorções "revisionistas".

É estranho que não noticiem sobre a morte porque a pessoa mencionada, à parte e repulsa do que pregava, ficou notório por conta da criação dessa Editora Revisão que foi quem começou a distribuição em maior escala de material negacionista no Brasil, e porque mesmo na morte de fascistas mais conhecidos fora do país, saem notícias sobre o ocorrido como no caso da morte do Haider na Áustria. Ler mais aqui, aqui, aqui e aqui.

Enfim, fica aí o registro da notícia já que o blog trata do assunto refutando as baboseiras antissemitas que os "revis" publicam e também postando textos sobre o Holocausto.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Hungria aprova lei que penaliza negação do Holocausto

O Parlamento da Hungria aprovou nesta segunda-feira em Budapeste uma lei que penaliza a negação do Holocausto na Segunda Guerra Mundial com até três anos de prisão. Segundo a lei, que foi proposta pelo governante partido social-democrata, negar em público o Holocausto ou apresentá-lo "como algo insignificante" poderá ser uma infração passível de pena.

Para os social-democratas, a lei é necessária na Hungria devido ao crescente antissemitismo na vida cotidiana. Entretanto, a maioria social-democrata no Parlamento rejeitou a proposta da oposição conservadora que previa a penalização da negação dos "crimes contra a humanidade dos regimes nacional-socialistas e comunistas".

Estiveram presentes à votação de hoje representantes das organizações judaicas do país, assim como sobreviventes do Holocausto. Durante a Segunda Guerra Mundial, quase 600 mil dos 800 mil judeus húngaros foram assassinados pelos nazistas.

A maior parte destas pessoas foram deportadas e assassinadas em campos de extermínio de Áustria, Alemanha e Polônia, principalmente no campo polonês de Auschwitz. Apenas 130 mil judeus húngaros sobreviveram ao Holocausto. Atualmente, a comunidade judaica do país conta com cerca de 100 mil pessoas.

Fonte: EFE
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4279373-EI8142,00-Hungria+aprova+lei+que+penaliza+negacao+do+Holocausto.html

domingo, 10 de janeiro de 2010

Morre na prisão atirador que matou 1 em museu nos EUA

Washington, 6 jan (EFE).- James W. Brunn, o supremacista branco de 89 anos que em junho de 2009 faz vários disparos no Museu do Holocausto de Washington, matando um segurança negro, morreu nesta quarta-feira na prisão, informou seu advogado ao jornal "The Washington Post".

A morte aconteceu no hospital do presídio de Butner, na Carolina do Norte. Brunn, um veterano da Segunda Guerra Mundial, estava internado por causa de problemas cardíacos e devido a uma infecção generalizada. O advogado do detento, A.J. Kramer, limitou-se a dizer que este foi um "fim triste para uma situação trágica".

O supremacista, que devido à idade avançada não tinha uma saúde muito boa, foi formalmente acusado da morte do segurança Stephen Tyrone Johns, que estava de serviço em 10 de junho de 2009, dia do tiroteio no Museu do Holocausto de Washington.

Brunn, que já tinha passado seis anos preso por tentar seqüestrar agentes federais no anos 1980, era conhecido por vários grupos de defesa dos direitos civis, que após o incidente no museu passaram a chamá-lo de "neonazista".

Em um site, o atirador se definia como um ex-marine que trabalhou durante 20 anos como publicitário e produtor de cinema em Nova York, até virar um "artista e autor" residente na costa de Maryland (leste).

Fonte: Agencia EFE
http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5hH7zXHMcaZ9sGRUvdIB0FWCeF8aA

Ler mais:
Morreu na prisão atirador do Museu do Holocausto de Washington; AFP

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ataque neonazista a português na Alemanha. Neonazista pode ter vínculo com o NPD, partido de extrema-direita

Português agredido na Alemanha está livre de perigo

O cidadão português, de 37 anos e origem africana, sofreu dois derrames cerebrais e teve de ser submetido a operações de emergência, depois da agressão sofrida domingo em Hamburgo.

O português agredido presumivelmente por um nenonazi, no domingo, em Hamburgo, já não corre perigo de vida mas continua internado nos cuidados intensivos, disse hoje à Lusa uma porta-voz da polícia da metrópole alemã.

"Esperamos poder interrogá-lo hoje ou amanhã (quinta-feira) para obter mais pormenores sobre o que se passou, mas aguardamos ainda autorização dos médicos", acrescentou Christiane Lefen.

"Interrogámos entretanto quatro testemunhas, e estamos a tentar construir o mosaico do incidente, mas não temos ainda nenhuma pista concreta", adiantou ainda a porta-voz.

O cidadão português, de 37 anos, de origem guineense, sofreu dois derrames cerebrais, um no domingo e outro na segunda-feira, e teve de ser submetido a operações de emergência, depois da agressão sofrida.

Agressor em fuga

Segundo a polícia, a vítima conduzia o seu carro em Hamburgo, por volta das 7h00 locais (6h00 em Lisboa) de domingo, e quando parou num sinal vermelho viu um indivíduo a colar um autocolante na parte de trás do veículo.

Quando desceu do veículo para pedir explicações ao homem, foi imediatamente agredido com murros na cara, caindo ao chão, enquanto o agressor se punha em fuga numa viatura pequena, de cor escura, conduzido por outro homem.

Mais tarde, a polícia verificou que o autocolante em causa era da secção local do NPD, com a palavra de ordem "Hamburgo tem de continuar a ser alemã". A Lusa tentou entretanto contactar telefonicamente a secção de Hamburgo daquele partido neofascista, a solicitar uma tomada de posição sobre o ocorrido, mas só foi possível deixar mensagem num atendedor automático.

Pouco depois da agressão, a polícia chegou ao local, a Nordkanalstrasse, em Hamburgo, e o cidadão português foi também assistido pela emergência médica ainda no local. Apresentava algumas contusões no rosto, mas depois de prestar declarações à polícia retomou viagem no seu automóvel, e aparentemente parecia não ter nada de grave.

Vida esteve em perigo

Algumas horas depois, no entanto, a meio da manhã de domingo, o seu estado de saúde agravou-se e teve de ser conduzido ao hospital, com um derrame cerebral, que obrigou a uma intervenção cirúrgica de emergência. Quando já estava a convalescer da primeira operação, sofreu novo derrame cerebral, na segunda-feira, e chegou a correr perigo de vida, comunicou no mesmo dia a polícia de Hamburgo.

Logo após o incidente, a polícia montou uma operação em larga escala para tentar deter o agressor e o seu cúmplice, o motorista da viatura que se pôs em fuga, mas as buscas não tiveram êxito.

As autoridades procuram um homem de estatura média, entre os 18 e 25 anos, alemão ou leste-europeu, de cabelos alourados, e tem estado a fazer apelos à população e a eventuais testemunhas que possam contribuir para identificar o agressor ou dar pormenores do incidente.

Fonte: Lusa
http://aeiou.expresso.pt/portugues-agredido-na-alemanha-esta-livre-de-perigo=f548066

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Seis anos de prisão para neonazista britânico que planejava atentados

Seis anos de prisão para neonazista britânico que planejava atentados

LONDRES — Um eletricista britânico de 44 anos e desempregado que queria imitar Timothy McVeigh, o autor do atentado de Oklahoma em 1995, foi condenado nesta terça-feira por um tribunal de Londres a seis anos de prisão por planejar uma campanha terrorista.

O neonazista Neil Lewington foi detido por acaso no final de 2008 quando, em avançado estado de embriaguez, agrediu verbalmente um condutora de trem. Os agentes de seguança acharam então em sua bolsa componentes de artefatos incendiários preparados para funcionar.

Numa revista posterior, a polícia descobriu uma fábrica de explosivos num quarto na casa de seus pais, no sul da Inglaterra, e reuniu provas de que estava preparando bombas e outros explosivos.

Também foi apreendido um livreto intitulado "Manual dos membros das Waffen SS británicos" que continha desenhos de circuitos eletrônicos.

O acusado também possuía fitas de vídeo sobre as ações de McVeigh, que causou a morte de 168 pessoas num prédio governamental da capital do estado de Oklahoma, e do britânico de ultradireita, David Copeland, conhecido como o "London Nail Bomber", que, em 1999, realizou uma campanha de terror colocando bombas de pregos em vários pontos da cpaital britânica.

Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jajwwXtpVmHVekJbJ4x7xflZJsKg

sábado, 15 de agosto de 2009

Carlo Mattogno - "revisionistas" - biografias - 03

Carlo Mattogno (nasceu em 1951 em Orvieto, Itália) é um historiador italiano.

Em 1985 Mattogono publicou o livro "The Myth of the Extermination of the Jews"('O Mito do Extermínio dos Judeus') e no mesmo ano o folheto "The Gerstein Report - Anatomy of a Fraud"('O Relatório Gerstein - Anatomia de uma Fraude', ver também: Relatório Gerstein). Ambas as publicações são voltadas para disputar o genocídio dos campos de concentração e campos de extermínio nazistas.

Mattogno é um membro do comitê consultivo do "Institute for Historical Review"(IHR, 'Instituto de Revisão Histórica'*), uma corporação que promove teorias de negação do Holocausto e ele também contribui para o jornal em francês "Annales d'Histoire Revisionniste". Ele também aparece amplamente em publicações feitas pelo negador do Holocausto Germar Rudolf como também em vários websites "revisionistas" em língua inglesa e alemã, e tem estado longe de ser censurado legalmente por qualquer uma dessas atividades.

Fonte: antisemitism.org.il
Tradução: Roberto Lucena

*IHR(Institute for Historical Review = corporação de negação do Holocausto, que leva o nome de "Instituto", localizado nos Estados Unidos, e é um dos ou o principal distribuidor de material negacionista(antissemita) do mundo.

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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Pío Moa, o David Irving espanhol

Desmontando Pío Moa

FELIPE VILLEGAS/Salvo em círculos e meios especializados (na internet se trava uma batalha dialéctico-digital total), o comum de todos os mortais é seguir alheio à migalha na qual se fecham alguns historiadores ou pseudo-historiadores quando decidem dogmatizar seus livros ou conversas. Premissas como distância histórica frente ao evento, afã de objetividade (uma utopia), contraste das fontes, consulta até se esgotar as fontes, equanimidade, uso da linguagem fria... não parecem abundar no catálogo de novidades históricas que assomam as vitrines, em que pese nisso o seu puxão.

Ouvindo o historiador Francisco Espinosa Maestre (Villafranca de los Barros, 1954, mas radicado há anos em Sevilha) alguém pode ter uma ideia da complexa estrutura de interesses que rodeia ao fato histórico puro quando este se presta a ser usado como arma propagandística e/ou política. Este é o caso da Guerra Civil e seus cruentos capítulos, que seguem estando no topo e produzindo debates ácidos e manipulações, operações em grande escala de confusão e relativização que, longe de servir para contar as coisas tal como passaram, são o pretexto de alguns para legitimar causas pretéritas ainda que latentes.

Esta é a tese de partida de Espinosa em seu último livro, cujo esclarecedor título, "O fenômeno revisionista ou os fantasmas da direita espanhola (Ediciones Los Libros del Oeste), não é senão o aperitivo de umas demolidoras páginas nas quais Espinosa exerce o caráter de cirurgião para dissecar ponto a ponto do chamado "Método Moa: um livro em 15 dias".

Em tom ensaístico, claro e rotundo, Espinosa desmonta o exaltado Pío Moa, um autor de escrita fácil (de ahí sua copiosa produção editorial) convertido em bestseller (Aznar lhe declarou sua admiração) cuja credibilidade questiona o autor do ensaio de cabo a rabo, começando por sua formação: "Nem Pío Moa é historiador e nem seus livros são de história. Na realidade estamos diante de um simples propagandista e medíocre escritor a serviço do Partido Popular, que lhe encomendou a missão de melhorar sua imagem que a direita espanhola quer dar a si mesma e sujar a da esquerda. Para conseguir estes objetivos vale tudo", sustenta Espinosa.

Suas afirmações, ainda que corrosivas, não são gratuitas. Nas centenas de páginas justas de seu livro confronta a visão e sapiência de Moa partindo de um episódio concreto e dilacerante da Guerra Civil: a matança ocorrida na arena de touros de Badajoz em 14 de agosto de 1936, justamente naquilo que Espinosa é especialista, como creditou em seu livro "A Coluna da morte" (Crítica), ao que Moa desqualificou via artigos na imprensa e internet (Libertad Digital) com argumentos como o que se segue: "É fácil perceber vários pontos débeis no estudo de "A Coluna da morte". Não está em minhas possibilidades contrastar esses dados nem os métodos empregados, mas advertirei que, vistas as desvirtuações tão frequentes do autor, e seu evidente desejo de sacudir a bilis, seus dados oferecem a maior margem de desconfiança. Outros poderão fazer sobre este terreno as comprovações pertinentes".

"Onde estão os argumentos, as refutações, os dados que opõem? por que segue diminuindo uma matança total da qual houve testemunhas, como o periodista português Mário Neves, que desacreditaram o que o franquismo chamou de a lenda de Badajoz?". Pergunta-se o autor, que confessa que focou sua obra "como um desafio porque havia pesoas que desejavam ver como se punha em evidência o Método Moa, suas fontes e falsidades, sua propaganda.

Faltava instrução e aqui se oferece, assim como respostas ao porquê Moa e outros de semelhante talento seguem querendo manipular a História em benefício própio". Em efeito, a segunda parte do ensaio abre seu enfoque para desvelar as chaves do revisionismo histórico, um movimento (o autor chega a usar o termo cruzada) nascido no calor das ainda recentes vitórias eleitorais do PP com uma finalidade: "Ajustar a História do passado de modo que convenha ao que a direita atual deseja".

"Moa e companhia - quer dizer, César Vidal, Ricardo de la Cierva, Jiménez Losantos, Gonzalo Fernández de la Mora, García de Cortázar, José Luis Gutiérrez Casalá, Ángel David Martín Rubio, entre outros citados – representam a resposta da direita que tem estado no poder do outro movimento, o da recuperação da memória histórica, surgido em torno de 1996-1997".

Em sua análise, o historiador extremenho não economiza em responsabilidades na hora de explicar o porquê do êxito do revisionismo, cujos defensores (com Moa na cabeça) vendem livros como churros. "É tal o poder e respaldo midiático da direita que na esquerda não houve um contrapeso equivalente, e é nesta grande operação midiática de recuperação do espírito franquista e de reconquista da história da Espanha onde Moa julgou ter um papel primordial desde 1999. A direita podia ter escolhido opções mais moderadas, mas com a maioria absoluta de Aznar e o alinhamento deste com os planos de Bush, apostou-se pelo neofranquismo e no revisionismo mais forte", argumenta, ao tempo que encontra no "pacto político pelo esquecimento" subescrito pelo PSOE na raíz de sua vitória em 1982 boa parte da culpa para que o revisionismo coalhou como tem feito.

"O PSOE optou por não olhar para trás, em sua política de desmemória e assim, em fins dos anos 90, o terreno estava adubado com esquecimento e confusão para a colheita que se preparava".

E conclui: "O resultado é uma sociedade onde a batalha pela memória, pelo passado, está mais viva que nunca, onde o processo de exumação de fossas se exaspera para a direita, que se nega a reconhecer que os vencidos, por estranho que pareça, têm o mesmo direito que tiveram os vencedores durante décadas para localizar seus desaparecidos e lhes dar uma sepultura digna. E daqui que se levam tão mal o gotejamento de livros sobre repressão, que não tem cessado desde os anos 80, que põem em evidência as origens do franquismo e o fato de que sua única fonte de legitimidade foi a violência".

Por tudo o que foi exposto, Espinosa se pergunta porque na Espanha não há controles para evitar que se prolifere a propaganda travestida de História como o há na Inglaterra e França. "Isso não é liberdade de expressão, como tampouco é de validação que se repitam os velhos tópicos reforçando a imagem no coletivo daquilo, de que a guerra do pai ou do avô, não teve nada a ver com o que contam os historiadores".

Fonte original: Redação Diario de Sevilla(Espanha)
http://www.diariodesevilla.com/diariodesevilla/articulo.asp?idart=1269290&idcat=1182
Fonte: texto se encontra no site da ARP-Sociedad para el Avance del Pensamiento Crítico
http://digital.el-esceptico.org/leer.php?id=2080&autor=724&tema=146
Tradução(português): Roberto Lucena

sábado, 20 de junho de 2009

E-mail de Von Brunn apareceu no CODOH

Em 2004, o CODOH* reproduziu um e-mail inflamado entitulado "Hora de limpar a memória de todos os Memoriais do "Holocausto"," escrito por ninguém menos que o futuro atirador do USHMM(Museu do Holocausto dos EUA), James von Brunn. Jonnie Hargis respondeu com aprovação ao spam de ódio em seu próximo post. A discussão foi preservada aqui e o e-mail também foi preservado aqui.

Notem especialmente que Hargis não tinha nenhum problema com von Brunn se descrever como sendo um Revisionista no cabeçalho da discussão. O que ocorre é que há poucas proibições ideológicas - à direita - para ser um "revisionista". Antissemitismo virulento certamente não é desencorajado.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2009/06/von-brunn-email-appeared-on-codoh.html
Tradução: Roberto Lucena

*Codoh: pros que não estão familiarizados com o site, o Codoh é um site de discussão gerido por negadores do Holocausto("revisionistas") com a falsa premissa de "livre discussão" sobre o Holocausto. Também apelidado de Cesspit pelo pessoal do Rodoh(o fórum antagônico ao Codoh).

Cesspit literalmente em português significa "fossa"(algo cheio de... bom, acho que vocês já sabem do que uma fossa é cheia, rsrs).

Ver também: A Rebelião dos Moonbats

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Atirador de museu em Washington trocou e-mails com neonazistas alemães

Berlim - O americano James von Brunn, responsável pelo tiroteio no Museu do Holocausto de Washington no qual morreu um segurança e que nega a existência da Solução Final do ditador Adolf Hitler, mantinha contatos com neonazistas alemães.

Um dos extremistas contatados pelo idoso de 88 anos era o líder e ex-advogado do Partido Nacional Democrático Alemão (NPD) Horst Mahler.

Brunn e Mahler trocaram várias mensagens por e-mail, através de fóruns internos de sites neonazistas alemães, afirma em sua última edição a revista alemã "Der Spiegel".

Em um deles, o americano contava a seu colega alemão que sentia a necessidade de viver o "ódio" como algo "natural e necessário".

Mahler, por sua vez, contestou o colega e argumentou que não se deve se "deixar cegar pelo ódio", pois isso inutiliza a visão para "destruir o inimigo".

Além dos contatos com Mahler, Brunn tinha se comprometido com ações da extrema-direita alemã em favor de Ernst Zündel, que também nega o Holocausto e para o qual o americano tinha reivindicado que fosse libertado, alegando que era "um grande homem".

Mahler é uma das figuras mais obstinadas da extrema-direita alemã, com uma longa lista de processos por incitação à violência e negação do Holocausto nas costas.

Na quarta-feira, Brunn entrou no Museu do Holocausto de Washington armado com uma espingarda e disparou contra o segurança negro Stephen T. Johns, de 39 anos, que morreu em decorrência dos tiros.

O atirador também ficou gravemente ferido, após ser baleado pelos guardas do museu, um dos mais visitados da capital americana.

Fonte: EFE/Último Segundo
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/06/13/atirador+de+museu+em+washington+trocou+e+mails+com+neonazistas+alemaes+6711935.html

Sobre Baader-Meinhof:
http://www.baader-meinhof.com/who/terrorists/BMMeinhof.html

Filho de atirador de museu nos EUA diz que ódio racial arruinou família

Washington, 13 jun (EFE).- O filho de James von Brunn, acusado de assassinar um segurança do Museu do Holocausto em Washington, disse hoje que o episódio é "imperdoável", e afirmou que o ódio racial de seu pai foi uma praga que arruinou a família.

Erik von Brunn, de 32 anos, manifestou suas condolências à família do vigia negro Stephen Johns em entrevista divulgada na edição digital do jornal "The Washington Post".

James von Brunn foi acusado formalmente na quinta-feira de homicídio pelo FBI (Polícia federal americana) e pela Polícia local, e pode ser condenado à morte.

As autoridades estudam a possibilidade de apresentar acusações por crime racial e contra os direitos civis, conforme informou em entrevista coletiva na quinta-feira o diretor associado da unidade de Washington do FBI, Joseph Persichini.

Na quarta-feira, Brunn entrou no Museu do Holocausto de Washington armado com uma espingarda e disparou contra o segurança negro Stephen T. Johns, de 39 anos, que morreu em decorrência dos tiros.

O atirador também ficou gravemente ferido, após ser baleado pelos guardas do museu, um dos mais visitados da capital americana.

O filho do acusado disse ao "Washington Post" não só conheceu o pai aos 11 anos, quando Von Brunn saiu da prisão após cumprir seis anos e meio de pena por tentar sequestrar membros do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) em 1981.

"Naquele momento já tinha essas crenças", disse Erik von Brunn, que afirmou que o ódio racial sempre fez parte de sua vida.

O filho do atirador disse que o ataque de quarta-feira o deixou abalado, e afirmou que nunca pensou que seu pai pudesse fazer algo assim. EFE

Fonte: EFE
http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL1193614-7084,00-FILHO+DE+ATIRADOR+DE+MUSEU+NOS+EUA+DIZ+QUE+ODIO+RACIAL+ARRUINOU+FAMILIA.html

Ler mais: 'Act of cowardice' says museum shooter James von Brunn's son

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Supremacista faz ataque armado ao museu do Holocausto nos EUA. Um guarda morreu

Morre segurança baleado por idoso no Museu do Holocausto de Washington

Ferido, atirador está hospitalizado em estado crítico.
Suspeito é ex-integrante de grupos racistas, diz polícia.

Do G1, com agências internacionais

O segurança baleado por um homem de 89 anos nesta quarta-feira (10) no Museu do Holocausto de Washintgon morreu no hospital, segundo as autoridades.

O atirador, um antissemita e ex-integrante de grupos racistas, está internado em estado grave.

Ele tinha uma arma de grosso calibre, segundo o sargento David Schlosse, porta-voz da polícia. Ele entrou no museu, por volta das 13h locais (14h de Brasília), e atirou contra um dos seguranças. Outros dois seguranças reagiram a tiros, ferindo também o agressor.

A polícia cercou o local, que fica a cerca de 500 metros da Casa Branca.

Ambulância deixa o local do tiroteio nesta quarta-feira (10) em Washington. (Foto: AP)

Uma terceira pessoa teve ferimentos leves, possivelmente provocados por estilhaços de vidro.

O agressor foi identificado como Jame Von Brunn, morador do estado de Maryland, segundo a TV. Ele já tinha passagem pela polícia por porte ilegal de arma. Ainda não há confirmação oficial de sua identidade nem dos motivos do ataque.

A Embaixada de Israel em Washington condenou o ataque. O prefeito da cidade, Adrian Fenty, disse que se tratou de um "incidente isolado".

O Museu do Holocausto presta homenagem aos cerca de seis milhões de judeus vítimas do nazismo durante a Segunda Guerra Mundial.

Fonte: G1
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1190426-5602,00-MORRE+SEGURANCA+BALEADO+POR+IDOSO+NO+MUSEU+DO+HOLOCAUSTO+DE+WASHINGTON.html

Ver mais: Los Angeles Times
http://latimesblogs.latimes.com/culturemonster/2009/06/shootings-reported-at-holocaust-museum-in-washington-dc.html
Telegraph.co.uk
http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/northamerica/usa/5499091/Security-guard-in-Washington-museum-shooting-dies.html

domingo, 22 de março de 2009

Ex-seminarista diz que Williamson ensinava antissemitismo

CIDADE DO VATICANO, 3 MAR (ANSA) - No início da década de 1980, o bispo católico tradicionalista Richard Williamson já declarava publicamente suas posições antissemitas, revelou o reverendo John Rizzo, que foi seminarista de Williamson naquele período.

Em entrevista à emissora de rádio norte-americana National Public Radio (NPR), o reverendo John Rizzo contou que conheceu Williamson quando o bispo inglês dirigia um seminário nos EUA.

Ao falar do holocausto, "Williamson dizia que não era nada mais que um monte de mentiras", lembrou Rizzo, que freqüentou o seminário de Ridgefield, dirigido por Williamson, em 1983.

"Tirava sarro de mim por causa do meu nariz, me perguntando se eu não era judeu e dizendo que queria ver um certificado de batismo", acrescentou.

Rizzo disse que "havia um outro seminarista, chamado Oppenheimer, e Williamson dizia que não gostava do nome dele e que havia uma câmera de gás que o estava esperando".

Um dos quatro bispos lefebvrianos que tiveram a excomunhão suspensa pelo papa Bento XVI, o inglês Richard Williamson se tornou centro de uma polêmica após fazer declarações negacionistas sobre a morte de judeus nas câmaras de gás.

Recentemente, Williamson apresentou um "pedido de perdão" às vítimas do Holocausto e à Igreja, que, no entanto, não aceitou as desculpas do bispo por "não respeitarem as condições estabelecidas" pela Santa Sé. (ANSA)

Fonte: ANSA
http://www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/fdg/200903031507340067/200903031507340067.html

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

"Dr." Rudolf?

Outro ponto de similaridade entre negadores da evolução e negadores do Holocausto, embora talvez não tão forte quanto os outros, é o uso de credenciais fraudulentas.

Embora pareça que este fenômeno não é tão difundido entre os "revisionistas", houve dois notáveis exemplos. O primeiro é bastante categórico - Fred Leuchter se apresentou como sendo um engenheiro.

O segundo é mais interessante. Germar Rudolf não conseguiu receber um doutorado do Instituto Max Planck por Pesquisa do estado sólido. Aparentemente, a razão pra não deixá-lo defender sua dissertação foi política, mas mesmo que fosse, o fato é que ele não tem nenhum PhD.

É bem conhecido que Rudolf usou muitos pseudônimos durante sua carreira "revisionista". Embora o uso de pseudônimos não tenha importância geralmente, ele usou pseudônimos com doutorados, e mais tarde justificando isso dessa forma:
Na primavera e verão de 1992 fui chamado por vários advogados de defesa como uma testemunha especialista em vários julgamentos impostos aos revisionistas na Alemanha (ver a nota de rodapé 103 da brochura mencionada). Nestes julgamentos -- como em todos os julgamentos contra os revisionistas -- os juízes recusaram aceitar qualquer evidência apresentada pela defesa, incluindo todas as testemunhas especialistas. Tive que aprender que um químico (eu) estava sendo recusado porque não era um toxicologista e nem historiador, um engenheiro (Leuchter) sendo recusado porque não era nem químico e nem historiador, um historiador (Prof. Haverbeck) sendo recusado porque não era nem químico e nem um engenheiro. Minhas conclusões foram que alguém obviamente tinha que ser ao mesmo tempo um engenheiro, um químico, um toxicologista, um historiador e talvez ser um advogado para ser aceito como uma testemunha especialista na corte alemã. Com o processo legal sendo tão pervertido na Alemanha, decidimos burlar isso inventando uma pessoa com todas essas características, mas então demos conta que isto seria um tanto irreal, então dividimos aquela pessoa em várias.
Nenhuma desculpa dele por esta prática fraudulenta.

De qualquer forma, se você procurar no google por "Dr. Germar Rudolf" você conseguirá muitos hits. E que esta falsificação das credenciais de Rudolf pode ser deliberada está bem claro numa mensagem recente da Cesspit (ênfase minha):
Uma instituição que não identificarei (devido ao fato de anti-revisionistas lerem este tópico de discussão) está levantando dinheiro e como parte do esforço, elas estão vendendo tijolos nos quais pessoas podem ser inscritas com o nome ou algum dito.

Em homenagem às grandes contribuições ao Revisionismo que Germar Rudolf proporcionou aos caçadores da verdade em todo lugar, eu decidi comprar e dedicar um tijolo a ele.

Além do seu nome, eu também tive umas poucas linhas disponíveis onde pude incluir um curto dito.

Qualquer pessoa no tópico da discussão não faz a menor idéia de como é transmitir essa idéia junta.

Também, seria apropriado usar a palavra Dr. no título.

Eu também parti para comprar um tijolo para alguns outros revisionistas que se mobilizaram pela causa, em vida ou morte.
Esta pessoa obviamente sabe que Rudolf não é "Dr.", e já considera aplicar este título a ele de qualquer forma.

Atualização: heh, eles apenas não podem parar de cavar(e afundar). Citações(sugestões)para Rudolf.
"Para Dr Germar Rudolf,
preso por lutar contra
os falsos dogmas da nova religião"

("chamada 'holocau$to")
Atualização 2: e outra:
Tanto pelo Dr. título; pode não ser legal anunciá-lo como um doutor para o negócio, mas sinto que ele muito merece o título, então por que não adicionar o Dr. título. Além do mais, isso pode ajudar a acabar com suspeitas.

Que tal essa:
Dr. Germar Rudolf – por sua implacável procura pela verdade. Obrigado!
Atualização 3: como é costume pra Cesspit, quandouma postagem torna-se embaraçosa demais, ela desaparece. A primeira citação é de "vincentferrer", a segunda - de "kk", a terceira - de "Sushicotto".

Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/05/dr-rudolf.html
Tradução(português): Roberto Lucena

A seguir(mas isto só será tratado em 2009)... "cenas dos próximos capítulos"... Como a máscara nazista, ops, "revisionista", será desfraudada uma vez mais.

Um Raio-X das biografias e perfis dos principais(ou mais destacados ou 'cabeças' do "movimento") "gurus" "revisionistas", vulgo negadores do Holocausto, para servir de consulta pública e também para demonstrar o "quanto" são "pesquisadores e escritores de livros de História" os ditos "revisionistas" do Holocausto.

Esta história de fraudes credenciais de Germar Rudolf foi só um "pequeno" exemplo de como um legítimo "revi" costuma agir, numa espécie de vale tudo pela mentira e pela negação do Holocausto, para propagar suas mentiras e deturpações da História(e esse é um dos mais dedicados e destacados da tropa...).
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Encerramento de 2008.

Agradecendo a todos os falantes(ou não)do português(ao público lusófono em geral)que visitaram este espaço em 2008, e a todos os brasileiros que vivem em outros países e que também visitaram este espaço, felicidades a todos.

Feliz 2009 a todos. Happy New Year, Ein Gutes Neues Jahr, Feliz Año Nuevo, Bonne Année, Felice Anno Nuovo, 明けましておめでとうございます (akemashite omedetou gozaimasu), Gelukkig Nieuwjaar, Gelukkig Nieuwjaar, Szczęśliwego nowego roku, Bon any nou!!, Feliĉigan Novan Jaron, Laimingų Naujųjų Metų, Godt Nytår, Честита Нова Година, baxtalo nevo bersh, С Новым Годом (S novim godom).

Happy New Year for everyone, for whole world.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

David Irving - O embaixador "revisionista" de Hitler

"Historiador" diz que Hitler era "uma pessoa muito humana"

MADRI - O historiador britânico David Irving, conhecido por negar a existência do Holocausto, disse que Hitler era "uma pessoa muito humana" e que o campo de concentração de Auschiwitz, na Polônia, é hoje uma "espécie de Disneylândia".

As declarações foram dadas em Madri, Espanha, onde Irving esteve no último domingo para participar de uma conferência, informou o jornal local El Mundo.

O britânico, de 70 anos, diz que o líder nazista não tinha conhecimento dos massacres cometidos durante o regime, cujas responsabilidades devem cair sobre seus funcionários. "Considero-me um embaixador de Hitler para o futuro. Ele não pode se defender", afirmou o historiador.

Sobre os campos de concentração nazistas, Irving questiona o número real de pessoas mortas e a existência das câmaras de gás, além de afirmar que Auschwitz é hoje uma "espécie de Disneylândia para turistas".

A conferência, que primeiramente seria realizada em um hotel no bairro de Salamanca, foi transferida de última hora para um outro hotel localizado nas proximidades da estação de Chamartin, a fim de evitar o encontro entre manifestantes de extrema-direita e de esquerda.

O historiador já teve diversos problemas com a justiça devido às suas teorias, tendo sido condenado a um ano de prisão na Áustria, além de ser considerado persona non grata na Austrália e na Nova Zelândia.

Fonte: ANSA/Panorama Brasil
http://www.panoramabrasil.com.br/Noticia.aspx?idNot=265645
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Comentário: com bastante freqüência, negadores do Holocausto tentam a todo custo negar até suas afinidades ou filiações idológicas acerca do nazismo, no caso, de que não seria nazistas, proto-nazistas, simpatizantes do nazismo/fascismo ou coisa do tipo e que seriam apenas meros "estudiosos" ou "revisadores" do Holocausto.

Está aí mais uma declaração do principal negador do Holocausto(o que tem mais peso pois foi o único que conseguiu algum eco fora do meio 'outsider' negacionista), ou "guru" dos negadores(pois os seguidores do dito "revisionismo" mais parecem filiados a alguma seita religiosa fanática), deixando claro sua defesa da figura de Adolf Hitler e conseqüentemente do nazi-fascismo(extrema-direita).

As ligações entre "revisionismo"(negação do Holocausto)com o anti-semitismo/racismo e o nazismo são incontestes, por mais que os negadores que se aglomeram pela rede(internet)tentem negar tudo cinicamente(não só o Holocausto como principalmente suas afinidades ideológicas pra não chamar a atenção daqueles que não tem noção ao certo do que se trate o negacionismo do Holocausto e de seus ideólogos pró-nazismo).

sábado, 14 de junho de 2008

Antropologia - neonazismo usa internet para propagar seus ideais

A intolerância e o ódio racial encontraram um potente meio para se propagar: a internet.

Uma pesquisa aponta o crescimento rápido de páginas virtuais destinadas à disseminação do racismo e do ideário de superioridade da ´raça ariana´: em 2002 elas eram cerca de 8 mil e em 2007 já totalizavam 12,6 mil. O estudo procurou identificar quem são os neonazistas, em que portais se encontram, como operam na internet e quais são os discursos que usam para validar suas visões.

A antropóloga Ana Dias, autora da pesquisa, afirma que um dos maiores desafios foi driblar os mecanismos que dificultam a identificação imediata do conteúdo das páginas racistas. Segundo ela, em geral, essas páginas são muito densas tanto em hipertextualidade quanto em multimídias (ícones, vídeos e imagens ocupam dezenas de bytes), dificultando sua localização por mecanismos de busca.

Os dados mostram que há, no Brasil, mais de 150 mil simpatizantes de movimentos neonazistas, racistas e revisionistas, sendo que cerca de 100 mil são ativistas.

- Não são adolescentes que se juntam a um movimento por diversão. Trata-se de um grupo de pessoas que acredita em suas idéias e está disposto a pô-las em prática.

Discursos distorcidos

Segundo Dias, há dois discursos que sustentam as idéias desses grupos: o genômico, que se baseia na premissa de que a ´raça ariana´ possui genes superiores e foi escolhida por Deus para promover o desenvolvimento da raça humana; e o discurso mitológico, que cria mitos e se apropria de outros para construir o ideário ariano.

Um dos mitos mais fortes é o do sangue ariano, que seria responsável pela conexão transcendental existente entre os arianos. Para esse grupo, se esse sangue permanecer puro, ou seja, se não houver mistura de raças, a raça ariana evoluirá e se tornará eterna.

A pesquisadora cita exemplos como o da página norte-americana National Alliance, na qual está expressa a preocupação de seus integrantes com a formação de líderes que sejam capazes de lutar pelos ´direitos´ dos brancos. Já na página do grupo brasileiro Valhalla88 aparecem o ódio ao negro e ao judeu e a recusa a mistura inter-racial.

Graças à denuncia feita pela antropóloga e por outros internautas ao Ministério Público, essa página foi retirada do ar.

Fonte: Jornal do Brasil(clipping do site da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão/Procuradoria Geral da República)
http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/clipping/marco/antropologia-neonazismo-usa-internet-para-propagar-seus-ideais/

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