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sexta-feira, 30 de maio de 2025

O silêncio omisso e criminoso da "Lacrolândia brasilis" (o "Identitaristão midiático" ou "Indústria do identitarismo") sobre a remoção de direitos de grupos trans/LGBT no Reino Unido (Inglaterra)

Foto do site da PBS
TV Pública dos EUA
Esse assunto veio à tona em abril, eu ia publicar por aqui na ocasião mas não foi possível, mas repassei o assunto pra mais gente. A quem não viu, matéria abaixo:

"Reino Unido exclui mulheres trans de reconhecimento legal
Decisão do tribunal do país limita o conceito de “mulher” ao sexo biológico para proteger direitos conquistados
"
https://www.poder360.com.br/poder-internacional/reino-unido-exclui-mulheres-trans-de-reconhecimento-legal

O Reino Unido, que uma parte no Brasil só conhece ou entende pelo nome de "Inglaterra" (coitada da Escócia, Gales e Irlanda do Norte, o nome do país é Reino Unido ou "Grã Bretanha"), removeu os direitos do público (minúsculo) transsexual no Reino Unido, limitando o "conceito de mulher", atendendo uma agenda ultraconservadora vinda dos Estados Unidos, sendo um ataque a uma minoria, pois se trata de um grupo minúsculo, vulnerável, onde o "conceito ampliado" de "homem e mulher" não afeta a vida de ninguém hétero e afins, exceto na cabeça de gente fanatizada por religião e outras bizarrices políticas.

Mas cabe alguns apontamentos de como se chegou a esse ponto.

O histrionismo, histeria por anos de grupos pagos, aparelhados, financiados que declaram "defender" (aspas) as ditas minorias nessa parte do Globo (no Ocidente ianque e no Ocidente ampliado ou original, que inclui a América Latina) abriram espaço pro avanço desse tipo de agenda, com a postura agressiva, perfomática de alguns grupos, da visibilidade forçada feita pela mídia alinhada e aparelhada pelos Estados Unidos (o tal "wokeism", como é conhecido "identitarismo" nos EUA, é política de Estado pra provocar divisão nas organizações populares, trabalhistas e cia, e pra cataputar a extrema-direita).

A turma histriônica sempre foi porta-voz da extrema-direita, foi o que ascendeu da política indiscriminada de grupos aparelhados que supostamente defendiam "minorias".

Por que "supostamente"? Onde estão esses grupos relinchando, esperneando, xingando, agredindo meio mundo de "ser preconceituoso" quando removeram o direito desse grupo na "Inglaterra" (Reino Unido)?

Ficariam calados assim se fosse um país visado como a Venezuela, Cuba ou Irã que fizesse isso?

Pra se ter uma ideia de retrocesso britânico, no Irã ocorre isso (tem inúmeras matérias malhando o Irã, eu peguei a que aponta a questão que cito, pra mostrar o quanto esse histrionismo e propaganda de mídia deturpam qualquer discussão no Brasil e resto do mundo):
"Irã estuda projeto de lei para proteger transexuais" ("https://exame.com/mundo/ira-estuda-projeto-de-lei-para-proteger-transexuais")

Aos "defensores histriônicos de minorias", que faz histrionismo defendendo Israel, ou se calam sobre o genocídio de Gaza, por que não dão um pio sobre essas coisas?

É por que foi no Reino Unido (país central)?...

Ou por que não defendem causa real alguma exceto buscarem fama e dinheiro em cima de grupos vulneráveis?

"Contem pro tio" aqui. O país todo quer saber a razão da omissão, silêncio desses "grupos histriônicos" ("Indústria cultural do identitarismo") sobre retrocessos em países centrais contra grupos vulneráveis e o silêncio omisso e criminoso sobre o genocídio de Gaza.

domingo, 6 de abril de 2025

O fim de uma era: "Foi assim que, quase da noite para o dia, os Estados Unidos preencheram o vácuo deixado pelos britânicos que partiam"

Irei só pinçar alguns trechos do texto que saiu pela BBC (acho que tradução do texto em inglês, original) pela "BBC Brasil"), que aponta, até de forma inconsciente, o tamanho do colapso que estamos vendo ao vivo.

Eu sempre aviso ao povo que confere os comentários da discussão do blog sobre conflito no Oriente Médio (sai de tudo no meio) pra procurarem ler algo de relevo em vez de "trololó" de rede (bobeira, conversa fútil, o que significa "trololó", link https://dicionario.priberam.org/trolol%C3%B3 já que muita gente fora do Brasil acessa o blog, é a maioria do público do blog, por sinal), "trololó" apressado de Youtube e cia (Youtube é uma máquina de entretenimento, por mais que possa ser usado pra outros fins, entretenimento, distração, dispersão, o que ajuda a fixar assuntos e cia é a discussão direta, mais precisa, de caráter mais histórico e não apenas "geopolítico", discussão de armamento e cia, e nada contra quem goste, tem sua relevância, só que a parte política/histórica ditam até o "tambor", a "valsa/dança" do "tambor militar", das guerras).

Destaco o trecho do artigo/texto em que o texto da BBC detalha a passagem de "bastão" do Império britânico (falido, caindo aos pedaços) pros Estados Unidos tomar seu lugar no mundo, e já deixo o link do texto da BBC pra quem quiser ler inteiro sem ler a discussão aqui primeiro:

"Exausto, falido e fortemente endividado com os Estados Unidos, o Reino Unido disse aos EUA que não poderia mais continuar apoiando as forças do governo grego que estavam lutando contra uma insurgência comunista armada.

Os britânicos já haviam anunciado planos para sair da Palestina e da Índia e reduzir sua presença no Egito. Os Estados Unidos perceberam imediatamente que agora havia um perigo real de que a Grécia caísse nas mãos dos comunistas e, por extensão, sob o controle soviético.

Caso a Grécia seguisse esse caminho, os Estados Unidos temiam que a Turquia pudesse ser a próxima, dando a Moscou o controle do Mediterrâneo Oriental, e, potencialmente, o Canal de Suez, uma rota comercial global vital.

Foi assim que, quase da noite para o dia, os Estados Unidos preencheram o vácuo deixado pelos britânicos que partiam.
"

Texto da BBC original, traduzido pra BBC Brasil sob o título de "Como Trump bagunçou a ordem mundial — e deixou os líderes europeus em apuros", link (https://www.bbc.com/portuguese/articles/cnvz4jmvp23o.

O texto todo descreve a passagem de poder do Império britânico caindo (consequência das duas guerras mundiais, problemas internos e outros conflitos) pra ascensão dos Estados Unidos em seu lugar, e abre espaço pra descreverem a própria queda do Império norte-americano atual, que vai pelo mesmo caminho, endividado (site do senado norte-americano, a dívida norte-americana em março de 2025: 36 trilhões de dólares, e subindo, tem a dívida detalhada no link https://www.jec.senate.gov/public/vendor/_accounts/JEC-R/debt/Monthly%20Debt%20Update.html), cansado, falindo, com um "lunático" idoso no comando.

Eu já coloquei esses links pelas discussões de "Gaza" (Oriente Médio) do post retrasado/passado e do atual (chutando sobre esse, mas acho que coloquei), respondi algum "maluco" na rede (é só o que tem) alegando que os EUA "lideram tudo", isso é o percentual dos países em manufaturas, traduzindo, o que cada país produz, fabrica globalmente, a China lidera o ranking (nessa tabela, tem mais de uma em vários sites, mas todos na mesma medida) com 31.6%, os EUA vêm até com uma margem folgada em segundo com 15.9%, o terceiro é o Japão que só aparece com 6.5%, tem o resto da lista no site, em um dos sites pois há medidas diferentes em mais de um, só que nessas proporções, tem um, citando de cabeça, que aponta a China com uns 35%, link, site safeguardglobal (https://www.safeguardglobal.com/resources/blog/top-10-manufacturing-countries-in-the-world/).

E o ranking de medida do "PIB pelo poder de paridade de compra", que é uma medida de PIB mais aceita como mais realista do que a "medida tradicional" que não leva em conta a questão do câmbio das moedas (a moeda chinesa é depreciada, em valor, em relação ao dólar), pelo ranking do PIB de "paridade de poder de compra", a China já é a maior economia do mundo (e sobe), os Estados Unidos aparece em 2o lugar em duas "medidas" e a União Europeia em 2o lugar numa das três (e em terceiro nas outras duas, o PIB da União Europeia é parelho ao PIB norte-americano, ou seja, se a União Europeia se fragmentar, a economia europeia colapsa, literalmente), o link pra acessarem os números abaixo:

Lista de países por PIB (Paridade do Poder de Compra): (https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_PIB_(Paridade_do_Poder_de_Compra)).

"Ah, mas os números são suspeitos"... vou destacar a fonte dos números, a primeira o FMI (ligado aos EUA), a segunda o "Banco Mundial" (ligado aos EUA) e a terceira vem do "The World Factbook", o "livro branco" da CIA (preciso dizer qual o país da CIA?... acho que não... mas esses dados do World Factbook são em geral levados em conta, apesar de vir da CIA é tido como uma publicação séria.

Estou destacando isso pelo baixo nível de educação, intelectual ("surto de olavismo", doença mental grave) que o Brasil passa, onde aparecem celerados colocando em cheque dados, números sem apontar nada pra confirmar certas asneiras que proferem quando "criticam".

1. E também pra ironizar (de novo) a turma que solta indireta nos chamando de "extremistas", "extremismo", mas eu levantei alguns pontos (perguntas) pra esse pessoal no fim do post de discussão do Oriente Médio (link https://holocausto-doc.blogspot.com/2024/12/post-sobre-conflito-no-oriente-medio-e-a-crise-humanitaria-em-gaza-palestina-discussoes-na-caixa-de-comentarios-parte-19.html), que eu torço pra que "consigam" responder (mas acredito que vão ignorar e/ou tergiversar atacando, urrando, provavelmente), sobre se certas posições de alguns deles seriam consideradas "extremismo" também (de verdade), embora alguns saíram apagando coisa na rede pra que não possam criticar certas "posições pretéritas" ("1984" na veia, rs):

"Netanyahu e Orbán: uma aliança apesar do anti-semitismo" (https://www.publico.pt/2025/04/04/mundo/noticia/netanyahu-orban-alianca-causa-perplexidade-2128596), do jornal Público (Portugal).

2. Deu na CNN também, essa emissora de TV "bancada pelo regime iraniano" (conteúdo irônico), a CNN norte-americana, porque a "CNN brasileira" faz cara de paisagem pro "assunto"... (por que será?... a "versão" brasileira é mais reaça que a Fox News dos EUA):

"Israel embraces France’s far-right, turning a blind eye to its Nazi past" ("Israel abraça a extrema-direita francesa, virando os olhos pra seu passado nazista" https://edition.cnn.com/2025/03/26/europe/israel-embraces-france-far-right-intl/index.html).

Que tal a "aliança" acima?
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O "cavalo de pau" (https://pt.wikipedia.org/wiki/Cavalo_de_pau_(manobra)) que o mundo passa é tão profundo que deu um "tilt" na cabeça de muita gente (https://www.dicionarioinformal.com.br/tilt/, "Tilt" usado nessas colocações no Brasil significa "pane", "parafuso", "apagão mental", ou alguma pane na cabeça, em comparação à pane que um Computador sofre quando tem problema, entra em colapso). Não condeno as pessoas pela "pane mental", mas... é bom recobrarem a consciência logo, não têm o resto da vida pra melindrar com isso.

Mas retomando o texto da BBC (tudo que foi citado acima tem a ver com o tema), destaco também essa parte:
"Os Estados Unidos, tradicionalmente isolacionistas e protegidos com segurança por dois vastos oceanos, emergiram da Segunda Guerra Mundial como líderes do mundo livre.

Enquanto os Estados Unidos projetavam seu poder em todo o globo, passaram as décadas do pós-guerra refazendo grande parte do mundo à sua própria imagem.

A geração baby boomer cresceu em um mundo que parecia, soava e se comportava mais como os Estados Unidos do que nunca. E o país se tornou a hegemonia cultural, econômica e militar do mundo ocidental.

No entanto, as ideias fundamentais nas quais os Estados Unidos basearam suas ambições geoestratégicas agora parecem prestes a mudar.

Donald Trump é o primeiro presidente dos EUA desde a Segunda Guerra Mundial a desafiar o papel que seu país estabeleceu para si mesmo há muitas décadas.

E ele está fazendo isso de tal forma que, para muitos, a velha ordem mundial parece ter acabado — enquanto a nova ordem mundial ainda não tomou forma
.

A questão é: quais nações assumirão a liderança? E, com a segurança da Europa sob maior pressão do que em qualquer outro momento recente, seus líderes, que atualmente estão brigando, serão capazes de encontrar uma resposta adequada?"
Mais aqui:
"A própria posição de Trump parece ir além de criticar aqueles que, segundo ele, estão se aproveitando da generosidade dos Estados Unidos.

No início de sua segunda presidência, ele pareceu abraçar o presidente russo, Vladimir Putin, dizendo à Rússia que a Ucrânia não obteria a adesão à Otan e que não deveria esperar recuperar o território que perdeu para a Rússia.

Muitos criticaram o posicionamento por abrir mão de duas grandes moedas de troca antes mesmo de as negociações começarem. Aparentemente, o presidente americano não pediu nada à Rússia em troca.

Por outro lado, alguns apoiadores de Trump veem em Putin um líder forte que personifica muitos dos valores conservadores que eles mesmos compartilham. Para alguns, Putin é um aliado em uma "guerra contra o woke".
"
Breve comentário: "aliado de uma guerra contra o woke", ou seja, "aliado a um monte de nada", e um espantalho e histeria moralista conservadora norte-americana ao que eles chamam de "liberalismo" nos costumes ("excesso de liberdade, libertinagem, de "coisa gay" etc, coisa de gente religiosa, obtusa, apesar de que o discurso histérico de ditas "minorias" usados pela mídia norte-americana e puxadinhos pelo mundo criou esse "espantalho" conservador, com o problema dos desvios de discursos de gente infiltrada em grupos de esquerda, de verdade, onde a esquerda tinha força política ou ainda tem).

E o colapso da OTAN, o trecho é bem maior mas destaco essa parte aqui:
"'Esquecemos as lições da nossa história'
Um dos grandes desafios que a Europa, em particular, enfrenta a partir daqui é a questão de como se armar adequadamente.
Oitenta anos de confiança no poder dos Estados Unidos deixaram muitas democracias europeias expostas. O Reino Unido, por exemplo, cortou os gastos militares em quase 70% desde o auge da Guerra Fria. (No final da Guerra Fria, no início da década de 1990, a Europa se permitiu um 'dividendo de paz' e iniciou um processo de décadas de redução dos gastos com defesa.)

"Tivemos um grande orçamento [durante a Guerra Fria] e recebemos um dividendo de paz", diz Wallace. "Agora, você poderia argumentar que isso era justificado."

"O problema é que passamos de um dividendo de paz para uma invasão corporativa. [Defesa] acabou se tornando o departamento preferido para cortar dinheiro. E foi aí que simplesmente esquecemos as lições da nossa história.""

Quem quiser checar o texto inteiro, o link está no começo. O texto original não vai ter, obviamente, os comentários feitos aqui. Mas achei realmente destacável esse texto da BBC.

Tem "gente xucra" que acha que por eu ter críticas à Europa (política externa) e EUA que ninguém usa fonte europeia ou norte-americana aqui, não preciso nem acrescentar nada pra criticar essa postura pois já disse que isso é coisa de "gente xucra" (https://www.sinonimos.com.br/xucro/), que é o mesmo que "pessoa ignorante", bronca, tapada, estúpida e por aí vai.

Esse espaço existe há mais de década e a gente ter que "explicar" coisas simples beira o ridículo, tal o nível absurdo de estupidez que o Brasil mergulhou (e parte do mundo). Mas fazer o quê?... a caravana vai passar assim mesmo, seguir o "caminho" (https://dicionario.acad-ciencias.pt/curiosidades/os-caes-ladram-e-a-caravana-passa/), apesar de alguns "cachorros latindo". 

Os grandes acontecimentos continuarão a estourar independente de posição moralista/refratária de A ou B em canal "exótico" de Youtube. Ressalto isso porque já veio pelo menos cinco pessoas repetindo bobagens que assistem nesse tipo de canal que critico aqui, e mesmo alertando, "persistem", no que adotei a postura de que, "tudo bem", assistam o que quiserem mas também não venham repetir tolices por essas bandas. Em algum momento vão entrar em parafuso com o "choque de versões" que essa turma mesma cria.

E não poderão ficar de "copy and paste" como ficavam no passado (no Facebook) como quando a gente publica o que pensa aqui.

Cuidado que há "público" de vocês (de alguns desses canais) que circulam por aqui também sem comentar pros "donos dos canais"... essa turma vai prestar atenção nessas "cópias" sem citação de onde se discutiu originalmente tal assunto. Já comentei esse assunto aqui: ("Aos que "querem" ou gostariam de invisibilizar o blog, o blog/site em números: passamos os 2 milhões de views (visualizações)" https://holocausto-doc.blogspot.com/2025/03/aos-que-querem-ou-gostariam-de-invisibilizar-o-blog-o-blog-site-em-numeros-passamos-os-2-dois-milhoes-de-views-visualizacoes.html).

Na verdade já vai em mais de 2 milhões e quase 6 mil views, fora os mais de 30 mil acessos no blog parelho em outros idiomas. Não é o mesmo que um canal de Youtube, mas é gente suficiente lendo (em um mesmo nicho). Podem continuar a "ignorar" formalmente, mas não copiando como faziam antes.

E ao público em geral, atenham-se ao texto indicado, é o que importa de fato no post, essa parte de "ironias", "farpas" e afins só ocorre porque a gente, hoje, fica "cercado" pelo circo que virou o Youtube, sem expressão (um dos motivos pra abrir um canal, incipiente), coisa que não acontecia até a ascensão dessa outra rede do Google. Ou ficava "sem expressão", deram uma "suavizada" depois que entenderam que 2 milhões de views não é o mesmo que "mil visualizações no geral".

Em algum momento, por conta dessas imposturas, aquela rede de vídeos do Google (Youtube) vai acabar declinando também, embora o Google tenha uma identificação precisa de plágio se copiarem coisa de outros vídeos mas não faz isso com sites. De qualquer forma, os avisos foram dados, "cai" em "lábia" de A ou B quem quer, responsabilizem-se por isso quem gostar, não venham reclamar depois, aqui não é "divã".

segunda-feira, 24 de julho de 2023

"11 milhões de britânicos encararam fome em 2022". A extrema-direita cresce em cima dessas coisas (destruição do bem-estar social), financiada e organizada por frações das elites

Das notícias que não saem no Brasil, apesar de que na verdade o que se passa é "se a a Globo não diz então não existe", pro país, pras bolhas de pasmaceira de classe média "esquerda fofucha identitária" dessas redes que "nunca sabem de nada", "nunca discutem" nada (sério, quando não são infantilizados e histéricos) e ficam "chocados" porque vivem alienados de quase tudo (do mundo, do país etc). Além das crenças vira-latas de parte dessa turma sobre a Europa, que seguem (sem assumir) crenças "racistas" de "supremacismo do branco europeu", da "super-raça" sem entender de fato como houve melhoria por lá (com o estado de bem-estar social [1] pós-2aGM, o mesmo bem-estar social que começa a ser detonado pra valer nos anos 80 no próprio Reino Unido na figura de Thatcher, a restauração reacionária do velho liberalismo que pariu duas guerras mundiais colapsando e abraçando a extrema-direita, quando não ajudaram a forjá-los). Pelo menos a horda do miliciano (bolsonarismo ou olavismo) é mais explícita na simpatia pela coisa (quando algum entende algo) que uma turma "cheirosa" que usa a alcunha ridícula de "progressista", termo importado dos liberais dos EUA.

Sem muita delonga, recebi essa notícia ainda em fim de junho, tradução livre porque até quando me foi passado não havia (não sei se há) tradução alguma pro português, "ah, mas não entendo", usa o tradutor da rede que dá pra entender sim (não cola mais essa desculpa do "está em inglês" em 2023): "11 milhões de britânicos encararam fome em 2022" ("Over 11 million Britons faced hunger in 2022" https://www.bworldonline.com/world/2023/06/28/531193/over-11-million-britons-faced-hunger-in-2022/). Notícia original da Reuters (é citada no texto original, no final).

Fome essa provocada graças à austeridade na economia (os famosos cortes de investimento público que a mídia dominante no Brasil e "Ocidente" falam de "Estado inchado", grande e outras baboseiras, mas pra dar dinheiro pra bancos e setor financeiro "tudo bem", aí pode ser "grande", gigante), o famoso neoliberalismo e a guerra da OTAN na Ucrânia (que causa inflação na Europa Ocidental).

Antes que alguém chie, sempre me denominei de esquerda mas nunca "progressista" (não sou parte de "patota descolada", nunca fui e sei que essa turma em geral acaba me "adorando" entre aspas por dizer abertamente a coisa), até porque boa parte dessa turma fica apinhada naquele lixo do Facebook copiando comentários pra repetir coisas que não entendem bem (não se aprofundam), a horda de palhaços que se declaram "progressistas" sempre enveredam pra explicações esdrúxulas, meramente de "roteiro cultural" ignorando a parte material concreta da coisa: fome, desemprego, precarização, desindustrialização de países etc. Tentando resumir, as mesmas elites que destruíram isso em vários países, pra conter a "turba" (povo) enfurecido com a perda de direitos, bem-estar social e cia começam a insuflar, financiar bandos de extrema-direita "radicalizados" pra conter qualquer reação de protesto ou contra a destruição/declínio do bem-estar social, ancorados sempre numa mídia forte que cria "cortina de fumaça" sobre a explicação econômica e política do problema, também com a cumplicidade de certos setores alinhados da elite posando de "esquerda", que fazem cortina de fumaça pra todos esses problemas só mencionando a consequência da coisa (sem irem à raiz da coisa nunca).

Essa mesma mídia hegemônica resumiu que tudo isso "aconteceu" ao Reino Unido por conta simplesmente do Brexit, e não do inferno provocado pela bruxa Thatcher (eu uso até nome pior que "bruxa" pra ela, mas pra evitar "chiados" vamos chamar "só" de "bruxa", por enquanto) nos anos 80 chancelada pelo "New Labour" do FHC britânico (Tony Blair).

Em outro post ou nos comentários (se o Stéphano ou outra pessoa comentar) dá pra aprofundar na questão, pra discutir a origem desse "caos" (no Thatcherismo dos anos 80 e colapso soviético) e ainda abordar outras questões que uma parte anda "rugindo" nas bolhas sem nem entender a origem ou sentido real dos termos ("identitarismo", pós-modernos, Francis Fukuyama, ascensão absoluta do Império norte-americano e consequente declínio etc).

Por sinal, aproveitando o gancho, tem uma patotinha do neo-PDT da Cirolândia que me "segue" há tempo, o termo "New Left" ("Nova Esquerda") que uso é muito em referência ao Blair e o "New Labour" (sabem o que é?) apesar de não aparecer com ele (mas ele é parte). Quando quiserem usar termos/conceitos pra xingar a esmo, ao menos entendam a razão do uso dos termos pra não ficarem repetindo as coisas distorcidas como o bando de xucros que são. E vejam que vocês não me controlam, eu deixo a coisa aqui registrada (tanto o Holocaust Controversies, referência pra esse blog, como esse, tem citações em teses no país e é lido por um público mais antenado), por isso que sempre zombei de vocês ao fazerem aquelas "Lives" enfadonhas ridículas (entendiantes) quando basta a gente colocar a coisa num texto (explicada) e repassar a coisa de forma adequada. Nunca citam a fonte de nada, eu também só vou mencionar vocês de forma "genérica", se o público leitor do blog ouvir algum boquirroto ou idiotas no Youtube repetindo essas coisas, a explicação correta disso sempre estará aqui e não com esse pessoal. Como costumo sempre "passar na cara" dessa turma, espero que eles tenham notado que não é necessário a chancela deles pra se publicar ou participar politicamente do debate no país. Embora a ressonância maior fosse melhor, paciência, depois de praticamente 10 anos de desgraça (explode a coisa em junho de 2013), não tenho mais "saco" pra aturar devaneio de patota ou a soberba desse pessoal, que deveria calçar as "sandálias da humildade" [2] e parar de ficar repetindo cantinela batida enfadonha sobre "fascismo! fascismo! fascismo" sem entender os mecanismos de domínio reais nos países e o contexto em que isso se dá.

Eu sempre disse que era simpatizante da figura do Brizola, e pra meu desgosto destroçaram o que sobrou (que não era grande coisa já) do PDT, partido criado pelo Brizola, Darcy Ribeiro e outros quando pegam a sigla do PTB pra devaneios e deturpação de filhotes da ditadura militar (1964-1985).

Se assistirem "por aí" na rede canais alternativos "lacrando" [3] citando o assunto, já sabem da origem da coisa (de onde saiu a "pancada", a discussão), porque nunca citam fonte de nada, pra não fazer "sombra" (aos canais, não se preocupem, se precisarem de guarda-chuva e sombrinha a gente providencia). A gente pode até ocupar o mesmo barco, mas cada um vai remar de um jeito (e o jeito de remar daqui é bom, sem falsa modéstia).

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Pra mais informações sobre a fome no Reino Unido, conferir os links (pros que "duvidam", as informações destacadas neste blog sempre possuem lastro, até bem mais que a mídias "dominante" e "alternativa" do país:

10 Facts About Hunger in the United Kingdom (https://borgenproject.org/hunger-in-the-united-kingdom/)

Hunger in the United Kingdom (Verbete Wikipedia em inglês: https://en.wikipedia.org/wiki/Hunger_in_the_United_Kingdom)

Anniversary of the National Hunger March (http://www.rcpbml.org.uk/wwie-20/ww20-39/ww20-39-11.htm)

Neo(liberalismo) é isso: fome, miséria e desgraça. As duas grandes guerras do século XX foram consequência direta da crise que o liberalismo provocou com o capitalismo selvagem "laissez-faire", por isso que é bizarro ver uma massa precarizada no Brasil delirando sobre "empreendedorismo" e baboseiras do tipo achando que são "empresários", quando são mais perrapados que o povo no passado que tinham direitos trabalhistas revogados na Reforma de Temer/Bolsonaro/Santander (Espanha, ela veio da Espanha pro Brasil). O país de Margaret Thatcher é um primor de exemplo do laboratório neoliberal da "bruxa" e de seus pupilos escoceses no "Partido Trabalhista britânico" (New-Labour), Tony Blair e Gordon Brown.

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[1] O Estado de bem-estar social surge antes da 2aGM ainda, mas só se consolida de fato com o término daquele conflito (segunda guerra mundial, e no Reino Unido só pela década de 1950. A quem quiser ler mais, complemento da coisa: "1945-51: Labour and the creation of the welfare state" ("1945-51: Partido Trabalhista e a criação do Estado de bem-estar social") [https://www.theguardian.com/politics/2001/mar/14/past.education], e esse "Welfare state in the United Kingdom" ("Estado de bem-estar social no Reino Unido"), dados [https://en.wikipedia.org/wiki/Welfare_state_in_the_United_Kingdom]. Como podem ver nesse último link verbete da Wikipedia em inglês (pros que conferem os links), a coisa salta e é registrada pra valer lá por volta do ano de 1948 (próximo da década de 1950s), a ascensão, é que não achei uma matéria também do "The Guardian" (jornal britânico), senão me engano com um título nessa linha "O bem-estar chega ao Reino Unido" só com fotos do acesso a bens de consumo pela classe operária britânica, se alguém localizar a matéria pode colocar na parte de comentários, agradeço antecipadamente também

[2] Sempre ouvi muito muita gente citar o termo "sandálias da humildade" (conotação do termo é bem óbvia) mas não assistia esses quadros/programas "sofríveis" da TV aberta no Brasil. E não precisa assistir pra "ouvir falar", quem assiste acaba repetindo na rede e a coisa "pega", também nunca havia entendido (até ler esse link do porquê da associação do termo à figura do Clodovil, mas os motivos são bem óbvios, tratava-se de figura arrogante notória, boçal, que soltava pérolas como essa (negação do Holocausto), e o termo é bem óbvio pra gente prepotente que acredita estar em um pedestal intocável, com delírios de "fama" etc (coisa de subcelebridades, artistas pavões etc).

[3] "Lacração/lacrando", significado (https://dicionario.priberam.org/lacra%C3%A7%C3%A3o), que na verdade, hoje, é um termo usado como conotação negativa e em forma de deboche/crítica aos grupos "liberais" "pós-modernos" em siglas como o PSOL (que não existem só nesse, antes fosse), é um "novo dialeto" "inventado/artificial e importado" do país ou "novilíngua" (você escolhe https://pt.wikipedia.org/wiki/Novil%C3%ADngua), que pode ser também fruto de pobreza/limitação de vocabulário, já que uma parte não lê mais ou quando lê há problemas graves de interpretação de texto (dislexia, problema de formação em língua portuguesa no período escolar mesmo), tornando a comunicação um monte de "monossílabos" ou linguagem de idiotas, reduzida, limitada, a tal ponto dessa turma se irritar quando você "escreve muito", o que não é bem verdade porque parte desses textos não são tão grandes assim, e há muita informação inserida. 

 Haverá outro post só pra tratar dos "pós-modernos" e cia, já que há "gente por aí" na rede "irritada" brigando com os termos porque não conseguiram entender o significado, acreditando que esses termos emergiram como crítica de "gente do PSOL", o PSOL e afins são o próprio problema, jamais teriam capacidade de se autocriticar como o "problema" ou como extensão do neoliberalismo fruto do colapso soviético e ascensão dos EUA como única superpotência global em 1990/1991.

P.S. 1 vou ainda revisar (reler pra lembrar) esse texto pra ver se dá pra acrescentar outras coisas, caso contrário completa-se em outro post. Pra que ninguém se espante se o post aumentar (com imagens etc).

P.S. 2 se alguém puder simplificar o procedimento de colocar o blog do "blogger" com url com "https://" de antemão já agradeço (pode deixar comentário na parte de comentários ou email, como quiserem). Esse blog anda aparecendo na busca do Google com o "http://" sem o "s", o que torna o site "perigoso", "suspeito" nos navegadores (protocolo de segurança).

quinta-feira, 19 de março de 2020

Estatística macabra de mortos pelo coronavírus no Brasil: 2 milhões de mortos. País tem que parar, Bolsonaro politicamente acabou e precisa ser interditado, encostado e depois removido

Leia tudo antes de querer ou vir criticas (críticas imbecis de olavetes não serão publicadas, energúmeno e verme não é digno de qualquer respeito ou consideração). O site TecTudo, bem conhecido (site de tecnologia) publicou matéria longa sobre um cenário extremo, sombrio, catástrofe ao extremo de 2 milhões de mortos pro Brasil pelo coronavírus, segue o link do texto a quem quiser ler:
Quantos podem morrer pelo Coronavírus no Brasil? Cientistas respondem
https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151189-quantos-morrer-coronavirus-brasil-cientistas-respondem.htm

*Antes de tudo peço desculpas ao Daniel por não poder responder antes, não foi possível, só vi as mensagens em fevereiro e o PC teve problemas, fora problemas com gripe e cia (e agora temos que encarar essa porrada).

Voltando ao que discutíamos, obviamente que isso é um quadro extremo, o pior cenário possível, mas... se 25% disso ocorrer o número de mortos no Brasil pode chegar facilmente a 500 mil óbitos (mortes) e é um número altamente possível, com cenário de guerra, de catástrofe, tragédia porque gente em grupos de risco serão deixadas pra morrer e o sistema de saúde do país poderá entrar em colapso, ficar em sobrecarga, com gente que não tenha coronavírus podendo morrer por não ter hospital (privado ou público) pra atender, fora o cenário de tragédia econômica.

"Ah, você está exagerando", primeiro que a matéria do link acima não é minha, e prefiro "errar" por excesso do que pela inércia e comportamento zombeteiro de imbecis neste país (que há milhares, e como podem ver minha tolerância com essa gente será nenhuma, até porque essa "gente" não respeita ninguém então terão o tratamento que merecem daqui pra frente).

Neste blog no começo dessa crise política no país, ainda em 2013, 2014 quando explodiu o "junhismo" inconsequente ("revolução colorida") que jogou o país no abismo, alertava que o cenário que essa gente dantesca berrando na rua jogaria o país seria uma cova profunda. Achava que chegaria a um cenário pior que o fim do governo FHC mas nada parecido com o que acontecerá nas próximas semanas ao país.

Então parem, evitem contato público (distância de 1 metro ou mais das pessoas), não brinquem pra não chorar depois, pois já "brincaram" demais e o momento não tolera mais gente imbecil zombando e brincando com coisa séria.

Espero que os outros poderes da República isolem este sujeito que deixou a cadeira da presidência vacante (em aberto, Bolsonaro virou uma maquiagem macabra de fantoche que a elite entreguista, com sede na FIESP, alinhada aos Estados Unidos colocou no poder pra destruir o país) e até mesmo com esses generais de baixa envergadura política (todos entreguistas) que estão no poder, removam, isolem Bolsonaro até a expulsão definitiva do cargo, ou que consigam forçá-lo a renunciar, nem que se use a força pra isso (guerra é guerra).

O que não dá é esperar a desgraça vir e assistir quieto, as cenas que tenho visto da Itália são desanimadoras, terríveis, e ficou gravado na minha cabeça a cena de cidadãos italianos indo a bares, zombando do vírus e agora estão com 475 cadáveres do vírus num dia, não tendo direito a velório sendo cremados ou enterrados lacrados, sem contato com as famílias e sendo pegos pelo exército italiano. Isso num país que não tem 1/10 da desigualdade social brutal do Brasil, agravada pelo golpe de Estado de 2016 e toda a zona que esses energúmenos inconsequentes aprontam no país desde 2013, lugar de idealista burro devia ser na camisa de força e não discutindo política. Respeito o idealismo mas não tolero burrice e imbecilidade.

Que os governadores do Nordeste não esperem ação do governo federal, "governo federal" virou ficção há muito tempo, principalmente pra região (e contra a região, o governo títere da FIESP anti-Nordeste), entrem em contato com o governo chinês e peçam ajuda, não esperem por ação desse governo imundo capacho da FIESP.

Vou deixar um vídeo abaixo do Átila que esclarece a gravidade do momento e peço pra que passem adiante as informações e levem muito a sério o momento, não liguem pro zombador, daqui a umas semanas esses elementos energúmenos estarão caladinhos como cachorros sarnentos fingindo que não zombaram de nada, em guerra há que ser duro e agir com dureza com esses tipos, pra salvar vidas:



Esta é uma imagem de carros do exército da Itália indo remover cadáveres, porque o sistema de saúde da Itália sobrecarregou (vou usar o termo "colapso") e já decidiram sacrificar quem tem mais de 80 anos ou tem risco, não atenderão e deixarão morrer, este cenário piorado pode acontecer no Brasil, espero que o clima atenue mas esperem pelo pior de verdade, não é momento de passar certas coisas na cara dos inconsequentes mas dá muita raiva, muito ódio da inconsequência desses infelizes, vocês irão pagar muito caro pelo que fizeram ao país, não se iludam:


P.S. 1 Caso alguém queira comentar algo sério e demore pra aprovar comentários, peço desculpas antecipadas mas realmente não tenho o mínimo gosto com este blog com o que houve com o país, nunca vi um surto de tanta gente inconsequente e burra destruindo tudo (começou em 2013), quando o país levantava voo, e continuam até hoje pregando insanidades e desvarios, um radicalismo pueril totalmente descolado da realidade, fantasioso que só uma catástrofe porá fim (infelizmente), cavaram a mesma, o vírus é impossível parar na origem, mas o sistema do país pra proteção foi aniquilado pela estupidez dessas pessoas e a parte do povo que será atingida não deve perdoar quem jogou o país na vala.

P.s. 2 Usem produtos de limpeza caso não encontrem álcool-gel, produtos com cloro funcionam, detergente etc, mas não deixem de higienizar o que puderem, principalmente mãos e nariz.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Os árabes que lutaram contra Franco

O jornalista palestino Najati Sidki
Um documentário resgata do esquecimento os mais de mil árabes que se juntaram ao grupo republicano e reivindica sua memória frente às tropas moras de Franco.

O filme, em sua fase final de produção, reconstrói os passos de um palestino que pagou sua luta na Espanha com o desterro e a dispersão familiar

FRANCISCO CARRIÓNEl; Cairo
fcarrionmolina
02/05/2016 19:45

"Vim defender a liberdade no Front de Madrid. Para defender Damasco em Guadalajara, Jerusalém em Córdoba, Bagdá em Toledo, o Cairo em Cádis e Tetuão em Burgos". O jornalista Najati Sidki, palestino e comunista, desembarcou na Espanha de 1936 com a determinação de lutar contra Franco e suas tropas mouras. Sua vida, marcada também pela II Guerra Mundial e pela tragédia do povo palestino, centra agora um documentário que trata de resgatar do esquecimento as centenas de árabes que se juntaram ao grupo republicano.

A cineasta egípcia Amal Ramsis (Cairo, 1972) chegou até Sidki "por pura casualidade" depois de uma longa e frequentemente infrutuosa pesquisa que começou mais de uma década. "Li um artigo sobre a participação árabe na Guerra Civil e comecei a puxar o fio. Saíram muitos nomes, datas e lugares de chegada mas me faltava uma história que proporcionasse um enfoque pessoal", relata ao EL MUNDO Ramsis a partir de um restaurante central do Cairo. E então se fez a luz. "Em 2008 topei com as memórias de Sidki e encontrei o rosto que necessitava pra história".

Em plena ensambladura, o documentário "You come from far away" ("Vim de longe", em espanhol) reconstrói os passos do intelectual e secretário do Partido Comunista Palestino desde sua viagem à península ibérica em 1936 e oferece testemunho de uma realidade desconhecida, sepultada pela terrível recordação dos soldados marroquinos do exército da África que Franco somou a sua sublevação. "Sidki tentou dirigir-se a eles. Baixou no Front de Córdoba e lhes pediu que se unissem ao bando republicano. Poucos lhe escutaram e os que o fizeram não foram bem recebidos", reconhece Ramsis, autora de documentários como "Vida" (2008), "Proibido" (2011) e "O rastro da mariposa" (2014).

"Cheguei - escreve Sidki em suas memórias - à bela e espetacular Barcelona, capital da Catalunha. Comecei a passear por suas amplas avenidas. De repente, encontrei-me com um grupo de milicianos. Seu chefe, achando que eu fosse espanhol, aproximou-se e me disse em castelhano: "Por que não te unes a nós?" Sorrindo lhe repliquei em francês: "Sou um voluntário árabe e vim defender a liberdade no front de Madrid. Para defender Damasco em Guadalajara, Jerusalém em Córdoba, Bagdá em Toledo, o Cairo em Cádis e Tetuão em Burgos".

Najati Sidki, com suas duas filhas
O jornalista - o nome que pôs voz aos alistados árabes que se juntaram a outros milhares de brigadistas estrangeiros que participaram em uma contenda alheia - sobreviveu à derrota e teve duas filhas que hoje são as testamenteiras de sua memória. "Cheguei até Hind, sua filha mais nova que vive na Grécia, e me dei conta de que o testemunho era maior do que havia imaginado. A família de Sidki condensa a história do último século, desde a Nakba (a catástrofe que em 1948 se supõe o exílio forçado de ao menos 750.000 palestinos de suas terras) passando pela II Guerra Mundial ou a guerra civil libanesa", detalha a ditadura do filme.

Alcançada pela ladainha de acontecimentos históricos que desfilaram pelo século XX, a tragédia familiar de Sidki havia permanecido até agora escondida. "Nem sequer fora escrita. Este documentário supõe também um descobrimento dessa vida marcada pelo contexto político espanhol", argui Ramsis. Perdida toda a esperança de defender a República, Sidki teve que fazer frente a outro afundamento. Sua filha Dulia, nascida três anos antes do início da refrega, cresceu em Moscou aleijada de sua família. Durante mais de 20 anos o jornalista apenas teve notícias de sua primogênita.

"Sidki pagou assim não estar de acordo com a posição do Partido Comunista Espanhol a respeito do colonialismo no norte da África", desvela a documentarista. "Ele era, acima de tudo, uma mente livre. Fez pública sua opinião e foi castigado por isso. Expulsaram-lhe do partido e jamais regressou à Rússia. Sua filha mais velha não pode abandonar Moscou e só voltaram a se ver décadas depois em Beirute, que chegou depois de deixar a Palestina em 1948 e onde viveu até a guerra civil. Terminou morrendo na Grécia junto de sua filha mais nova", acrescenta Ramsis.

O documentário reúne o relato das duas irmãs em um contra-relógio contra o esquecimento. "Filmei material durante anos. Pesquisei o fenômeno com uma ajuda da fundação Euroárabe em Granada e deixei congelado o projeto durante a revolução egípcia. O ano passado recebi uma chamada da filha mais nova de Sidki. Disse-me: "Se quer terminar esta história, tens que ir à Moscou de imediato porque minha irmã está perdendo a memória", evoca a cineasta. Na capital da extinta União Soviética se fechou o círculo. "É a vítima de toda a história. A que viveu o desarraigamento e a que tem identidade mista", admite Ramsis. Dulia, com 83 primaveras, e nem sequer balbucia o árabe.

Dulia, a filha mais velha de Najati Sidki
As vicissitudes de Sidki e de seus descendentes são só um fragmento de uma crônica alinhavada por mais de mil árabes chegados da Argélia, Líbano, Marrocos, Arábia Saudita, Egito ou Iraque que entrelaçaram suas vidas ao cruel destino das duas Espanhas. Alguns caíram em combate, outros desapareceram e outros tantos regressaram a sua terra nativa. A todos lhes venceu a desmemória que ditaram quatro décadas de ditadura. "Há uma anedota sobre esta participação árabe. Em 2003 quando um grupo de espanhóis partiu até Bagdá para mostrar sua solidariedade com o povo iraquiano, desconheciam que havia iraquianos entre aqueles que defenderam a República espanhola", indica a realizadora. O filme, terminado na metade dos clarões dos refugiados que chegam às portas da Europa, também convida à reflexão.

"Sidki e seus camaradas árabes não vieram como refugiados. Não vieram para solicitar asilo senão para apoiar os europeus em sua luta contra o fascismo. Para aqueles as fronteiras estavam abertas para todo o mundo. Não é só um documentário que trata de história passada senão que quer falar do significado das fronteiras antes e agora e lutar contra os estereótipos que se associam ao mundo árabe. Esses rostos demonstram que há gente que não pensava na religião e que tratavam de fazer um mundo melhor. A solidariedade com o povo espanhol também serviu para a liberação dos árabes", conclui Ramsis.

Fonte: El Mundo (Espanha)
http://www.elmundo.es/cultura/2016/05/02/57278d0d22601d95368b4670.html
Título original: Los árabes que lucharon contra Franco
Tradução: Roberto Lucena

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Neonazismo - Os Soldados de Odin aterrrorizam a Finlândia

Patrulhas urbanas neonazis vigiam as ruas ante a onda de refugiados.

Membros do grupo neonazi "Soldados de Odin",
durante uma manifestação em Joensuu (Finlândia)
no passado 8 de janeiro. Reuters
Há um ano, nada é igual em Kemi, uma pequena cidade da Lapônia finlandesa com apenas 20.000 habitantes. A avalanche de refugiados que chegaram através da fronteira com a Suécia transbordou as autoridades locais e aumentou a inquietação entre os vizinhos. Um mal-estar que alentado o nascimento dos "Soldados de Odin", uma patrulha urbana de jovens neonazis que pretende proteger os finlandeses dos "intrusos islâmicos", os quais lhes culpam pelo aumento da criminalidade e da insegurança no país nórdico. A imagem do movimento alemão Pegida (Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente), descrevem-se como "uma organização patriótica que luta por uma Finlândia branca" e em suas manifestações hasteavam faixas com o lema "os refugiados não são bem-vindos".

Com suas jaquetas negras decoradas com uma bandeira finlandesa e um viking nas costas, os Soldados de Odin (o principal deus da mitologia nórdica) converteu-se da noite para o dia numa preocupação de primeira ordem para o governo, que teme enfrentamentos violentos entre radicais e refugiados.

Mika Ranta, o organizador das patrulhas em Kemi, define-se a si mesmo como nacional-socialista (nazi), mas argumenta que os Soldados de Odin são um grupo ao qual pertence "todo tipo de gente". O certo é que os serviços secretos finlandeses vinculam a muitos deles com grupos extremistas. Ainda que digam contar com organização em 23 cidades, a Polícia reduz sua presença a cinco. Em declarações à Imprensa local no outubro passado, Ranta explicou que "despertamos numa situação onde mal viviam diferentes culturas, o que provocou medo e preocupação na comunidade". "O maior problema - acrescenta - foi quando nos inteiramos através do Facebook de que solicitantes de asilo se posicionaram em colégios de primário fazendo fotos de garotas".

Como ocorreu em Colônia e outras cidades alemãs e em Estocolmo, as denúncias de agressões sexuais duplicaram durante o último ano na Finlândia, passando de 75 para 147, se bem que não se conhece a identidade dos autores. De fato, na virada de ano passada, uma "caguetagem" e a hábil atuação policial impediram que se reproduzissem os tristes ocorridos da capital renana.

O clima de inquietação obrigou ao primeiro-ministro finlandês, o centrista Juha Sipila, a assegurar que o Governo não permitisse que essas patrulhas neonazistas suplantem as Forças de Segurança nas ruas. "A polícia é a responsável da lei e da ordem no país. As patrulhas civis não podem assumir a autoridade da Polícia", assegurou na televisão pública YLE. Na mesma linha, o ministro do Interior, o conservador Petteri Orpo, insistiu de que os Soldados de Odin "não fortalecem a segurança, senão que, pelo contrário, reforçam o estado de ânimo hostil". "Este tipo de patrulhas têm claramente uns atributos racistas e xenófobos e sua ação não melhora a segurança. Agora a Polícia deve utilizar seus escassos recursos ao seguimento de sua ação", lamentou Orpi. O ministro quis desautorizar assim o chefe da Polícia Nacional, Seppo Kolehmainen, que previamente havia sugerido que os Soldados de Odin poderiam ser úteis para alertar os agentes de possíveis delitos.

A contundência da tripartite de direitas que governa a Finlândia desde maio não é tão unânime como se poderia pensar. Enquanto que o ministro das Finanças e líder conservador, Alexander Stubb, aposta claramente pela ilegalização de "todas as patrulhas de rua racistas", os populistas "Verdadeiros Finlandeses" defendem a liberdade dos cidadãos para se organizar. Assim, o ministro da Justiça, Jari Lindström, assegura que "o fato de que detrás desse movimento se encontram pessoas que cometeram delitos e cumpriram penas de prisão certamente desperta interesse, mas o grande problema é que os cidadãos sentem que falta segurança". Contudo, a classe política, não oculta que a possível ilegalização do movimento poderia ser um beco sem saída se torna vulnerável os princípios constitucionais.

O Partido dos Finlandeses, antes conhecido como "Verdadeiros Finlandeses", recorre a esta equidistância para frear a queda de intenção de votos que lhes concedem as sondagens para entrar no Governo. Sua marca, entretanto, foi feita sentir nesses meses com o endurecimento das leis de imigração. Os refugiados maiores de idade, por exemplo, são obrigados a trabalhar para sufragar os custos de sua estada no país nórdico. Finlândia, como o resto dos países europeus, viu-se superada pela onda de imigrantes procedentes do Oriente Médio e África. Durante o ano passado, recebeu 32.500 solicitações de asilo frente a 4.000 em 2014, o que a situa como o quarto país da UE que mais refugiados recebeu em relação à sua população. Depois de três anos de recessão, o país nórdico, que conta com uma população imigrante substancialmente baixa que a de seus vizinhos nórdicos (6% frente a 15% da Suécia), afronta um duro reto para a integração de asilados.

Com Facebook como plataforma, a sociedade civil tem respondido a ameaças extremistas dos Soldados de Odin com as "Irmãs de Kyllikki", que faz referência a um personagem do poema épico "Kalevala". "Nosso objetivo é ajudar a pessoas e construir um diálogo com todos os finlandeses e também com os imigrantes", assegura uma das fundadoras do grupo, Niina Ruuska. Seria revelador saber se Odin, deus da guerra, mas também da sabedoria, que segundo a lenda pode ver todo desde seu trono em Asgard, está satisfeito com a usurpação de seu nome por uns poucos.

14 de janeiro de 2016. 03:54h Pedro. G. Poyatos.
Colônia Dinamarca Distúrbios Sociedade

Fonte: La Razón (Espanha)
http://www.larazon.es/internacional/los-soldados-de-odin-aterrorizan-finlandia-IO11681889
Título original: Los Soldados de Odín aterrorizan Finlandia
Tradução: Roberto Lucena
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Observações em um post extra (link será colocado aqui). Observação sobre a "confusão" entre os termos refugiados e imigrantes.

A quem se virar com o espanhol (idioma), vale a pena também ler esta matéria do El Mundo sobre o problema. É até mais completa que a matéria traduzida acima (mais extensa, por isso não deu pra traduzir, mas fica a sugestão):
'Soldados de Odín' para velar por Escandinavia (El Mundo)
http://www.elmundo.es/internacional/2016/01/28/56a90f3e268e3e79498b46e4.html

sábado, 26 de dezembro de 2015

As três direitas de René Rémond, da Academia Francesa, e sua relevância hoje

"Les trois droites" (As três Direitas) de René Rémond, da Academia Francesa, e sua relevância hoje
Entrevista com o historiador Michel Winock, por Damien Le Guay

Em 1954, um jovem historiador, René Remond, 35 anos, publicou um livro que evento e se tornou um clássico: "La droite en France" (A Direita na França). Este livro (influenciado por Albert Thibaudet) será reeditado em 1963 e 1968 para voltar a ser relançado, com uma revisão, em 1982: "Les droites en France" (As Direitas na França). Damien Le Guay convidou Michel Winock, historiador de História Contemporânea da França e de suas correntes intelectuais, professor emérito da Sciences-Po de Paris e autor de "La droite, hier et aujourd’hui" (A Direita, ontem e hoje) (tempus, 2012) para nos dizer se o livro de René Rémond está datado, e se é ainda relevante e porque ele acredita que é possível acrescentar uma quarta Direita à Direita, que ele chama de "Direita nacional-populista".

Qual é a abordagem de René Rémond neste livro-evento?

- *Que há um sistema binário na política, da oposição na França entre Esquerda e Direita

- *Que esta Direita é plural e dividida em três correntes

- *Que também existe uma continuidade entre essas três Direitas desde 1815 até hoje.

Nessa pluralidade da Direita de se organizar em três linhas distintas, todas chegaram ao poder entre 1815 e 1900:

- *Uma Direita Legitimista, que segue uma contra-revolução, ansiosa em promover uma concepção orgânica, hierárquica e anti-igualitária. Seus pensadores são Louis de Bonald (1754-1840, eleito para a Academia Francesa em 1816) e Joseph de Maistre.

- * Uma Direita Orleanista e Liberal que aceita a bandeira tricolor e o papel do parlamento, que se centra no papel de notáveis.

- *Uma Direita Bonapartista, a de Napoleão III, que se centra no papel de um líder, sobre a fraqueza dos organismos intermediários e no apelo ao povo - com o uso do referendo.

Além disso, René Rémond vê uma continuidade dessas três Direitas após 1914. A Direito legitimista se estenderá para a Ação Francesa (Action Française), para o governo Vichy e, a partir de 1980, para a Frente Nacional. A Direito Orleanista é encontrada no Bloco Nacional (1919), com Poincaré, Tardieu, Paul Raynaud e por último no período de sete anos de Valéry Giscard d'Estaing. Quanto a Direita Bonapartista, René Rémond a situa no gaullismo - com o apelo para o povo, o desprezo pelos partidos políticos e o desejo de um forte poder para governar o país.

Será que esta análise é "insuperável"?

Não. Obviamente. Se o próprio René Rémond, na introdução do livro reeditado em 1982 de "Les droites en France" (As Direitas na França), pergunta-se se não existe novas Direitas! Michel Winock atravessa a questão e considera que apenas há apenas três Direitas clássicas restantes, e que devemos acrescentar uma outra, uma quarta Direita que (...)

© Canal Académie - Tous droits réservés

Fonte: Canal Académie (site)
http://www.canalacademie.com/ida8599-Les-trois-droites-de-Rene-Remond-de-l-Academie-francaise-et-leur-pertinence-aujourd-hui.html
Título original: Les trois droites de René Rémond, de l’Académie française, et leur pertinence aujourd’hui
Tradução: Roberto Lucena

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

O que era, o que é o Fascismo? (Em PDF gratuito, EBOOK)

O texto (traduzido), introdução, com o pdf se encontra abaixo. Estou colocando este link em destaque aqui porque acho provável que muita gente que tenha visto o post "Na Legião Azul franquista houve poucos voluntários e muitos forçados". Entrevista de Xavier Moreno" tenha passado batido do link que se encontra na "observação".

Muita gente pergunta "o que é fascismo", ou usa a generalização que se formou com o termo (geralmente usado como sinônimo de autoritário) e tem uma ideia confusa do que seja, até porque nunca foi fácil defini-lo por afirmações e mais pelo que ele se diz contra. Sem contar com a propaganda cretina que rola pela internet feita por grupos neocons (extrema-direita liberal) (tag: liberalismo) alegando que "Nazismo é de esquerda", com o intuito, via negação (jogar uma ideologia de extrema-direita pro "outro lado"), tentar tirar a carga negativa que o rótulo de extrema-direita carrega e/ou de não serem associados ao Fascismo, uma vez que o autoritarismo desses bandos possui muita semelhança com a dos fascistas (observação: ter semelhanças não significa que sejam necessariamente iguais). Esses bandos neocons defendem um liberalismo radical econômico (existente só na cabeça deles, eu costumava os chamar de PSTU de sinal trocado, vai ursinho! rs) que geralmente costuma levar países ao caos social.

Um adendo (ou mais de um), já que não vou colocar as notas no texto abaixo. O termo "populista" e "populismo" costuma, ou costumava, ser empregado na Europa pra rotular pejorativamente movimentos, grupos, partidos de extrema-direita. Um exemplo (o texto é recente): Le Pen e Lisboa. Até no Brasil e América Latina, governos nacionalistas (Vargas, Perón etc) recebiam o rótulo de "populistas", Vargas e Perón fizeram governos de cunho nacionalista (à direita). Ultimamente a direita neocon usa o termo (que serve mais pra demonizar do que pra explicar algo) pra atacar grupos de esquerda chamando tudo de "populismo" como um xingamento.

Adendo 2: o livro é sobre o fascismo e extrema-direita (de cunho fascista) na Espanha, mas serve de referência pra entender o fenômeno em outras partes do mundo, já que muitos grupos de extrema-direita no Brasil têm como referência o fascismo europeu.

Adendo 3: essa outra explicação é pro pessoal de fora que lê o blog e não conhece o contexto brasileiro, que tenham interesse mas não conhecem todos os detalhes, apesar deu ter colocado o link do verbete. O PSTU é um partido de extrema-esquerda, trotskista, que de tão à esquerda costuma 'dar beijo na boca' (força de expressão) da extrema-direita neocon. O PSTU sempre foi visto como um partido caricato e sem força (com baixa representatividade, não possui nenhum deputado ou senador no congresso nacional), que mais parece ou que tem um comportamento de seita (como quase todo agrupamento radicaloide, à direita e à esquerda).

Texto abaixo traduzido abaixo com o link do PDF do livro (ebook).
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Nosso ensaio "Que era e o que é o Fascismo", PDF gratuito

¿Qué era? ¿Qué es? El fascismo. Entre el legado de Franco y la modernidad de Le Pen (1975-1997), Destino, Barcelona, 1998, 94 pág. ISBN: 978-84-233-2999-1. Prólogo de Rosa Regás, pág. 11-14.

Em 1998 publicamos nosso breve ensaio "El fascismo" (O Fascismo), na coleção "¿Qué era? ¿Qué es?" ("O que era, o que é"), que era então dirigida por Rosa Regás na editora Destino. Dado que o livro se encontra fora de catálogo, e temos recebido petições de consulta, decidimos digitalizá-lo integralmente para que seja acessível em PDF, de modo gratuito.

Para acessar o livro inteiro, clique no link abaixo (Download):
El fascismo-Xavier Casals

Consideramos que, em que peso o tempo transcorrido, ele oferece uma imagem de interesse: uma radiografia do universo da extrema-direita espanhola da época, na qual se desenha então tentativas de importação do "lepenismo", sobrevivência do neofranquismo e se apontavam populismos protestatario emergentes.

Em suma, da nossa perspectiva o livro oferece una radiografia acessível do universo da extrema-direita espanhola antes da eclosão da Plataforma per Catalunya [PxC].

Sinopse

Síntese de divulgação sobre a evolução do fascismo até o momento da publicação do ensaio centrado no caso da Espanha. A primeira parte ("Os herdeiros do fascismo") expõe como se conformou uma extrema-direita no seio do franquismo, que constituiu um setor ideologicamente retrocedente no fim do regime e durante o alvorecer da Transição, chamado "bunker". A segunda ("A crise do 'bunker', 1975-1982") analisa o papel e a trajetória do "Fuerza Nueva", do terrorismo ultradireitista nos "anos do chumbo" e do fracassado golpe de Estado de 23 de fevereiro de 1981. A terceira parte ("Entre a tradição e a inovação, 1983-1994") constata a coexistência de discursos ultradireitistas nostálgicos do franquismo com outros inovadores e importadores da cultura política deste espectro então com sucesso na Europa, sendo sua referência principal o Front National francês. A quarta e última ("Até uma nova extrema-direita, 1994..."), faz previsões do futuro sobre a eventual existência de um "lepenismo espanhol".

A conclusão final, à luz da década transcorrida, resultou acertada. Dizíamos antes (1998):

"Enquanto a ultradireita espanhola, esta todavia parece contar com um longo caminho por percorrer antes de se configurar como opção política de certa solidez. Carece de líderes e quadros políticos, os eixos ideológicos de seu discurso atual são tão variados como - em ocasiões - contraditórios. As siglas que se agitam nesse espectro são quase desconhecidas, muito cambiantes e dificilmente com poder quanto à sua capacidade de convocatória. Os distintos grupos ou não concorrem às eleições ou, quando o fazem, seus resultados são insignificantes [...]. Mas, sobretudo, a extrema-direita enfrenta um problema não resolvido: conciliar os valores da ultradireita 'tradicional' e os da 'pós-industrial', reunir o legado de Franco e a modernidade de Le Pen" (p. 89).

Fonte: Blog de Xavier Casals
https://xaviercasals.wordpress.com/2014/08/31/el-populismo-que-viene-86-asi-era-la-extrema-derecha-espanola-antes-de-anglada-descarguese-el-ensayo-el-fascismo-en-pdf-gratuitamente/
Título original: Nuestro ensayo "¿Qué era? ¿Qué es? El fascismo" En PDF gratuito
Tradução: Roberto Lucena

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Estado Islâmico (EI) - Programa Canal Livre

Como vez por outra alguém aborda o assunto, por alguns sempre associarem a temática da segunda guerra com Oriente Médio (na atualidade, não no período da segunda guerra), muitas vezes de forma inapropriada, seguem abaixo alguns vídeos de debate sobre o Estado Islâmico já que não dará pra colocar alguns textos no momento, a menos que alguém queira traduzir (algo que preste).

Eu diria que o vídeo principal pra assistirem, caso não queiram ver os demais pois os vídeos são longos, este vídeo é o do Canal Livre da TV Bandeirantes com o prof. Salem Nasser como convidado, só que o vídeo tá separado em quatro partes num servidor do UOL. Há mais de um debate em vídeo nos links, divididos em partes e mais três em vídeos inteiros. Caso alguém suba o vídeo inteiro pro Youtube (que estão divididos em links), removerei os links do UOL. Tem outro programa mas depois acrescento o link. Links:

Observação 1: removeram o primeiro vídeo inteiro (e aberto) que constava no Youtube e não há cópia disponível. Assistam os demais.

Não creio que o vídeo removido foi este (não lembro direito pois há mais de um), exibido provavelmente em novembro de 2015, só tem um trecho do debate, mas aparenta ser o sobre "Atentado na França" (mas há um debate anterior que foi cortado):
http://noticias.band.uol.com.br/canallivre/entrevista.asp?id=15724439&t=retrospectiva-2015---parte-6

Outro debate: Atentado na França - Parte 1
http://noticias.band.uol.com.br/canallivre/entrevista.asp?id=15678350&t=atentado-na-franca---parte-1
Atentado na França - Parte 2
http://noticias.band.uol.com.br/canallivre/entrevista.asp?id=15678355&t=atentado-na-franca---parte-2
Atentado na França - Parte 3
http://noticias.band.uol.com.br/canallivre/entrevista.asp?id=15678357&t=atentado-na-franca---parte-3
Atentado na França - Parte 4
http://noticias.band.uol.com.br/canallivre/entrevista.asp?id=15678358&t=atentado-na-franca---parte-4

Segue abaixo outros vídeos que considerei interessante sobre o tema já que o povo (generalizando) prefere ver vídeos que ler.

Programa antigo/anterior (TV Bandeirantes): Canal Livre - O Estado Islâmico
https://www.youtube.com/watch?v=xhlW18-W3p0


Estado Islâmico - TV e Rádio Unisinos
https://www.youtube.com/watch?v=LY2VBB6xCiM


Espaço Público recebe Salem Nasser - Espaço Público
https://www.youtube.com/watch?v=5n0BzZ_I3Pk


Canal Livre debate os conflitos no Oriente Médio – parte 1
http://tvuol.uol.com.br/video/canal-livre-debate-os-conflitos-no-oriente-medio--parte-1-04024C9C346ED0913326
Canal Livre debate os conflitos no Oriente Médio – parte 2
http://videos.bol.uol.com.br/video/canal-livre-debate-os-conflitos-no-oriente-medio--parte-2-04020C9C346ED0913326
Canal Livre debate os conflitos no Oriente Médio – parte 3
http://videos.bol.uol.com.br/video/canal-livre-debate-os-conflitos-no-oriente-medio--parte-3-04020E18356ED0913326
Canal Livre debate os conflitos no Oriente Médio – parte 4
http://tvuol.uol.com.br/video/canal-livre-debate-os-conflitos-no-oriente-medio--parte-4-0402CC9C346ED0913326
Canal Livre debate os conflitos no Oriente Médio – parte 5
http://videos.bol.uol.com.br/video/canal-livre-debate-os-conflitos-no-oriente-medio--parte-5-04028C9C346ED0913326

Observação 2: mas não menos importante. Só uso o termo "ISIS" quando alguém tem problema de entender a sigla EI, que é a correta em português, "ISIS" é mais outro anglicismo que a mídia brasileira impõe (ou tenta impor) por estupidez, macaquice. Não há necessidade alguma do uso desse anglicismo. É vergonhoso ver 'jornalistas' não usando o idioma oficial do país quando existe tradução do termo.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Novas fotos de Eduardo VIII a fazer saudação nazi surgem em público

Depois das imagens de Elizabeth II* com sete anos a fazer o que parece ser a saudação nazi, é a vez do seu tio Eduardo VIII, conhecido simpatizante de Hitler, surgirem em pública, mas para um leilão.

A polêmica em torno das imagens da família real britânica a fazer gestos nazis continua no Reino Unido. Desta vez, é o Telegraph que publica imagens do tio de Elizabeth II, Eduardo VIII, a fazer a saudação nazi numa visita à Alemanha em 1937.


A ‘simpatia’ de Eduardo VIII pelo regime alemão está longe de ser um segredo, mas a divulgação das imagens não vem numa boa altura, depois de o The Sun ter publicado imagens da rainha Elizabeth II em 1933, então com apenas sete anos, a fazer a saudação nazi nos jardins reais.

Nas fotos, que foram colocadas em leilão, o então Duque de Windsor surge a fazer rodeado de responsáveis nazis de uniforme, alguns com uma braçadeira com a cruz suástica, numa visita a uma mina alemã. A visita não era oficial, e tinha a objeção do Governo britânico.

Eduardo VIII chegou a conhecer, juntamente com a sua mulher, Adolf Hitler.


A altura em que as fotos surgem é apenas uma coincidência, garante a casa de leilões que irá proceder à sua venda. “É pura coincidência. Aconteceu ser na mesma altura que a outra história saiu”, diz um responsável da Morgan Evans.

Mas a história continua a fazer correr muita tinta no Reino Unido, com algumas histórias que já eram conhecidas a ressurgirem, em grande parte numa tentativa de explicar o que se sabia na época.


No blogue de política do jornal britânico Guardian, Michael White, diretor adjunto do jornal, lembra que em meados da década de 30 não era só a realeza e os políticos que achavam que valia a pena ser amigo de Adolf Hitler.

Entre outros casos que são recuperados, o Guardian lembra o caso da seleção de futebol inglesa em 1938, quando foi a Berlim jogar contra a sua homóloga germânica. A foto é conhecida, mas ajuda a ilustrar a época, com toda a seleção a fazer a saudação nazi no início do jogo.


Fonre: Observador (Portugal)
http://observador.pt/2015/07/21/novas-fotos-de-eduardo-viii-a-fazer-saudacao-nazi-surgem-em-publico/

*Observação sobre grafia: eu irei publicar mais outro post sobre isso então colocarei a explicação no outro. Mas onde há "Elizabeth II", no jornal/site (que é de Portugal) há a grafia da rainha da Inglaterra como "Isabel II". Mas como ninguém no Brasil a conhece mais por esse nome, eu alterei a grafia. Fica o aviso a quem for ler, e coloco no outro post o "porquê" disso, pois o certo seria escrever Isabel II mesmo, e o Brasil escrevia assim e "alterou". Fica estranho a grafia de Edward VIII ser mantida como Eduardo VIII e a de Elizabeth II sem alteração pra Isabel II como era antes. Neste aviso estou me dirigindo ao público brasileiro, mas como o blog alcança vários países (incluindo os de língua portuguesa, obviamente), caso alguém tenha curiosidade no assunto, fica o alerta.

Na Espanha também se grafa Isabel II, não deixam o nome grafado em inglês.

Mas pruma imprensa (como a do Brasil) que fala "tá calor" (perdi as contas de quantas vezes ouvi isso em TV, verbo de ligação "estar" pede adjetivo, no caso seria "quente", pois "calor" é substantivo), conjuga verbo com "mim", o "fazem anos" (em vez do "faz anos"), e agora deu pra usar a expressão "risco de morte" no lugar da tradicional "risco de vida" (apesar das duas estarem corretas, mas sempre se usou "risco de vida") por cretinice e modismo (essa eu lembro quando começou, foi modismo da Rede Globo, a 'onipotente'), tudo é possível. Tudo isso são regras básicas que se aprendem (teoricamente) em colégio, não há nada de "sofisticado" nessas expressões pra se justificar tanto erro.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Itália: Presos neofascistas suspeitos de planejar ataques durante a época de Natal

De Fernando Peneda | Com LUSA/ITRAI. 22/12 17:15 CET

A polícia italiana anunciou a prisão de 14 neofascistas suspeitos de planejar ataques contra alvos políticos e da magistratura, uma ação que envolvia uma dezena de assassinos coordenados.

Os detidos pertencem a um grupo de uma organização de extrema-direita banida, a Ordine Nuovo.

Dois anos de investigação, de escutas telefônicas e um polícia infiltrado, revelaram que o grupo começou a armazenar armas e planejava realizar ataques no Natal.

“Existe uma estrutura, a procuradoria nacional anti-máfia, que tem todos os instrumentos e potencialidade para levar a cabo este tipo de ações”, sublinhou Fausto Cardella, procurador-geral de L’Aquila.

O grupo pretendia assassinar responsáveis políticos, fazer explodir a sede da Equitalia, a agência responsável pela cobrança de impostos e atacar esquadras de polícia.

A organização Ordine Nuovo, fundada em 1956 com o objetivo de relançar o fascismo no país, foi acusada de vários ataques nos anos de 1970 tendo sida dissolvida pelo governo italiano em 1973.

De Fernando Peneda | Com LUSA/ITRAI

Fonte: Euronews
http://pt.euronews.com/2014/12/22/italia-presos-neofascistas-suspeitos-de-planear-ataques-durante-a-epoca-de-natal/

Ver mais:
Mais de 14 neofascistas detidos pela polícia (A Bola, Portugal)
Aquila Nera, un fascismo di provincia dai miti arrugginiti (Europa Quotidiano, Itália)

terça-feira, 28 de outubro de 2014

A mídia (interna e externa) ataca de novo: a repetição da mitomania do "país dividido"

1. Eu ia citar só a imprensa brasileira no título, mas com o reforço de fora (de sites estrangeiros) que operam em língua portuguesa, vale também mostrar o tamanho da imundície (manipulação) proferida nestas eleições de 2014 no país, e mostrarei mais abaixo o porquê disso ser uma manipulação:
DW, MSN/Reuters, BBC, BBC de novo.

Não vou nem procurar o link daquele pasquim espanhol (El País), pois já foi citado num dos links acima e a mitomania ali não tem fim. A quem quiser saber o porquê do teor do comentário sobre este jornal, ler isto aqui.

2. E logo em seguida começam a lançar lentamente a refutação ao que espalharam porque começam a surgir contestações a mais essa mentira de tantas que a mídia partidarizada lançou ao longo das eleições:
BBC, Globo.

A quem quiser ver mais basta jogar a combinação país dividido+brasil+eleições no Google que vem um monte de resultados com essa ladainha, fora a TV repetindo a mesma baboseira a exaustão. Refiro-me a esses sites caso os portais não os forem removendo um a um com o decorrer do tempo pra apagar o vestígio da manipulação.

Por que faço questão de frisar esta questão da mídia? Pra mostrar o nível de distorção e manipulação da coisa. Isto não é nem nunca foi uma prerrogativa ou contestação dos ditos "revis" tão citados e rebatidos aqui, a manipulação da mídia existe mesmo, só que nunca teve ênfase no Holocausto (objeto de obsessão dos "revis").

Há uma saturação no país, pelo menos minha há, com a podridão desta mídia brasileira, que agora conta com reforço externo dessas publicações "neutras" da BBC, DW, El País tentando direcionar opinião no país pros interesses políticos deles (seguem uma agenda política econômica mesmo que não afirmem, alguém desatento não nota, mas quem é atento percebe de cara).

As pessoas que leem este post e acham que a mídia brasileira é séria (salvo exceções), talvez eu irrite ou choque vocês, embora eu já tenha batido nesta tecla antes, mas não é.

Eu digo o seguinte: filtrem o que leem e procurem se informar sobre economia, ideologia e o que determinados grupos de mídia defendem economicamente, caso contrário você sempre será um bobo recebendo carga de informação sem nem saber se a mesma procede ou não. Informação boa não "cai do céu", você é que tem que aprender a filtrar. Com uma mídia podre a coisa fica pior, obviamente. E repito novamente: isto não é uma contestação "revisionista", esta pauta foi "sequestrada" pois é algo mais proveniente da esquerda, mas não só desta, é algo de interesse público acima de tudo como foi feito no Reino Unido após o escândalo do News of the World.

Ou vamos pôr as coisas de forma suprapartidária pois o problema atinge a todos indistintamente: a manipulação que a mídia faz é um problema de todos, da sociedade. Não há democracia plena com uma mídia corrompida que manipula o tempo todo, onde ninguém mais identifica algo sério de algo manipulado (uma mídia que manipula cai em descrédito, ou deveria cair se parte do povo brasileiro não fosse tão crédula, ingênua e refratária).

E como se prova que a afirmação de "país dividido" é falsa? Pelo mesmo método que se usa com "revis". Digamos que de tanto a gente ler distorção daqueles caras, isto torna extremamente fácil notar distorção em qualquer fonte ou meio de comunicação.

Vejam estas votações em outros países que já citei no post anterior:
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Estados Unidos, 2000, George W. Bush x Al Gore. Link.

George W. Bush perde na votação 'normal' pra Al Gore mas leva a presidência pelos colégios eleitorais. W. Bush (Republicano) teve 47,87% dos votos e Al Gore (Democrata) 48,38%.

Algum de vocês ficou ouvindo a exaustão que os Estados Unidos estavam divididos com uma votação bizarra como a votação acima, digna de contestação? A resposta é: Não.
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Estados Unidos, 2012, caso mais recente, Obama x Mitt Romney. Link.

Obama (Democrata), concorrendo à reeleição, teve nada mais nada menos que exatos 51,01%, e Romney (Republicano) teve 47,16%. Obama teve menos votos que Dilma no Brasil percentualmente.

Novamente pergunto: algum de vocês ouviu a mídia brasileira ou de fora repetir a exaustão que os Estados Unidos estavam divididos por conta do percentual de votação? A resposta é: não, de novo.
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França, 2012, Hollande x Sarkozy. Link.

Vamos mudar de continente e de país, Sarkozy concorria à reeleição contra o candidato da coalizão de esquerda F. Hollande. Na votação final vejam só que coincidência de resultados com o do Brasil em 2014:

Hollande teve 51,63% dos votos e Sarkozy (que não se reelegeu) teve 48,37%.

Pergunto novamente: alguém ouviu a mídia falar de país dividido na França com "convicção"? A resposta é: Não.
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Agora voltemos ao Brasil:

Dilma teve este ano exatamente 51,62%, e Aécio Neves teve 48,38%.

Alarde da mídia no Brasil: "o país está dividido". Então este deve ser mesmo um país "excepcional", tão fora do comum com uma mídia "fora de série" (é essa a maior excepcionalidade brasileira: a mídia).

Viram a diferença de "tratamento"? ... pois é.

Vou dar até um desconto (de uns 10%) pra mídia estrangeira, pois esta geralmente repete as baboseiras que leem da mídia brasileira achando que essa é uma "imprensa séria"/"fonte séria" (salvo exceções) de informações, mas como eles sabem da partidarização política da mídia do país, não dá mais pra passar a mãozinha na cabeça da mídia de fora e achar que estão agindo de boa fé ao reproduzirem esse conteúdo por não filtrarem o mesmo, intencionalmente ou não. No mínimo o fazem por preguiça, mas de boa fé definitivamente não é.

Viram como é fácil manipular? Quantas pessoas vocês já viram repetindo como papagaio o "mantra" de país dividido sem nem entender que o voto não foi regional e sim por ideologia e classe social de Norte a Sul, como é na maior parte do mundo e em quase todas as eleições desde 1989? Muita gente, suponho. Tanto que rola nas notícias denúncias com mais chiliques regionais de "Nordeste isso e aquilo" por esse pessoal ignorante ao extremo com alguma compulsão por escrever cretinice na rede e compartilhar com todo mundo.

Quantas pessoas se questionaram sobre essa suposta divisão do país? Poucas, mas o número aumenta graças à internet que virou uma espécie de monitoramento da grande mídia com credibilidade pra lá de comprometida.

Entendem porque evito colocar texto de mídia brasileira aqui? Não há condições, salvo exceções.

Como quando se trata de um assunto específico e de agência estrangeira eles tentam não distorcer, ou de sites portugueses e espanhóis quando se referem à segunda guerra ou a um assunto que não há disputa política. Mas a mídia espanhola e portuguesa estão quase no mesmo patamar de distorção da mídia brasileira (se não for pior). Quando falam do Brasil são de uma pobreza e repetição de clichês atrozes, sem falar da manipulação.

É insuportável e vergonhoso conviver com uma imprensa dessas. E a maioria das pessoas, por burrice (o nome é esse mesmo, não tem outro, não se trata aqui de ideologia pois isso afeta a todos indistintamente), acha esse tipo de atitude da grande mídia brasileira "normal".

Aí começam a te xingar disso e daquilo mas nunca atacam ou criticam o cerne da questão: a "mídia santa" do país que manipula informação pra fins eleitoreiros e políticos, minando a própria democracia.

Vou frisar novamente aqui: este post não trata de Holocausto ou segunda guerra, estes dois temas talvez sejam um dos poucos assuntos que a mídia não tenta distorcer porque se o fizesse tomaria pau de todo lado, mas distorcem quando omitem o passado autoritário do país e a atuação de grupos de extrema-direita no mesmo, bem como nunca informam sobre o teor de cada seguimento político do país, independente de concordar com os mesmos ou não.

Por isso que eu já disse e repetirei quantas vezes for necessário: sou totalmente a favor da regulação da mídia no Brasil.

A quem acha que esta questão é algo "bolivariano" e aqueles clichês ridículos batidos, isso já ocorreu no Reino Unido (Link2), França, Alemanha e Estados Unidos. E tem mais aqui (sobre regulação em 10 países). Ou seja, quatro países "bolivarianos" pra vocês ficarem repetindo o mantra retórico ideológico na ausência de neurônios.

O mais engraçado é ver gente que se diz "liberal" defender mídia oligopolizada, algo que afeta diretamente a concorrência numa economia de mercado e gera supercontrole na mão de poucos grupos privados (famílias). Mais concorrência das mídias significa melhor conteúdo e diversificação do mesmo, mas obviamente que isso não interessa a essa meia dúzia que controla quase tudo.

Os tais "liberais" do Brasil, que de "liberais" só têm o nome mesmo, vivem idolatrando o tal "deus mercado liberal", repetindo e enchendo o saco alheio com uma ideologia que afunda todo país que se instala quando aplicado de forma radical como eles pregam, caso da Espanha, Portugal, Brasil nos anos 90 etc, mas nunca falam da regulação do mercado da mídia brasileira. Por quê?

O maior propulsor do nazismo e do fascismo na Europa não foi uma reação, como muita gente prega, à União Soviética (apesar de que o 'fantasma' dela assombrava ou era usado como pretexto pelas elites de vários países domarem sindicatos etc), e sim as crises que o liberalismo radical provocou nas economias dos países europeus e mundo afora.

Crise de todo tipo, não só econômica. E a mesma ideologia liberal radical vem criando crises agora mundo afora como nos Estados Unidos com a quebradeira que elegeu o Obama que prometia "recuperar" aquele país e se saiu como um fiasco. A mesma ideologia que quebrou Portugal, Espanha, Itália, Grécia e arrasa países sem pena.

Não a toa que no colapso grego recente um grupo neonazi ou de extrema-direita (Aurora Dourada) emergiu como força política naquele país, repetição do que já ocorrera antes no século XX. O povo cansado migra prum nacionalismo radical como resposta "ao que aí está".

Depois aparece gente querendo combater esse tipo de extremismo com repressão sem entender as causas da ascensão desse tipo de grupo por defenderem esse liberalismo radical e corporações. Os grupos radicais/extremados crescem nas crises provocadas pelo liberalismo radical que é bastante difundido no Brasil pela mídia oligopolizada do país e por sites avulsos espalhados pela internet.

Por isso que estou revendo se é adequado se falar sobre grupos exóticos "revis" (que não enchem uma Kombi), quando há grupos muito piores organizados detonando a democracia do país e inflando um clima de radicalização no mesmo com essa retórica "anti-esquerda" da guerra fria, porque são avessos a qualquer projeto nacional, mesmo moderado, liderado por qualquer governo federal no Brasil, quer seja de esquerda ou direita.

Por essa razão eu afirmo que esta questão da mídia não é uma questão a ser tratada com polarizações e sim algo suprapartidário (acima de partidos), que interessa a quem apoia um projeto nacional soberano contra essa agenda liberal radical proposta por determinados partidos políticos ou candidatas personalistas como a radical Marina Silva com discurso despolitizado antidemocrático pois rejeita partidos como numa ditadura.

Quero ver o pessoal (sem indiretas) que saiu às ruas em 2013, com todo o estardalhaço que foi feito em torno daquilo (com reivindicações difusas que elegeram um congresso pior que o de 2010), sair às ruas defendendo a regulação da mídia. Vamos ver se as passeatas eram só rebeldia pueril (alienação política e revolta difusa) ou se podem tornar algo sério em prol do país.

Agora que a eleição passou já dá pra discutir essas questões abertamente já que iriam chiar se o assunto fosse abordado no decorrer da mesma.

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