Nova biografia revela que Simon Wiesenthal trabalhava para a agência israelita Mossad
Por Rita Siza
(Foto)A Mossad atribuíra o nome de código "Teocrata" a Wiesenthal AFP
Tom Segev, o autor do livro, consultou mais de 300 mil documentos deixados pelo sobrevivente do Holocausto no seu centro de Viena
Uma nova biografia de Simon Wiesenthal, o mítico sobrevivente do Holocausto que dedicou toda a vida à perseguição e exposição de criminosos de guerra nazis, revela que as suas diligências foram financiadas pela Mossad, e demonstra que os esforços da agência israelita de serviços secretos para capturar figuras ligadas ao Terceiro Reich foram bem mais longe do que se pensava.
O livro, intitulado Wiesenthal - The Life and Legends, da autoria do historiador e colunista israelita Tom Segev, assenta em mais de 300 mil documentos do arquivo pessoal e profissional depositados no Centro de Documentação Judaico criado por Wiesenthal em Viena, para caracterizar a missão a que ele dedicou toda a sua vida.
"É uma revelação surpreendente no contexto da narrativa da sua história pessoal, porque Wiesenthal sempre foi visto como um solitário, como alguém que lutou sozinho contra tudo e contra todos, contra todas as probabilidades e até contra as autoridades e leis locais", considera o autor da obra.
Salário de 300 dólares
Simon Wiesenthal, que nasceu em 1908 na actual Ucrânia, foi prisioneiro em cinco campos de concentração nazis. No final da guerra, começou a reunir provas das atrocidades cometidas pelos nazis para a secção de crimes de guerra do Exército dos Estados Unidos.
O resto da sua vida foi passado à procura de criminosos nazis - o seu trabalho levou à prisão de mais de mil intervenientes no Holocausto.
Tom Segev provou agora que a ligação de Wiesenthal aos serviços secretos israelitas remonta aos primeiros anos de actividade do seu escritório em Viena: a Mossad ajudou-o a montar o gabinete e passou a enviar-lhe um salário mensal de 300 dólares pelas suas informações.
O rabi Marvin Hier, fundador do Centro Simon Wiesenthal de Los Angeles, disse à agência Associated Press que o próprio Wiesenthal lhe tinha confessado ter em tempos colaborado com a Mossad, sem dar contudo a ideia de que essa colaboração tinha sido formal e remunerada.
Conforme se lê na biografia, Wiesenthal começou a trabalhar com os serviços secretos israelitas logo em 1948, um ano antes da constituição oficial da Mossad. O sobrevivente do Holocausto engendrou uma operação com o então "departamento de Estado" do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel para capturar Adolf Eichmann, conhecido como "o arquitecto do Holocausto", na localidade austríaca de Altaussee, onde acreditava que ele iria celebrar a passagem de ano com a sua mulher e filhos.
Eichmann não apareceu, mas Wiesenthal nunca desistiu de o procurar. Também nunca mais deixou de fornecer informações à Mossad: em 1953 informou a polícia secreta que Eichmann estava fugido na Argentina. No entanto, só em 1960 é que os serviços operacionais decidiram montar uma nova missão de captura daquele dirigente nazi, que foi detido no dia 21 de Março.
Durante a década de 70, Wiesenthal, a quem a Mossad atribuíra o nome de código "Teocrata", forneceu informação extensiva não só sobre os paradeiros de oficiais nazis (cuja detenção e acusação sempre foi a sua prioridade), mas também da génese de vários grupos neonazis que ameaçavam comunidades judaicas na Europa. Também denunciou uma série de cientistas alemães que trabalhavam no programa militar do Egito.
Fonte: Público20(Portugal)
http://jornal.publico.pt/noticia/04-09-2010/nova-biografia-revela-que-simon-wiesenthal-trabalhava-para-a-agencia-israelita-mossad-20141267.htm
9 comentários:
Simon Wiesenthal, o "caçador de nazis", inventou cinco milhões de mortos não-judeus e acrescentou-os à história do Holocausto
Simon Wiesenthal contou a Yehuda Bauer que tinha inventado o número de 11 milhões de mortos do Holocausto. E porque o tinha ele inventado? Wiesenthal inventou-o, escreveu Bauer em 1989, "para fazer com que os não-judeus se sentissem como se fizessem parte de nós".
Excerto de um discurso de Walter Reich (14-11-2005), no site do American Enterprise Institute, um dos mais poderosos think-tanks neoconservadores norte-americanos e fervoroso defensor de Israel.
The Use and Abuse of Holocaust Memory
Holocaust memory is about our search into memory--an attempt to make contact, in our own souls, with the reality and immensity of what was lost.
[O Uso e Abuso da Memória do Holocausto - A memória do Holocausto é sobre a nossa busca na memória - uma tentativa de estabelecer contacto, nas nossas próprias almas, com a realidade e a imensidão do que se perdeu.]
[...] «Em Maio de 1978, o Presidente Jimmy Carter, numa cerimónia no relvado da Casa Branca em honra do 30º aniversário de Israel, anunciou que estava a reunir uma comissão para estudar a criação de um monumento comemorativo nacional "para os seis milhões que foram mortos no Holocausto."» [...]
«No dia seguinte ao discurso de Carter sobre os seis milhões, um assistente da Casa Branca sugeriu que a nova comissão podia ampliar o número de seis milhões para onze milhões de forma a incluir na definição de Holocausto os cinco milhões de vítimas não-judias. Onze meses depois, em Abril de 1979, nos primeiros "Dias de Recordação", na cerimónia na Rotunda do Capitólio, o Presidente Carter falou dos "onze milhões de vítimas inocentes exterminadas - seis milhões das quais judeus."» [...]
«Um mês depois, um assistente da Casa Branca insistiu com Carter para que, na sua ordem executiva que criava o Conselho Comemorativo do Holocausto dos Estados Unidos, o presidente, "deveria tornar claro que o monumento comemorativo era para honrar a memória de todas as vítimas do Holocausto - seis milhões de judeus e cerca de cinco milhões de pessoas de outros povos." Outro assistente da Casa Branca salientou que esta definição - onze milhões - tinha origem em Simon Wiesenthal» [...]
«De um ponto de vista histórico, tudo isto acarreta uma grande e estranha ironia. Na realidade, de onde vem este número onze milhões? Sim, veio de Simon Wiesenthal, o caçador de Nazis. Mas onde é que ele o foi buscar? Yehuda Bauer, o historiador de Holocausto, ficou intrigado com esta questão.»
(continua)
(continuação)
«Como escreveu Bauer, "O número total de vítimas não-judeus dos campos de concentração é de quase meio milhão - que é muita gente, mas não são cinco milhões. Por outro lado, o número total de mortos na Segunda Guerra Mundial foi estimado em cerca de trinta e cinco milhões. Deduza-se os quase seis milhões judeus, e restam muitos mais do que os cinco milhões de Wiesenthal.»
«De qualquer forma não havia nenhum plano premeditado para assassinar todas estas pessoas - todos os membros de um qualquer grupo. Se um camponês polaco ou um habitante da cidade tivesse evitado qualquer resistência e outros tipos de oposição, teria sofrido, sem dúvida, mas não teria sido marcado para ser assassinado. Chamar àquilo que aconteceu às vítimas não-judias 'o Holocausto' é 'simplesmente' falso." Portanto onde é que Wiesenthal foi desencantar o número onze milhões, incluindo cinco milhões de não-judeus?»
«Numa conversa privada, Bauer colocou-lhe essa questão. E Wiesenthal contou a Bauer onde fora buscar esse número. Wiesenthal contou-lhe que o tinha inventado. É verdade, ele tinha-o fabricado! E porque o tinha ele inventado? Wiesenthal inventou-o, escreveu Bauer em 1989, "para fazer com que os não-judeus se sentissem como se fizessem parte de nós." Wiesenthal já tinha manifestado a um repórter do Washington Post em 1979, quando lhe disse que "Desde 1948 eu procurei com outros líderes judeus não falar dos aproximadamente seis milhões de judeus mortos, mas antes de onze milhões de civis mortos, incluindo seis milhões de judeus."»
"So where did Wiesenthal get the number eleven million, including five million non-Jews? In a private conversation, Bauer asked him that very question. And Wiesenthal told Bauer where he had gotten it. He told him that he had "invented" it. That’s right, he had made it up! And why had he invented it? He had invented it, Bauer wrote in 1989, "in order to make the non-Jews feel like they are part of us." - Yehuda Bauer, "Don’t Resist: A Critique of Phillip Lopate," Tikkun, vol. 4, No. 3, May-June 1989, p. 67; cited in Novick, p. 215.
«O que Wiesenthal sentia em 1948 era que o mundo não-judeu não se interessaria pela tragédia judia a menos que percebesse que tinham também sido mortos não-judeus. Desta forma chamou a atenção para eles. Na necessidade de precisar um número, Wiesenthal inventou para cima de 5 milhões. E foi esse o número caprichoso que apareceu na ordem executiva (decreto) do Presidente Carter e que teve como resultado a primeira definição oficial do Holocausto, reunindo os que foram mortos como parte de um único genocídio industrial por motivos raciais e os que foram mortos em resultado da brutalidade nazi. Foi a forma peculiar, até mesmo bizarra como este número oficial e infundado - e, pior ainda, esta combinação oficial de tragédias históricas, cujo efeito foi privar-nos de um acontecimento único do qual o mundo inteiro tem muito que aprender – tenha sido criado por ordem presidencial.»
«Será assim o Holocausto, por causa desta definição caprichosa, uma experiência compartilhada? Felizmente, quando o Museu de Holocausto que surgiu do decreto de Carter foi construído, não foi usada aquela definição. Mas está lá no decreto, está sempre a aparecer em todos os jornais, revista e artigos profissionais, e evidentemente, vezes incontáveis na Web. No dia 20 de Setembro de 2005, no tributo ao Registro Congressional de Simon Wiesenthal após a sua morte, o Senador Dianne Feinstein realçou que o Centro Wiesenthal era "dedicado... a todas as 11 milhões de pessoas de nacionalidades diferentes, raças e credos que morreram no Holocausto." Para muitos, o número de 11 milhões é considerado um dado adquirido. E, com o passar do tempo, esse "conhecimento" será, estou convencido, ainda mais adquirido, ainda mais aceite, e ainda mais universal.»
Como podem comprovar, Simon Wiesenthal unventou 5 milhões de mortos no holocausto. Quantos mais terão sido inventados?
Vou dar só um aviso(o último) pra cortar essa 'trollagem'(ver troll) nos posts já que você não chega nem a ser reincidente(já fez isso outras vezes) e sim está tollando novamente de "brincadeira" e propositalmente.
Próximo copy-and-paste sem correlação com o post eu corto os comentários em virtude de que isso é postado só pra propaganda de blog ou pra provocar/irritar já que você posta, não discute e sai pela tangente quando vê que não tem resposta. Se quer postar algo que não tem correlação com o post que pelo menos poste apenas o link e diga do que se trata.
Quer discutir o assunto do post? À vontade, o post serve pra isso mesmo, e pra variar você passou batido da matéria e nem sequer comentou o post que trata do Wiesenthal e o Mossad.
Quer discutir outros pontos do Holocausto, há espaço pra isso por exemplo numa lista(como uma que você e o 'Joãozinho' abriram e correram) ou mesmo em fóruns de discussão apropriados pra isso.
Se for o caso, até porque o grupo já está aberto no site, perguntarei depois pro pessoal do Holocaust Controversies se dá pra discutir o assunto lá no Facebook pois é mais prático que os fóruns(na parte de discussões do grupo), apesar de que eu acho que os "revis"(como você) só estão mesmo a fim de trollar(torrar a paciência).
"Como podem comprovar, Simon Wiesenthal unventou 5 milhões de mortos no holocausto. Quantos mais terão sido inventados?"
Ponto importante que você simplesmente "ignorou", intencionalmente(ou não):
Simon Wiesenthal não era historiador.
Você o cita como se ele fosse autoridade na pesquisa do tema e não era. Ele ficou conhecido pela caça a nazistas no pós-2aGM mas não ficou conhecido por pesquisa sobre o Holocausto.
Seria mais honesto que você citasse esse "pequeno" detalhe que faz toda diferença no entendimento do assunto.
Outro ponto é que esse trecho, se não me engano, é de um livro do Peter Novick, "Holocaust in the American Life", algo assim. Depois vou dar uma olhada nisso.
Outro ponto que você deixou 'passar' batido(se é que não viu antes) é que deveria ler esses dois textos que o Roberto publicou aqui mesmo no blog:
5 milhões de vítimas não judias? (1ª Parte)
5 milhões de vítimas não judias? (2ª Parte)
Ou seja, a estimativa de aprox. 11 milhões de mortos pro Holocausto ainda ficaria abaixo da estimativa que o Roberto expôs nos dois textos acima(daria entre 12-13 milhões de mortos), que acho inteiramente plausível, incluindo na estimativa a soma de mortos judeus e não-judeus.
E novamente repito, Simon Wiesenthal não era historiador.
Esses "detalhes" podem não ter muita relevância pra você já que seu interesse é só negar o genocídio e reproduzir os panfletos de sites negacionistas(sem nem verificá-los), mas pruma pesquisa séria sobre o assunto, "detalhes" como esse são de fundamental importância.
«Simon Wiesenthal não era historiador.»
Pois não. Era um mentiroso!
«Portanto onde é que Wiesenthal foi desencantar o número onze milhões, incluindo cinco milhões de não-judeus? Numa conversa privada, Bauer colocou-lhe essa questão. E Wiesenthal contou a Bauer onde fora buscar esse número. Wiesenthal contou-lhe que o tinha inventado. É verdade, ele tinha-o fabricado! E porque o tinha ele inventado? Wiesenthal inventou-o, escreveu Bauer em 1989, "para fazer com que os não-judeus se sentissem como se fizessem parte de nós."»
Quantas mentiras terá ele somado a esta no seu Centro de Documentação Judaico em Viena?
Legal, perdi o comentário que havia escrito, tentar refazer de novo se conseguir lembrar do que havia escrito.
"«Simon Wiesenthal não era historiador.»
Pois não. Era um mentiroso!"
Uma coisa eu não entendo, vocês "revisionistas" são mentirosos compulsivos com "colorações" antissemitas e mesmo assim se acham em condição "moral" de acusar alguém de ser mentiroso? Impressionante, rs.
Novamente você saiu pela tangente do que comentei, ignorando o que foi dito acima porque ficou sem resposta.
Não importa o que o Wiesenthal disse, ele não era e nunca foi historiador do Holocausto e ficou conhecido mundialmente como caçador de nazistas e não como "historiador" do Holocausto.
Vai ver que caçar nazistas pra ver deve ser algo "imoral"(rsrsrs).
O pior é que você ainda não comentou a matéria do post que trata da ligação entre o Wiesenthal e o Mossad o que deixa claro que seu intuito no comentário é o de fazer propaganda do seu blog "revisionista" e de pichar terceiros com panfletos.
Com isso demonstra mais uma vez que os "revisionistas" não estão interessados em "verdade" histórica alguma e na realidade possuem uma obsessão doentia(pleonasmo) em relação a judeus.
"Vai ver que caçar nazistas pra ver deve ser algo "imoral"(rsrsrs).
O pior é que você ainda não comentou a matéria do post que trata da ligação entre o Wiesenthal e o Mossad o que deixa claro que seu intuito no comentário é o de fazer propaganda do seu blog "revisionista" e de pichar terceiros com panfletos."
roberto.. se vc tirar um panfleto de um revi, lhe tira a vida.
Deixe o coitado panfletear, pois se não, como o cara vai destilar ignorancia e xenofobia?
"roberto.. se vc tirar um panfleto de um revi, lhe tira a vida.
Deixe o coitado panfletear, pois se não, como o cara vai destilar ignorancia e xenofobia?"
Leandro, vendo por esse lado você tem razão. O que os "revis" têm além de panfletos e chavões tentando incitar discriminação contra quem eles odeiam?
Por outro lado, foi só eu não colocar posts que dão margem ao cara vir postar panfleto que pararam com a "brincadeira". Veja que sequer o Diogo veio responder a indagação que eu fiz nos comentários aí depois o mesmo reclama de "ausência" de debate, pode? Só rindo, rs. Os "revis" são falaciosos por natureza.
De qualquer forma, é impressionante como são previsíveis esses caras(os "revisionistas").
P.S. e como prometido noutro post, ainda será publicado um post sobre aquela questão do Gerstein e o volume, vamos ver se ele terá a cara de pau de vir postar aquele esgoto panfletário do Faurisson de novo como "prova" de fraude.
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