A seguinte informação foi obtida das páginas 179-182 do livro de Michael Salter a respeito de quatro documentos que pertencem ao PS-501 exibido em Nuremberg, discutidas nesta série por Hans. A primeira participação da OSS (ASE)* era de localizar os documentos entre os detidos pela inteligência britânica em Londres. Um cabo de Donovan para Jackson, datado de 01 de junho de 1945, detalhou o papel do Coronel Amen na obtenção de "documentos (originais) que contêm detalhes do gás pela "van da morte" equipada por esse propósito [Salter pág.180, citando cabo 18124 , 6/1/45, Jackson Papers, Box 101, Reel 7, grifo meu].
Estes foram colocados em um dossiê preparado pelo bando X-2 da OSS (ASE) e, eventualmente, pego por Whitney Harris, que discute aqui (págs. 198-199) como ele os usou no interrogatório de Ohlendorf enquanto preparava-se para o caso contra Kaltenbrunner. Os documentos também foram autenticados por Rauff (link2) em Ancona, como Hans mostra aqui. Embora o documento Becker-Rauff tenha se tornado parte do PS-501, ele foi inicialmente apresentado pela OSS (ASE) como Feldpostnummer S2704/ SECRETO. Rauff deu uma confirmação ainda muito mais detalhada do documento no Chile, em 1972, mostrada aqui.
Na lamentação de Weckert e outros sobre as origens desses documentos, remeto os leitores à citação de Zimmerman no post do Roberto (Muehlenkamp) aqui.
*OSS (ASE): Office of Strategic Services, abreviação "OSS" (Agência de Serviços Estratégicos), precursora da CIA.
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2016/05/note-on-involvement-of-oss-in-locating.html
Texto: Jonathan Harrison
Título original: Note on Involvement of OSS in Locating Gas Van Documents PS-501
Tradução: Roberto Lucena
Mostrando postagens com marcador nazis. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador nazis. Mostrar todas as postagens
quinta-feira, 7 de julho de 2016
sábado, 21 de maio de 2016
Mais provas fotográficas de cadáveres exumados na URSS (Alerta: Contém links com conteúdo violento)
Acrescentando a este post anterior do Roberto Muehlenkamp (Parte 2), adiciono o seguinte material do site do Yad Vashem:
Bogdanovka
Krasnodar
Kramatorsk
Utena
Chernovtsy
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2016/04/photographic-evidence-of-exhumed.html
Texto: Jonathan Harrison
Título original: More Photographic Evidence of Exhumed Corpses in the USSR (Warning: Contains Links to Graphic Content)
Tradução: Roberto Lucena
Bogdanovka
Krasnodar
Kramatorsk
Utena
Chernovtsy
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2016/04/photographic-evidence-of-exhumed.html
Texto: Jonathan Harrison
Título original: More Photographic Evidence of Exhumed Corpses in the USSR (Warning: Contains Links to Graphic Content)
Tradução: Roberto Lucena
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
Os Diários de Joseph Goebbels Online
O texto não iria tratar propriamente deste acesso online aos diários de Goebbels no site da Univ. de Oxford (Reino Unido), mas como o link pode servir de referência, colocarei a tradução do post de outro blog (da própria Oxford) abaixo (que facilitou a enumeração, pois já havia salvo textos sobre isso mas pra reler as informações de novo é complicado/ruim).
Há uma edição lançada em alemão com cinco volumes dos diários de Goebbels, sem tradução pra outro idioma. Confiram (tive que colocar o link pra Amazon mesmo porque não encontrei descrição no skoob ou Google Books):
Joseph Goebbels, Ralf G. Reuth ed., "Joseph Goebbels. Tagebücher 1924 - 1945. 5 Vol."
Fui atrás de um "review" (crítica/resenha) desta coleção pra colocar aqui e não achei (nada razoável), exceto isso (extenso demais pra traduzir), por isso estou colocando o texto de outra série abaixo, pois no site da Oxford apontam que o número de volumes do diário é muito superior a cinco volumes, mas pode ocorrer desses volumes a mais estarem condensados nesta edição de cinco volumes (hipótese), mas não tenho informação sobre isso (pra confirmar).
O fato é que não há tradução em editoras nacionais (brasileiras) de nenhuma parte lançada do Diário de Goebbels em outros idiomas (inclusive o espanhol), sendo que há edições conhecidas. Pelo menos não que eu lembre de alguma. Já vi edição lançada em Portugal de edições lançadas em inglês, e em espanhol, como esta. Mas são pedaços, fragmentos.
Num momento de "histeria" sobre o relançamento de "Mein Kampf" (Minha Luta) de Hitler, o post serve pra ilustrar como esta histeria é irracional e datada/anacrônica, pois é uma histeria seletiva: por que há uma grita com o livro de Hitler e não sobre as outras publicações de outros nazistas? Seriam os outros mais "leves" (menos antissemitas) que Hitler? A destruição do nazismo se deveu a uma única pessoa? Ainda há essa crença? Isto se deve à ignorância ou à cabeça de quem resume nazismo e III Reich a Hitler. Quem acompanha o blog já deve ter visto alguns comentários que ilustram bem isso que eu digo, com o diálogo travado por histeria.
Eu sou contra a proibição da edição do "Minha Luta" no Brasil, a proibição só serve pra carregar a pecha de censura e não serve pra absolutamente nada pois qualquer pessoa encontra esses livros fácil pela web. Deveriam se preocupar em tentar traduzir uma edição comentada (há duas lançadas em Portugal e Espanha, só pra constar, uma em cada país) em vez de ficar com essa postura anacrônica como se ninguém tivesse acesso ao livro com internet à disposição. Achar que livros ainda só são repassados pelo meio físico é ignorância pesada. Não se combate racismo e preconceito por decreto e sim com conhecimento (ou acesso a ele, como é feito em sites de Univ. dos EUA como este que tem o processo Lipstadt x Irving todo disponível, com muita informação de gente de peso), desmontando esse tipo de pregação.
_____________________________________________________
Novo: Os Diários de Joseph Goebbels Online
Publicado em 10 de janeiro de 2013 por iholowaty
Os usuários do site da Oxford agora têm acesso ao "Die Tagebücher von Joseph Goebbels Online" (The Diaries of Joseph Goebbels Online/ Diários de Joseph Goebbels Online).
Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda de Hitler para o Reich entre 1933-45. Como membro destacado do Partido Nacional-Socialista Alemão e Ministro da Propaganda do governo de Hitler de 1933-1945, os diários de Joseph Goebbels são uma fonte chave para entender o Terceiro Reich e a história do Partido Nazista e até mesmo do próprio Hitler.
Esta edição em alemão é publicada pelo Institut für Zeitgeschichte (IFZ). Ela inclui a transcrição de todos as entradas manuscritas dos anos de 1923 até julho de 1941 e as subsequentes citações até 1945, e é baseada na reprodução dos diários completos em microficha – comissionada pelo próprio Goebbels - que foi descoberto por Elke Fröhlich no antigo arquivo especial em Moscou.
Pela primeira vez, este banco de dados dá a pesquisadores a chance de acessar os diários de Joseph Goebbels eletronicamente (digitalmente) usando o valioso índice por assuntos que até então estava disponível apenas em edição impressa.
Séria publicada na Biblioteca Bodleian:
Die Tagebücher von Joseph Goebbels. Teil I, Aufzeichnungen 1923-1941. 9 vols.
Die Tagebücher von Joseph Goebbels. Teil II, Diktate 1941-1945. 15 vols.
Die Tagebücher von Joseph Goebbels : sämtliche Fragmente. Teil 1, Aufzeichnungen 1924-1941. 4 vols.
Die Tagebücher von Joseph Goebbels. Teil III, Register 1923-1945. 3 vols.
Fonte: blog da Bodleian History Faculty Library, Universidade de Oxford (Inglaterra)
http://blogs.bodleian.ox.ac.uk/history/2013/01/10/newgoebbelsdiaries/
Título original: New: The Diaries of Joseph Goebbels Online
Tradução: Roberto Lucena
Adendo: os "revisionistas" (negacionistas) tem uma neura com esses diários de Goebbels, tem ou tinham... eles alegam (pelo menos os de fora) que os diários são falsificações ou "cria" dos Aliados, por isso que você dificilmente encontrará cópias digitalizadas desses diários em sites "revis" ou neonazis. Eu nunca vi. Não sei em que pé anda essa "neura" deles atualmente com os diários, mas historicamente eles sempre manifestaram esta posição.
Há uma edição lançada em alemão com cinco volumes dos diários de Goebbels, sem tradução pra outro idioma. Confiram (tive que colocar o link pra Amazon mesmo porque não encontrei descrição no skoob ou Google Books):
Joseph Goebbels, Ralf G. Reuth ed., "Joseph Goebbels. Tagebücher 1924 - 1945. 5 Vol."
Fui atrás de um "review" (crítica/resenha) desta coleção pra colocar aqui e não achei (nada razoável), exceto isso (extenso demais pra traduzir), por isso estou colocando o texto de outra série abaixo, pois no site da Oxford apontam que o número de volumes do diário é muito superior a cinco volumes, mas pode ocorrer desses volumes a mais estarem condensados nesta edição de cinco volumes (hipótese), mas não tenho informação sobre isso (pra confirmar).
O fato é que não há tradução em editoras nacionais (brasileiras) de nenhuma parte lançada do Diário de Goebbels em outros idiomas (inclusive o espanhol), sendo que há edições conhecidas. Pelo menos não que eu lembre de alguma. Já vi edição lançada em Portugal de edições lançadas em inglês, e em espanhol, como esta. Mas são pedaços, fragmentos.
Num momento de "histeria" sobre o relançamento de "Mein Kampf" (Minha Luta) de Hitler, o post serve pra ilustrar como esta histeria é irracional e datada/anacrônica, pois é uma histeria seletiva: por que há uma grita com o livro de Hitler e não sobre as outras publicações de outros nazistas? Seriam os outros mais "leves" (menos antissemitas) que Hitler? A destruição do nazismo se deveu a uma única pessoa? Ainda há essa crença? Isto se deve à ignorância ou à cabeça de quem resume nazismo e III Reich a Hitler. Quem acompanha o blog já deve ter visto alguns comentários que ilustram bem isso que eu digo, com o diálogo travado por histeria.
Eu sou contra a proibição da edição do "Minha Luta" no Brasil, a proibição só serve pra carregar a pecha de censura e não serve pra absolutamente nada pois qualquer pessoa encontra esses livros fácil pela web. Deveriam se preocupar em tentar traduzir uma edição comentada (há duas lançadas em Portugal e Espanha, só pra constar, uma em cada país) em vez de ficar com essa postura anacrônica como se ninguém tivesse acesso ao livro com internet à disposição. Achar que livros ainda só são repassados pelo meio físico é ignorância pesada. Não se combate racismo e preconceito por decreto e sim com conhecimento (ou acesso a ele, como é feito em sites de Univ. dos EUA como este que tem o processo Lipstadt x Irving todo disponível, com muita informação de gente de peso), desmontando esse tipo de pregação.
_____________________________________________________
Novo: Os Diários de Joseph Goebbels Online
Publicado em 10 de janeiro de 2013 por iholowaty
Os usuários do site da Oxford agora têm acesso ao "Die Tagebücher von Joseph Goebbels Online" (The Diaries of Joseph Goebbels Online/ Diários de Joseph Goebbels Online).
Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda de Hitler para o Reich entre 1933-45. Como membro destacado do Partido Nacional-Socialista Alemão e Ministro da Propaganda do governo de Hitler de 1933-1945, os diários de Joseph Goebbels são uma fonte chave para entender o Terceiro Reich e a história do Partido Nazista e até mesmo do próprio Hitler.
Esta edição em alemão é publicada pelo Institut für Zeitgeschichte (IFZ). Ela inclui a transcrição de todos as entradas manuscritas dos anos de 1923 até julho de 1941 e as subsequentes citações até 1945, e é baseada na reprodução dos diários completos em microficha – comissionada pelo próprio Goebbels - que foi descoberto por Elke Fröhlich no antigo arquivo especial em Moscou.
Pela primeira vez, este banco de dados dá a pesquisadores a chance de acessar os diários de Joseph Goebbels eletronicamente (digitalmente) usando o valioso índice por assuntos que até então estava disponível apenas em edição impressa.
Séria publicada na Biblioteca Bodleian:
Die Tagebücher von Joseph Goebbels. Teil I, Aufzeichnungen 1923-1941. 9 vols.
Die Tagebücher von Joseph Goebbels. Teil II, Diktate 1941-1945. 15 vols.
Die Tagebücher von Joseph Goebbels : sämtliche Fragmente. Teil 1, Aufzeichnungen 1924-1941. 4 vols.
Die Tagebücher von Joseph Goebbels. Teil III, Register 1923-1945. 3 vols.
Fonte: blog da Bodleian History Faculty Library, Universidade de Oxford (Inglaterra)
http://blogs.bodleian.ox.ac.uk/history/2013/01/10/newgoebbelsdiaries/
Título original: New: The Diaries of Joseph Goebbels Online
Tradução: Roberto Lucena
Adendo: os "revisionistas" (negacionistas) tem uma neura com esses diários de Goebbels, tem ou tinham... eles alegam (pelo menos os de fora) que os diários são falsificações ou "cria" dos Aliados, por isso que você dificilmente encontrará cópias digitalizadas desses diários em sites "revis" ou neonazis. Eu nunca vi. Não sei em que pé anda essa "neura" deles atualmente com os diários, mas historicamente eles sempre manifestaram esta posição.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Quando a social-democracia pegava em armas contra o fascismo
António Louçã, RTP
08 Fev, 2012, 19:21 / atualizado em 08 Fev, 2012, 19:50
DR
Foram precisos mais de 75 anos para um presidente austríaco promulgar o decreto que reabilita milhares de vítimas do austro-fascismo - um ato tardio de reparação por violências sofridas, mesmo se o parlamento não se atreveu a dizer a palavrinha impronunciável.
Ao austro-fascismo não pode chamar-se "austrofascismo" - embora seja uma expressão amplamente estabelecida na historiografia dos anos 30. O consenso partidário que esteve na base da aprovação do decreto cedeu à pressão do SPÖ (Partido Social-Democrata da Áustria) sobre a substância e reabilitou as vítimas. Já quanto à forma, não houve maneira de conseguir que os democratas-cristãos do ÖVP aceitassem designar a ditadura austro-fascista pelo seu nome.
O presidente da República austríaca, Heinz Fischer, promulgou o decreto e este entrará em vigor a partir de 1 de março próximo. Para muitos sobreviventes trata-se de uma reparação meramente simbólica, porque entretanto o exílio, o julgamento à revelia, a perda da nacionalidade, ou a prisão tinham ficado para trás.
Milícia socialista versus milícia fascista
A ditadura austro-fascista impusera-se pela mão do chanceler Engelbert Dolfuss, num país que era baluarte dum dos mais fortes partidos social-democratas da Europa. Os socialistas austríacos eram amplamente majoritários na classe operária e, no final da Primeira Grande Guerra, dispunham de uma milícia (RSB- Republikanische Schutzbund) que fazia sombra ao próprio exército.
Na sequência da guerra e das revoluções que sacudiram a Europa Central, tinham rompido pela esquerda com os seus congêneres alemães. Mantiveram durante algum tempo um sistema de ligações internacionais conhecido como a "Internacional 2 e meio". Só mais tarde voltariam à Segunda Internacional.
O chanceler Dolfuss, por seu lado, apoiou-se no exército, na polícia e numa milícia fascista (Heimatschutz) para reprimir o movimento operário. Em Fevereiro de 1934, duas semanas depois da greve geral portuguesa e da insurreição da Marinha Grande, ao ser assaltada uma sede social-democrata na cidade de Linz (da região natal de Hitler), a guarda da sede abriu fogo sobre os atacantes e rapidamente foi reforçada pelos operários das fábricas vizinhas.
Aí começou uma breve guerra civil, que iria durar três dias. Alastrou a grande parte da Áustria e chegou a pôr em xeque a segurança do Governo, em Viena. De um lado combatiam os social-democratas, apoiados por uim partido comunista minoritário; e do outro lutavam austro-fascistas dolfussianos, seminaristas católicos e nazis austríacos (apesar da hostilidade entre estes e os dolfussianos).
Finalmente, o exército conseguiu impor-se, utilizando artilharia pesada contra os bairros operários de Viena, e causando assim centenas de vítimas civis. Para a Checoslováquia fugiram as grandes figuras da social-democracia - Otto Bauer, Julius Deutsch e outros. Fugiram também jovens militantes, ainda sem notoriedade especial, como o futuro chanceler Bruno Kreisky. Outros foram capturados e enforcados. Alguns ficaram na prisão.
Nazis contra austro-fascistas
O autor da carnificina não ia gozar por muito tempo do seu triunfo: poucos meses depois, em julho, Engelbert Dolfuss foi assassinado por um punhado de militantes nazis que pretendiam dar um golpe de Estado e promover a anexação da Áustria pela Alemanha.
Apesar da morte do chanceler, a conjura falhou e os principais golpistas nazis foram condenados à morte e executados. Já nesse momento Hitler mandou mobilizar tropas para invadir a Áustria, mas Mussolini fez outro tanto e avisou-o que estava disposto a enfrentá-lo militarmente. A Alemanha nazi, ainda no início do seu rearmamento, emendou rapidamente a mão, desmobilizou as tropas e denunciou o levantamento dos seus sequazes austríacos.
No poder ficou um austro-fascista, continuador de Dolfuss e muito apreciado no Portugal de Salazar - Kurt von Schuschnigg. Iria durar mais quatro anos à cabeça do Estado austríaco até à invasão alemã de 1938 e ao Anschluss. Nesse momento, a relação de forças já era outra, Mussolini já estava disposto a sacrificar o pequeno país que considerava protetorado seu, Hitler já podia mandar prender Schuschnigg e homenagear, sinceramente, os nazis que mataram Dolfuss.
Mas, na alternância de austro-fascistas e nazi-fascistas, as vítimas do terror da extrema-direita iam continuar durante mais 75 anos a esperar por uma reparação. Foi essa que agora se decretou, embora sob o manto diáfano de tabus e eufemismos.
Fonte: RTP (Portugal)
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=525431&tm=4&layout=121&visual=49
08 Fev, 2012, 19:21 / atualizado em 08 Fev, 2012, 19:50
DR
Foram precisos mais de 75 anos para um presidente austríaco promulgar o decreto que reabilita milhares de vítimas do austro-fascismo - um ato tardio de reparação por violências sofridas, mesmo se o parlamento não se atreveu a dizer a palavrinha impronunciável.
Ao austro-fascismo não pode chamar-se "austrofascismo" - embora seja uma expressão amplamente estabelecida na historiografia dos anos 30. O consenso partidário que esteve na base da aprovação do decreto cedeu à pressão do SPÖ (Partido Social-Democrata da Áustria) sobre a substância e reabilitou as vítimas. Já quanto à forma, não houve maneira de conseguir que os democratas-cristãos do ÖVP aceitassem designar a ditadura austro-fascista pelo seu nome.
O presidente da República austríaca, Heinz Fischer, promulgou o decreto e este entrará em vigor a partir de 1 de março próximo. Para muitos sobreviventes trata-se de uma reparação meramente simbólica, porque entretanto o exílio, o julgamento à revelia, a perda da nacionalidade, ou a prisão tinham ficado para trás.
Milícia socialista versus milícia fascista
A ditadura austro-fascista impusera-se pela mão do chanceler Engelbert Dolfuss, num país que era baluarte dum dos mais fortes partidos social-democratas da Europa. Os socialistas austríacos eram amplamente majoritários na classe operária e, no final da Primeira Grande Guerra, dispunham de uma milícia (RSB- Republikanische Schutzbund) que fazia sombra ao próprio exército.
Na sequência da guerra e das revoluções que sacudiram a Europa Central, tinham rompido pela esquerda com os seus congêneres alemães. Mantiveram durante algum tempo um sistema de ligações internacionais conhecido como a "Internacional 2 e meio". Só mais tarde voltariam à Segunda Internacional.
O chanceler Dolfuss, por seu lado, apoiou-se no exército, na polícia e numa milícia fascista (Heimatschutz) para reprimir o movimento operário. Em Fevereiro de 1934, duas semanas depois da greve geral portuguesa e da insurreição da Marinha Grande, ao ser assaltada uma sede social-democrata na cidade de Linz (da região natal de Hitler), a guarda da sede abriu fogo sobre os atacantes e rapidamente foi reforçada pelos operários das fábricas vizinhas.
Aí começou uma breve guerra civil, que iria durar três dias. Alastrou a grande parte da Áustria e chegou a pôr em xeque a segurança do Governo, em Viena. De um lado combatiam os social-democratas, apoiados por uim partido comunista minoritário; e do outro lutavam austro-fascistas dolfussianos, seminaristas católicos e nazis austríacos (apesar da hostilidade entre estes e os dolfussianos).
Finalmente, o exército conseguiu impor-se, utilizando artilharia pesada contra os bairros operários de Viena, e causando assim centenas de vítimas civis. Para a Checoslováquia fugiram as grandes figuras da social-democracia - Otto Bauer, Julius Deutsch e outros. Fugiram também jovens militantes, ainda sem notoriedade especial, como o futuro chanceler Bruno Kreisky. Outros foram capturados e enforcados. Alguns ficaram na prisão.
Nazis contra austro-fascistas
O autor da carnificina não ia gozar por muito tempo do seu triunfo: poucos meses depois, em julho, Engelbert Dolfuss foi assassinado por um punhado de militantes nazis que pretendiam dar um golpe de Estado e promover a anexação da Áustria pela Alemanha.
Apesar da morte do chanceler, a conjura falhou e os principais golpistas nazis foram condenados à morte e executados. Já nesse momento Hitler mandou mobilizar tropas para invadir a Áustria, mas Mussolini fez outro tanto e avisou-o que estava disposto a enfrentá-lo militarmente. A Alemanha nazi, ainda no início do seu rearmamento, emendou rapidamente a mão, desmobilizou as tropas e denunciou o levantamento dos seus sequazes austríacos.
No poder ficou um austro-fascista, continuador de Dolfuss e muito apreciado no Portugal de Salazar - Kurt von Schuschnigg. Iria durar mais quatro anos à cabeça do Estado austríaco até à invasão alemã de 1938 e ao Anschluss. Nesse momento, a relação de forças já era outra, Mussolini já estava disposto a sacrificar o pequeno país que considerava protetorado seu, Hitler já podia mandar prender Schuschnigg e homenagear, sinceramente, os nazis que mataram Dolfuss.
Mas, na alternância de austro-fascistas e nazi-fascistas, as vítimas do terror da extrema-direita iam continuar durante mais 75 anos a esperar por uma reparação. Foi essa que agora se decretou, embora sob o manto diáfano de tabus e eufemismos.
Fonte: RTP (Portugal)
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=525431&tm=4&layout=121&visual=49
Marcadores:
anexação da Áustria,
Anschluss,
Áustria,
austro-fascismo,
Dolfuss,
nazis,
ÖVP,
Salazar,
Schuschnigg,
segunda guerra,
social-democrata,
SPÖ,
Terceiro Reich
terça-feira, 25 de outubro de 2011
O judeu que soube das intimidades nazistas
Howard Triest, judeu alemão, trabalhou como tradutor dos psiquiatras estadunidenses em Nuremberg. |
Segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Um judeu alemão que se converteu em tradutor do exército estadunidense é o último sobrevivente da equipe que realizou exames psicológicos em importantes nazistas depois da guerra. Ele explica que aprenderam muito pouco, mas obtiveram um conhecimento único de suas personalidades.
"Se você retira os nomes desses nais, e só se senta e fala com eles, era como se fossem teus amigos e vizinhos".
Howard Triest, de 88 anos de idade, passou muitas horas com alguns dos líderes mais notórios do Terceiro Reich, quando trabalhou como tradutor dos psiquiatras estadunidenses em Nuremberg.
Era setembro de 1945, pouco depois do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa, e os mais altos postos dos nazis que seguiam vivos iriam ser julgados por crimes de guerra.
"Havia visto esta gente em seus tempos de glória, quando os nazis eram os donos do mundo", conta. "Estes dirigentes haviam matado a maioria da minha família, mas agora eu estava no controle".
Entre eles estava o chefe da Luftwaffe, a força aérea alemã, Hermann Goering, o segundo de Hitler, Rudolf Hess, o propagandista nazi Julius Streicher e o ex-comandante de Auschwitz Rudolf Hoess, entre outros.
"É uma sensação muito estranha, estar sentado em uma cela com um homem que você sabe que matou teus pais", disse referindo-se a Hoess.
"Tratamos ele com cortesía, mantive meu ódio sob controle quando estava trabalhando ali. Não podia deixar verem como você se sentia realmente porque não arrancaria nada de seus interrogatórios. Mas nunca dei a mão a nenhum deles".
Escapando dos nazis
Howard Triest nasceu em uma família judia em Munique, 1923, e já era um adolescente quando se intensificou a perseguição nazista.
Sua família partiu para Luxemburgo em 31 de agosto de 1939, um dia antes da Alemanha invadir a Polônia, com a intenção de seguir sua viagem para os Estados Unidos. Mas a falta de dinheiro lhes impediu de realizar a viagem juntos.
Assim que ele saiu antes, em abril de 1940, seus pais e a irmã menor seguiram um mês mais tarde.
Para seus pais, esse atraso foi fatal. Sua mãe Ly, que então tinha 43 anos de idade, e Berthold, de 56 anos, foram enviados mais tarde da França para Auschwitz, onde morreram.
Sua irmã Margot foi contrabandeada até a Suíça e dali aos Estados Unidos, onde ainda vive, como seu irmão.
O intento de Howard de alistar-se no exército dos Estados Unidos foi frustrado a princípio porque não contava com a nacionalidade deste país, mas mais tarde, em 1943, ele a conseguiu. Haviam-no tornado cidadão estadunidense.
Foi destinado à Europa. Aterrissou na praia de Omaha, um ou dois dias depois do Dia D, e começou a trabalhar para a inteligência militar, graças ao fato de que falava alemão fluentemente, uma destreza que se tornava mais valiosa à medida que os Aliados adentravam o continente até Berlim.
No verão de 1945 foi dada baixa, mas imediatamente depois começou a trabalhar para o Departamento de Guerra dos EUA como civil, e foi enviado à Nuremberg para dar assistência ao capitão Leon Goldensohn com suas avaliações psiquiátricas dos réus que esperavam um julgamento.
Foi assim, como um homem judeu, que havia escapado das garras dos nazis, chegou a passar horas em suas companhias, sentado com eles em suas celas, traduzindo as perguntas dos psiquiatras e suas respostas.
O capitão Goldensohn estava levando a cabo diagnósticos com provas como as Rorschach, numa tentativa de entender as personalidades e motivações dos prisioneiros.
As memórias de Triest desta experiência foram recolhidas em um livro "Adentro de la prisión de Nuremberg"(Dentro da prisão de Nuremberg), pela historiadora Helen Fry, que contém esboços vívidos desses personagens.
Hess, o zumbi
"Goering seguia sendo um homem pedante", recorda Triest.
"Era o ator eterno, o homem que estava a cargo. Considerava-se a si mesmo como o prisioneiro número um, porque Hitler e Himmler já estavam mortos. Sempre queria a cadeira número um no tribunal".
"Chegou a Nuremberg com oito maletas, a maioria cheias de remédios, pois era viciado, e ficou surpreso porque o trataram como um prisionero e não como uma personalidade famosa".
Triest também teve contato com Rudolf Hess, que havia sido o deputado de Hitler até fugir para a Escócia, em maio de 1941, onde foi capturado.
Recorda que Hess era "como um zumbi".
"Hess pensava que o perseguiam, inclusive quando esteve detido na Inglaterra. Fez pacotes de amostras de comida e nos dava algumas a mim e aos psiquiatras. Pedia que as analisássemos pois pensava que o estavam envenenando".
"Era um prisioneiro calado, que respondeu algumas perguntas mas não entrou em detalhes. Ninguém sabia quanto havia de atuação e quanto era real, quando realmente podia recordar".
Ódio oculto
Dentro de suas obrigações, Triest também esteve cara a cara com Rudolf Hoess, foi dos encontros mais intensos por conta da morte de seus pais em Auschwitz, quando o campo de concentração estava sob controle de Hoess.
"Tanto Goldensohn como eu estivemos com ele muitas vezes. Algumas vezes eu estive sozinho com ele em sua cela", explica Triest.
"As pessoas costumavam me dizer: 'podes te vingar, podes levar um canivete para sua cela'. Mas a vingança já estava no fao de que eu sabia que que ele estava atrás das grades e seria enforcado. Assim que sabia que ele iria morrer de qualquer jeito. Matá-lo não iria me fazer nenhum bem".
Triest descreve Hoess como alguém "muito normal. Não parecia alguém que havia matado a dois ou três milhões de pessoas".
Um incidente extraordinário ocorreu com Julius Streicher, cujo periódico Der Stuermer alimentou muito a histeria antissemita entre os alemães.
"Era o maior antissemita. Entrevistei-o com outro psiquiatra, o capitão Douglas Kelley. Streicher tinha uns papéis que não queria dar a Kelley, ou a nenhuma pessoa, porque dizia que não queria que caíssem em mãos judias".
"Finalmente ele os me deu. Eu era alto, loiro e de olhos azuis. Ele disse que 'só os darei ao tradutor porque sei que é um verdadeiro ariano. Eu sei pela forma como fala".
"Streicher falou comigo durante horas porque acreditava que eu era um 'verdadeiro ariano'. Arranquei muito mais dele dessa forma".
De fato, nenhum dos nazis para os quais Trieste traduziu souberam que ele era judeu..
Lição aprendida?
Triest explica que, apesar dos melhores esforços dos psiquiatras, não se conseguiu extrair muito sobre a psicologia da mentalidade nazi.
"Aprendemos algo destas provas psiquiátricas? Não. Não encontramos nada anormal, nada que indicasse algo que os tornara os assassinos que foram".
"De fato, eram bastante normais. A maldade e a crueldade extrema podem andar com a normalidade. Nenhum demonstrou remorso".
"Disseram que sabiam que havia acampamentos, mas não tinham conhecimento da aniquilação de gente".
"É uma lástima que não passaram pelo mesmo que suas vítimas, que Hoess não tenha sofrido num campo de concentração da mesma forma que seus prisioneiros".
Triest espera que nunca se esqueça da história do Holocausto.
"Mas olha o mundo agora. É mais tranquilo? Algumas das vítimas mudaram, mas elas ainda existem em todo o mundo".
Antes de terminar a entrevista, Triest conta outra anedota sobre o prisioneiro número um de Nuremberg.
"Uma vez Goering disse que se alguma bomba era lançada em Berlim, comeria arenque. Bem, eu estava encarregado de censurar sua correspondência e uma vez alguém lhe mandou arenque".
Howard ri suavemente. "Eu o coloquei. Cheirava um pouco".
Fonte: BBC Mundo/Semana.com(Reino Unido/Colômbia)
http://www.semana.com/mundo/judio-supo-intimidades-nazis/166285-3.aspx
Tradução: Roberto Lucena
Marcadores:
Auschwitz,
Goering,
Hess,
Hitler,
Hoess,
Höss,
Howard Triest,
Julgamento de Nuremberg,
Julius Streicher,
Leon Goldensohn,
nazis,
psiquiatra,
Terceiro Reich
quarta-feira, 16 de março de 2011
Há 100 anos nascia o médico nazi Josef Mengele: o 'Anjo da Morte'
O doutor fez experimentos com humanos em Auschwitz e foi o responsável pelo extermínio de milhares de judeus | Fugiu para a Argentina e nunca pagou por suas atrocidades
por Lorena Ferro
Atroz, monstruosa, bárbara, cruel, inumana... a lista de qualificativos para definir a (criminosa) práxis que levou a cabo Josef Mengele seria interminável. Ele que fora médico do campo de concentração e extermínio de Auschwitz durante a II Guerra Mundial ganhou o apelido de Anjo da Morte: por fazer experimentos com humanos e ser o responsável pela morte de milhares de judeus. Faleceu em 1979 (ainda que sua deceso se connheceu seis anos depois) sem prestar contas por suas atrocidades. Hoje faz um século do seu nascimento.
Friamente, usou os judeus como cobaias humanas com todo tipo de experimentos macabros - a muitos outros enviou-lhes diretamente do trem ao crematório - e fugiu do campo de concentração em janeiro de 1945, dias antes de sua liberação. Josef Mengele nem sequer foi citado nos Julgamentos de Nuremberg e como muitos outros criminosos nazis cruzou o Atlântico e converteu a América do Sul em seu esconderijo.
O Anjo da Morte se ocultou detrás de nomes falsos (Wolfgang Gerhard foi um deles) para se safar da justiça que o buscava por seus numerosos crimes. Na década de 60 foi localizado na Argentina onde se solicitou para ele uma ordem de detenção, mas pouco depois perderam sua pista. Ainda assim, bem atrás da captura dele estava Simon Wiesenthal, o caçador de nazis, que não se cansava de assegurar que alguns dos participantes do Holocausto estavam na América do Sul. Da Argentina, Mengele emigrou para o Paraguai e ali se acreditava que ainda estava em 1982.
Morreu em 1979 no Brasil
Em 1985 continuava-se a busca no Paraguai e inclusive se oferecia dinheiro por informação sobre ele, até que em junho se soube que o médico nazi havia morrido em 1979 no Brasil. Era o que assegurava seu filho mas nem todo mundo acreditava. Dias depois se confirmava que o cadáver encontrado pertencia a Josef Mengele.
Sete anos mais tarde, uma ampla reportagem relatva o êxodo nazi que foi iniciado pelo Anjo da Morte (em 2010 The New York Times trazia à tona que o governo dos EUA havia dado cobertura aos nazis fugidos) e pouco depois as provas da ADN reconfirmavam que o cadáver encontrado em 1985 era o de Josef Mengele. Ainda assim, nem todos acabaram crendo que ele houvera morrido.
O certo é que Josef Mengele, o Anjo da Morte, viveu e atuou impunimente e faleceu em 1979 sem haver prestado contas à justiça nem às vítimas por suas atrocidades.
Fonte: LaVanguardia.es (Espanha)
http://www.lavanguardia.es/hemeroteca/20110316/54126804757/hace-100-anos-nacio-el-medico-nazi-josef-mengele-el-angel-de-la-muerte.html
Tradução: Roberto Lucena
Observação: o texto não traz nenhuma novidade além de manter viva a memória das atrocidades do sociopata Mengele em Auschwitz. Mas uma coisa interessante na matéria(por isso fiz questão de traduzir) chama atenção que é a inclusão de hiperlinks remetendo pro exemplar digitalizado do jornal na época em que ocorreram esses fatos. O jornal do texto é da Espanha. A iniciativa no Brasil coube ao Jornal do Brasil, que também pôs a disposição na rede os exemplares antigos dele, digitalizados.
por Lorena Ferro
Mengele, o médico nazi que fez experimentos com humanos e exterminou milhares de judeus encontrou refúgio na Argentina. |
Friamente, usou os judeus como cobaias humanas com todo tipo de experimentos macabros - a muitos outros enviou-lhes diretamente do trem ao crematório - e fugiu do campo de concentração em janeiro de 1945, dias antes de sua liberação. Josef Mengele nem sequer foi citado nos Julgamentos de Nuremberg e como muitos outros criminosos nazis cruzou o Atlântico e converteu a América do Sul em seu esconderijo.
O Anjo da Morte se ocultou detrás de nomes falsos (Wolfgang Gerhard foi um deles) para se safar da justiça que o buscava por seus numerosos crimes. Na década de 60 foi localizado na Argentina onde se solicitou para ele uma ordem de detenção, mas pouco depois perderam sua pista. Ainda assim, bem atrás da captura dele estava Simon Wiesenthal, o caçador de nazis, que não se cansava de assegurar que alguns dos participantes do Holocausto estavam na América do Sul. Da Argentina, Mengele emigrou para o Paraguai e ali se acreditava que ainda estava em 1982.
Morreu em 1979 no Brasil
Em 1985 continuava-se a busca no Paraguai e inclusive se oferecia dinheiro por informação sobre ele, até que em junho se soube que o médico nazi havia morrido em 1979 no Brasil. Era o que assegurava seu filho mas nem todo mundo acreditava. Dias depois se confirmava que o cadáver encontrado pertencia a Josef Mengele.
Sete anos mais tarde, uma ampla reportagem relatva o êxodo nazi que foi iniciado pelo Anjo da Morte (em 2010 The New York Times trazia à tona que o governo dos EUA havia dado cobertura aos nazis fugidos) e pouco depois as provas da ADN reconfirmavam que o cadáver encontrado em 1985 era o de Josef Mengele. Ainda assim, nem todos acabaram crendo que ele houvera morrido.
O certo é que Josef Mengele, o Anjo da Morte, viveu e atuou impunimente e faleceu em 1979 sem haver prestado contas à justiça nem às vítimas por suas atrocidades.
Fonte: LaVanguardia.es (Espanha)
http://www.lavanguardia.es/hemeroteca/20110316/54126804757/hace-100-anos-nacio-el-medico-nazi-josef-mengele-el-angel-de-la-muerte.html
Tradução: Roberto Lucena
Observação: o texto não traz nenhuma novidade além de manter viva a memória das atrocidades do sociopata Mengele em Auschwitz. Mas uma coisa interessante na matéria(por isso fiz questão de traduzir) chama atenção que é a inclusão de hiperlinks remetendo pro exemplar digitalizado do jornal na época em que ocorreram esses fatos. O jornal do texto é da Espanha. A iniciativa no Brasil coube ao Jornal do Brasil, que também pôs a disposição na rede os exemplares antigos dele, digitalizados.
sábado, 4 de setembro de 2010
Nova biografia revela que Simon Wiesenthal trabalhava para o Mossad
Nova biografia revela que Simon Wiesenthal trabalhava para a agência israelita Mossad
Por Rita Siza
(Foto)A Mossad atribuíra o nome de código "Teocrata" a Wiesenthal AFP
Tom Segev, o autor do livro, consultou mais de 300 mil documentos deixados pelo sobrevivente do Holocausto no seu centro de Viena
Uma nova biografia de Simon Wiesenthal, o mítico sobrevivente do Holocausto que dedicou toda a vida à perseguição e exposição de criminosos de guerra nazis, revela que as suas diligências foram financiadas pela Mossad, e demonstra que os esforços da agência israelita de serviços secretos para capturar figuras ligadas ao Terceiro Reich foram bem mais longe do que se pensava.
O livro, intitulado Wiesenthal - The Life and Legends, da autoria do historiador e colunista israelita Tom Segev, assenta em mais de 300 mil documentos do arquivo pessoal e profissional depositados no Centro de Documentação Judaico criado por Wiesenthal em Viena, para caracterizar a missão a que ele dedicou toda a sua vida.
"É uma revelação surpreendente no contexto da narrativa da sua história pessoal, porque Wiesenthal sempre foi visto como um solitário, como alguém que lutou sozinho contra tudo e contra todos, contra todas as probabilidades e até contra as autoridades e leis locais", considera o autor da obra.
Salário de 300 dólares
Simon Wiesenthal, que nasceu em 1908 na actual Ucrânia, foi prisioneiro em cinco campos de concentração nazis. No final da guerra, começou a reunir provas das atrocidades cometidas pelos nazis para a secção de crimes de guerra do Exército dos Estados Unidos.
O resto da sua vida foi passado à procura de criminosos nazis - o seu trabalho levou à prisão de mais de mil intervenientes no Holocausto.
Tom Segev provou agora que a ligação de Wiesenthal aos serviços secretos israelitas remonta aos primeiros anos de actividade do seu escritório em Viena: a Mossad ajudou-o a montar o gabinete e passou a enviar-lhe um salário mensal de 300 dólares pelas suas informações.
O rabi Marvin Hier, fundador do Centro Simon Wiesenthal de Los Angeles, disse à agência Associated Press que o próprio Wiesenthal lhe tinha confessado ter em tempos colaborado com a Mossad, sem dar contudo a ideia de que essa colaboração tinha sido formal e remunerada.
Conforme se lê na biografia, Wiesenthal começou a trabalhar com os serviços secretos israelitas logo em 1948, um ano antes da constituição oficial da Mossad. O sobrevivente do Holocausto engendrou uma operação com o então "departamento de Estado" do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel para capturar Adolf Eichmann, conhecido como "o arquitecto do Holocausto", na localidade austríaca de Altaussee, onde acreditava que ele iria celebrar a passagem de ano com a sua mulher e filhos.
Eichmann não apareceu, mas Wiesenthal nunca desistiu de o procurar. Também nunca mais deixou de fornecer informações à Mossad: em 1953 informou a polícia secreta que Eichmann estava fugido na Argentina. No entanto, só em 1960 é que os serviços operacionais decidiram montar uma nova missão de captura daquele dirigente nazi, que foi detido no dia 21 de Março.
Durante a década de 70, Wiesenthal, a quem a Mossad atribuíra o nome de código "Teocrata", forneceu informação extensiva não só sobre os paradeiros de oficiais nazis (cuja detenção e acusação sempre foi a sua prioridade), mas também da génese de vários grupos neonazis que ameaçavam comunidades judaicas na Europa. Também denunciou uma série de cientistas alemães que trabalhavam no programa militar do Egito.
Fonte: Público20(Portugal)
http://jornal.publico.pt/noticia/04-09-2010/nova-biografia-revela-que-simon-wiesenthal-trabalhava-para-a-agencia-israelita-mossad-20141267.htm
Por Rita Siza
(Foto)A Mossad atribuíra o nome de código "Teocrata" a Wiesenthal AFP
Tom Segev, o autor do livro, consultou mais de 300 mil documentos deixados pelo sobrevivente do Holocausto no seu centro de Viena
Uma nova biografia de Simon Wiesenthal, o mítico sobrevivente do Holocausto que dedicou toda a vida à perseguição e exposição de criminosos de guerra nazis, revela que as suas diligências foram financiadas pela Mossad, e demonstra que os esforços da agência israelita de serviços secretos para capturar figuras ligadas ao Terceiro Reich foram bem mais longe do que se pensava.
O livro, intitulado Wiesenthal - The Life and Legends, da autoria do historiador e colunista israelita Tom Segev, assenta em mais de 300 mil documentos do arquivo pessoal e profissional depositados no Centro de Documentação Judaico criado por Wiesenthal em Viena, para caracterizar a missão a que ele dedicou toda a sua vida.
"É uma revelação surpreendente no contexto da narrativa da sua história pessoal, porque Wiesenthal sempre foi visto como um solitário, como alguém que lutou sozinho contra tudo e contra todos, contra todas as probabilidades e até contra as autoridades e leis locais", considera o autor da obra.
Salário de 300 dólares
Simon Wiesenthal, que nasceu em 1908 na actual Ucrânia, foi prisioneiro em cinco campos de concentração nazis. No final da guerra, começou a reunir provas das atrocidades cometidas pelos nazis para a secção de crimes de guerra do Exército dos Estados Unidos.
O resto da sua vida foi passado à procura de criminosos nazis - o seu trabalho levou à prisão de mais de mil intervenientes no Holocausto.
Tom Segev provou agora que a ligação de Wiesenthal aos serviços secretos israelitas remonta aos primeiros anos de actividade do seu escritório em Viena: a Mossad ajudou-o a montar o gabinete e passou a enviar-lhe um salário mensal de 300 dólares pelas suas informações.
O rabi Marvin Hier, fundador do Centro Simon Wiesenthal de Los Angeles, disse à agência Associated Press que o próprio Wiesenthal lhe tinha confessado ter em tempos colaborado com a Mossad, sem dar contudo a ideia de que essa colaboração tinha sido formal e remunerada.
Conforme se lê na biografia, Wiesenthal começou a trabalhar com os serviços secretos israelitas logo em 1948, um ano antes da constituição oficial da Mossad. O sobrevivente do Holocausto engendrou uma operação com o então "departamento de Estado" do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel para capturar Adolf Eichmann, conhecido como "o arquitecto do Holocausto", na localidade austríaca de Altaussee, onde acreditava que ele iria celebrar a passagem de ano com a sua mulher e filhos.
Eichmann não apareceu, mas Wiesenthal nunca desistiu de o procurar. Também nunca mais deixou de fornecer informações à Mossad: em 1953 informou a polícia secreta que Eichmann estava fugido na Argentina. No entanto, só em 1960 é que os serviços operacionais decidiram montar uma nova missão de captura daquele dirigente nazi, que foi detido no dia 21 de Março.
Durante a década de 70, Wiesenthal, a quem a Mossad atribuíra o nome de código "Teocrata", forneceu informação extensiva não só sobre os paradeiros de oficiais nazis (cuja detenção e acusação sempre foi a sua prioridade), mas também da génese de vários grupos neonazis que ameaçavam comunidades judaicas na Europa. Também denunciou uma série de cientistas alemães que trabalhavam no programa militar do Egito.
Fonte: Público20(Portugal)
http://jornal.publico.pt/noticia/04-09-2010/nova-biografia-revela-que-simon-wiesenthal-trabalhava-para-a-agencia-israelita-mossad-20141267.htm
sábado, 22 de maio de 2010
David Galante - "Como sobrevivi ao holocausto nazi"
Como sobrevivi ao holocausto nazi
Através da Fundação Raoul Wallenberg temos podido conhecer os testemunhos de alguns sobreviventes do holocausto nazi. David Galante, grego residente na Argentina desde há mais de 50 anos, conta-nos sua experiência de guerra e de sobrevivência.
Fonte: Fundação Raoul Wallenberg/H2O News (03.07.2009)
http://www.h2onews.org/index.php?option=com_content&view=article&id=19234&Itemid=15
Tradução: Roberto Lucena
Para ver o vídeo com o depoimento(o texto foi uma tradução do próprio depoimento), checar diretamente no link.
Através da Fundação Raoul Wallenberg temos podido conhecer os testemunhos de alguns sobreviventes do holocausto nazi. David Galante, grego residente na Argentina desde há mais de 50 anos, conta-nos sua experiência de guerra e de sobrevivência.
“Meu nome é David Galante, sou originário da Ilha de Rodes na Grécia, sou sobrevivente de Auschwitz. Fomos transladados pelos nazis para Auschwitz em um grupo de 1.800 judeus que viviam em Rodes, a viagem foi muito longa, quase 27 dias de viagem, entre barcos e trens, até chegar a Auswchitz.Faz mais de meio século, em 24 de agosto de 1947, David Galante chegou a Argentina, lugar que o acolheu e se converteu em seu refúgio e sua casa.
Uma vez que chegamos ali, fizeram a primeira seleção, na qual meu pai e minha mãe foram eliminados de entrada.
Tinha três irmãs e um irmão.
Eu estava na enfermaria, estava muito doente, estava, digamos, quase morrendo, mas fomos libertados pelas tropas russas. Quando nos libertaram eu pesava 39 quilos, havia ficado em pele e osso e estive dois meses no hospital com os russos, em dois meses cheguei a aumentar 20 quilos.
Minhas irmãs faleceram as três no trabalho. Meu irmão se salvou e quando soube que estava vivo fui para Itália para estar junto com ele porque pensávamos vir para a Argentina.
Meu irmão combinou com um comissário de um barco de carga para que nos levasse da Itália.
O barco chegou ao porto de Bari e nos embarcou à noite, o comissário do barco nos pôs em seu camarote num guardarroupa, foi uma viagem que fizemos dentro do guardarroupa durante 50 dias até chegar a Argentina".
Fonte: Fundação Raoul Wallenberg/H2O News (03.07.2009)
http://www.h2onews.org/index.php?option=com_content&view=article&id=19234&Itemid=15
Tradução: Roberto Lucena
Para ver o vídeo com o depoimento(o texto foi uma tradução do próprio depoimento), checar diretamente no link.
domingo, 4 de abril de 2010
Adina Blady Szwajger no Gueto de Varsóvia
Adina Blady Szwajger era uma pediatra no Gueto de Varsóvia. Quando a grande ação para deportação em julho de 1942 chegou ao seu hospital, ela deu aos seus jovens pacientes doses fatais de morfina. Em suas memórias, publicadas em 1988, ela revelou que:
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2010/03/adina-blady-szwajger-in-warsaw-ghetto.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena
"Eu despejei este último remédio dentro daquelas pequenas bocas. . . . e embaixo do prédio havia muita gritaria porque os . . . alemães já estavam lá, levando os doentes das enfermarias para os caminhões de gado."Negacionistas podem querer refletir no porquê dela ter confessado este ato, dado que ela simplesmente poderia ter afirmado que os alemães assassinaram as crianças. Eles também podem querer considerar o contexto no qual ela agiu em 1942. Mas por que ela tinha tanta certeza de que essas crianças iriam sofrer mortes terríveis durante a deportação? A resposta se encontra naqueles eventos que ela já havia presenciado: um hospital contendo muitos cadáveres, atestando o fato de que os judeus já haviam sido mortos alvejados ou por fome. A resposta se encontra também na certeza de que seria improvável seus pacientes sobreviverem a uma longa viagem num caminhão de gado, e que o 'reassentamento' daqueles pacientes naquele contexto significaria apenas morte.
Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2010/03/adina-blady-szwajger-in-warsaw-ghetto.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena
Marcadores:
alemães,
cadáveres,
crianças,
Gueto de Varsóvia,
Holocaust denial,
Holocausto,
hospital,
morfina,
morte,
nazis,
Nazismo,
Negação do Holocausto,
negacionista,
pediatra,
Polônia,
segunda guerra
sábado, 14 de novembro de 2009
Batalhão de Polícia 309 e a Grande Sinagoga de Bialystok
Batalhão de Polícia 309 e a Grande Sinagoga de Bialystok
http://www.zabludow.com/bialystokgreatsynagogue.html
Tradução: Marcelo Oliveira
[...]A Grande Sinagoga de Bialystok [Polônia-N.do.T.] foi incendiada em 27 de junho de 1941 por membros do Batalhão de Polícia Alemã 309 [Ordnungspolizei, ou Polícia Regular -N.do.T.], sob o comando do Major Weis. Os alemães haviam agrupado pelo menos 700 judeus do sexo masculino na sinagoga. Gasolina foi despejada nas entradas. Uma granada foi jogada para dentro do prédio, acendendo um fogo que também se espalhou pelas casas próximas nas quais os judeus se escondiam, e eles também foram queimados vivos. No dia seguinte, 30 carregamentos de vagões com cadáveres foram levados para uma sepultura em massa. Cerca de 2.000 a 2.200 foram assassinados...[...]
Fonte: Lista Holocausto-doc
http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/6296
http://www.zabludow.com/bialystokgreatsynagogue.html
Tradução: Marcelo Oliveira
[...]A Grande Sinagoga de Bialystok [Polônia-N.do.T.] foi incendiada em 27 de junho de 1941 por membros do Batalhão de Polícia Alemã 309 [Ordnungspolizei, ou Polícia Regular -N.do.T.], sob o comando do Major Weis. Os alemães haviam agrupado pelo menos 700 judeus do sexo masculino na sinagoga. Gasolina foi despejada nas entradas. Uma granada foi jogada para dentro do prédio, acendendo um fogo que também se espalhou pelas casas próximas nas quais os judeus se escondiam, e eles também foram queimados vivos. No dia seguinte, 30 carregamentos de vagões com cadáveres foram levados para uma sepultura em massa. Cerca de 2.000 a 2.200 foram assassinados...[...]
Fonte: Lista Holocausto-doc
http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/6296
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Einsatzgruppen: Testemunho de August Hafner
Depoimento do SS-Oberstrumfuhrer August Hafner sobre execução de crianças
"... então Blobel ordenou-me que as crianças fossem executadas. Eu perguntei a ele, "Porque quem deve ser feito o fuzilamento?". Ele respondeu, "Pelas Waffen-SS". Eu levantei uma objeção e disse, "Eles são jovens. Como iremos responder a eles se os fizermos fuzilar crianças pequenas?" A isto ele respondeu, "Então use seus próprios
homens". Eu disse "Como eles podem fazer isso? Eles tem crianças pequenas como nós". Este cabo de guerra se prolongou por cerca de dez minutos... Eu sugeri que a milícia ucraniana do Feldkommandant fuzilasse as crianças. Não houveram objeções de ambos os lados.
Eu fui até as árvores sozinho. A Wehrmacht havia previamente cavado uma vala. As crianças foram trazidas ao local por um trator. Eu não tinha nada a ver com os procedimentos técnicos. Os ucranianos estavam em volta, tremendo. As crianças foram descidas do trator. Elas foram alinhadas ao longo da vala e fuziladas de forma a cairem dentro dela. Os ucranianos não miraram em nenhuma parte específica do corpo. Elas cairam dentro da vala. Os lamentos são indescritíveis. Eu nunca esquecerei aquela cena pelo resto de minha vida.Eu acho muito difícil de enfrentar. Eu lembro em particular de uma garota pequena que me pegou pela mão. Ela também foi fuzilada posteriormente...
A vala ficava próxima das árvores. Ela não ficava próxima a linha de tiro. A execução foi realizada a tarde entre 3:30 e 4:00. Ela ocorreu no dia seguinte as discussões com o Feldkommandanten.... Muitas criaças foram atingidas quatro ou cinco vezes ate que morressem."
Klee, Ernst, Willi Dressen and Volker Riess, editors. The Good Old Days: The Holocaust as Seen by Its Perpetrators and Bystanders. New York: The Free Press.1988. pp. 153 - 154
Fonte:
http://www.einsatzgruppenarchives.com/hafner.html
[traduzido por Aureliano]
http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/6348
"... então Blobel ordenou-me que as crianças fossem executadas. Eu perguntei a ele, "Porque quem deve ser feito o fuzilamento?". Ele respondeu, "Pelas Waffen-SS". Eu levantei uma objeção e disse, "Eles são jovens. Como iremos responder a eles se os fizermos fuzilar crianças pequenas?" A isto ele respondeu, "Então use seus próprios
homens". Eu disse "Como eles podem fazer isso? Eles tem crianças pequenas como nós". Este cabo de guerra se prolongou por cerca de dez minutos... Eu sugeri que a milícia ucraniana do Feldkommandant fuzilasse as crianças. Não houveram objeções de ambos os lados.
Eu fui até as árvores sozinho. A Wehrmacht havia previamente cavado uma vala. As crianças foram trazidas ao local por um trator. Eu não tinha nada a ver com os procedimentos técnicos. Os ucranianos estavam em volta, tremendo. As crianças foram descidas do trator. Elas foram alinhadas ao longo da vala e fuziladas de forma a cairem dentro dela. Os ucranianos não miraram em nenhuma parte específica do corpo. Elas cairam dentro da vala. Os lamentos são indescritíveis. Eu nunca esquecerei aquela cena pelo resto de minha vida.Eu acho muito difícil de enfrentar. Eu lembro em particular de uma garota pequena que me pegou pela mão. Ela também foi fuzilada posteriormente...
A vala ficava próxima das árvores. Ela não ficava próxima a linha de tiro. A execução foi realizada a tarde entre 3:30 e 4:00. Ela ocorreu no dia seguinte as discussões com o Feldkommandanten.... Muitas criaças foram atingidas quatro ou cinco vezes ate que morressem."
Klee, Ernst, Willi Dressen and Volker Riess, editors. The Good Old Days: The Holocaust as Seen by Its Perpetrators and Bystanders. New York: The Free Press.1988. pp. 153 - 154
Fonte:
http://www.einsatzgruppenarchives.com/hafner.html
[traduzido por Aureliano]
http://br.groups.yahoo.com/group/Holocausto-Doc/message/6348
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
66 Perguntas e Respostas sobre o Holocausto - Pergunta 54
54. Colaboraram os nazis e os sionistas?
O IHR diz:
Antes da guerra, a Alemanha firmou um acordo com os sionistas que permitia os judeus transferir grandes capitais à Palestina. Durante a guerra, os alemães mantiveram relações cordiais com os líderes sionistas.
Nizkor responde:
"Relações cordiais?". Por favor! Com uns líderes que haviam declarado publicamente, uma vez por outra, que os judeus eram gusanos que se havia que exterminar? Ver os discursos de Hitler citados na pergunta 1.
Esta pergunta parece ser outra contradição interna. Nas respostas as perguntas 11 e 12, dizem que a "Judéia" e "os judeus" declararam guerra à Alemanha seis anos antes de começar a Segunda Guerra Mundial. O IHR deveria esclarer: ou os alemães foram vilipendiados pelos odiosos judeus, ou os alemães são tão boa gente que inclusive chegaram a manter "relações cordiais" com os odiosos judeus. Não podem se dar as duas coisas de uma vez.
Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena
O IHR diz:
Antes da guerra, a Alemanha firmou um acordo com os sionistas que permitia os judeus transferir grandes capitais à Palestina. Durante a guerra, os alemães mantiveram relações cordiais com os líderes sionistas.
Nizkor responde:
"Relações cordiais?". Por favor! Com uns líderes que haviam declarado publicamente, uma vez por outra, que os judeus eram gusanos que se havia que exterminar? Ver os discursos de Hitler citados na pergunta 1.
Esta pergunta parece ser outra contradição interna. Nas respostas as perguntas 11 e 12, dizem que a "Judéia" e "os judeus" declararam guerra à Alemanha seis anos antes de começar a Segunda Guerra Mundial. O IHR deveria esclarer: ou os alemães foram vilipendiados pelos odiosos judeus, ou os alemães são tão boa gente que inclusive chegaram a manter "relações cordiais" com os odiosos judeus. Não podem se dar as duas coisas de uma vez.
Fonte: Nizkor
Tradução: Roberto Lucena
Assinar:
Postagens (Atom)