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Gaza, população, 2025 |
No domingo o Guardian soltou outra "patada" sobre a questão do campo de concentração de Rafah, entrevistando o ex-primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, que vem criticando Netnayahu e cia.
Não desconsiderando o histórico do Olmert, mas ignorar que a denúncia dele ganha peso diante do cenário de pressão externa sobre Israel (há muitos protestos sistemáticos no Reino Unido, Europa e EUA, que a Globo e "mídia hegemônica" aqui no Brasil não citam, não comentam, e a dita "mídia progressista" faz uma cobertura fraca, pra ficar num tom "ameno", "suave").
Vou transcrever aqui um trecho da matéria, o link da matéria fica no fim, vi página em espanhol (da Espanha) citando as falas do Olmert também sem citar a "fonte" da informação, algo condenável, isso tira credibilidade da informação (atitude desnecessária, até pueril, vou colocar o link do Guardian em inglês, só coloco fonte em espanhol se citarem a fonte da matéria), revisão da tradução do trecho (em português) minha:
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""Cidade humanitária" seria um campo de concentração para palestinos, diz ex-primeiro-ministro israelense
Ehud Olmert diz que forçar pessoas a viverem em campos seria uma limpeza étnica, e que a raiva contra Israel pela guerra em Gaza não se deve apenas ao antissemitismo.
Olmert disse que Israel já estava cometendo crimes de guerra em Gaza e na Cisjordânia, e a construção do campo marcaria uma escalada. Fotografia: Quique Kierszenbaum/The Guardian
Dom, 13 de jul de 2025, 19h14 BST
A "cidade humanitária" que o ministro da Defesa de Israel propôs construir sobre as ruínas de Rafah seria um campo de concentração, e forçar palestinos a entrarem seria uma limpeza étnica, disse o ex-primeiro-ministro israelense Ehud Olmert ao Guardian.
Israel já estava cometendo crimes de guerra em Gaza e na Cisjordânia, disse Olmert, e a construção do campo marcaria uma escalada.
"É um campo de concentração. Sinto muito", disse ele, quando questionado sobre os planos apresentados por Israel Katz na semana passada. Uma vez lá dentro, os palestinos não teriam permissão para sair, exceto para ir a outros países, disse Katz.
Katz ordenou que os militares comecem a elaborar planos operacionais para a construção da "cidade humanitária" sobre as ruínas do sul de Gaza, para abrigar inicialmente 600 mil pessoas e, eventualmente, toda a população palestina.
"Se eles [palestinos] forem deportados para a nova 'cidade humanitária', então podemos dizer que isso faz parte de uma limpeza étnica. Ainda não aconteceu", disse Olmert. Essa seria "a interpretação inevitável" de qualquer tentativa de criar um campo para centenas de milhares de pessoas, disse ele."
Fonte: The Guardian (https://www.theguardian.com/world/2025/jul/13/israel-humanitarian-city-rafah-gaza-camp-ehud-olmert
Quem quiser ler mais, já consta esse link no começo mas vai aqui de reforço, saiu em 07 de julho (2025) desse mês, sem repercussão aqui no Brasil (até anteontem quando trouxe os links pros comentários da parte de "Gaza"): "Israeli plan for forced transfer of Gaza’s population ‘a blueprint for crimes against humanity’" (https://www.theguardian.com/world/2025/jul/07/israeli-minister-reveals-plan-to-force-population-of-gaza-into-camp-on-ruins-of-rafah)
Pelo menos das partes onde costumo ver alguma coisa (pelo Brasil, pra ver o "panorama" da cobertura dos conflitos) não haviam comentado o caso, se tivessem eu teria checado mais coisa antes e reforçado a informação.
E essa não foi a pior parte, eu não soltei anteontem a questão Rússia-EUA (o "rompimento", já havia lido na sexta-feira) e o caso Trump, Epstein (que tem outra abordagem fora que não foi citada, porque uma turma fica mais preocupada com a Rússia, Putin do quê a questão palestina, que é flagelada no Brasil, jogada pro subterrâneo porque uma turma de direita simpática a Putin cismou (preconceito) que "genocídio" é "coisa de esquerdista" e coisas do tipo (não usam o termo genocídio, seguindo a linha do discurso israelense, pró-Israel). Eu só "bato nessa tecla" porque tem uma turma de "esquerda" encantada com o "canto da sereia" com esse pessoal e vão quebrar a cara de novo (2026 parece vir bem "punk", pra reeleger o Lula, não saiam "beijando" todo mundo que o quebrar a cara dói e pega mal...). Essa "promiscuidade política" costuma sempre sair muito mal politicamente... cobrar uma "conta alta" depois. E ressaltar isso não é sectarismo.
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