segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Porque é negação e não revisionismo. Parte IV: negadores e o massacre de Babiy Yar (2)

Porque é negação e não revisionismo. Parte IV: negadores e o massacre de Babiy Yar (2)

Um bem conhecido negador faz firulas sobre as declarações das testemunhas a respeito do sangue aparecendo nos locais das execuções em massa. Talvez a mais famosa acusação seja a de Bradley Smith contra Elie Wiesel:
EW(Elie Wiesel) afirma que depois dos judeus serem executados em Babi Yar na Ucrânia, "gêiseres de sangue" jorraram de suas valas por "meses" mais tarde (ver Paroles d'etranger, 1982, p. 86). Impossível? Sim, é. Os professores acreditam nisto?
Primeiramente, como John Silber ressalta, isto não pode ser nada além de boato, então o ponto de Smith é fraco. Porém, o relato de Wiesel é parcialmente corroborado por um diário contemporâneo de Irina Khoroshunova, que em 14.10.1941 escreveu:
Nós sabemos, já sabemos com certeza, que o sangue jorrava de Babiy Yar e estava jorrando a uma distância de quilômetros do cemitério.
(Fonte: E. Wiehn, Die Schoah von Babiy Yar, Konstanz, Hartung-Gorre, 1991, p. 304; presumidamente, isto significa cemitério de Lukjanovskoje).

Claro, os negadores dirão que é impossível. Agora, eu não sou um especialista, mas aqui está um extrato do relatório feito depois da tragédia de Kurenyovka (que também destruiu a ravina) entitulado "Geological characteristic of the emergency strip in Babiy Yar region"(Característica geológica da na região de Babiy Yar) (1961; ênfase minha):
[...]
A faixa na qual em 13 de março de 1961 o movimento catastrófico de massas de terra aconteceu está restrita a parte superior e média de Babiy Yar, que foi 35-40 m profundidade. A ravina corta os aqüíferos, que é a razão pela qual a parte de fundo dos declives e o fundo em si serem parcialmente encharcados.

A permanente canal no fundo usualmente tem a taxa de fluxo d'água de 8-10 litros/seg. Juntos com o largo sistema avançado de ramos superiores, Babiy Yar é uma grande área de captação d'água e isto se dá porque quando chove o fluxo de água de repente aumenta.
[...]
(Fonte: Babij Jar: chelovek, vlast', istorija, vol. 1, compilado por T. Yevstafjeva, Vitalij Nakhmanovich; Kiev, Vneshtorgizdat Ucrânia, 2004.)

Dado que a ravina corta os aqüíferos, presumidamente não seria surpreendente que líquidos dos corpos aparecessem em outro lugar.

Mas eles jorrariam como gêiseres acima das valas? Bem, "gêiser" é provavelmente a palavra errada usada aqui. Mas considere este relatório, "1.500 ovelhas a serem desenterradas com os corpos escorrendo líquidos" (ênfase minha):
AS carcaças de 1.500 ovelhas abatidas há cinco semanas porque estavam infectadas, com as patas e a boca a serem desenterradas e queimadas pelo MAFF(Ministério de Agricultura, Pesca e Consumo, Reino Unido)depois do sangue encontrado borbulhando do chão.

[...]

Segue a descoberta de uma semana atrás de que 15.000 ovelhas enterradas nos campos de tiro do exército em Epynt, Médio Gales(País de Gales), estavam com fluidos escorrendo do corpo ao nível d'água e teriam que ser desenterradas e queimadas. Richard Tutton, que cultiva em Buttington Hall, disse: "Elas foram enterradas há cinco semanas atrás. A cova foi muito grande, eficiente e profunda.

"Temos tido uma chuva horrenda desde então. A água tem bem debaixo e houve sorte de borbulhar. Não alcançou o rio ou qualquer coisa. Eles estão apanhando isso antes que qualquer coisa mais séria aconteça."
Isto são 1500 ovelhas. Agora imagine o que aconteceria com 34.000 corpos num verão indiano em 1941.

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Fonte: Holocaust Controversies
Texto(inglês): Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/04/thats-why-it-is-denial-not-revisionism_10.html
Tradução(português): Roberto Lucena
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Site sobre o problema(a queimada) em Gales com os cadáveres de ovelhas:
http://www.epynt-disaster.co.uk/

Apenas mais uma prova do ocorrido citado no texto acima para atestar e reforçar a demonstração de como negadores do Holocausto("revisionistas")ignoram fatos e fontes de forma proposital e distorcem os mesmos quando lhes é conveniente para justificarou dar crédito às suas deturpações.

Ver também: Técnicas dos negadores do Holocausto

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