Conflito na Faixa de Gaza provoca guerra de opiniões na internet
PARIS (AFP) — O conflito israelense-palestino vem gerando polêmica na internet e provocando discussões racistas ou anti-semitas, que obrigaram algumas mídias a redobrarem a vigilância.
Na França, alguns sites decidiram bloquear os comentários de artigos sobre o assunto.
"Com o ataque de Israel à Faixa de Gaza, foi muito rápido o desencadeamento da raiva e de insultos", comentou o jornal de esquerda Libération. O site Libération.fr preferiu bloquear o link de comentários para não se transformar num canal de diálogos racistas e anti-semitas".
O Libération propôs ainda aos internautas que debatam o conflito num fórum, acessível apenas aos que aceitarem se inscrever.
O site do jornal gratuito "20 minutes" fechou também quarta-feira a página de comentários de artigos sobre Gaza. "Os moderadores estavam trabalhando como loucos. Havia muitos comentários anti-semitas que desatavam, em resposta, frases contra os muçulmanos", declarou à AFP Clémence Lemaistre, chefe de redação do 20 minutes.fr.
O site do canal de informação contínua LCI fez o mesmo na quarta-feira. "Quase 90% das opiniões não foram validadas porque em nada contribuíam; eram raivosas e poderiam aumentar as tensões, segundo Pascal Emond, chefe de redação do LCI.fr.
Na França, a mídia on-line, quando controla a priori os comentários dos internautas no site, pode ser considerada juridicamente responsável por propósitos racistas ou anti-semitas, condenados pela legislação.
Em contrapartida, a plataforma de compartilhamento de vídeos YouTube não é responsável pelos conteúdos, destacou um porta-voz desta filial do Google. "Não podemos controlar: a cada minuto que passa há o equivalente a 15 minutos de vídeos postados no YouTube", destacou.
Alertado pela comunidade, o YouTube pode retirar um vídeo que não considera necessário. Mas sobre o conflito israelense-palestino, os comentários raivosos em uma imensidão de vídeos se perdem.
Yassine Ayari, um engenheiro parisiense de 29 anos, afirmou por sua vez que a rede Facebook fechou nesta quarta-feira um grupo de discussão que havia criado em 29 de dezembro para "centralizar as iniciativas de apoio a Gaza".
O grupo foi fechado horas depois de dois e-mails do Facebook lembrando a interdição de difundir qualquer mensagem ameaçadora, raivosa e obscena, disse Ayari, que garante portanto ter tomado todos os cuidados contes tais excessos.
Contatado pela AFP, o Facebook não comentou este caso particular, mas lembrou que tem por política reagir rapidamente para retirar os grupos que violam seu regulamento.
Sem recorrer a medidas drásticas, como na França, outras mídias européias on-line tiveram problemas similares.
No site do jornal italiano Il Manifesto (extrema-esquerda), onde o "número de comentários explodiu desde o início do conflito em Gaza", "os internautas, entre eles a maioria pró-palestina de esquerda, enviam às vezes reflexões contra Israel com conotações de anti-semitismo", reconheceu o responsável do site Alberto Piccinini, que se esforça, no entanto, para "censurar muito pouco".
Na Suécia, o site do jornal Expressen indicou ter tomado as mesmas precauções.
"Recebemos comentários muito duros sobre este conflito, e algumas mensagens tiveram de ser retiradas", afirmou o responsável do site, Haakan Vikstroem.
Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5i4GfLS1qtET4KrsX7_JYOsM6qw7A
Ver mais: ataque antissemita na França
Carro em chamas é lançado contra sinagoga na França
Comentário: em que pese o direito pleno de crítica contra ações militares, principalmente de forma desproporcional, realizadas por qualquer Estado do mundo, a extrema-esquerda européia (e também a latinoamericana), ao invés de aproveitar o espaço e criticar o belicismo do conflito, conteta-se e se resume a apenas dar coro e força ao discurso antissemita/racista e xenofóbico da extrema-direita ao redor do mundo. Um certo cabo genocida de nome Adolf Hitler ficaria feliz em ver certos inimigos do passado fazendo coro à sua obsessão racista nos dias de hoje. Também é de se repudiar a mistura deliberada do conflito do Oriente Médio com fatos ocorridos na Segunda Guerra Mundial.
8 comentários:
Israel é um Estado criminoso, racista e violador dos direitos humanos dos palestinos. A África do Sul da época do Apartheid é balela perto da Israel de hoje. O poderoso lobby judeu atuante em todas as esferas da vida pública estadunidense (cinema, televisão, imprensa, política e economia) faz deste Estado o parceiro mais bem protegido dos ianques. Não é a toa que Israel, mesmo recebendo duras críticas da comunidade internacional e de organismos defensores das convenções de Genebra, continua sua política imperialista de destruição e expulsão do povo palestino, sempre com o aval mais ou menos discreto do governo norte-americano.
Para maiores esclarecimentos ler a obra de Norman Finkelstein, Imagem e realidade do conflito Israel – Palestina.
"Israel é um Estado criminoso, racista e violador dos direitos humanos dos palestinos. A África do Sul da época do Apartheid é balela perto da Israel de hoje."
A África do Sul não é nem nunca foi uma balela em relação ao que Israel faz, eu lembro muito bem do que era reportado no combate ao Apartheid, só fala uma sandice dessas quem não tem a mínima ideia do que está dizendo, o que não diminui as críticas a Israel e o racismo contra árabes por lá. Os extremistas de Israel agradecem sempre esse tipo de apelação cheia de chavões.
Esses chavões não me impressionam nem deixam ninguém mais impressionado, abusaram demais deles ao invés de serem mais objetivos na crítica em relação ao que se passa naquela região.
"O poderoso lobby judeu atuante em todas as esferas da vida pública estadunidense (cinema, televisão, imprensa, política e economia) faz deste Estado o parceiro mais bem protegido dos ianques."
A 'proteção' não se dá por causa disso e sim por estratégia dos EUA em relação ao Oriente Médio. Você está no mínimo ignorando quem é a superpotência militar dos dois e quem precisa de petróleo pra abastecer sua indústria. Ao fazer isso você joga fora por completo a compreensão do problema pois não são coisas isoladas.
"Não é a toa que Israel, mesmo recebendo duras críticas da comunidade internacional e de organismos defensores das convenções de Genebra, continua sua política imperialista de destruição e expulsão do povo palestino, sempre com o aval mais ou menos discreto do governo norte-americano."
Os partidos dos EUA não ligam pra isso, se ligassem o Holocausto não teria passado batido na época da segunda guerra, eles só ligam pra petróleo e posições estratégicas dos EUA, no caso, posições estratégicas dos EUA no Oriente Médio pra manter esse abastecimento. É esse o problema dos críticos avulsos da política israelense, ignorar o fator econômico da coisa, uma coisa chamada petróleo e sua indústria.
"Para maiores esclarecimentos ler a obra de Norman Finkelstein, Imagem e realidade do conflito Israel – Palestina."
Eu já li o livro, só que ao contrário do pessoal que chega com esses chavões querendo falar como se ninguém tivesse ideia do que se passa, é possível analisar e fazer uma crítica. Como disse lá em cima, os extremistas de Israel agradecem que fiquem com essas comparações entre Israel e nazismo, Apartheid da África do Sul pra usar em discurso, já vi muito discursinho desse naquela rede social decadente do Google. Saturaram tanto a coisa que hoje a maioria das pessoas nem quer saber sobre o que se passa no OM a não ser quem é "fissurado" nesse assunto.
Não é preciso comparar um país a outro pra fazer uma crítica, até porque não vejo esse pessoal "engajado" combatendo racismo no Brasil(que é bem preocupante).
O post diz respeito apenas aos que usam esse conflito no Oriente Médio pra proliferar antissemitismo, não entendi porque você ficou incomodado e não endossou a crítica às pessoas que pregam antissemitismo usando de forma oportunista o conflito no OM.
Não me incomodo com quem critica Israel sem apelar pra chavões e racismo, acho inteiramente válido, e garanto a você que a postura do pessoal tem bem mais efeito e não é bem visto pelo pessoal radical pró-Israel do que esse pessoal que fica soltando chavões. Só que eu só vejo gente querendo importar conflito do OM pro Brasil ignorando a realidade do país que vive e de forma irresponsável.
Fora que a maioria dos que vejo "militando" nisso, não todos obviamente mas a minoria ativa que não compactua com isso deveria excluir os antissemitas e afins e ser bem duros com eles, são antissemitas, carolas, ou gente de extrema-esquerda com chavões(só repetindo panfleto de partido) e com bastante frequência os ditos fascistas, gente de extrema-direita simpatizante do nazismo e de outros fascismos(incluindo o brasileiro) que usam esse conflito pra fomentar racismo.
E ao contrário do que muita gente ainda repete, há sim muito fascista e extremista de direita no Brasil e na América Latina. Seria estranho se não houvesse com os regimes ditatoriais de direita dessa região na Guerra Fria e na época da Segunda Guerra.
Ignorar o blog inteiro, ignorar o conteúdo do post só pra postar isso, só confirma o que comentei.
Quer aprender a fazer uma crítica? Leia esse post do Roberto Muehlenkamp, veja como se faz uma crítica à política de Israel sem apelar pra chavões:
Liberdade de expressão e debate aberto, à moda "revisionista" (continuação)
Eu subescrevo e compartilho da opinião dele em relação a esse conflito, sem tirar uma vírgula.
Só que não vejo gente supostamente 'preocupada' com conflito no Oriente Médio no Brasil combatendo o extremismo de direita e racismo no país, fazem até uma vista grossa grotesca como se concordassem, o que é no mínimo algo que chama atenção.
Roberto,
PRIMEIRO:
Peço desculpas aos remanescentes negros que sofreram as agruras da época do Apartheid sul-africano. Realmente não fui correto ao afirmar que esse acontecimento foi “balela” comparado a política criminosa que Israel impõe aos palestinos.
SEGUNDO:
Você afirmou que a proteção dos EUA à Israel não se dá por meio do lobby judeu existente no país ianque e sim pela estratégia dos EUA em relação ao Oriente Médio.
Uma coisa, contudo, não anula a outra. É obvio que os EUA têm uma política estratégica direcionada ao Oriente Médio, mas também é inegável que o poderoso lobby judeu tem uma influência decisiva no direcionamento desta política.
Apresento a você alguns exemplos:
Exemplo 1
Em 1947, época da Resolução de Partilha da Palestina, a influência sionista sobre o governo norte-americano se fez presente. Os sionistas conquistaram para a sua causa ninguém mais ninguém menos que o presidente Harry Truman, que pôs o peso do governo estadunidense em apoio da partilha. Em suas “Memórias”, o presidente Truman queixa-se da pressão sionista:
“os fatos eram que não somente houve movimentos de pressão em torno das nações unidas, como nada já visto antes, mas que a Casa Branca, também foi sujeita a um constante fogo de barragem. Não acho que jamais tenha sofrido tanta pressão e propaganda dirigida, na Casa Branca, como naquela ocasião... Alguns líderes sionistas extremistas estavam até sugerindo que fizéssemos pressão sobre nações soberanas para darem votos favoráveis na Assembléia Geral” (TRUMAN, Harry S. Memoirs. Vol. II. Doubleday, New York, 1965, pg. 158 – Esta citação aparece na obra de Henry Cattan, de título Palestine and International Law: The Legal Aspects of the Arab-Israeli Conflict. Longman Group, Ltd., London,1973, pg 82).
Exemplo 2
Aparecendo no programa televisivo "Face the Nation" da CBS, em 1973, o senador William Fulbright declarou que o Senado foi "subserviente" a política israelense que fora contrária aos interesses americanos. Ele afirmou que os Estados Unidos tiveram "uma grande parcela de responsabilidade" na continuidade da violência no Oriente Médio. Fulbright disse que os Estados Unidos não conseguiram pressionar Israel para um acordo negociado com os árabes, porque “a grande maioria do senado americano, algo em torno de 80 %, são completamente a favor de Israel”. O senador afirmou que "Israel controla o Senado" e advertiu: "deveríamos estar mais preocupados com os interesses dos Estados Unidos”. (Estas citações aparecem no livro escrito pelo ex-congressista americano Pau Findley, de título They to Dare Speak Out: People and Institutions Confront Israel’s Lobby, pg. 95 – para baixar esta obra em formato PDF acessar: http://filetram.com/download/megaupload/books/2979313190/paul-findley-they-dare-to-speak-out-pdf).
Exemplo 3
A organização mais poderosa do lobby pró-Israel nos EUA é o American-Israel Public Affairs Committee (AIPAC) que trabalha sobretudo no congresso americano. Esta instituição desempenha um papel importante no processo eleitoral norte-americano, tanto em termos de financiamento de candidatos pró-Israel como na difamação de candidatos críticos à Israel.
Veja o que Richard H. Curtiss, diretor executivo da revista Washington Report on Middle East Affairs, afirmou:
“Em encontros oficiais, aos quais jornalistas não têm acesso, os presidentes da AIPAC jactaram-se de que a organização era responsável pelas derrotas de dois dos diretores mais famosos da história do Comitê de Relações Exteriores do Senado, o democrata J. William Fulbright, de Arkansas, e o republicano Charles Percy, de Illinois. A lista de outros senadores e membros do Parlamento cujas derrotas eleitorais são atribuídas à AIPAC é longa demais para ser contada”.(CURTISS, Richard H. The Cost of Israel to the American People, p. 6 – para baixar essa obre acessar: http://pt.scribd.com/doc/57158269/EBOOK-PDF-THE-COST-OF-ISRAEL-TO-THE-AMERICAN-PEOPLE).
TERCEIRO:
Quanto a sua a afirmação acerca da obra de Norman Finkelstein, Imagem e realidade do conflito Israel – Palestina, quando você afirma “eu já li o livro, só que ao contrário do pessoal que chega com esses chavões querendo falar como se ninguém tivesse idéia do que se passa, é possível analisar e fazer uma crítica”, eu gostaria que você apresentasse uma crítica fundamentada, apontando quais inconsistências o livro apresenta.
"SEGUNDO: Você afirmou que a proteção dos EUA à Israel não se dá por meio do lobby judeu existente no país ianque e sim pela estratégia dos EUA em relação ao Oriente Médio. Uma coisa, contudo, não anula a outra. É obvio que os EUA têm uma política estratégica direcionada ao Oriente Médio, mas também é inegável que o poderoso lobby judeu tem uma influência decisiva no direcionamento desta política."
Mauricio, eu não falei que lobby não atua ou que não tenha interesses, o que eu disse é que o que impera é a estratégia e os interesses dos EUA. Pode ser o lobby mais poderoso ou o que for, se ele começar a entrar em conflito com a estratégia dos EUA, um dia ele dança. Como ele ainda não entrou em conflito direto com os interesses dos EUA no Oriente Médio, ele tem força, até quando(quando os americanos quiserem mudar de postura em relação ao OM), não se sabe.
Se Israel se contenta com esse lobby achando que terá apoio dos EUA indefinidamente pra fazer o que quiser(e nem sempre isso ocorreu), é decisivamente uma política kamikaze, o que mostra fraqueza política daquele país e incompetência em não saber dialogar com os vizinhos dele, até porque não são os EUA que tem como vizinho países que o odeiam na intensidade dos países vizinhos de Israel.
"Apresento a você alguns exemplos: Exemplo 1
Em 1947, época da Resolução de Partilha da Palestina, a influência sionista sobre o governo norte-americano se fez presente. Os sionistas conquistaram para a sua causa ninguém mais ninguém menos que o presidente Harry Truman, que pôs o peso do governo estadunidense em apoio da partilha. Em suas “Memórias”, o presidente Truman queixa-se da pressão sionista:
“os fatos eram que não somente houve movimentos de pressão em torno das nações unidas, como nada já visto antes, mas que a Casa Branca, também foi sujeita a um constante fogo de barragem. Não acho que jamais tenha sofrido tanta pressão e propaganda dirigida, na Casa Branca, como naquela ocasião... Alguns líderes sionistas extremistas estavam até sugerindo que fizéssemos pressão sobre nações soberanas para darem votos favoráveis na Assembléia Geral” (TRUMAN, Harry S. Memoirs. Vol. II. Doubleday, New York, 1965, pg. 158 – Esta citação aparece na obra de Henry Cattan, de título Palestine and International Law: The Legal Aspects of the Arab-Israeli Conflict. Longman Group, Ltd., London,1973, pg 82)."
A URSS, inimiga dos EUA, também apoiou Israel. O mundo nem sempre teve o contorno atual, vizualizar aquela época com os olhos de hoje remete a anacronismo, pois o mundo era polarizado com a disputa do bloco socialista e o capitalista(liderado pelos EUA). O conflito no Oriente Médio entre Israel, nessa época, era só um conflito regional, sem peso político considerável no Ocidente. Ele só passa a ter força política depois.
Só que não entendo a razão dos comentários: eu nunca questionei ou critiquei o fato de pessoas criticarem ou condenarem Israel de violar as resoluções da ONU, ocupar as terras conquistadas por ele em 1967, de fazer uma política hostil com palestinos etc. Seria incompatível condenar fascistas(extrema-direita) por uma série de violação de direitos humanos e ser favorável a esse tipo de política de Israel. Apenas chamei atenção pro fato do 'peso' do Brasil nessa história, que é sim pequeno, embora esteja aumentando, mas não a ponto de modificar nada consideravelmente naquela região (está muito longe disso).
Muita gente ignora esse "detalhe"(do peso político de cada país e a pressão que exercem) que não é só mero detalhe.
"TERCEIRO: Quanto a sua a afirmação acerca da obra de Norman Finkelstein, Imagem e realidade do conflito Israel – Palestina, quando você afirma “eu já li o livro, só que ao contrário do pessoal que chega com esses chavões querendo falar como se ninguém tivesse idéia do que se passa, é possível analisar e fazer uma crítica”, eu gostaria que você apresentasse uma crítica fundamentada, apontando quais inconsistências o livro apresenta."
Mas eu não critiquei o livro e sim o pessoal que usa chavão pois já vi vários repetirem esses chavões, por isso meu pé atrás quando chegam falando desse assunto e ignoram o que está sendo apresentado.
Eu li o livro, ao contrário dos que criticam o Finkelstein sem ler(já vi muita gente criticando ele que não leram nada do que ele escreveu), chamando o cara de "self hate jew" sendo que o que ele apresenta é consistente, minhas críticas com ele se deve mais ao radicalismo dele e é algo mais relacionado àquele livro sobre o Holocausto, por mim ele pode descer o malho no que estiver errado em Israel, não serei eu quem ficarei incomodado com isso até mesmo porque não sou israelense, e se fosse também não me incomodaria com críticas sérias feitas, só que ele sabe criticar.
Só que o blog não trata de conflito(s) no Oriente Médio, eu só coloquei essa matéria visando os que usam o conflito pra pregação de racismo e que ajudam de forma voluntária(ou não) os grupos de extrema-direita a crescerem, pois não são poucos.
Relacionar Holocausto e Israel é algo que "revisionistas" fazem com frequência(no caso deles o motivo é óbvio: eles odeiam judeus e tudo o que for relacionado a judeus é odiado também, se Israel fosse um país árabe atacando judeus, eles apoiariam Israel) ignorando o fato de que quem condena tragédias como o Holocausto, em tese, não tem como sentir simpatia ou afinidade com ataques executados por Israel em relação aos vizinhos deles e a política daquele país, pelo menos a grande maioria das pessoas não sente afinidade.
Se assim não fosse a imagem de Israel hoje no mundo não estaria tão 'comprometida' como está, muito e totalmente por conta da atuação política dos governos daquele país. A esquerda de Israel, pelo menos a atual que está longe do poder, é débil ou inoperante.
Se há grupos pró-Israel que fazem essa associação forçada entre uma coisa e outra(conflito no OM e genocídio na 2aGM), como muitos "revis" acusam, só queimam ainda mais a imagem daquele país, pois se acham que alguém sentirá simpatia por Israel por conta das vítimas do genocídio da Segunda Guerra é no mínimo achar que as pessoas são tolas e muita gente acaba sentindo aversão quando algo desse tipo é feito. A maioria considerável das pessoas sabe separar um assunto do outro.
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