Mostrando postagens com marcador Hamas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Hamas. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 10 de outubro de 2023

Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Atualização 2023

Antes que apareça alguém "surtando" ou enchendo o saco na "caixa de comentários" de algum outro post sobre esse tema, porque tem muito "podcast" (virou uma "praga" essa coisa) sensacionalista com "apelo emocional" direcionado pra certos "públicos", fora o papel de "porco" que a dita "mídia hegemônica" ("grande mídia") faz no país há décadas, em 02 de Agosto de 2014, bem antes desse esgoto que virou o Youtube "emergir" com "podcasts" e cia, eu consegui fazer uma lista/apanhado de livros relevantes sobre o conflito, onde alguns não foram publicanos em português mas se encontra em espanhol, só não sei o preço.

Por que ressalto isso? Porque já se discutia esses termas bem antes desses "antros" ou redutos ficarem papagueando coisas como se fosse "algo inédito" no país. É só citação pra registro mesmo antes que venha algum idiota "desavisado" dizer besteira de que se está "pegando carona" na coisa, muito pelo contrário.

E fica também uma provocação ao Silveira (é só devolução da coisa), já que foi graças à crítica dele em outro post, sobre a questão Palestina/Israel, que esses posts foram abertos: existe "nacionalismo" no "Integralismo" ou tá todo mundo só segurando o "saco" do "Capetão Cloroquina" (Bolsonaro) prestando continência pra bandeira dos EUA e abraçando o neoliberalismo de Paulo Guedes, fora essa euforia da "direita olavete liberal" por Israel que vocês aderiram (país que a turma do Sigma "ama", mas não deram um pio sobre o governo do miliciano)? Que "fofura", rs.

Cobram pra caramba mas o que rolou de "trem da alegria" segurando no saco do "Capetão" é uma festa.

Voltando ao post, livros de História costumam ser caros no Brasil (enquanto os lixos de "autoajuda" se proliferam como pílulas entorpecentes de uma classe média vazia, oca, fútil e sem interesse real pelo país e pelas coisas) e vendidos com "capas dura de luxo" em vez das editoras massificarem a coisa, fora a ausência de interesse de leitores também. Muita livraria fechou no país por conta do alto preço dos livros novos/lançamentos, a situação do "mercado editorial" do país é catastrófico, mas parte das editoras e livrarias "procuraram" por isso, "foram na onda" da futilidade de certa classe média que vive de "modismos" e não possui hábito de aquisição de livros sérios (revisem essa postura).

Mas sem mais delongas, seguem abaixo os links pra lista/apontamentos dos livros sobre o conflito Israel/Palestina (não é propriamente sobre "todo" Oriente Médio, coloquei o termo só pra facilitar na busca caso alguém pesquisa pelo termo), os mais abordados na época, mas continuam bem atuais. Caso alguém tenha indicação de algum outro livro bom, basta indicar. E E um aviso: eu conheço razoavelmente o assunto daquela região, se algum "trollzinho" quiser fazer "pegadinha" ou "teste" comigo nos comentários, fica o aviso, não "chie"/reclame depois se tomar uma "empenada", pois é provável que isso ocorra, aí depois saem correndo chorando "pedindo socorro" pruma legião de aloprados.

E me antecipando (de novo) a alguns esperneios: "Ah, mas essa turma "entende" tudo disso sem ser especialista e bla bla bla", quando esse blog foi criado, muitos anos atrás (põe tempo nisso), por conta das discussões de política/2aGM no Orkut e da lista do Marcelo Oliveira, devido à"variedade" de ataques e asneiras dos "revimanés" ou "revis" (como a gente chamava os negacionistas do Holocausto no Orkut e até aqui) sobre judeus e afins, a gente acaba tendo contato com 'n' assuntos relacionados a judeus e cia, e acaba tendo um panorama bem amplo desses temas. Acabei passando a ler muita coisa sobre o conflito da região desde então (faz tempo, muito tempo). E antes que algum "fundamentalista neopenteca" deslumbrado surte, porque já disse isso antes em posts bem antigos: eu não nutro qualquer entusiasmo, "encantamento", com a região chamada Oriente Médio, apesar dessas leituras. Portanto, guarde seu entusiasmo "idealista fanático religioso" pra você, não tenho o menor encanto sobre aquela região. Regiões com fanatismo religioso ou um "apego exarcebado" disso me desagradam profundamente.

Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Parte 1
https://holocausto-doc.blogspot.com/2014/08/para-entender-o-conflito-israel-palestina-livros-bibliografia-oriente-medio-parte-1-portugues.html
Para entender o conflito Israel-Palestina, livros [Bibliografia Oriente Médio] - Parte 2
https://holocausto-doc.blogspot.com/2014/08/para-entender-o-conflito-israel-palestina-livros-bibliografia-oriente-medio-parte-2-ingles.html  

*Um último aviso: como os posts são antigos (são quase 10 anos), muita imagem com capa dos livros "sumiu", não se espantem com os quadrados vazios no lugar das "capas", não dá pra corrigir tão cedo isso (se der). ====================================================================

Alguém pode também apontar que uma lista de filmes ou documentários sobre isso seria uma "boa". De fato é, mas a máquina não ajuda muito a editar esses posts, não tenho mais a paciência de antes, não sei se há material com acesso livre no Youtube como antes também, mas é uma ideia (fica pra registro), caso alguém queira indicar algo, ajudar (nos comentários), facilita, pra uso futuro ou fica pra acesso junto do post nos comentários.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Umberto Eco: O novo anti-semitismo

Sábado, 28 de fevereiro de 2009, 09h44
O novo anti-semitismo

Umberto Eco
Do The New York Times

(Foto)O pianista Daniel Barenboim convoca mediação para conflito

No mês passado, em resposta à guerra em Gaza entre Israel e o Hamas, o pianista Daniel Barenboim pediu que intelectuais ao redor do mundo assinassem um manifesto divulgando uma nova iniciativa para resolver o conflito (publicado recentemente pelo The New York Review of Books). A princípio, a intenção é quase ridiculamente óbvia: O objetivo principal é juntar todos os recursos possíveis para propor uma mediação vigorosa. Mas o mais significativo é que um grande artista israelense é o responsável pela iniciativa.

É um sinal de que as mentes mais lúcidas e os pensadores mais profundos de Israel estão pedindo que as pessoas parem de se perguntar que lado é o certo ou o errado e trabalhem para a coexistência dos dois povos. Sendo assim, os protestos contra o governo israelense são compreensíveis, não fosse pelo fato de que estes protestos possuem normalmente um tom anti-semita.

Se os protestantes não demonstram uma postura anti-semita explícita, a imprensa o está fazendo nos dias de hoje. Já vi artigos que mencionam - como se fosse a coisa mais óbvia do mundo - "protestos anti-semitas em Amsterdam" e coisas do gênero. É algo que já ficou tão banalizado que o anormal agora é pensar que seja algo anormal. Mas vamos refletir se seria correto definir um protesto contra a administração Markel na Alemanha como antiariano, ou um protesto contra Berlusconi na Itália como antilatino.

Neste curto espaço é impossível resumir os problemas centenários do anti-semitismo, suas ressurgências ocasionais, suas várias raízes. Quando uma postura sobrevive por 2.000 anos, já está impregnada de fé religiosa - de crenças fundamentalistas. O anti-semitismo pode ser definido como uma das muitas formas de fanatismo que envenenaram o mundo através dos tempos. Se muitas pessoas acreditam na existência de um diabo que conspira para nos levar à ruína, por que não poderiam acreditar também numa conspiração judaica para dominar o mundo?

O anti-semitismo, como qualquer atitude irracional orientada pela fé cega, é cheio de contradições; seus adeptos não as percebem, mas as repetem sem qualquer constrangimento. Por exemplo, nas ocorrências clássicas do anti-semitismo no século XIX, dois lugares comuns eram utilizados sempre que a ocasião assim pedisse. Um era que os judeus, que viviam em lugares apertados e escuros, eram mais suscetíveis do que os cristãos a infecções e doenças (e, portanto, eram perigosos). Por razões misteriosas, o segundo argumento era justamente que os judeus eram mais resistentes a pragas e epidemias, além de serem sensuais e assustadoramente fecundos, o que fazia deles invasores em potencial do mundo cristão.

Outro lugar comum foi amplamente utilizado tanto pela esquerda quando pela direita, e para exemplificar, eu cito um clássico do anti-semitismo socialista (Alphonse Toussenel, "Les Juifs, Rois de l'Epoque," 1847) e um clássico do anti-semitismo católico legitimista (Henri Gougenot des Mousseaux, "Le Juif, le Judaisme et la Judaisation des Peoples Chretiens," 1869). As duas obras sustentam o argumento de que os judeus não praticavam a agricultura e, portanto, eram distantes da vida produtiva dos países em que residiam. Por outro lado, eles eram também completamente dedicados às finanças, ou seja, a posse do ouro. Portanto, sendo nômades por natureza, e impulsionados por suas esperanças messiânicas, eles poderiam prontamente abandonar os estados que os acolheram e facilmente levar toda a riqueza com eles. Não vou comentar o fato de que outra ocorrência anti-semita daquele período, incluindo o notório "Os Protocolos dos Sábios de Sião", acusava os judeus de tentar se apoderar de propriedades para tomar seus campos. Como já foi dito, o anti-semitismo é cheio de contradições.

Uma característica proeminente dos israelenses é que eles utilizaram métodos ultramodernos para cultivar a terra, criando fazendas modelo e afins. Então, se eles lutassem, seria precisamente para defender o território em que eles se estabeleceram de forma estável. Este, acima de todos os argumentos, é o que os árabes anti-semitas usam contra eles, sendo que na realidade o objetivo principal deste tipo de árabe é destruir o Estado de Israel.

Em suma, os anti-semitas não gostam quando os judeus vivem em um país que não seja Israel. Mas, se um judeu decide morar em Israel, os anti-semitas também não gostam. Claro, eu sei muito bem da objeção de que o território onde hoje é Israel foi um dia palestino. Mesmo assim, ele não foi conquistado com violência aviltante ou com nativos dizimados, como no caso da América do Norte, ou mesmo pela destruição de estados governados por seus monarcas de direito, como na América do Sul, mas através migrações graduais e assentamentos que foram inicialmente aceitos.

De qualquer forma, enquanto algumas pessoas ficam irritadas quando aqueles que criticam as políticas de Israel são chamados de anti-semitas, aqueles que traduzem imediatamente qualquer criticismo às políticas israelenses com termos anti-semitas me deixam ainda mais preocupado.

Umberto Eco é filósofo e escritor. É autor de "A Misteriosa Chama Da Rainha Loana", "Baudolino", "O Nome da Rosa" e "O Pêndulo de Foucault". Artigo distribuído pelo The New York Times Sybdicate.

Fonte: New York Times/Terra Magazine
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3603669-EI12929,00-O+novo+antisemitismo.html

sábado, 10 de janeiro de 2009

Antissemitismo: um "fantasma do passado" que continua bem vivo

Conflito na Faixa de Gaza provoca guerra de opiniões na internet

PARIS (AFP) — O conflito israelense-palestino vem gerando polêmica na internet e provocando discussões racistas ou anti-semitas, que obrigaram algumas mídias a redobrarem a vigilância.

Na França, alguns sites decidiram bloquear os comentários de artigos sobre o assunto.

"Com o ataque de Israel à Faixa de Gaza, foi muito rápido o desencadeamento da raiva e de insultos", comentou o jornal de esquerda Libération. O site Libération.fr preferiu bloquear o link de comentários para não se transformar num canal de diálogos racistas e anti-semitas".

O Libération propôs ainda aos internautas que debatam o conflito num fórum, acessível apenas aos que aceitarem se inscrever.

O site do jornal gratuito "20 minutes" fechou também quarta-feira a página de comentários de artigos sobre Gaza. "Os moderadores estavam trabalhando como loucos. Havia muitos comentários anti-semitas que desatavam, em resposta, frases contra os muçulmanos", declarou à AFP Clémence Lemaistre, chefe de redação do 20 minutes.fr.

O site do canal de informação contínua LCI fez o mesmo na quarta-feira. "Quase 90% das opiniões não foram validadas porque em nada contribuíam; eram raivosas e poderiam aumentar as tensões, segundo Pascal Emond, chefe de redação do LCI.fr.

Na França, a mídia on-line, quando controla a priori os comentários dos internautas no site, pode ser considerada juridicamente responsável por propósitos racistas ou anti-semitas, condenados pela legislação.

Em contrapartida, a plataforma de compartilhamento de vídeos YouTube não é responsável pelos conteúdos, destacou um porta-voz desta filial do Google. "Não podemos controlar: a cada minuto que passa há o equivalente a 15 minutos de vídeos postados no YouTube", destacou.

Alertado pela comunidade, o YouTube pode retirar um vídeo que não considera necessário. Mas sobre o conflito israelense-palestino, os comentários raivosos em uma imensidão de vídeos se perdem.

Yassine Ayari, um engenheiro parisiense de 29 anos, afirmou por sua vez que a rede Facebook fechou nesta quarta-feira um grupo de discussão que havia criado em 29 de dezembro para "centralizar as iniciativas de apoio a Gaza".

O grupo foi fechado horas depois de dois e-mails do Facebook lembrando a interdição de difundir qualquer mensagem ameaçadora, raivosa e obscena, disse Ayari, que garante portanto ter tomado todos os cuidados contes tais excessos.

Contatado pela AFP, o Facebook não comentou este caso particular, mas lembrou que tem por política reagir rapidamente para retirar os grupos que violam seu regulamento.

Sem recorrer a medidas drásticas, como na França, outras mídias européias on-line tiveram problemas similares.

No site do jornal italiano Il Manifesto (extrema-esquerda), onde o "número de comentários explodiu desde o início do conflito em Gaza", "os internautas, entre eles a maioria pró-palestina de esquerda, enviam às vezes reflexões contra Israel com conotações de anti-semitismo", reconheceu o responsável do site Alberto Piccinini, que se esforça, no entanto, para "censurar muito pouco".

Na Suécia, o site do jornal Expressen indicou ter tomado as mesmas precauções.

"Recebemos comentários muito duros sobre este conflito, e algumas mensagens tiveram de ser retiradas", afirmou o responsável do site, Haakan Vikstroem.

Fonte: AFP
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5i4GfLS1qtET4KrsX7_JYOsM6qw7A

Ver mais: ataque antissemita na França
Carro em chamas é lançado contra sinagoga na França

Comentário: em que pese o direito pleno de crítica contra ações militares, principalmente de forma desproporcional, realizadas por qualquer Estado do mundo, a extrema-esquerda européia (e também a latinoamericana), ao invés de aproveitar o espaço e criticar o belicismo do conflito, conteta-se e se resume a apenas dar coro e força ao discurso antissemita/racista e xenofóbico da extrema-direita ao redor do mundo. Um certo cabo genocida de nome Adolf Hitler ficaria feliz em ver certos inimigos do passado fazendo coro à sua obsessão racista nos dias de hoje. Também é de se repudiar a mistura deliberada do conflito do Oriente Médio com fatos ocorridos na Segunda Guerra Mundial.

domingo, 9 de novembro de 2008

Merkel lembra horror nazista contra judeus e pede que ninguém se cale

Da EFE
Gemma Casadevall
.

Berlim, 9 nov (EFE).- A chanceler alemã, Angela Merkel, lembrou hoje o "horror" gerado pelos "pogroms" nazistas contra os judeus, e defendeu não se calar diante do anti-semitismo presente, sejam provenientes da extrema-direita ou dos que questionam o direito de Israel existir, seja do "Hamas, Hisbolá ou Irã".

"Os 'pogroms' - ondas de atos violentos contra judeus na Alemanha e na Áustria em diferentes ocasiões durante o Terceiro Reich - não foram o primeiro capítulo do anti-semitismo nazista, mas abriram as portas para a catástrofe das catástrofes", disse Merkel na sinagoga de Rykestrasse, em Berlim, nos 70 anos da "Noite dos Cristais" (Kristallnacht").

"Naquela noite, as sinagogas queimaram, depois queimou toda a Alemanha, depois toda a Europa", prosseguiu. Merkel pediu que ninguém cometa o erro de ontem e não se cale agora diante de outras formas de anti-semitismo.

A grande vergonha do cidadão da época foi "não dar um grito" enquanto arrancavam seus vizinhos judeu, comunista, social-democrata ou cigano de suas casas, "pois achava que a coisa não era com ele". Da mesma forma, seria vergonhoso agora não se fazer nada diante de quem "ameaça a existência de Israel", afirmou.

"A xenofobia, o racismo e o anti-semitismo não devem ter mais cabimento na Europa", disse, e isso deve se estender também ao mundo árabe e a outras partes do planeta.

Merkel lembrou os "pogroms" de 9 de novembro de 1938 como "a noite que representa o início do Holocausto", enquanto a presidente do Conselho Central dos Judeus da Alemanha, Charlotte Knobloch, sua experiência, como uma menina de 6 anos de Munique.

"O medo de percorrer essas ruas de comércios devastados com meu pai me acompanhou por toda a vida", disse. "O medo continua", acrescentou, seja pelas lembranças ou diante do aumento das forças dos neonazistas, para quem a Alemanha não pode "baixar a guarda".

Da sinagoga de Rykestrasse, a maior da Alemanha, Merkel e Knobloch traçaram uma parábola do horror do Terceiro Reich ao anti-semitismo atual. Da mesma forma que quase todos os templos judeus, esta sinagoga foi incendiada durante os "pogroms". As chamas não a destruíram, mas os nazistas a reduziram a estábulo para cavalos.

No ano passado, a sinagoga reabriu suas portas, restaurada com o retorno da Torá (livro de lei dos judeus), em um ato que simbolizou o milagre do lento, mas efetivo, retorno da comunidade judaica ao país do Holocausto.

A "Noite dos Cristais" representou o incêndio de mais de mil sinagogas na Alemanha e na Áustria. Cerca de 300 templos ficaram reduzidos a cinzas, 7,5 mil comércios judeus foram destruídos e 91 pessoas morreram.

No dia seguinte, aconteceu a prisão e deportação de 30 mil judeus para campos de concentração. Ao término da Segunda Guerra Mundial (1945), o número era de milhões.

O ministro da propaganda nazista da época, Joseph Goebbels, falou de uma "explosão espontânea de ira" pelo assassinato, em Paris, do diplomata alemão Ernst von Rath por um jovem judeu.

Ele próprio se encarregou de propagar uma onda anti-semita a partir da Prefeitura de Munique. Depois, houve uma operação articulada pela Gestapo (Polícia secreta), SA (guarda do Exército) e SS (guarda especial), em meio à cumplicidade e ao entusiasmo de parte da população e à passividade ou à impotência de outros.

O dia 9 de novembro concentra grande carga histórica na Alemanha. Essa data recorda a "Noite dos Cristais", 70 anos atrás, e também a queda do Muro de Berlim, em 1989.

"A noite da alegria, a noite da vergonha", resumiu hoje o jornal "Der Tagesspiegel", diante das duas datas.

Os "pogroms" de 1938 continuam envergonhando a Alemanha atual, pois simbolizam o início de uma perseguição que levou ao Holocausto, que deixou o saldo de 6 milhões de judeus mortos.

A queda do Muro de Berlim representou não só o fim de décadas de divisão na Guerra Fria, mas também a bipolaridade em blocos da Alemanha e do resto do mundo.

Para Berlim, foi uma façanha heróica, o triunfo da revolução pacífica contra o regime comunista de Moscou.

A comemoração da queda do Muro de Berlim foi discreta este ano. Apenas uma oferenda floral na Bernauerstrasse, uma das ruas que foi dividida pelo Muro e onde ainda se conserva um fragmento dele.

A grande ocasião para recordar a noite mais famosa na história da Berlim recente fica para 2009, coincidindo com o 20º aniversário da abertura de fato da fronteira inter-alemã. EFE

Fonte: G1/EFE
http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL855486-7084,00-MERKEL+LEMBRA+HORROR+NAZISTA+CONTRA+JUDEUS+E+PEDE+QUE+NINGUEM+SE+CALE.html

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...