sexta-feira, 27 de março de 2009

Antissemitismo e o Arcebispo de Porto Alegre

Não bastasse as recentes declarações de cunho antissemita negando o Holocausto do bispo lefebvriano Richard Williamson na Argentina, a extrema-direita católica volta à cena. O Arcebispo de Porto Alegre resolveu enveredar por esse caminho alegando que morreram mais católicos no Holocausto(qual a fonte?) que judeus e dizendo que isto não aparece porque os judeus "têm a propaganda do mundo". Não bastasse isso que por si só já seria um ato deplorável e uma alegação estúpida, ele ainda fez um "revisionismo" da ditadura militar brasileira negando o apoio do clero de direita católico à mesma além de condenar pesquisas com células-tronco, o que só reforça a imagem negativa do quão obscuro(e arcaico) é o fundamentalismo religioso em relação à pesquisa científica. Espetáculo deprimente.

Arcebispo de Porto Alegre faz declaração polêmica sobre Holocausto

Dom Dadeus Grings condenou as pesquisas de células-tronco embrionárias em entrevista
Foto:Fernando Gomes, Banco de Dados ZH

Líder religioso também defendeu o celibato e condenou as pesquisas de células-tronco embrionárias

O arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, fez uma afirmação polêmica em entrevista à revista Press. Segundo ele, "morreram mais católicos do que judeus no Holocausto, mas isso não aparece porque os judeus têm a propaganda do mundo".

Na entrevista, o arcebispo também defende o celibato, condena as pesquisas de células-tronco embrionárias e a distribuição de camisinhas pelo governo e defende a neutralidade da Igreja durante o período militar no Brasil e durante a II Guerra Mundial.

Fonte: Zero Hora
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Geral&newsID=a2454061.xml

2 comentários:

Leo Gott disse...

Diogo,

O seu comentário não foi publicado porque acho que você ainda não entendeu que as postagens têm que ser no mínimo sobre o assunto em voga.

Agiardo seus comentários, e se eles não contiverem palavras agressivas e de baixo calão, pode ter certeza que será publicado e debatido pelos leitores deste blog.

Atenciosamente,

LeoGott

Roberto disse...

Sobre o comentário do Diogo, perguntando que provas haveria contrárias as afirmações do arcebispo, isso não passa de uma inversão da questão. Inversão maliciosa por sinal. A gente já discutiu com "revisionistas" antes pra saber desses "questionamentos interessados" de vocês.

Reafirmando a matéria(e a matéria pegou leve com o arcebispo), quem de forma estúpida fez afirmações de caráter antissemita foi o arcebispo, baseadas no "achismo" dele e numa vontade de aparecer fora do comum(não sei porque ele não se alistou no Big Brother Brasil), se ele sequer tem como fundamentar o que alega pra que faz afirmações desse tipo em público? A não ser, claro, que por uma exploração cretina do episódio.

Não bastasse isso o arcebispo ainda fez um "revisionismo" da ditadura militar do Brasil. Só espero que você também não venha tecer elogios a ditadura brasileira de 1964-1985, a não ser que você seja defensor de ditaduras.

Mas comento isso "fazendo de conta"(só pra repassar pra mais gente que não topou com "revis" antes) que você de fato tivesse algum interesse em História, não parece ser o caso, todas as suas postagens demonstraram que há só interesse político na questão.

Apesar de muita gente fazer confusão com o que venha a ser História, História enquanto disciplina ou ciência, não é política ou mesmo religião.

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