A Espanha de Franco
O livro La censura franquista en el cartel de cine (A censura franquista nos cartazes do cinema) nasceu a partir da pesquisa de Bienvenido Llopis. Segundo ele, os cartazes mostram os “ajustes que os artistas tiveram que fazer” para se adequar “a linha da decência” imposta pelo regime.
A personalidade de Francisco Franco começou a se impor na Espanha em 1936, ano do início da Guerra Civil Espanhola. Franco liderou os nacionalistas, que se opunham à jovem república estabelecida em 1931. O conflito foi um dos mais sangrentos da Europa e considerado um ensaio para a Segunda Guerra Mundial.
Com a vitória, em 1939, Franco tornou-se ditador e governou o país com mão de ferro até sua morte, em 1975. Nesse tempo, obras foram censuradas, inimigos perseguidos e as identidades regionais oprimidas, caso do idioma catalão, proibido por Franco.
O livro "La censura franquista en el cartel de cine" mostra vários cartazes de filmes censurados como “The Biggest Bundle”, de 1968. A atriz Raquel Welch, de biquini, teve o corpo coberto, mas as pernas continuaram à mostra, assim como o decote na versão espanhola.
Na publicidade do filme que na Espanha ganhou o nome de “Amor a la Inglesa”, desaparece a cama em que o ator Peter Sellers aparece entediado esperando a namorada. Já a lingerie da atriz Sinead Cusack é substituida por uma saia vermelha.
Lançado em março de 1934, o filme estrelado por Joan Crawford e Gary Cooper fazia sucesso na Espanha. Crawford, no entanto, ficou publicamente do lado republicano na Guerra Civil Espanhola, que culminou com a vitória franquista. Em 1942, o filme ganhou outro cartaz, no qual o nome da atriz desaparece.
Marilyn Monroe também foi alvo de censura franquista. O decote, considerado ousado, foi retocado, para não mostrar mais do que o regime franquista considerava moral.
Francisco Franco foi ditador da Espanha de 1936 até sua morte, em 1975. Durante esse tempo, o Gabinete de Censura Democrático foi encarregado de rever a publicidade dos filmes que chegavam ao país. Na foto, imagem retocada da atriz italiana Sophia Loren.
O livro "La censura franquista en el cartel de cine" nasceu a partir da pesquisa de Bienvenido Llopis. Segundo ele, os cartazes mostram os “ajustes que os artistas tiveram que fazer” para se adequar “a linha da decência” imposta pelo regime.
Fonte: BBC Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2013/12/131225_galeria_censura_franco_4_mm.shtml
Ver matéria completa (em espanhol): “La censura franquista en el cartel de cine”, el régimen vs el poder de la imagen
http://culturacolectiva.com/la-censura-franquista-en-el-cartel-de-cine-el-regimen-vs-el-poder-de-la-imagen/
Observação: pois é, um decote era "algo criminoso" pra "moral e bons costumes" dos fáscios (que vê perversão em tudo por só pensarem em sacanagem o tempo todo). Vai ver que "tesão" pros fáscios (no caso da matéria são os da Espanha, embora todos os fascistas seguem a mesma linha, ou seja, são farinha do mesmo saco) era isso:
Repressão na Espanha franquista |
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