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terça-feira, 17 de maio de 2011

Jürgen Graf é um mentiroso

Erro de representação é uma das táticas favoritas de autores “revisionistas”, mas também é uma técnica que é facilmente combatida simplesmente verificando as fontes “citadas” pelo negador em questão. Então por que eles insistem em fazer isso? Talvez porque ninguém de sua audiência se preocupa em verificar os originais, principalmente se as fontes citadas são de historiadores.

No decorrer da pesquisa sobre os argumentos “revisionistas” dentre outras coisas, me deparei com a “demolição” do livro de Raul Hilberg, The Destruction of European Jewry por Jürgen Graf em Giant with Feet of Clay (págs. 63-4 PDF):

3-Hilberg inventou tiroteios em massa na Galiza

Na página 521 (DEJ, p.496) o exaltado alto sacerdote ‘Holocausto’ informa o seguinte a seus leitores:

Em Stanislawow [uma cidade da Galiza], cerca de 10.000 judeus haviam sido reunidos em um cemitério e abatidos em 12 de Outubro de 1941. Outras mortes por tiro ocorreram em Março de 1942, seguido de um incêndio no gueto que durou 3 semanas. Um transporte foi enviado para Belzec em abril, e mais operações de tiro foram iniciadas no verão, no qual membros do conselho judaico e da Order Service foram enforcados em postes de energia. Grandes transportes saíram para Belzec em Setembro e Outubro[...]

Deixemos de lado os transportes para Belzec, o tiroteio de Março de 1942 e os judeus “enforcados nos postes de energia”, e contentar-nos [p. 64] com o primeiro item da “informação” aqui, as mortes por tiro de nada menos que 10.000 judeus no cemitério de Stanislavov em 12 de Outubro de 1941. Este número corresponde à população de uma pequena cidade. Que evidências as fontes de Hilberg se apóiam para provar o assassinato de 10.000 no cemitério? Simplesmente e absolutamente nada, nem mesmo um depoimento. Em outras palavras: A história é pura quimera.

Então eu viro a página 521 da edição alemã de 1991 do livro de Hilberg (o primeiro citado por Graf) e encontro a nota 357 no final do parágrafo citado:

Siehe Erklärung von Alois Mund (in Stanislawow stationierter Landwirtschaftsfachmann aus Wien, 5.12.47, und Erklärungen von Überlebenden und Ordnungspolizisten aus Stanislawow, 1947 und 1948, in T. Friedmann, Sammlung von Berichten über Stanislawow, Haifa, Okt, 1957, S.90

[Tradução livre para o português por Leo Gott]

Ver depoimento de Alois Mund (especialista em agricultura estacionado em Stanislawow e lotado em Viena, 5/12/47, e declarações de sobreviventes e policiais de Stanislawow, 1947 e 1948 em T. Friedmann, Sammlung Von Berichten über Stanislawow, Haifa, Outubro, 1957, pág.90).

Graf falsamente acusa Hilberg de não ter nenhuma prova, o que não é verdade. A qualidade da prova não foi verificada, ao invés disso Graf optou por omitir o conteúdo da nota de rodapé na mesma página e alega que nenhuma evidência foi apresentada. Portanto, Graf é um enorme mentiroso.

Para verificar o original de Tuvia Friedmann, clique aqui [Wayback Machine copy]. Para um extenso sumário das evidências acumuladas até 1998, ou seja, 37 anos após a primeira edição do livro de Hilberg e sete anos após a edição alemã, clique aqui (PDF) para um artigo sucinto de Dieter Pohl, o maior especialista sobre Holocausto na Galiza. Na realidade, não só existem testemunhas saltando às orelhas do historiadores, hà também documentos.

Suspeitamos que este exercício poderia ser repetido indefinidamente com os “estudantes revisionistas”, mas para o momento, vamos deixar esse único caso como um exemplo da absoluta falsidade dos “revisionistas”.

Fonte: Holocaust Controversies (Dr. Nick Terry)

Link: http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/05/jrgen-graf-is-liar.html

Tradução: Leo Gott

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Lola, a 'schindler' galega, salvou 500 judeus

Patrícia Viegas
Espanha. Galiza abrigou rede de fuga entre 1941 e 1945

Lola Touza Domínguez seria hoje lembrada como a mãe solteira que geria o bar da estação de comboios de Ribadavia, na Galiza, não fosse o facto de ter liderado uma rede clandestina que, entre 1941 e 1945, ajudou perto de cinco centenas de judeus a escapar às chamas do Holocausto. A história desta "Schindler" galega era tão secreta que nem os seus filhos tiveram conhecimento dela, escreveu ontem o jornal espanhol El Mundo, que lhe dedicou três páginas.

O segredo de La Madre, nome de código que ela usou na altura, foi apenas desvendado, em 1964, por um dos judeus que ela ajudou a fugir para os Estados Unidos da América. Isaac Retzmann pediu naquela altura a um galego seu conhecido que procurasse notícias da mulher. Lola estava então com 70 anos (acabaria por morrer dois anos depois). O enviado galego chegou até ao alfarrabista Antón Patiño Regueira e com ele começou a desvendar o segredo.

Antes de morrer, em 2005, Antón deixou escrita a verdadeira história dos heróis de Ribadavia. Não só de Lola, mas de toda a rede, que incluía, entre outros, as suas irmãs, dois taxistas, um marinheiro, um emigrante retornado. Os judeus que fugiam pelos Pirenéus chegavam de comboio à localidade de Ribadavia, nas margens do rio Minho, sendo depois transferidos para Portugal. A maioria partia em seguida, de barco, para os EUA, Brasil, Argentina, Venezuela, Marrocos ou Argélia.

Foi também só agora que o neto de Lola, Julio, de 57 anos, pôde começar a reconstituir a história. No mês passado foi plantada na Ala dos Justos entre as Nações uma árvore em homenagem de Lola. Este título é atribuído pela Fundação Yad Vashem, em Jerusalém Ocidental, a todos os que salvaram judeus.

Fonte: Diário de Notícias(Portugal)
http://dn.sapo.pt/2008/10/13/internacional/lola_a_schindler_galega_salvou_judeu.html

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