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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Um Shamir não muito esperto

Um notável moonbat judeu antissemita Israel Shamir recentemente escreveu:
Gilad reiterou: foi a RAF que repetidamente rejeitou a necessidade de bombardeio de Auschwitz

Outro movimento de propaganda sionista. O campo foi uma instalação de internamento, que contou com a Cruz Vermelha (ao contrário do centro de internamento dos EUA em Guantánamo). Se fosse bombardeado, os internos iriam morrer - ou como resultado do bombardeio, ou devido à fome porque os suprimentos não chegariam. Na verdade, Gilad aconselharia bombardear Guantánamo? Esta ideia de "bombardear Auschwitz" só faz sentido apenas se alguém aceita a visão de "complexo industrial de extermínio", a qual foi formada só bem depois da guerra.
Claro, a Cruz Vermelha (CICV) foi deixada inspecionar apenas o principal campo de Auschwitz, não estamos falando de Birkenau

Os fundamentos para bombardear Auschwitz já incluíam informações sobre os gaseamentos (baseado no relatório Vrba-Wetzler e outras fontes), que estava disponível muito antes da guerra acabar.

Shamir é claramente ignorante em história, mas pensa que ele pode discuti-la de qualquer forma. Além disso, ele vergonhosamente regurgita lixo negacionista.

Ele também elogia negacionistas:
Da mesma forma, os revisionistas têm tarefas religiosas e metafísicas, mesmo que usem algumas palavras e conceitos científicos. Jurgen Graf deixou isto claro em seu importante livro, mas o mesmo foi relatado por Mahler, Zundel e outros.
Livro importante? Desculpe, qual livro importante foi escrito pelo moonbat negacionista Juergen Graf?

Em outra parte, ele escreve:
Os inocentes historiadores revisionistas ficaram tão animados quando se divertiram com a idéia de "finalmente descobrir a verdade". Eles prepararam os seu bem elaborados livros e diagramas de consumo de gás e de calor no corpo.
Quais historiadores "revisionistas"?

E claro que neste artigo em seu site, está repleto de habituais banalidades "revisionistas".

Tirem suas próprias conclusões.

Atualização: ver também este artigo, basicamente, do mesmo negacionista idiota, e o comentário de Shamir, repleto do mesmo. Mas especialmente recheado com esta pequena dose de demagogia:
Você então afirma: "Zundel é um odiador de judeus". Ora, ninguém tem que amar os judeus.
Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Sergey Romanov
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2006/05/shamir-not-very-sharp.html
Tradução: Roberto Lucena

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Câmaras de gás nos campos da Aktion Reinhard (Belzec, Sobibor, Treblinka). A cor dos cadáveres

Belzec, Sobibor, Treblinka. Negação do Holocausto e Operação Reinhard.
Capítulo 5: Câmaras de gás nos campos da Aktion Reinhard (6). Coloração dos cadáveres.

A cor dos cadáveres

Outras críticas de MGK (sigla pra Mattogno, Graf e Kues) às testemunhas da Aktion Reinhard envolve a cor dos cadáveres gaseados. [246] Para eles, pode ser tomado como uma "verdade" [247] o fato de que as vítimas do gaseamento deveriam exibir claras manchas vermelho-cereja, e como nenhuma testemunha se refere a coloração das vítimas, MGK estão "certos de que algo está errado com os testemunhos das câmara de gás". [248] Este tipo de argumentação é dúbia em sua origem, pois pressupõe um conhecimento exato de várias coisas: as circunstâncias dos assassinatos dentro das câmaras de gás, os fatores que provocam o aparecimento de uma cor "vermelho-cereja brilhante" nas vítimas de monóxido de carbono, que as vítimas gaseamento teriam que necessariamente exibir a cor vermelho-cereja, e que esta descoloração é facilmente aparente para o inexperiente olho humano.

Para sustentar tal afirmação, MGK tem que confiar na literatura médica e toxicológica sobre o envenenamento por monóxido de carbono, no entanto, para nosso conhecimento, nenhum dos quatro negacionistas (incluindo Friedrich Berg) que usa esta argumentação tem qualquer tipo de perícia médica a partir da qual julgariam ou interpretariam tal relato médico. Em sua análise superficial sobre um tema tão complicado, eles são rápidos ao tirar conclusões precipitadas seletivas sem uma apreciação plena das explicações feitas na literatura e sua aplicabilidade aos campos da Reinhard Aktion.

Um exemplo clássico dessa abordagem seletiva e defeituosa pode ser encontrada no manuseio feito por Thomas Kues de relatórios escritos por médicos judeus sobre as condições corporais dentro do gueto de Varsóvia entre 1940 e 1942. Em seu relato das circunstâncias de dentro do gueto, os médicos fornecem dados clínicos sobre os moradores que em breve seriam enviados para Treblinka, e o efeito das condições de desnutrição e fome em sua saúde física, algo que denominaram como "doença da fome". [249] Os médicos referiam-se às "hemodiluição" e de uma diminuição substancial na quantidade de hemoglobina no sangue dos judeus do gueto de Varsóvia.

Kues desonestamente apresenta o trabalho dos médicos de Varsóvia. Em seu artigo, Kues cita uma carta colocada junta como uma revisão dos resultados da autópsia das mortes por doença estritamente causadas por fome. Kues inclui a estatística de que a anemia foi encontrada em apenas 5,5% dos casos das autópsias como sendo "uma indicação de que mesmo entre os casos fatais de desnutrição, a anemia estava longe de estar sempre presente." No entanto, Kues deixa de fora uma importante declaração feita pelos médicos relacionada com a ausência da anemia nas autópsias:
Devemos enfatizar que apenas 5,5% dos casos apresentaram anemia avançada. Quantidades bastante grandes de hemossiderina são encontrados em fígados e baços, e é certo que em doenças relacionadas à fome RBCs são destruídas, mas, por outro lado, como resultado da diminuição do tamanho dos órgãos e tecidos, a quantidade de sangue deixada é suficiente para evitar os sintomas de anemia avançada. [250]
Assim, a anemia a qual Kues se refere é a anemia avançada, que foi menos presente do que formas mais leves. Kues deve perceber isso, pois ele cita relatórios dos médicos que examinam os pacientes com doença de fome abertamente afirmando que "a anemia era algo predominante."

Os pontos que os moradores do gueto sofreram com anemia e hemodiluição são muito notáveis, como eles minariam qualquer expectativa de que as vítimas da Aktion Reinhard deveriam exibir uma aparência vermelho-cereja. Uma fonte deixa este ponto explicitamente sobre as vítimas de monóxido de carbono:
Quando a vítima é anêmica a coloração ('rosa-cereja "clássica) pode ser fraca ou mesmo ausente, porque a hemoglobina presente é insuficiente para exibir a cor. Em vítimas racialmente pigmentadas a cor pode, obviamente, ser mascarada, embora ainda possa ser vista na face interna dos lábios, das unhas, língua e palmas das mãos e nas solas dos pés e mãos. Ela também é vista dentro das pálpebras, mas raramente na esclera. [251] (grifo nosso)
Assim, num artigo médico descrevendo uma circunstância que era aplicável às vítimas do gueto (com hemoglobina insuficiente), o aparecimento da coloração vermelho-cereja dificilmente era esperado para ser perceptível ("fraco ou mesmo ausente"). Entre outros pontos, os relatórios detalham o estado horrendo dos "sistemas circulatório e respiratório" dos judeus [252] A sua pobre saúd a esse respeito foi certamente ligada às condições de fome do gueto, como a literatura médica confirma:
A desnutrição tem um impacto enorme sobre as funções respiratórias. Ela afeta o desempenho muscular respiratório, a estrutura do pulmão, mecanismos de defesa e controle de ventilação e predispõe a pesoa à insuficiência respiratória e ventilação mecânica prolongada. [253]
Moradores do gueto tinham uma produção média cardíaca (volume de sangue que circula do coração para o corpo), que era de 50% da produção normal de um ser humano. [254] Este é um fato importante como Risser et al acreditam que os baixos níveis de carboxihemoglobina nas vítimas de monóxido de carbono (que eles acreditam que é fortemente correlacionada com a ausência da coloração vermelho-cereja) podem ser explicados devido a uma "capacidade comprometida para oxigenar". [255] Esta pobre capacidade para oxigenar adequadamente é bem relatado para as futuras vítimas de Treblinka pelos médicos judeus, mas certamente se aplica também aos judeus que viveram em outros guetos em todo o Governo Geral (Polônia), onde as condições de fome semelhantes abundavam.

Quando esses corpos mal oxigenados eram bem acondicionados em uma câmara de gás fechada por um período de tempo, a privação do oxigênio também certamente desempenhou um papel na morte das vítimas, o que explicaria as referências de testemunhas para as características azuis dos corpos gaseados. Num comunicado pós-guerra que Mattogno desonestamente deixou de fora, Pfannenstiel observou especificamente a causa da asfixia em um depoimento sobre sua viagem a Belzec como a causa das "faces azuladas" em algumas das vítimas das câmaras de gás. [256] Mattogno é ciente desta declaração , como ele cita a localização exata do documento de interrogatório, mas ele seletivamente deixa de fora a associação de Pfannenstiel dos rostos azuis por asfixia (não o envenenamento por monóxido de carbono) feita no período imediatamente após a sua citação; em vez disso, Mattogno desonestamente critica Pfannenstiel por alegar que as vítimas de monóxido de carbono deveriam ter ficado com coloração vermelho-cereja, apesar da clara declaração de Pfannenstiel de que as faces azuis não eram o resultado de monóxido de carbono. [257] Além disso, entre os testemunhos que citam as características azuis nos cadáveres (Pfannenstiel, Schluch, e Gerstein), Schluch e Pfannenstiel restringiram a coloração azulada às características faciais das vítimas. [258]

Kues também é incorreto ao supor que a cor vermelho-cereja das vítimas de monóxido de carbono estava presente "em pelo menos 95% de todos os casos fatais" desse envenenamento. [259] Em uma publicação de setembro de 2008 a respeito de uma crítica sobre os dez anos de quantidade de carbono monóxido de vítimas em Louisville, Kentucky, os autores observaram:
A intoxicação fatal de CO tem sido descrito em indivíduos que não apresentam a lividez cutânea clássica vermelho-cereja (27-29). Embora a presença de lividez vermelho-cereja nessas vítimas de Aids ao postular uma causa potencial de morte, nem sempre é uma característica confiável. Vinte e oito casos em nossa coleta de estudo, o que representa c. 30% do total de casos (n = 94) revisto, não conseguiu mostrar a aparência vermelho-cereja clássica na autópsia. Nas vítimas, que exibiram nem mudanças de decomposição, nem aparência vermelho-cereja (n = 13), o COHbg (carboxihemoglobina) variou de 29% a 71,5%. A clássica aparência vermelho-cereja estave ausente em casos secundários decompostos a um literal arco-íris de descoloração putrefata cutânea. A partir dos dados obtidos no nosso estudo conjunto, conclui-se que a intoxicação por CO ocorre frequentemente sem a lividez vermelho-cereja, em parte a partir das alterações de cor da decomposição manifestadas na autópsia. [260]
Assim, um estudo mais recente do que qualquer daqueles citados por Kues reduz a expectativa de uma aparência vermelho-cereja em cadáveres a 70%. Na verdade, ainda não está claro quando os cadáveres devem exibir alguma descoloração. No artigo de Kues sobre o assunto, depois de citar várias fontes de literatura médica, descontando a aparência com cor vermelho-cereja em casos não fatais como um indicador confiável de intoxicação por CO devido à sua raridade entre os doentes [261], Kues encontra um exemplo suficiente para declarar que tal aparência não é "altamente excepcional". [262] Apesar do registro de muitos mais casos fatais de envenenamento por CO que não apresentam a coloração vermelho-cereja, Kues escreve que a descoloração ocorre assim que o veneno seja absorvido no sangue. A visibilidade dessa descoloração antes do livor mortis (a parada do sangue após a morte), no entanto, não é um fenômeno freqüentemente observado como as fontes de Kues "mostrar". [263] Além disso, a pressão física sobre um cadáver ou impede ou limita severamente a aparência de cor durante o livor mortis; como mencionado no início deste capítulo, as câmaras de gás, embora nem sempre cheias a níveis extremos, tinham muitas pessoas por metro quadrado, o que faria pressão sob os cadáveres [264].

Quando estes fatos são combinados com a possibilidade pouco provável de que judeus desnutridos da Polônia ficaram na cor vermelho-cereja após o gaseamento (devido aos vários problemas de saúde descritos acima), as variáveis ​​que determinam a aparência e visibilidade de tal descoloração [265], e as presunções desonestas do argumento dos negacionistas 'para este fim, podemos descartar a sua cor vermelho-cereja no cadáver reivindicada como um fundamento. [266]

Também deve ser salientado que MGK têm falsamente atacado a descrição de Wiernik sobre a cor dos cadávares gaseados em sua experiência no campo de extermínio de Treblinka. Na tradução do Inglês deste relato, o texto afirma que todas as vítimas ficaram "amareladas do gás". [267] Kues então maliciosamente observou que o amarelo era a cor mais "dificilmente confundida com vermelho-cereja". [268] Para Mattogno e Graf, essa observação de Wiernik deveria mostrar algo "além da dúvida" de que a "história do motor de escape das câmaras de gás carece de qualquer tipo de base na realidade", mas é simplesmente uma propaganda. [269]

MGK sempre citou a edição em Inglês do texto de Wiernik, aparentemente sem se preocupar em verificar o texto original em polonês. O problema que se coloca aqui é que Wiernik, na versão original polonesa de 1944, usa uma expressão vernacular: os gaseados foram "żółci-zatruci". [270] "Zatruci" significa "envenenado", - "żółci" aqui vem de "żółć", que significa "fel", uma substância frequentemente associada a "veneno" (por exemplo, o alemão" Gift und Galle speien", não vem de" zolty ", que significa" amarelo "). Na literatura polonesa, muitas vezes encontraremos "żółć" associado a "cierpienie", "sofrimento". Então Wiernik, que está usando uma linguagem poética neste caso, quer nos relatar que as vítimas estavam "mortinhas da silva" (ou algo nesse sentido). [271] Então quer dizer que MGK haviam criticado Wiernik com base em uma tradução mal feita. Alguém poderia pensar que, desde MGK foram os únicos a se concentrar nas descrições de cor de cadáveres, que eles realmente verificaram a descrição original de Wiernik. Os padrões acadêmicos "revisionistas" não devem ser lá muito rigorosos. Recentemente, entretanto, muitos anos depois de fazer a alegação e só depois de ser informado do problema da tradução, Kues retira sua crítica sobre a declaração de Wiernik, descartando-o como não tendo "nada de concreto a dizer sobre as aparências dos cadáveres". [272]

Notas:

[246] O ponto que teve origem (brevemente) com apresentação de Berg de 1983 sobre a toxicidade dos gases de escape a diesel, e então, posteriormente, havendo uma contribuição de Berg em 2003 a "Dissecting the Holocaust" de Rudolf. Em "Treblinka and Bełżec", Mattogno and Graf aceitam o argumento en passant, enquanto Kues expandiu isso num artigo, ‘Skin Discoloration Caused by Carbon Monoxide Poisoning’ (Manchas causadas pela intoxicação de monóxido de carbono), http://www.codoh.com/newrevoices/nrtkco.html.

[247] M&G, Treblinka, pág. 73.

[248] Thomas Kues, ‘Skin Discoloration Caused by Carbon Monoxide Poisoning,’ Inconvenient History blog, http://www.revblog.codoh.com/2011/06/skin-discoloration/.

[249] Myron Winick, ed., Hunger Disease: Studies by the Jewish Physicians in the Warsaw Ghetto, trans. Martha Osnos. New York: Wiley, 1979.

[250] Ibid., p.226.

[251] Bernard Knight, Forensic Pathology (New York: Oxford University, 1991), p.507; See Charles Provan, ‘The Blue Color of the Jewish Victims at Belzec Death Camp,’ The Revisionist 2/2, 2004, pp.159-164.

[252] Winick, Hunger Disease, pp.134-137.

[253] Marco Ghignone and Luc Quintin, ‘Malnutrition and Respiratory Function,’ International Anesthesiology Clinics 42/1, Spring 1986, pp.65-74.

[254] Winick, Hunger Disease, pp.134-135.

[255] Daniele Risser, Anneliese Boensch, and Barbara Schneider, ‘Should Coroners Be Able to Recognize Unintentional Carbon Monoxide-Related Deaths Immediately at the Death Scene?’ Journal of Forensic Sciences, 40/4, July 1995, p.597.

[256] Wilhelm Pfannenstiel, 6.6.1950, BAL 162/208 AR-Z 252/59, Bd. 1, p.44.

[257] Mattogno, Bełżec, p.56.

[258] Pfannenstiel afirmou que algumas vítimas apresentavam um “inchaço azulado sobre o rosto,” enquanto Schluch afirmou que o azul só aparecia nos "lábios e pontas dos narizes" de alguns cadáveres. Portanto, é provável que a referência de Gerstein a "corpos azulados" se deveu a algum exagero, algo que Gerstein estava inclicando a fazer em seus relatos.

[259] In ‘Skin Discoloration Caused by Carbon Monoxide,’ Kues cites two studies, one of which clearly states that it found such a characteristic in 91% of the CO cases it surveyed.

[260] Sean M. Griffen, Michael K. Ward, Andrea R. Terrell, and Donna Stewart, ‘Diesel Fumes Do Kill: A Case of Fatal Carbon Monoxide Poisoning Directly Attributed to Diesel Fuel Exhaust with a 10-year Retrospective Case and Literature Review,’ Journal of Forensic Science, 53/5, September 2008, p.1208.

[261] i.e., Bruno Simini, ‘Cherry-red discolouration in carbon monoxide poisoning,’ The Lancet, Vol. 352 (October 1998), p. 1154; Kent R. Olson, MD, ‘Carbon Monoxide Poisoning: Mechanisms, Presentation, and Controversies in Management,’ The Journal of Emergency Medicine, Vol. 1, 1984, p. 236.

[262] See Kues’ second bullet point in the section ‘Summary of the medical evidence’.

[263] See in Kues’ article Item 2, item 3, Item 4, Item 5, Item 6, Item 7, and Item 8. All fatalities presented through his selected sources had progressed into stages of livor mortis, including those of the “fresh corpses” that Kues discusses in Risser et al (“fresh corpses…are said to show a typically cherry-pink coloring of livor mortis.”)

[264] Jason Payne-James, Anthony Busuttil, William S. Smock (editors), Forensic Medicine: Clinical and Pathological Aspects, London: Greenwich Medical Media, 2003, p.98, Table 9.5.

[265] G.H. Findlay, ‘Carbon Monoxide Poisoning: Optics and Histology of Skin and Blood,’ British Journal of Dermatology, 1988, pp.45-51.

[266] It should be kept in mind that testimony regarding the gas van experiment at Sachsenhausen reported the cherry-pink color (see pX). We doubt that such a detail will change MGK’s denial of homicidal gassings.

[267] Wiernik, ‘A Year in Treblinka,’ p.158.

[268] Original version of Kues, ‘Skin Discoloration Caused by Carbon Monoxide,’ available at http://www.codoh.com/newrevoices/nrtkco.html.

[269] M&G, Treblinka, p.73.

[270] Wiernik, Rok w Treblince, p.7.

[271] Perhaps another example would be the statement, “I am feeling blue today.” This is not connected to the actual color blue.

[272] Kues, ‘Skin Discoloration Caused by Carbon Monoxide’, Revised version, n. 40.


Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2011/12/belzec-sobibor-treblinka-holocaust_6507.html
Tradução: Roberto Lucena

Observação: esta é uma tradução do resumo de parte do livro (mais especificamente o resumo de uma parte do capítulo 5) disponibilizado no blog Holocaust Controversies e elaborado pela equipe do blog (o nome dos autores constam no PDF do ebook). Quem quiser baixar o livro completo segue o link - EBOOK.

domingo, 16 de setembro de 2012

Enquanto isso... no "Inconvenient History"...

... nossos enfurecidos amigos Mattogno, Graf e Kues (sigla MGK) anunciaram outro atraso em sua resposta à crítica do HC.

Eu gostei especialmente da parte sobre o "kamarad" que não consegue traduzir o texto de Mattogno do italiano para o inglês. :-)

Thomas Kuesdiz estar "revisando importante material sobre as novas pesquisas arqueológicas em Sobibor". Estas devem ser as pesquisas conduzidas por Yoram Haimi, que foram divulgadas na imprensa nos últimos dias (ver artigos sobre isso nos sites da CBS News, Daily Mail e Haaretz, entre outros).

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2012/08/meanwhile-on-inconvenient-history.html
Texto: Roberto Muehlenkamp
Tradução: Roberto Lucena

terça-feira, 3 de abril de 2012

Negacionistas de Hoax: John Ball e Richard Krege

Uma minoria no CODOH[1] começou a afirmar que o citado trabalho de Krege[2] sobre Treblinka é um hoax (fraude), não simplesmente porque não foi publicado mas devido a afirmação de ausência de remoção no solo. Como pode ser visto neste post e neste outro, os tipos de panfletagem ligeiramente menos estúpidas, de Kollerstrom e Kingfisher, estão cientes de que haveria algum tipo de perturbação no solo se os mortos nos transportes e por doença tivessem sido enterrados lá.

O mesmo critério pode ser usado para descartar o texto de John Ball[3]: onde Ball afirma aqui que o solo em todos os três campos da Operação Reinhard estava intacto. Até hoje o site de Ball ainda afirma que "Belsec [sic] era na verdade um campo de logging camp onde tocos de árvores e o solo fino teriam impedido o enterro dos corpos." Além disso, em 2004, ninguém menos que Graf estava aderindo a tese da "ausência de perturbações" na linha aqui: "há ausência de todos os traços similares a remexidas de solo em Treblinka e Belzec." O Graf de 2004 portanto objeta o MGK[4] de 2010. Tal é o grande recepiente vazio que só restam as velas de restos de apologética pró-nazi. [Nota de rodapé: obrigado a Jason Myers por me apontar na direção de Ball].

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com.br/2012/01/denier-hoaxes-ball-and-krege.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

Notas:

[1] Codoh: ler sobre Cesspit.

[2] (Richard) Krege: negacionista do Holocausto australiano conhecido por um "relatório" sobre Treblinka. Para saber mais sobre a picaretagem de Krege, ler o texto do HDOT (em inglês), http://www.hdot.org/en/learning/myth-fact/graves1.

[3] John Ball: negacionista do Holocausto (vulgo "revisionista", entre aspas) refutado pelo prof. John C. Zimmerman da Universidade de Nevada (Las Vegas). Podem conferir os textos traduzidos diretamente no blog na tag John Ball.

[4] MGK: sigla dos sobrenomes de três negacionistas do Holocausto, Mattogno (Itália, tag1, tag2), Jürgen Graf (Suíça, tag1, tag2) e Thomas Kues (EUA, tag).

terça-feira, 6 de março de 2012

Notícias de trabalhos arqueológicos em Sobibór

O seguinte artigo apareceu na última quinta-feira na newsletter do Israel Hayom:

Desenterrando o horror

A pesquisa arqueológica conduzida por Yoram Haimi e Wojciech Mazurek em Sobibór foi mencionada no Capítulo 7 da Crítica a Mattogno, Graf e Kues do HC e em vários artigos neste blog, como por exemplo, o artigo das Valas Comuns em Sobibor – 10ª Atualização.

Felicito Yoram Haimi e Wojciech Mazurek por seu excelente trabalho, do qual espero aprender mais, assim que possível.

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2012/03/news-from-archaeological-work-at.html
Texto: Roberto Muehlenkamp
Tradução: Roberto Lucena

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Confirmadas valas comuns em Treblinka

Arqueólogos forenses britânicos são autores da primeira tentativa científica de localização de restos mortais de vítimas do Holocausto, no campo de concentração de Treblinka, na Polônia.

Entre 1942 e 1943, mais de 800 mil judeus foram mortos em Treblinka. A existência de valas comuns neste campo de concentração era apenas conhecida pelos relatos de sobreviventes, o que originava dúvidas acerca da veracidade dos mesmos.

Um estudo conduzido pela arqueóloga britânica Caroline Sturdy Colls, da Universidade de Birmingham, veio comprovar esses testemunhos. Novas tecnologias aplicadas na investigação – que incluem imagens de satélite, GPS, radar de penetração no solo, levantamento de resistência do solo e aparelhos de imagens elétricas – permitiram localizar seis valas comuns nas áreas referenciadas pelas testemunhas.

Uma destas valas tem 26 metros de comprimento, 17 de largura e, pelo menos, quatro de profundidade.

A pesquisa no terreno permitiu também localizar construções que aparentam ser estruturais, sendo que duas delas são provavelmente restos das câmaras de gás. De acordo com as testemunhas, estas eram as únicas estruturas feitas de tijolos.

De forma a respeitar as tradições religiosas dos judeus – que não permitem a exumação dos corpos – não foram feitas escavações no local. As descobertas foram feitas através do contraste detetado pelas tecnologias modernas entre as propriedades físicas do solo e as características no interior do mesmo, como perturbações causadas por algo enterrado.

Pesquisas anteriores

Um relatório de 1946 encontrou no local “restos de postes queimados, pedaços de arame farpado e secções curtas de estrada pavimentada” e ainda “grandes quantidades de cinzas humanas misturadas com areia e ossos”. Apesar de terem sido detetados restos humanos no local, nunca ficou comprovada a existência de valas comuns.

Na pesquisa que começou em 2010, Caroline Sturdy Colls deixou claro que é possível ver fragmentos de osso na superfície do solo, especialmente depois de chover, resultantes das cinzas da cremação dos corpos.

Encobrir crimes de guerra

Ao contrário do campo de concentração de Auschwitz, onde as câmaras de gás e os crematórios continuam de pé, em Treblinka tudo foi destruído.

Hoje em dia, o local onde morreram milhares de pessoas é um memorial de 17 mil pedras com os nomes dos locais de onde eram originários os judeus que para aqui foram transportados.

A decisão de destruir este campo de concentração e cremar os corpos das vítimas aconteceu depois de o Exército alemão ter percebido que deveria encobrir os crimes de guerra.

Em 1943, os nazis abandonaram este campo próximo de Varsóvia. Destruíram todos os edifícios e todos os vestígios que levassem a crer que ali tinha sido montado um campo de concentração. Transformaram então Treblinka numa quinta e plantaram árvores à volta.

Mas para um grupo de arqueólogos forenses todas as provas apontam para o propósito real daquele sítio.

Fonte: JA/Rede Expresso
http://www.jornaldoalgarve.pt/2012/01/confirmadas-valas-comuns-em-treblinka/

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Um presente de Boas Festas para Mattogno, Graf e Kues

Os membros do Holocaust Controversies preparam uma extensa crítica entitulada 'Belzec, Sobibor, Treblinka. Negação do Holocausto e a Operação Reinhard: uma crítica às falsificações de Mattogno, Graf e Kues'(Belzec, Sobibor, Treblinka. Holocaust Denial and Operation Reinhard: A Critique of the Falsehoods of Mattogno, Graf and Kues). É a primeira edição do documento, e os eventos de fundo que levaram a sua criação são discutidos na introdução. Publicaremos o trabalho inteiro como um arquivo PDF na internet dentro dos próximos 14 dias; mas primeiramente estamos lançando nossa atual versão do trabalho como uma série do blog, começando aqui. Não usamos um revisor profissional e estamos trabalhando neste projeto gratuitamente em nosso tempo livre, por isso gostaríamos de pedir a todos os leitores a dar suas opiniões, acerca de qualquer erro tipográfico ou de outros erros, nos comentários abaixo em cada artigo do blog. Incorporaremos quaisquer correções necessárias no PDF e nas versões subsequentes do documento.

Boas Festas e se divirtam!

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/12/holiday-gift-for-mattogno-graf-and-kues.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A concessão fatal de Mattogno: o assassinato de poloneses tuberculosos

Mattogno fez esta concessão acerca dos poloneses tuberculosos:
Em 01 de maio de 1942 (NO-246), o Gauleiter Greiser propôs a Himmler que os matasse. [MGK, Sobibór, p.280 n.850.].
Isto é fatal para Mattogno porque esses assassinatos eram referentes ao Sonderbehandlung("tratamento especial" link 1, link 2) feito por Greiser, Himmler, Koppe e Blome na série de documentos mostrados aqui e devido ao fato de que Greiser tinha usado o Sonderbehandlung em NO-246 para se referir a "100.000 judeus na área da minha região(Gau)." Slam, dunk (Enterrada).

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/12/mattognos-fatal-concession-killing-of.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

sábado, 17 de dezembro de 2011

Discurso de Himmler no mesmo dia do massacre de Lídice

Como o Dr. Lindtner aponta [1], Himmler afirmou em 09.06.42: "Die Völkerwanderung der Juden werden wir in einem Jahr bestimmt fertig haben, dann wandert keiner mehr."(Sobre a migração dos judeus, devemos terminá-la dentro de um ano e então não haverá mais migrações). Deve ser ressaltado que isto ocorreu um dia depois do funeral de Heydrich e no mesmo dia do massacre em Lídice(em português); em 10 de junho, 1.000 judeus foram deportados de Praga para Majdanek. Assim, não há dúvidas quanto ao significado do que Himmler disse quando usou a frase "dann wandert keiner mehr"(e então não haverá mais migrações).

Fonte: Holocaust Controversies
Título original: Himmler's Speech on the same day as Lidice
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/12/himmlers-speech-on-same-day-as-lidice.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

[1] Complemento: comentário do Dr. Lindtner na caixa de comentários do blog Holocaust Controversies, que consta do texto acima como link, sobre o discurso de Himmler. Comentário traduzido pro português. Link:
Holocaust Denial is Chutzpah(Dr. Lindtner) disse...

"...dann wandert keiner mehr"

A fim de defender a desesperada afirmação de que a Judenpolitik(política judaica) de Hitler/Himmler eram campos de "trânsito", e não destruição/extermínio físico(Vernichtung), Faurisson, em seu blog, em 20 de junho de 2011, cita esta sentença do discurso dado por Himmler na Haus der Flieger(Câmara dos Pilotos), em 09 de junho de 1942 (Geheimreden..., 1974, p.159): "Die Völkerwanderung der Juden werden wir in einem Jahr bestimmt fertig haben, dann wandert keiner mehr" (Sobre a migração dos judeus, devemos terminá-la dentro de um ano e então não haverá mais migrações).

Como Graf et.al.(e outros), Faurisson esquece de nos dizer onde e como esta Völkerwanderungs(migração forçada) iria acabar. O que Himmler quis dizer em suas quatro últimas palavras, "dann wandert keiner mehr"(e então não haverá mais migrações)?- A resposta foi dada pelo próprio RFSS(Reichsfuehrer SS), por exemplo, em Posen, em 06 de outubro de 1943 (ibid. pág. 169): "Es musste der schwere Entschluss gefasst werden, dieses Volk von der Erde verschwinden zu lassen" (Se faz necessário tomar uma decisão séria pra fazer este povo desaparecer da face da Terra).

Claramente, Faurisson, Graf e outros, não estão interessados em descobrir "o que realmente aconteceu". Do contrário eles não poderiam ter ignorado isto e várias outras passagens claras com o mesmo efeito.

Mortos dificilmente levantam de seus túmulos.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Outro 'campo de trânsito': Hinzert

O ITS tem uma página excelente sobre Hinzert aqui. Como Soldau, Hinzert era um 'campo de trânsito' que conduziu a morte de centenas de pessoas. Também extraíram ouro dos dentes de suas vítimas, como foi relatado pelo comandante de campo Sporrenberg em NO-1000 aqui. Um estudo de Hinzert, de Volker Schneider, pode ser acessado aqui.

Fonte: Holocaust Controversies
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/12/another-transit-camp-hinzert.html
Texto: Jonathan Harrison
Tradução: Roberto Lucena

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Porque é negação e não revisionismo. Parte IX(1): "Os relatórios dos Einsatzgruppen ...

« ... não são apenas questionáveis a respeito do número de judeus assassinados, mas também em respeito a sua categoria.»

Foi assim que escreveu nosso regular freguês Carlo Mattogno e Jürgen Graf sobre a página 211 da lengalenga Treblinka. Vernichtungslager oder Durchgangslager?, disponível para download gratuito aqui.

Nas páginas seguintes, eles prosseguiram explicando o que queriam dizer com suas alegações de que os relatórios dos Einsatzgruppen são inexatos acerca das «categorias» dos judeus mortos: no gueto de Vilna, vai entender, judeus inaptos para o trabalho ainda estavam vivos embora, de acordo com o relatório correspondente, como interpretado por Mattogno & Graf, eles deviam ter sido mortos:
No “relatório geral de 16 de outubro até 31 de janeiro de 1942,” a presença de (alegadamente) 34.500 judeus nos guetos de Kaunen, Vilna e Schaulen é explicada da seguinte forma:597
“Desde a completa liquidação dos judeus que não foi feita em virtude de atribuições de trabalho, os guetos foram formados, e apresentados preenchidos da seguinte forma [os números citados acima são dados aqui]. Esses judeus estão empregados em trabalhos essenciais para fins de defesa.”
De acordo com isto, apenas os judeus que ainda estão aptos para o trabalho tinham permissão para viver em três guetos listados; por esta lógica, aqueles que não estivessem aptos para o trabalho, especialmente as crianças, deveriam todos ser mortos. Mas de acordo com o censo feito até o fim de maio de 1942, 14.545 judeus cujos nomes (junto com a data de nascimento, ocupação e endereço) foram publicados pelo Museu Judaico de Vilnius (o nome lituano da cidade) e estavam vivendo em Vilna. Surge destes documentos que destes 14.545 judeus, não menos que 3.693 eram crianças de 15 anos de idade ou menos. O número de crianças por grupo pela faixa etária é mostrado na seguinte tabela:598
ANO DE NASCIMENTO|IDADE|NÚMERO DE CRIANÇAS
1927 15 567
1928 14 346
1929 13 265
1930 12 291
1931 11 279
1932 10 216
1933 9 226
1934 8 195
1935 7 227
1936 6 229
1937 5 182
1938 4 188
1939 3 181
1940 2 117
1941 1 172
1942 com poucos meses 12
Total: 3.693
Além disso, entre os judeus registrados pelo censo havia também 59 pessoas de 65 anos de idade ou mais velhas. O mais velho tinha cerca de 90 anos de idade, Chana Stamleriene, nascido em 1852.

Como Nick já assinalou em seu artigo Mais Deturpações de Graf: Lituânia, não há contradição alguma entre os conteúdos do "Relatório Geral de 16 outubro a 31 janeiro de 1942," e a presença de judeus inaptos para trabalhar no gueto de Vilna até muito tempo depois de este relatório ter sido emitido, e quem vê tal contradição, portanto, revela (no máximo) ignorância da história do gueto de Vilna, onde judeus trabalhando foram emitidas autorizações correspondendo a permissão de que por um tempo tivessem o direito de registrar três membros adicionais da família com eles. Entretanto, o que parece ainda pior em Mattogno e Graf é que eles não precisam mesmo tse aprofundar na história do gueto de Vilna - o que talvez seja pedir demais desses dois dedicados «pesquisadores» - a fim de evitar o erro de fazer um estardalhaço sobre a suposta inconsistência no relatório em questão dos Einsatzgruppen. Todos dois tinham que olhar o documento relacionado com o mesmo conjunto de assassinatos contidos no "Relatório Geral de 16 outubro a 31 janeiro de 1942,". Este documento, que em grande parte pode ter servido dee base para o referido «Relatório Geral», tem há muito tempo disponível para o público uma tradução em inglês que fora incluída na edição em inglês de 1988 com o título The Good Old Days(Os bons velhos tempos), de uma coleção de documentos elaborada pelos pesquisadores alemães Ernst Klee, Willi Dressen e Volker Riess. Este chamado Relatório Jäger, que pode ser visto online aqui, é um documento de autenticidade indiscutível que foi escrito a pedido de Franz Walter Stahlecker, o comandante do Einsatzgruppe A, e por Karl Jäger, o comandante do Einsatzkommando 3, uma das subunidades do Einsatzgruppe A. Ele fornece os detalhes, dia a dia, local por local, especificando o colapso das vítimas homens, mulheres e crianças, da maioria das execuções mencionadas no «Relatório Geral». Em sua última página, o Relatório Jäger então se refere aos judeus que seu autor lamenta por ter sido impedido de matá-los. Jäger escreveu o seguinte (tradução do THHP*, ênfases são minhas):
Eu posso afirmar hoje que o objetivo de resolver o problema judaico para a Lituânia foi alcançado pelo Einsatzkommando 3. Na Lituânia não há mais judeus que não os judeus trabalhadores, incluindo suas famílias. São eles:

Em Schaulen cerca de 4,500
Em Kauen “ 15,000
Em Wilna “ 15,000


Eu também queria matar esses judeus trabalhadores, incluindo suas famílias, o que, contudo, trouxe-me amargo desafios da administração civil (o Reichskommisar) e do exército e causou a proibição de que: os judeus Trabalho e suas famílias não serão assassinados!

Encontramos aqui os mesmos 34.500 habitantes judeus dos guetos de Schaulen, Kauen («Kaunen») e Wilna (Vilna) que são mencionados no "Relatório Geral de 16 outubro a 31 janeiro de 1942,", além de uma declaração clara de que esses 34.500 judeus não são os judeus trabalhadores sozinhos, mas os judeus trabalhadores e suas famílias, o que derruba a alegação de que a presença de judeus não-trabalhadores no gueto de Vilna após a campanha de assassinato 1941 da Einsatzgruppe A põe em cheque a exatidão deste registro do relatório de mortes da unidade. Por que os membros das famílias dos judeus trabalhadores não são mencionados no « Relatório Geral», como citado por Mattogno & Graf de que pode apenas ser imaginado, mas Jäger certamente não tinha motivos para inventá-los (pelo contrário pois provavelmente teria feito ele ser olhado com mais «sucesso» aos olhos de seu superior se apenas os judeus estritamente necessários para o esforço de guerra houvessem sido poupados), e as provas referidas no artigo de Nick acima mencionado, bem como aqueles apresentados por Mattogno & Graf, confirmam a exatidão da declaração de Jäger.

Por que, agora, Mattogno & Graf fracassam em levar em conta o Relatório Jäger, o que torna sua histeria arrogante sobre a presença de judeus não-trabalhadores no gueto de Vilna parecer completamente ridículo? Foi uma omissão deliberada de um documento não conveniente com suas posturas, a qual eles não esperavam que ninguém notasse? Ou foi apenas incompetência elaborada de dois charlatões trapalhões, vigorosamente desenterrar material que eles pensaram que poderia apoiar suas noções pré-concebidas e não terem identificado um longo documento de domínio público que pudesse prestar a seus esforços inúteis? Na ausência de prova em contrário, darei-lhes o benefício da dúvida e assumirei a segunda hipótese.

O gueto de Vilna pode ter sido um caso excepcional no qual houve um período de relativa calma após as ações assassinato de outubro a dezembro de 1941 (liquidação do «Gueto 2», Gelbschein-Aktionen e «ações» menores subsequentes), que durou até a ordem de Himmler em 21 de junho de 1943 para liquidar os guetos restantes do Reichskommissariat Ostland. Entretanto, não era de modo algum apenas guetos judeus nas áreas ocupadas pelos alemães em ambas, União Soviética ou Polônia, que ainda tinham uma considerável população de judeus não-trabalhadores após o grande extermínio de 1941 (nos territórios soviéticos ocupados) e de 1942 (nos territórios soviéticos ocupados, na área da Polônia que faziam parte do Generalgouvernement - Governo Geral, e nos territórios polaneses anexados ao Reich alemão). No Generalgouvernement, isto foi relacionado ao fenômeno conhecido como segunda guetização (Zweitghettoisierung), que é descrito da seguinte forma pelo historiador Frank Golczewski (minha tradução de Frank Golczewski, «Polen», em: Wolfgang Benz (editor), Dimensionen des Völkermords, 1996 Deutscher Taschenbuch Verlag GmbH & Co. KG, München, páginas 411-497, aqui: página 471):
Em uma conferência (20-22 de setembro de 1942), na qual havia ocorrido uma disputa entre o Ministro de Armamentos Speer e Himmler sobre a organização da indústria de armamento, Hitler havia concordado com o pedido de Fritz Sauckel para transitoriamente continuar a empregar trabalhadores judeus qualificados no Generalgouvernement(Governo Geral). Himmler, o qual a SS - e órgãos da polícia que teriam recebido competência global para assuntos judaicos, por causa disto ordenou em 09 de outubro de 1942 reunir todos os judeus trabalhadores para as necessidades do exército em campos de trabalho especiais. O propósito desta «reorganização» também foi perseguido pela chamada segunda guetização.
O Secretário de Estado do Governo do Generalgouvernement, o SS-Obergruppenführer Friedrich-Wilhelm Krüger, decretou a instalação do que é chamado «guetos secundário» (Getta wtórne) na literatura polonesa. Em 28 de outubro de 1942, Krüger assinou o «Decreto policial sobre a Criação de bairros residenciais judeus nos Distritos de Varsóvia e Lublin»; um outro decreto de 10 de novembro de 1942 designava localidades adicionais aos distritos restantes de Cracóvia, Radom e Galicia. Dos 650 locais na Polônia nos quais os judeus tinham ainda vivia no início de 1942, restavam apenas 54. Eles eram partes dos ex-guetos judeus os quais - geograficamente reduzidos - eram agora quase confirmados. Eles eram em sua maioria divididos: nos guetos «A» viviam os judeus com condições de trabalhar, nos guetos «B» viviam os judeus inaptos para trabalhar. Assim, as medidas subsequentes de assassinato foram facilitadas e previsíveis.

No entanto, os poucos deportados sobreviventes se agarravam à esperança de que as deportações haviam sido canceladas e os últimos guetos agora tinham uma espécie de garantia de existência. Às vezes aqueles que tinham vivido ilegalmente escondidos na clandestinidade iam para estes novos alojamentos a fim de fugir do estresse constante da ilegalidade (e às vezes dos enormes custos extorquidos por seus «hospedeiros»). As deportações foram temporariamente interrompidas devido ao inverno [1942/43, nota do tradutor]. Por causa de Stalingrado, uma interdição dos transportes para outros além dos bens de armamento foi decretada. O termo «gueto» era agora apenas raramente usado; os bairros judeus agora eram chamados de «bairros residenciais judaicos» na terminologia NS, que era dar a eles uma espécie de «humanidade» e enganar os habitantes. Na verdade, a consolidação foi apenas um breve estágio antes da deportação final dos que restaram, para as instalações de extermínio.

Se os judeus aptos a trabalhar fossem transitoriamente autorizados a continuar a viver em «bairros residenciais judeus» juntamente com os judeus que trabalhavam para o esforço de guerra alemão, isto foi provavelmente baseado em considerações táticas: a presença de membros da família num gueto «B» incentivava os judeus trabalhadores no gueto «A» em suas crenças de que seriam poupados e, assim, não só estimulava seus desempenhos no trabalho, como eles tentavam tornar-se tão úteis quanto possível a fim de salvar a si mesmos e suas famílias, mas isso também os impediu de contemplarem a resistência. Isso pode ajudar a explicar o porquê da resistência ocorrer eventualmente, quando as deportações continuaram em 1943, foi limitada a alguns dos guetos restantes, o que uma olhada em direção às histórias do gueto acessíveis neste link nos mostra. De qualquer forma, a maioria dos guetos restantes na Polônia, ocupada pelos nazistas, e na União Soviética foram liquidados no decorrer de 1943, e no final de agosto de 1944 até o último gueto restante, o gueto de Lodz, que havia deixado de existir.

Agora, e sobre a outra afirmação de Mattogno & Graf mencionada no início deste post, a respeito do número apontados nos relatórios dos Einsatzgruppen? Vamos chegar neste tema na próxima parte deste artigo.

Clique aqui para verificar outros artigos desta série.

*THHP = abreviação do site The Holocaust History Project

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Próximo >> Parte IX(2)

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Roberto Muehlenkamp
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2007/02/thats-why-it-is-denial-not-revisionism.html
Tradução: Roberto Lucena

Ver também: Técnicas dos negadores do Holocausto

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Himmler no Distrito de Lublin, fevereiro de 1943

Em 16 de fevereiro de 1943, Himmler ordenou o desmonte do Gueto de Varsóvia com o argumento de que "temos que fazer sumir em definitivo deste espaço cerca de 500.000 sub-humanos (Untermenschen) que sobreviveram até o momento". Esta ordem foi provavelmente emitida enquanto Himmler esteve em Lublin, de acordo com documentados citados por Gerlach em Kalkulierte Morde, pág. 572 nota 430, reproduzido em parte pelo Dr. Nick Terry aqui:
Grothmann Fernschreiben um Globocnik, 11.2.43, Bundesarchiv ZM Hoppegarten Dahlwitz-1457 A.2, Bl. 178
telex inclui Reiseprogramm de 12.2.43:
Vom Flugplatz aus dem sofort zu Fahrt bewussten Ort
[...]
mais: Hauptabteilungsleiter no Generalgouvernement, Naumann, escreveu num Vermerk de 23.2.43 que Himmler estava ca vor. 14 im tagen Distrikt Lublin anwesend (BA R26 IV/33)
Essas fontes são fortes provas de que Himmler visitou os campos da Aktion Reinhard em fevereiro de 1943, entre outras tarefas que ele fez enquanto esteve na área de Lublin. Negacionistas ou são desconhecedores destes documentos ou fingem não terem conhecimento deles. Por exemplo, ver Mattogno e Graf, Treblinka, pág.142, onde afirmam:
Por outro lado, a história da visita de Himmler à Treblinka é desprovida de qualquer tipo de base histórica e nem sequer é apoiada por uma vaga referência documental. É uma simples invenção das testemunhas, a fim de tornarem credíveis seus contos sobre as grandes cremações em Treblinka, que por sua vez devem dar credibilidade às suas descrições de uma gigante exterminação em massa no campo. Mas historicamente se vê que é tudo um grande nonsense.
Isto é repetido cegamente por nathan aqui:
Eu devo assumir que a visita de Himmler em fevereiro à Treblinka é uma invenção, uma propaganda, muito provavelmente proveniente das memórias férteis "Um ano em Treblinka"(A Year in Treblinka) de Wiernik.
Estranhamente, em Sobibor, pág.58, MGK* admitem uma visita de Himmler ao campo de Sobibor em março, mas a prova documental para isto (Globocnik-Herff, 13/4/43) não é tão precisa em sua datação como a documentação de fevereiro, como Globus(apelido de Globocnik) simplesmente diz "em março", e Globus escreveu retrospectivamente. Esta fonte, portanto, não se opõe ao fato de Himmler ter visitado a região em fevereiro e março, e nem exclui a possibilidade de que Globus pudesse ter se enganado sobre o mês. Além disso, MGK se contradizem com esta concessão na página 282, nota de rodapé 855, de Sobibor, negando qualquer visita de Himmler à Treblinka em fevereiro ou março de 1943, apesar de no capítulo anterior (página 58) do livro deles, eles tinham citado uma visita em março às "instalações da Aktion Reinhard" baseando-se em Globus-Herff.

Além disso, MGK fracassam em explicar porque Himmler visitaria um mero campo de trânsito, especialmente porque não oferecem nenhuma prova de que houve um problema no campo que requeriu a atenção de Himmler. A cremação de corpos é therefore a única explicação para a visita de Himmler e que está na tabela, na ausência de qualquer tipo de narrativa coerente (uma vez mais) de negacionistas.

MGK* = sigla para os negacionistas Mattogno, Graf e Kues

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/05/himmler-in-distrikt-lublin-february.html
Tradução: Roberto Lucena

terça-feira, 17 de maio de 2011

Jürgen Graf é um mentiroso

Erro de representação é uma das táticas favoritas de autores “revisionistas”, mas também é uma técnica que é facilmente combatida simplesmente verificando as fontes “citadas” pelo negador em questão. Então por que eles insistem em fazer isso? Talvez porque ninguém de sua audiência se preocupa em verificar os originais, principalmente se as fontes citadas são de historiadores.

No decorrer da pesquisa sobre os argumentos “revisionistas” dentre outras coisas, me deparei com a “demolição” do livro de Raul Hilberg, The Destruction of European Jewry por Jürgen Graf em Giant with Feet of Clay (págs. 63-4 PDF):

3-Hilberg inventou tiroteios em massa na Galiza

Na página 521 (DEJ, p.496) o exaltado alto sacerdote ‘Holocausto’ informa o seguinte a seus leitores:

Em Stanislawow [uma cidade da Galiza], cerca de 10.000 judeus haviam sido reunidos em um cemitério e abatidos em 12 de Outubro de 1941. Outras mortes por tiro ocorreram em Março de 1942, seguido de um incêndio no gueto que durou 3 semanas. Um transporte foi enviado para Belzec em abril, e mais operações de tiro foram iniciadas no verão, no qual membros do conselho judaico e da Order Service foram enforcados em postes de energia. Grandes transportes saíram para Belzec em Setembro e Outubro[...]

Deixemos de lado os transportes para Belzec, o tiroteio de Março de 1942 e os judeus “enforcados nos postes de energia”, e contentar-nos [p. 64] com o primeiro item da “informação” aqui, as mortes por tiro de nada menos que 10.000 judeus no cemitério de Stanislavov em 12 de Outubro de 1941. Este número corresponde à população de uma pequena cidade. Que evidências as fontes de Hilberg se apóiam para provar o assassinato de 10.000 no cemitério? Simplesmente e absolutamente nada, nem mesmo um depoimento. Em outras palavras: A história é pura quimera.

Então eu viro a página 521 da edição alemã de 1991 do livro de Hilberg (o primeiro citado por Graf) e encontro a nota 357 no final do parágrafo citado:

Siehe Erklärung von Alois Mund (in Stanislawow stationierter Landwirtschaftsfachmann aus Wien, 5.12.47, und Erklärungen von Überlebenden und Ordnungspolizisten aus Stanislawow, 1947 und 1948, in T. Friedmann, Sammlung von Berichten über Stanislawow, Haifa, Okt, 1957, S.90

[Tradução livre para o português por Leo Gott]

Ver depoimento de Alois Mund (especialista em agricultura estacionado em Stanislawow e lotado em Viena, 5/12/47, e declarações de sobreviventes e policiais de Stanislawow, 1947 e 1948 em T. Friedmann, Sammlung Von Berichten über Stanislawow, Haifa, Outubro, 1957, pág.90).

Graf falsamente acusa Hilberg de não ter nenhuma prova, o que não é verdade. A qualidade da prova não foi verificada, ao invés disso Graf optou por omitir o conteúdo da nota de rodapé na mesma página e alega que nenhuma evidência foi apresentada. Portanto, Graf é um enorme mentiroso.

Para verificar o original de Tuvia Friedmann, clique aqui [Wayback Machine copy]. Para um extenso sumário das evidências acumuladas até 1998, ou seja, 37 anos após a primeira edição do livro de Hilberg e sete anos após a edição alemã, clique aqui (PDF) para um artigo sucinto de Dieter Pohl, o maior especialista sobre Holocausto na Galiza. Na realidade, não só existem testemunhas saltando às orelhas do historiadores, hà também documentos.

Suspeitamos que este exercício poderia ser repetido indefinidamente com os “estudantes revisionistas”, mas para o momento, vamos deixar esse único caso como um exemplo da absoluta falsidade dos “revisionistas”.

Fonte: Holocaust Controversies (Dr. Nick Terry)

Link: http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/05/jrgen-graf-is-liar.html

Tradução: Leo Gott

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O Holocausto em Lida, 1942-43

O destino dos judeus da Lida foi documentado no julgamento de Werner e Windisch, cujos resultados são reproduzidos por Irene Newhouse aqui. Em 08 de abril de 1943, GebK Hanweg relatou:

Das Gebeit Lida hatte eine Zahl von 20000 juden. Sie wurden in einer einmaligen aktion von fuenf Tagen im Mai vorigen jahres bis auf einen Rest von 4500 erledigt.[Gerlach, Kalkulierte Morde, p.695n.).
Newhouse traduziu isto assim:

O distrito de Lida tinha uma população de 20.000 judeus. Eles deram cabo deles [erledigt], mas para 4.500, de uma só vez, em 5 dias da Aktion em maio do ano anterior.
Hanweg, então relata que 4.419 judeus permaneceram vivos até 08 de abril de 1943. O relatório Hanweg converge com a carta de Kube para Lohse (3428-PS), que afirma:
Na predominante área polonesa de Lida, 16.000 judeus foram liquidados, em Slonim, 8000 etc
A maioria dos 4.419 sobreviventes foram deportados para a região de Lublin, no outono de 1943. O destino daqueles enviados para Sobibor foi revelado pelo engenheiro alemão, Otto Weissbecker, citado em Schelvis, Sobibor, pág. 219, que testemunhou que "Uma mulher me disse que os judeus acabariam no jardim de rosas" e que:
Embora eu tivesse prometido trabalhadores qualificados, eu tinha 630 trabalhadores sem qualquer experiência, incluindo mulheres. As crianças ficaram para trás em Sobibor. O comandante me garantiu que elas teriam permissão para visitar seus parentes a cada seis semanas. Nos alojamentos de jantar havia um grande mapa do campo a partir do qual eu poderia dizer que os 1400 judeus que tinham sido trazidos para o Bache no dia anterior não poderia ter sido alojados nas barracas que lá estavam. Quando perguntei ao comandante onde abrigaria os judeus eu estava a deixar para trás, ele explicou que nenhum dos judeus 1.400 um dia antes ainda estavam lá. Fui obrigado a levar os judeus a meu cargo a Trawniki, e metade deles chegaram a ficar por lá. Eu levei o resto de volta para Lublin para um campo que estava um Haltstelle [grifo meu - JH].
Parte do testemunho de Weissbecker, como citado por Schelvis, aparece em "Sobibor" de Mattogno, Graf e Kues na página 310, mas o texto-chave que revela o destino dos judeus em Sobibor é omitido. Eles fizeram uma elipse na parte do texto de "O comandante assegurou-me" até "ele explicou que nenhum dos 1.400 judeus um dia antes ainda estavam lá", algo manipulado. Isso indica que a conta do MGK omitiu a passagem que incrimina seus heróis nazistas.

Em conclusão, as provas apresentadas acima convergem com outros fatos que já sabemos sobre a Rutênia Branca/Bielorrússia. A maioria dos judeus de Lida foram mortos em maio de 1942, conforme relatado não apenas por Hanweg mas também por Kube. Havia apenas 16 mil judeus restando em toda a Rutênia Branca em julho de 1943 (NO-1831), e milhares deles estavam em Lida trabalhando para a Wehrmacht. A deportação dos judeus para a área de Lublin está documentado não só por Weissbecker e outras testemunhas, mas também pelo KdS Erich Isselhorst, como mostrado aqui. A prova de Weissbecker nos diz que, embora alguns trabalhassem, judeus foram mandados para uma morte lenta em Trawniki e outros campos de trabalho, as crianças de seu transporte foram mortas na chegada em Sobibor, como era, obviamente, a intenção. As crianças não estavam sendo reassentadas no "Leste da Rússia" no outono de 1943; a morte pode ter sido o único destino dessas crianças. Isto se dá, obviamente, porque o MGK não pode confirmar a citação da parte incriminatória de seu testemunho.

Fonte: Holocaust Controversies
Texto: Jonathan Harrison
http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2011/04/holocaust-in-lida-1942-43.html
Tradução: Roberto Lucena

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Mattogno e Graf "em parafusos" com a própria fonte

(todos os grifos são do tradutor)
Eu sua arenga sobre Treblinka, Mattogno e Graf usam o seguinte episódio como “prova” que Treblinka era um campo de trânsito para a URSS:

Finalmente a chegada de, pelo menos um transporte do Gueto de Varsóvia para uma localidade a leste de Treblinka foi documentado para além de qualquer dúvida. Em 31 de julho de 1942, o Comissário do Reich para a Rússia Branca, Wilhelm Kube, enviou um telegrama para o Comissário do Reich de Ostland, Heinrich Lohse, em que protesta pelo despacho de um transporte de “1.000 judeus de Varsóvia para trabalhar em Minsk,” porque isso levaria ao perigo de epidemias e ao aumento da atividade guerrilheira.

Isto é o resumo da lógica dos negadores: um documento onde burocratas protestam amargamente sobre o transporte de 1.000 judeus para um trabalho essencial em sua área é usado como prova de que os mesmos burocratas teriam acedido ao transporte de mais de 700.000 judeus via mesma zona de Treblinka. Estes são os fios finos aos quais os negadores se agarram.

Além disso, Mattogno e Graf provam novamente que sua utilização de fontes é desonesta, porque o mesmo documento cita que foi enviado no mesmo dia uma conhecida carta, do mesmo autor, Kube, para o mesmo destinatário, Lohse, que revela que (Documento PS-3428, IMT):

Após exaustivas discussões com o SS-Brigadefuehrer Zenner e o extremamente capaz Líder do SD, SS-Obersturmbannfuehrer Dr. Strauch, que foram liquidados cerca de 55.000 judeus na Bielorússia nas últimas 10 semanas. Na área do condado judaico de Minsk foram completamente eliminados, sem qualquer perigo para a necessidade de mão-de-obra. Na área predominantemente polonesa de Lida, 16.000 judeus foram liquidados, em Slonim, 8.000, etc.

Devido à invasão pelo Army Rear Zone (comando), que já foi relatado, não houve interferência com os preparativos que tínhamos feito para a liquidação dos judeus de Glebokie. Sem contatar-me, o Comando do Army Rear Zone liquidou 10.000 judeus, cuja eliminação sistemática em todo caso havia sido planejada por nós. Na cidade de Minsk cerca de 10.000 judeus foram liquidados em 28 e 29 de julho. Destes, 6.500 eram judeus russos – principalmente idosos, mulheres e crianças – e o resto de inaptos para trabalhar, que foram enviados a Minsk em novembro do ano passado por ordem do Fuehrer, principalmente de Viena, Bruenn, Bremen e Berlim.

O Distrito de Sluzk também foi aliviado de milhares de judeus. O mesmo se aplica a Nowogrodek e Wilejka. Medidas radicais estão previstas para Baranowitschi e Hanzewitschi. Em Baranowitschi existem ainda mais de 10.000 judeus, na cidade em si, dos quais 9.000 serão liquidados no próximo mês.

Além disso, a carta de Kube termina com uma frase que revela que o comandante local do SD pretende liquidar tais transportes:

Estou plenamente de acordo com o Comandante do SD na Bielorússia, que devemos liquidar todos os transportes de judeus não combinados, ou anunciados por nós, por nossos oficiais superiores, para evitar novos transtornos na Bielorússia.

Mattogno e Graf então citam um documento, sem admitir que o seu autor tinha, no mesmo dia, enviado uma carta ao mesmo destinatário descrevendo claramente a atividade de genocídio de seus heróis nazistas, o que contradiz diretamente e refuta a tese de reassentamento de Mattogno e Graf.

Mattogno e Graf, portanto, levam a cabo duas trapaças de uma só vez. A primeira trapaça foi a de chamar uma inferência à partir de sua fonte (‘reassentamento em larga escala no Leste’), que foi descabida, dado que a fonte expressa explicitamente o oposto ao reassentamento. A segunda trapaça foi a de omitir dados contextuais de assassinato em massa contido em um documento muito mais famoso, enviado pelo mesmo autor ao mesmo destinatário e no mesmo dia, o que tem sido citado por vários historiadores, e é de domínio público hà mais de sessenta anos.
Fonte: Holocaust Controversies - Dr. Jonathan Harrison
Tradução: Leo Gott

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Jurgen Graf não quer matar os judeus

Em 2002, enquanto estava na Estônia, Jurgen Graf foi entrevistado por Nikolaj Karajev. Aqui tem um trecho esclarecedor:

[Nikolaj Karajev]- Qual é a sua atitude para com o Estado de Israel?


[Jurgen Graf] – Israel não tem o direito de existir. O que fazer com os judeus? Nós somos pessoas cultas, não se pode exterminá-los. O que fazer com eles?...Eu não sei.


Obrigado, obrigado Sr. Graf! Você é contra o extermínio de judeus. É muita gentileza.



Autor: Sergey Romanov

Fonte: http://holocaustcontroversies.blogspot.com/2006/08/juergen-graf-doesnt-want-to-kill-jews.html

Tradução: Leo Gott

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