Roger Garaudy |
Autor do livro "Os mitos fundadores da política israelense" (1996), foi condenado dois anos mais tarde por contestação de crimes contra a humanidade, após ter provocado uma viva polêmica.
A sua obra foi saudada pelo regime islâmico iraniano, pelo antigo dirigente líbio Muammar Kadhafi, pelo responsável do movimento xiita libanês Hassan Nasrallah e pelas autoridades sauditas.
Num perfil divulgado hoje, intitulado "Desaparecimento de Roger Garaudy, de Stalin a Maomé", o diário comunista Humanité saúda aquele que "desempenhou, para um número elevado de intelectuais comunistas da época stalinista, o papel hoje totalmente impensável de 'filósofo oficial'" do Partido Comunista Francês.
Nascido a 17 de julho de 1913 em Marselha (sul) numa família protestante, Roger Garaudy converteu-se ao catolicismo e depois ao islamismo nos anos 1980.
Professor de Filosofia e doutor em Letras, aderiu ao Partido comunista em 1933. Detido em 1940, esteve 30 meses num campo na Argélia. Em 1945, entrou para o comité central do partido e em 1956 para a comissão política.
Em 1945 foi eleito deputado e em 1951 perdeu o cargo. Foi reeleito para a Assembleia Nacional (1956-58) e depois para o Senado (1959-62).
No final dos anos 1960, torna-se o "enfant terrible" do Partido Comunista devido às suas tomadas de posição contestatárias. Depois de ter denunciado a normalização na Tchecoslováquia e qualificado o dirigente comunista da época George Marchais de "coveiro do PC", é excluído do partido em maio de 1970.
Fonte: Lusa/Sic Notícias (Portugal)
http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2012/06/15/morreu-filosofo-roger-garaudy-figura-do-negacionismo-do-holocausto
Ver mais:
Roger Garaudy - "revisionistas" - biografias - 01
Morreu Roger Garaudy, o filósofo que aderiu ao negacionismo (Diário Digital, Portugal)
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